História da ferradura
A primeira citação na história sobre a existência de ferradores aparece na Bíblia, em Genesis 4, versículo 22 (Gn 4, 22), onde cita Tubalcaim. Porém, há indícios de que os egípcios foram os primeiros a prender um aparato de esteiras de capim e corda nos cascos dos cavalos, utilizando assim as primeiras proteções rudimentares dos cascos, que datam 3000 a.C. Depois disso, um equipamento chamado de “sandálias hípicas” foi usado durante as guerras no Império Romano, para evitar o desgaste dos cascos dos cavalos antes de chegar ao local das batalhas. A partir daí, as ferraduras foram se aperfeiçoando até chegar aos modelos leves e funcionais que encontramos hoje. Com esse invento, o ser humano passou a ser responsável por zelar o bem-estar dessa estrutura tão importante da anatomia equina, que antes era naturalmente gasta pela abrasão do solo.
Responsabilidade
O casco tem uma natureza autorregulável: seu equilíbrio é feito naturalmente com o desgaste. À medida que o casco cresce, a extremidade que fica em contato com o solo se desidrata. “Isso quer dizer que o casco do cavalo se desgasta de acordo com a sua conformação para obter o máximo de seu equilíbrio. A fim de poupá-los desse desgaste, o homem começou a inserir metal sob os cascos dos cavalos, sendo então o único responsável por sua manutenção”, explica o médico veterinário especializado em podiatria Marcelo Miranda.
O casco tem uma natureza autorregulável: seu equilíbrio é feito naturalmente com o desgaste. À medida que o casco cresce, a extremidade que fica em contato com o solo se desidrata. “Isso quer dizer que o casco do cavalo se desgasta de acordo com a sua conformação para obter o máximo de seu equilíbrio. A fim de poupá-los desse desgaste, o homem começou a inserir metal sob os cascos dos cavalos, sendo então o único responsável por sua manutenção”, explica o médico veterinário especializado em podiatria Marcelo Miranda.
Percepção do ambiente
Os cascos são o equivalente, no corpo humano, à primeira falange do dedo, onde ficam as unhas. Mesmo assim, essa área é responsável por diversas funções no organismo de um equino: defesa, sensibilidade, equilíbrio, locomoção e absorção de impacto.
Através do casco, o cavalo estabelece parte de sua relação com o meio ambiente. Isso acontece porque na sola existem receptores nervosos que são responsáveis, principalmente, pela noção de equilíbrio e pela percepção do meio para os cavalos. Um exemplo da utilização desses receptores é no momento em que o cavalo está aprendendo a saltar um rio – obstáculo com água no hipismo. Normalmente, o animal vai perceber o solo com os cascos nas primeiras vezes, para sentir o que há por baixo da água, qual a profundidade e se é seguro avançar. Ao contrário do que muitos pensam, a percepção do ambiente pelos cavalos está, também, intimamente relacionada com os cascos, além de, é claro, com os demais sentidos.
Os cascos são o equivalente, no corpo humano, à primeira falange do dedo, onde ficam as unhas. Mesmo assim, essa área é responsável por diversas funções no organismo de um equino: defesa, sensibilidade, equilíbrio, locomoção e absorção de impacto.
Através do casco, o cavalo estabelece parte de sua relação com o meio ambiente. Isso acontece porque na sola existem receptores nervosos que são responsáveis, principalmente, pela noção de equilíbrio e pela percepção do meio para os cavalos. Um exemplo da utilização desses receptores é no momento em que o cavalo está aprendendo a saltar um rio – obstáculo com água no hipismo. Normalmente, o animal vai perceber o solo com os cascos nas primeiras vezes, para sentir o que há por baixo da água, qual a profundidade e se é seguro avançar. Ao contrário do que muitos pensam, a percepção do ambiente pelos cavalos está, também, intimamente relacionada com os cascos, além de, é claro, com os demais sentidos.
Impacto mínimo
A percepção, porém, não é a característica mais notável em um casco equino, e sim sua capacidade de absorver grande impacto sem causar danos ao animal. Segundo o médico veterinário podiatra Marcelo Miranda, um cavalo de 600 quilos que faz uma prova de hipismo a uma velocidade de 360 metros por minuto, saltando a 1,50m, recebe no primeiro casco a tocar o solo um impacto equivalente a impressionantes 19 toneladas. Isso em uma área restrita do corpo: o casco tem apenas de 18 a 20 cm2 de área.
Resistir a um impacto tão grande só é possível graças a um sofisticado sistema de amortecimento dos cavalos. Toda vez que o cavalo move o casco no ar, a inércia faz com que o máximo de sangue vá para esse membro. Quando o cavalo recebe o peso, esse sangue é expulso quase completamente do casco, funcionando com um princípio semelhante ao de um amortecedor hidráulico de automóveis.
Esse sistema tem como objetivo amortecer a força do impacto – força essa que, se não dissipada pelo sistema anticoncussivo do casco, pode causar várias doenças, como a artrite. O sistema anticoncussivo é a junção de várias estruturas presentes no casco, desde a sola até a ranilha, passando pelas paredes, o talão e o sistema vascular, entre outras.
A percepção, porém, não é a característica mais notável em um casco equino, e sim sua capacidade de absorver grande impacto sem causar danos ao animal. Segundo o médico veterinário podiatra Marcelo Miranda, um cavalo de 600 quilos que faz uma prova de hipismo a uma velocidade de 360 metros por minuto, saltando a 1,50m, recebe no primeiro casco a tocar o solo um impacto equivalente a impressionantes 19 toneladas. Isso em uma área restrita do corpo: o casco tem apenas de 18 a 20 cm2 de área.
Resistir a um impacto tão grande só é possível graças a um sofisticado sistema de amortecimento dos cavalos. Toda vez que o cavalo move o casco no ar, a inércia faz com que o máximo de sangue vá para esse membro. Quando o cavalo recebe o peso, esse sangue é expulso quase completamente do casco, funcionando com um princípio semelhante ao de um amortecedor hidráulico de automóveis.
Esse sistema tem como objetivo amortecer a força do impacto – força essa que, se não dissipada pelo sistema anticoncussivo do casco, pode causar várias doenças, como a artrite. O sistema anticoncussivo é a junção de várias estruturas presentes no casco, desde a sola até a ranilha, passando pelas paredes, o talão e o sistema vascular, entre outras.
Crescimento
Os cascos estão em crescimento contínuo, e, por isso, devem ser sempre bem cuidados para garantir que todas essas importantes funções estejam agindo adequadamente. Em um potro recém-nascido, o casco tem crescimento de 15 milímetros por mês. Já o de um animal adulto cresce cerca de 8mm nesse período. Essa taxa pode variar de acordo com a dieta alimentar, clima e umidade da região.
Os cascos estão em crescimento contínuo, e, por isso, devem ser sempre bem cuidados para garantir que todas essas importantes funções estejam agindo adequadamente. Em um potro recém-nascido, o casco tem crescimento de 15 milímetros por mês. Já o de um animal adulto cresce cerca de 8mm nesse período. Essa taxa pode variar de acordo com a dieta alimentar, clima e umidade da região.
Somando todas essas características, o casco pode ser considerado uma parte essencial para a saúde e desempenho de um cavalo e, como tal, não pode ser negligenciado. Afinal, o casco tem a função de transformar todo o potencial genético e muscular do cavalo em beleza, equilíbrio, performance e elegância. Sua atenção e zelo pelos cascos do seu cavalo tornarão a vida do animal mais saudável, confortável e vitoriosa.
Texto: Mundo Equestre Luxo – Colaboração: M. Veterinário Marcelo Miranda.
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