sábado, 25 de junho de 2016

Doenças infecciosas em cães e gatos

Síndrome do braquicéfaloOs cães e gatos braquicéfalos caracterizam-se por terem o focinho “metido para dentro”. Os ossos da face e do nariz são mais curtos, fazendo com que a anatomia dos tecidos subjacentes se altere. As narinas são muitas vezes mais estreitas e o palato é, normalmente, mais longo.

Todas estas alterações estruturais fazem com que o animal tenha maior dificuldade a respirar e, consequentemente, faça um maior esforço respiratório. Este esforço sucessivo pode deixar sequelas com o passar do tempo, nomeadamente a nível cardíaco, com insuficiência cardíaca direita.

Algumas raças braquicéfalas incluem Bulldog, Boxer, Pug e Shitzu nos cães e Persa e Himalaia nos gatos.

Os sintomas mais frequentesneste síndrome são:

*respiração pesada e sonora;
*intolerância ao exercício;
*ronco;
*engasgo e tosse;
*cianose (tons azulados nas mucosas);
*colapso nos casos mais graves.

Além destes sintomas, estes animais são também mais susceptíveis a:*golpes de calor;
*posições ortopneicas: por forma a respirar melhor, o animal estica o pescoço e abre os membros anteriores;
*doença periodontal;
*problemas oculares;
*dermatite das pregas de pele do focinho.

Quando as alterações anatómicas destes animais são muito acentuadas e detectadas precocemente (em cachorros ou gatinhos) podemos optar por atenuá-las cirurgicamente.
Devido à sua configuração, as raças braquicéfalas são mais sensíveis à anestesia e devem ser monitorizadas com especial atenção. Se tem um animal braquicéfalo em casa, aconselhe-se com o seu veterinarário acerca dos cuidados que deve ter.

Espirro invertido (“reverse sneezing”)O espirro invertido ou “reverse sneezing” é uma condição que se caracteriza por um som respiratório acentuado, como se o cão estivesse a inalar ar de forma violenta. No espirro normal, o percurso do ar faz-se no sentido oposto – o ar sai violentamente pelo nariz do cão.
Durante o espirro invertido, o cão faz inspirações pronunciadas e rápidas, estica o pescoço e abre as patas dianteiras como se tentasse respirar melhor. O forte som emitido com este espirro faz com que os donos pensem que o cão tem algum objecto estranho no nariz. Apesar do seu som estrondoso, o espirro invertido é muito momentâneo – pode ir de alguns segundos a um minuto – e, normalmente, inofensivo. O cão rapidamente recupera a sua condição normal, não exigindo nenhum tipo de tratamento.
Acredita-se que o espirro invertido tem como causa uma irritação a nível do palato mole, que conduz a um espasmo que diminui temporariamente a capacidade respiratória do cão. Normalmente, está associado a períodos de excitação como a chegada do dono a casa ou o passeio diário. Nestes casos é conveniente acalmá-lo para que o episódio acabe o mais rapidamente possível.
As raças braquicéfalas, como é o caso dos Boxers e dos Bulldogs, podem exibir sons respiratórios que se assemelham ao espirro invertido, devido ao prolongamento do seu palato mole. Contudo, será importante excluir outros problemas que estas raças habitualmente possuem, pois estes sons podem camuflar problemas respiratórios graves ou potencialmente graves.

Asma felina
A asma felina, também designada por bronquite crónica, asma brônquica ou bronquite alérgica, caracteriza-se por uma reacção exagerada do próprio organismo aos diversos tipos de alergenos ou agentes infecciosos. Essa reacção conduz a uma inflamação de toda a arvóre brônquica, com excesso de produção de muco e secreções. Consequentemente, o lúmen brônquico torna-se menor e o gato exibe algum grau de dificuldade respiratória. Os alergenos que mais podem favorecer os sintomas de asma são o fumo de tabaco, as poeiras, os sprays ambientais e os poléns.
A asma pode atingir animais de qualquer idade, de qualquer sexo e de qualquer raça. No entanto, tem uma maior prevalência nas fêmeas.
O diagnóstico da asma é efectuado com base no historial clínico do gato, radiografias torácicas e, eventualmente, análises sanguíneas para descartar outras patologias.
É uma doença que ocorre por episódios, ou seja, existem períodos de crise em que o gato exibe os sintomas, mas que passam espontaneamente ou através de medicação nos casos mais graves. O sintoma principal na asma é a tosse.

Tosse: o principal sintoma de asma felinaDurante as crises graves o animal exibe sinais de dificuldade respiratória: pescoço esticado, respiração de boca aberta, ruídos respiratórios acentuados (vulgarmente designados por farfalheira). Se a tosse é muito persistente, o gato pode mesmo vomitar.
A asma não tem cura. O objectivo do tratamento é reduzir a quantidade de secreções produzidas, diminuir a inflamação brônquica e, assim, promover um melhor fluxo de ar aos brônquios, diminuindo, consequentemente, o número de crises asmáticas.
Os gatos com crises ocasionais normalmente não necessitam de medicação. É importante mantê-los com o peso controlado e dimimuir a exposição aos alergenos ambientais.
Para os gatos com crises frequentes é necessário o uso de broncodilatadores, bem como de anti-inflamatórios esteróides. Esses fármacos, idealmente, deveriam ser administrados através de bombas inalatórias, por forma a diminuir os possíveis efeitos secundários que uma administração continuada pode provocar. Atualmente, já existem inaladores próprios para gatos que vieram facilitar muito a administração. Contudo, nem todos os gatos toleram estas bombas: assustam-se, fogem ou podem mesmo ser agressivos.

AeroKat:
inalador próprio para gatos
Nestes casos é de evitar o seu uso, pois um stress adicional só irá exacerbar ainda mais os sintomas. Assim sendo, nestes animais de comportamento mais difícil, o tratamento sistémico através de comprimidos ou xaropes é a solução. Aconselhe-se com o seu médico veterinário sobre a melhor opção terapêutica para o seu gato.

Colapso de traqueia
O colapso de traqueia é uma patologia, que se traduz por uma anomalia na cartilagem existente na parede da traqueia, tornando-a mais frágil e, consequentemente, mais predisposta a diminuir o seu lúmen.

Esta diminuição no diâmetro da traqueia conduz a uma obstrução parcial à passagem do ar, logo o animal vai tossir. É mais frequente nos cães de raças pequenas e pode manifestar-se em qualquer idade, sendo, contudo, mais frequente em cães de meia-idade.

Além da tosse, podemos ter como sintomas:*dispneia (dificuldade respiratória acentuada);
*posição ortopneica (pescoço esticado e abertura dos membros anteriores) pra facilitar a respiração;
*cianose (a língua muda de rosada para azulada).

Estes sintomas são mais notórios aquando de exercício físico intenso ou períodos de excitação acentuada. Nestas situações, o animal parece que se engasga, podendo ter uma tosse produtiva ou não. Os períodos de tosse aumentam consideravelmente se o animal tiver excesso de peso. O colapso de traqueia é facilmente diagnosticado através de um rx simples.

O tratamento do colapso de traqueia consiste, na maior parte dos casos, em cuidados paliativos: anti-tússicos e anti-inflamatórios que fazem com que a irritação da traqueia diminua. É importante, durante a fase de tratamento, colocar o animal num sítio sossegado. Quando o colapso de traqueia é na porção cervical, pode-se considerar a hipotése de efectuar tratamento cirúrgico, que consiste em colocar anéis artificiais nos locais onde a cartilagem da traqueia está fragilizada.

Todos os animais com colapso de traqueia devem evitar o uso de coleira e/ou estranguladora. Os donos devem optar pelo uso de um peitoral, já que este não exerce pressão no pescoço do animal. O exercício físico intenso deve ser também limitado.

O colapso de traqueia pode conduzir a, médio/longo prazo, alterações na porção direita do coração, pois o animal tem de fazer um maior esforço para respirar. É essencial que o seu animal seja monitorizado regularmente, principalmente se for geriátrico. Não deixe de lhe fazer um check-up semestral.

Verduras que não devemos dar ao pet


Confira algumas verduras que não devemos dar ao pet:


Cebola: A cebola é um ingrediente que deve ser abolido da alimentação dos pets. A cebola, além de não tem uma boa palatabilidade por ter um gosto bastante forte,  contém uma substância chamada dissulfeto de n-propil. Essa substância é bastante maléfica para os pets, pois destrói os glóbulos vermelhos do sangue, causando assim severa anemia. Não forneça por hipótese alguma ao pet, evite a anemia severa, pois dependendo do caso, o animal pode ser indicado até à transfusão de sangue.

Mandioca brava:  A mandioca brava é extremamente tóxica tanto para os animais quanto para os seres humanos. Ela deve ter uma atenção especial no momento da compra, pois  pode ser facilmente confundida com a mandioca mansa. A ingestão pode ser bastante danosa para os pets, pois causam náuseas, distúrbio gastrointestinais, vômitos, cólicas, diarreias, midríase, opistótono (conhecido também como: olhar para as estrelas), cianose, distúrbios cardíacos e etc. Na maioria dos casos leva à morte do animal.

Pimenta: A pimenta não é aceita pelo os cães devido à sua ardência e desconforto oral na hora da ingestão. Em muitos casos, a pimenta pode causar gastrite no cão. Não se deve de maneira alguma inclui-la no cardápio do cão.

Brotos da batata: O broto de batata pode ser extremamente tóxico para um cão doméstico. Pesquisas realizadas afirmam, que os brotos de batata afetam o sistema nervoso central (SNC) e pode causar problemas gastroentéricos nos cães.

Batata crua: As batatas, quando são fornecidas sem estar devidamente cozidas, podem ser bastante prejudiciais ao animal. Por conter uma substância chamada solamina, a batata crua pode ser tóxica ao animal. As batatas podem ser ofertadas ao animal sem problema algum, porém deve estar bem cozidas.

Alho: O alho, assim como a cebola, como dito anteriormente, não tem uma boa palatabilidade para os cães, sendo a comida muitas vezes rejeitada pelos cães por conter o gosto forte do alho. Assim como a cebola, o alho contém a substância dissulfeto de n-propil que destrói os glóbulos vermelhos do sangue do animal. Não deve ser ofertada de forma alguma o alho e a cebola para os animais.

Batata verde: Assim como a batata crua, a batata verde contém uma substância tóxica para os cães domésticos. A substância tóxica chamada de solanina que está presente também nas batatas verdes pode causar uma disfunção gastroentérica no animal, podendo levar o animal a óbito.

Tomate verde: Os tomates verdes (aqueles que ainda não ficaram maduros), são bastante consumidos pelos cães principalmente em sítios e fazendas, por estarem mais ao acesso dos animais. Os tomates verdes podem causar arritmias cardíacas nos cães, como também, dificuldade de respirar, salivação abundante, diarreia e vômito. Os pés de tomates devem ficar fora do alcance dos cães, evitando assim, o consumo dos mesmos.

Folhas e caules de plantas: Muitos tutores têm a prática de fornecer ao seu cão o legume junto com a folha e o caule da planta. Isso é uma prática totalmente errônea, pois já é provado que isso causa danos e compromete a fisiologia normal do animal. O correto é que, na hora se servir os legumes, seja retirada qualquer tipo de folha ou de caule proveniente da planta.


Sinais muito simples que podem indicar se o seu pet está enxergando mal


Quando o nosso filho está enxergando mal a coisa mais sensata a se fazer é pedir que ele nos diga o que está acontecendo para podermos ajudá-lo. Porém, com relação aos nossos animais de estimação há uma pequena diferença: eles não podem falar. Por isso, é difícil saber se eles sentem dor, se algo em seu organismo está mal ou se sua vista começou a apresentar problemas. Como podemos saber o que está acontecendo com a visão do nosso animal de estimação?
Por mais triste que seja dizer isso, quando os cachorros envelhecem, é normal que eles percam a visão de forma gradual até que fiquem cegos. As causas são variadas.


Causas da cegueira canina




Além do envelhecimento, os cachorros podem sofrer cegueira repentina, a qual não tem explicação.
Porém, outras causas podem ser doenças tais como a diabetes ou uma aceleração do metabolismo, além de também poder ter sido causada por um acidente.

Outra causa que podemos desconhecer, sobretudo se nosso filhote for adotado, podem ser seus antecedentes familiares. Talvez seus pais ou avós tivessem problemas visuais e isso fez com que ele nascesse com uma cegueira congênita ou qualquer tipo de problema visual que veio com o seu nasciSeja como for e mesmo que você acredite que seu cachorro sofre de algum mal na visão, o melhor sempre é cuidar dos olhos e limpar suas remelas diariamente para evitar infecções.


Sinais de que seu animal de estimação pode estar vendo mal
Há vários sinais muito simples que podem indicar que seu animal de estimação está vendo mal, e você pode reconhecê-los simplesmente observando.



Ele esbarra em tudo. Isso poderia ser normal se você houvesse mudado os móveis de lugar e seu animal de estimação fosse um tanto distraído. Porém, quando tudo está em seu devido lugar e de repente seu animal de estimação começa a esbarrar em tudo, algo não vai bem em sua visão. Ele não está enxergando bem.

  • Não reconhece seu rosto a mais de 3 metros. Os animais de estimação têm uma visão espetacular que lhes permite distinguir as feições de seus donos de longe. Porém, quando seu animal de estimação nem te vê e nem sabe onde você está até que o chame, ele está vendo mal. 
  • Não enxerga bem de noite. Se à noite ele esbarra em tudo e não sabe chegar até onde está a sua comida, é um claro indicativo de que algo não anda bem, já que os animais de estimação têm uma visão noturna espetacular. 
  • Se não vê as suas coisas. É verdade que os cachorros se guiam pelo seu olfato, mas eles também usam muito a sua visão. Se você perceber que seu cachorro não vê os seus brinquedos ou o seu comedouro, onde estão a sua comida e água, é possível que ele esteja vendo mal, pois eles não costumam precisar do olfato para encontrar essas coisas. 
  • Olha para todos os lados procurando por você. Se ele não é capaz de ver você e não sabe onde você está, ainda que seja em casa ou na rua, até que você o chame, significa que ele não está usando a sua visão, mas sim o seu ouvido, pelo fato de que sua vista está com problemas. 
  • Fica cheirando o chão por um bom tempo. Se quando ele está na rua não olha para frente, mas vai andando com a cabeça abaixada cheirando o chão, é porque ele precisa usar seu olfato para saber onde está e aonde deve ir. 
Também há sinais nos olhos de seu animal de estimação que podem fazer com que você perceba que ele tem problemas de visão:
  • Excesso de remelas; 
  • Nebulosidade nos olhos; 
  • Lesões internas ou externas; 
  • Olhos meio fechados; 
  • Vermelhidão ou derrames. 

O que fazer se você perceber algum desses sinais?

Não tem dúvida, leve seu cachorro ao veterinário. Se ele não estiver preparado para atender assuntos profundos relacionados à visão, ele mandará você a outro profissional que seja especialista.


Eles farão os exames necessários para saber que tipo de problema tem seu animal de estimação e de onde surgiu, além de te ajudar a resolvê-los.

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