terça-feira, 14 de julho de 2015

Conduzindo as vacas do pasto para o local de ordenha

Antes de buscar as vacas no pasto (ou piquete) o ordenhador deve verificar se a instalação está preparada para recebê-las, checando se está tudo em ordem para realizar a ordenha (energia elétrica, água, porteiras, equipamentos a serem usados na ordenha, produtos de desinfecção e limpeza).
A condução das vacas deve ser feita com calma, sem
correr e nem gritar. O ideal é que as vacas andem para
o local da ordenha por vontade própria. Para tanto,
a condução deve ser realizada sempre pela mesma
pessoa e de preferência no mesmo horário.
Não faça movimentos bruscos, não grite, não use
instrumentos de agressão (pau, corda, chicote, ferrão
e bastão elétrico) e nem bata nos animais; chame
as vacas pelos nomes; estimule-as a andar batendo
palmas e assoviando e, quando necessário, dê
tapinhas na garupa.
Entre os bovinos existem rotinas, como por exemplo, andar pelos mesmos caminhos, deitar no mesmo
local e beber água no mesmo horário. Essas atividades geralmente são realizadas em grupo, sob
infl uência de um ou de alguns indivíduos, que são os líderes.
A liderança é defi nida quando um animal inicia o movimento ou escolhe um determinado local para fazer
uma atividade (descansar, por exemplo) e é seguido pelos outros animais do grupo. Em geral, a vaca líder
é a mais velha do rebanho.



A condução do lote fica mais fácil quando se conhece

a vaca líder, trabalhando a movimentação do rebanho
a partir dela. Estimule o deslocamento da líder, isto
estimulará as outras vacas a acompanhá-la.
Durante o percurso continue estimulando as vacas
a andarem, chamando-as pelos nomes, batendo
palmas e assoviando. Mantenha um bom ritmo de
deslocamento, sem correr e sem parar, até chegarem ao
local da ordenha. Se alguma vaca fi car para trás, volte
e estimule-a a se movimentar seguindo os mesmos
procedimentos usados com as outras.


Ao chegar ao local de ordenha, acomode as vacas
no curral ou na sala de espera e espere alguns
minutos, para que descansem, antes de iniciar as
outras atividades.
Não coloque muitas vacas na sala de espera, pois
elas ficam estressadas, além de ser mais difícil
conduzi-las para a sala de ordenha.


Após a correta condução e acomodação das
vacas no curral ou na sala de espera, certifi quese
novamente se está tudo pronto para iniciar a
ordenha.
Conduza as vacas para o local de ordenha seguindo
os mesmos procedimentos descritos para a
condução até a sala de espera: chame as vacas
pelos nomes, bata palmas, faça gestos suaves,
assovie e dê tapinhas na garupa.

Não force a entrada das vacas na sala de ordenha,
respeite a ordem definida por elas próprias.
Respeite as preferências e a individualidade de
cada animal na hora de escolher o local para ser
ordenhada.
Lembre-se: evite carregar qualquer instrumento
de agressão (pau, corda, ferrão, bastão elétrico,
cano e chicote) quando estiver conduzindo as
vacas.



Fonte: http://www.agricultura.gov.br/







As instalações para se ter uma boa ordenha


O local onde é realizada a ordenha deve ser 
projetado de forma que as vacas fiquem 
bem acomodadas e tranquilas, além de 
oferecer segurança ao ordenhador.

Em fazendas que trabalham com animais 
de raças especializadas, que sofrem 
maior estresse pelo calor, é recomendada 
a instalação de sistemas de resfriamento 
nas salas de espera e de ordenha como, por 
exemplo, ventiladores e nebulizadores.

Fonte: http://www.agricultura.gov.br/

Os tipos de ordenha: a ordenha pode ser realizada de forma manual ou mecanizada


A ordenha pode ser realizada de forma manual ou mecanizada. 

A escolha do tipo de ordenha depende de vários fatores, dentre eles: número de vacas em lactação, 
capacidade de investimento do produtor, disponibilidade de pessoas capacitadas para realizar a ordenha 
e, por fim, o nível de produção das vacas.

Ordenha manual


Este é o sistema mais antigo de ordenha, no entanto ainda 
é muito frequente, principalmente em pequenos rebanhos. 

O investimento em equipamentos é baixo, mas exige maior 
esforço do ordenhador.

A estrutura para realizar a ordenha manual geralmente é 
bastante simples, podendo ser feita em um piquete, no curral 
ou em um galpão. 

Há situações em que as vacas ficam soltas, 
sem nenhum tipo de contenção e, outras, em que as vacas 
ficam presas com correntes ou com canzis. É comum “peiar as 
vacas” (amarrar as pernas traseiras) no momento da ordenha 
manual.

Ordenha mecanizada
A ordenha mecanizada possibilita a extração do leite mais rápida do que a ordenha manual e, quando 
bem realizada, tem menor risco de contaminação. 
Geralmente, é feita em um local específi co, a sala de ordenha, que pode variar tanto no tipo quanto na dimensão


Tipos de ordenha mecanizada



A ordenha com balde-ao-pé é o tipo mais simples 
e mais barato de ordenha mecanizada, podendo ser 
empregada tanto em galpões simples (mais comum) 
quanto em salas com fosso. Seu uso é mais frequente em 
rebanhos pequenos. 
Quando realizada em locais sem o fosso, o posicionamento 
do ordenhador durante o procedimento de ordenha é 
difi cultado, podendo resultar em problemas de saúde.




Na sala de ordenha tipo espinha-de-peixe os animais fi cam
posicionados diagonalmente em relação ao fosso de ordenha, o
que facilita a visualização do úbere e dos tetos. Além disso as vacas
ocupam menor espaço na lateral do fosso. A sala espinha-de-peixe
pode ser unilateral, com as vacas posicionadas em apenas um dos
lados do fosso; ou bilateral, quando elas fi cam posicionadas nos dois

lados do fosso.



Na sala de ordenha tipo tandem (fila indiana), as vacas ficam
dispostas uma à frente da outra, em posição paralela ao fosso. É o
único modelo que possibilita a ordenha mecanizada com bezerro
ao pé. Nesse tipo de sala de ordenha, as vacas ocupam espaço
maior na lateral do fosso, o que torna difícil adotá-lo em rebanhos
grandes, pois exige uma sala muito comprida, que dificulta o

trabalho do ordenhador.


Na sala de ordenha tipo lado-a-lado as vacas fi cam em
posição perpendicular ao fosso, uma ao lado da outra. Com esse
posicionamento há redução no espaço ocupado por vaca durante a
ordenha. Mas, por outro lado, as vacas fi cam de costas para o fosso,
o que difi culta a visualização completa do úbere e dos tetos.
Há ainda outros tipos de ordenhas mecanizadas, como por exemplo, as ordenhas em carrossel e
robotizada, que são sistemas mais sofi sticados e, portanto, mais caros; o que faz com que sejam raras em nosso país.



Fonte: http://www.agricultura.gov.br/

Gado Leiteiro: A importância da saúde das vacas e dos ordenhadores


Para obtenção de um leite saudável e de boa qualidade, é necessário que as vacas estejam em boas
condições de saúde. O ordenhador deve estar sempre atento a certos sinais apresentados pelas vacas,
como por exemplo: olhos fundos, pelos arrepiados, diminuição na ingestão de alimentos, parada da
ruminação, queda na produção de leite e alterações na urina ou nas fezes (muito mole, ou muito seca, ou
com sangue) que podem ser indicativos de problemas de saúde.

Os cuidados com a vaca começam antes mesmo do parto, no período seco. Esse período deve durar pelo
menos 60 dias e é conhecido como o período de descanso da vaca. O período de descanso é fundamental
para o desenvolvimento do feto, para melhorar a condição corporal da vaca, para a recuperação da
glândula mamária e para a produção de colostro de boa qualidade.
Na fase de lactação, deve-se ter atenção especial com a mastite, doença que causa grandes prejuízos
para a atividade leiteira. Conforme o tipo de microorganismo causador da mastite, ela pode ser
classifi cada em: contagiosa e ambiental.

Mastite contagiosa: causada por microorganismos que estão presentes no úbere e são transmitidos
pelas mãos do ordenhador e equipamentos de ordenha. Esses microorganismos entram no canal do teto
e causam a infecção. Este tipo de mastite é facilmente transmitido de um animal para outro durante a
ordenha, por isso a importância da adoção de boas práticas de higiene e desinfecção.

Mastite ambiental: causada por microorganismos presentes no ambiente (solo, camas, material
vegetal, pisos dos currais, etc.), ocorrendo com maior frequência em períodos quentes e úmidos. O maior
risco de contágio é logo após a ordenha, quando os esfíncteres (orifícios) dos tetos ainda estão abertos e
a vaca deita sobre solo ou material contaminado, facilitando a entrada de microorganismos no canal do
teto, o que leva à infecção.
Quanto ao diagnóstico, a mastite pode ser classifi cada como clínica e subclínica.

Mastite clínica: é mais fácil de ser percebida, geralmente causa diminuição na ingestão de alimentos,
a vaca fi ca com o úbere infl amado (com aumento de volume, avermelhado e quente) e o leite com
grumos, pus ou sangue. Para melhor controle deste tipo de mastite deve-se fazer o teste da caneca de
fundo preto em todas as ordenhas.

Mastite subclínica: é mais difícil de ser percebida, pois a vaca não apresenta sintomas claros do
problema, a não ser, pequena queda na produção de leite. A mastite subclínica pode ser detectada pelos
testes de contagem de células somáticas no leite (CCS) ou com o Califórnia Mastite Teste (CMT).

Os testes para diagnóstico de mastite clínica e subclínica serão explicados mais adiante neste manual.

O ordenhador deve sempre cuidar de sua higiene pessoal e de sua saúde, realizando exames de rotina,
com atenção especial para brucelose e tuberculose.
A adoção de procedimentos básicos de higiene é fundamental, devendo-se lavar as mãos antes e durante
as ordenhas; lavar as mãos após ir ao banheiro, manter cabelo preso e unhas cortadas e usar roupas,
aventais e botas limpos.

Tudo isto contribui para melhorar a saúde das vacas e a qualidade do leite.

Fonte: http://www.agricultura.gov.br/