domingo, 14 de fevereiro de 2016

Confira as 5 matérias mais visitadas no Blog da Center Vet em Janeiro/2016

Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais em Atividades de Ensino ou Pesquisa Científica

Foi divulgada na quarta-feira (3/2) a publicação da versão mais recente da Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais em Atividades de Ensino ou Pesquisa Científica (DBCA), do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, órgão do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O objetivo da DBCA é apresentar princípios de condutas que permitam garantir o cuidado e o manejo éticos de animais produzidos, mantidos ou utilizados para fins científicos ou didáticos.

Os princípios devem orientar pesquisadores, professores, estudantes, técnicos, instituições, Comissões de Ética no Uso de Animais (Ceuas) e todos os envolvidos no cuidado e manejo de animais utilizados em ensino ou pesquisa.

A Resolução Normativa nº 30 de 2 de fevereiro de 2016, que baixou a Diretriz, entrou em vigor na data de sua publicação.

A DCBA pode ser conferida na íntegra no site do Concea.

Assessoria de Comunicação do CFMV



Fonte:

Soro fisiológico para humanos já pode ser usado em animais

Uma empresa que distribui produtos para Pet Shop ganhou na justiça o direito de comercializar glicose, soro fisiológico, solução ringer e aminoácidos empresas sem a necessidade de contratação de um farmacêutico. Apesar de serem produzidos originalmente para uso humano, os produtos são usados em animais por não existirem similares no mercado e não apresentarem risco para saúde pública.
A decisão favorável à Riber Pet Distribuidora de Produtos para Pet Shop, publicada no dia 22 de janeiro, teve origem em uma ação movida pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.  

A distribuidora atua no ramo atacadista veterinário desde 2009 e possui um médico veterinário responsável técnico registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) e no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Além de declarada a suspensão dos autos de infração contra a empresa Riber Pet, foi decidida a inexistência de obrigação legal para a contratação de profissional farmacêutico como responsável técnico pelo armazenamento e transporte de produtos veterinários que a empresa comercializa, ainda que tenham sido fabricados para uso humano. A exigência também havia sido feita pelo Conselho Regional de Farmácia.
A decisão indica ainda que não há prova no sentido de que o controle dos produtos, transporte e armazenagem dependa de perícia que vá além do conhecimento técnico dos médicos veterinários.
Foi ressaltado no documento que a proteção da saúde dos animais e sua preservação compete aos conselhos de veterinária, que deve verificar as condições dos produtos comercializados também em sua fase de transporte e armazenagem, ainda que tenham sido produzidos originalmente para uso humano. 
A íntegra da decisão pode ser acessada pelo site da Justiça Federal de São Paulo, basta digitar o número do processo: 0007653-41.2012.403.6102 . 
Assessoria de Comunicação do CFMV

Cresce o mercado de produtos para animais de estimação

Além de serviços diversos, profissionais surgem para atender a demanda.
Setor deve movimentar R$ 16 bilhões este ano no País.

 O universo dos animais de estimação gera lucro para os mais diversos setores do mercado. Um dos exemplos é a produção de milho. Aparentemente não parece ter nada ver com os pets, mas cerca de 50% dos ingredientes das rações que eles consomem tem como matéria-prima o milho. Mas, tem também os serviços específicos e até a dog sitter, uma espécie de babá de animais de estimação. Esse lucrativo mercado é o destaque da terceira reportagem da série "Mundo Pet" exibida no TEM Notícias.

Fábrica produz 300 toneladas de ração por dia  (Foto: Reprodução / TV TEM) 
Fábrica produz 300 toneladas de ração por dia
(Foto: Reprodução / TV TEM)

Abastecimento de matéria-prima, dosagem e formulação dos produtos, moagem, cozimento, secagem e ensaque. Essas são as fases do processo de produção de alimento para cães e gatos em uma fábrica em Santa Cruz do Rio Pardo (SP). Por dia são 300 toneladas do alimento no depósito da fábrica.
E pensar que quando a empresa começou, a produção era de 200 toneladas por mês. “A princípio eram produtos específicos pra cães adultos, depois cães filhotes, gatos, produtos mais específicos pra raças pequenas, por exemplo. Então fomos diversificando o nosso portfólio de produtos a fim de bem atender aos consumidores”, explica o zootecnista e gerente técnico João Paulo Camarinha Figueira.
E para garantir a qualidade da refeição, um grupo de “trabalhadores” é especializado na degustação. Cães e gatos que dão a “palavra final” se a "receita" está boa. “A gente avalia através da observação de consumo e de primeira escolha deles qual alimento eles têm preferência”, explica a veterinária e gerente do centro de pesquisa da fábrica, Mônica Clauset Leite de Souza. 

Tudo para pets
Em uma loja de São Paulo, matriz da maior rede de pets shops do Brasil, as rações correspondem a 60% das vendas, mas o comércio no local é bem mais amplo. A loja tem 20 mil produtos diferentes para alimentação, brinquedos, acessórios, produtos de limpeza, de higiene, medicamentos e roupinhas. E os donos dos pets podem fazer compras a qualquer hora do dia, porque o local funciona 24 horas. “Atrai funcionários e profissionais de grandes redes, então é um mercado altamente promissor”, afirma o diretor de expansão da rede, Hélio Freddi Filho.


Equipe especializada avalia a qualidade das rações  (Foto: Reprodução / TV TEM)Equipe especializada avalia a qualidade das rações (Foto: Reprodução / TV TEM)
Nessa conta, inclua os serviços como os que a cadela Breeze utiliza. Se os donos saem de férias, ela também tem direito e vai pra um hotel. O que ela gosta, mesmo que a viagem leve três horas, já que a família é de Vinhedo e ela só se hospeda em Botucatu. “Eu acho que no momento que você escolhe ter um cachorro, você tem que estar muito consciente que você tem que dar o melhor dentro das suas possibilidades”, afirma a dona de casa Teresa Virgínia Magalhães.
O local oferece uma estrutura completa. “Nós oferecemos a clínica veterinária e o acompanhamento, então realmente é um serviço diferenciado”, explica médica veterinária Janaína Camargo.

Grommer e outros especialistas
Um centro de estética animal em Botucatu foi criado há 13 anos para oferecer banho e tosa para cães em gatos. A proprietária do local, Suzana logo começou a se destacar no ramo e recebeu convite para dar aulas sobre a “arte” de tosar os animais e do salão de estética surgiu a escola. Um centro de formação profissional, que hoje dá muito mais lucro.  E um detalhe importante, as profissionais não são "tosadoras". “O nome correto da profissão é grommer”, explica Gorete Lourenço.

Grommer são especializadas na tosa de animais  (Foto: Reprodução / TV TEM) 
Grommer são especializadas na tosa de animais
(Foto: Reprodução / TV TEM)
Mas, se existe hora para o glamour, tem que ter também para o gasto de energia. Cachorro preso em casa é complicado. Por isso também tem profissional atuando nessa área. Basta ele chegar que a cachorrada ficar agitada. Sinal de passeio à vista.

Alexandre Zanetti não é o dono dos cães mas é pago para caminhar com eles. É um dog walker, uma profissão que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado pet. O ex-frentista abandonou a vida nos postos de combustíveis e ganhou dezenas de melhores amigos. “É aquela coisa, procure fazer alguma coisa que você goste que você nunca mais vai trabalhar na sua vida.” Hoje ele não vive só disso como ganha o dobro de quando era frentista.
Só que tem profissional que faz muito mais que passear com os cães. Tânia Batista é dog sitter ou babá de cachorros. O cargo que ela ocupa exige tanta confiança que ela tem até uma cópia da chave da casa onde vivem os seus “clientes”. 

Enquanto os donos estão fora é ela quem bota ordem no canil. E antes da diversão Tânia cumpre outras obrigações. Coloca comida, troca o tapete higiênico e a água, que tem que ser filtrada, por sinal.
“A gente cuida muito dos animais, dá atenção, muita mesmo, é um tempo que a gente dedica só a eles”, explica. Além de dog sitter, a Tânia também trabalha com táxi dog, ou seja, ela transporta os bichinhos pra onde eles precisam ir. “E eles vão na caixinha, no maior conforto.” O veículo é adaptado para o conforto e a segurança de donos e animais.

Negócio lucrativo
O mercado é tão promissor que uma feira de negócios é sediada em São Paulo já há 13 anos é o maior evento do setor na América Latina. “A gente tem hoje no Brasil 37 milhões de cães, 21 milhões de gatos, só que o número total de animais de estimação está ultrapassando 100 milhões de animais”, destaca a organizadora do evento Laura Snitovsky. 


O Brasil tem 200 milhões de habitantes, e cada família tem em média 4 pessoas. Ou seja, 50 milhões de famílias, com 100 milhões de bichos, o que dá dois animais de estimação por casa. O país é o segundo maior mercado pet do mundo de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação. A expectativa é terminar 2014 com um faturamento de mais de R$ 16 bilhões.

O amor é tão grande pelos animais que até nas situações mais difíceis a gente, de um lado, se desdobra por eles e de outro, um empresário abraça uma oportunidade. É o caso de quem investe em cemitérios pets. O triste na convivência com os nossos animais é que um dia ela vai chegar ao fim. Mas até neste momento é possível prestar uma homenagem. Como fazemos com qualquer membro da família nós podemos sepultar os nossos bichos. Existem cemitérios especializados nesse ramo, um mercado que também está crescendo.

No local tem lápides de vários tipos das simples às mais detalhadas.  (Foto: Divulgação) 
No local tem lápides de vários tipos das simples
às mais detalhadas. (Foto: Divulgação)
Em Botucatu, fica um dos um dos primeiros cemitérios inaugurados no Centro-Oeste Paulista. Iniciativa de Clóvis Bettus depois de uma experiência pessoal. “Quando eu perdi o meu cachorro, senti necessidade, não tinha. Foi pra um descarte, me magoou muito, aí eu resolvi fazer o cemitério, correr atrás disso”, conta.
O lugar tem até sala de velório, onde os donos tomam o tempo que acharem necessário para se despedir do animalzinho. Também é possível acompanhar o sepultamento, que é oferecido de duas formas diferentes. “E não é só cachorro? É gato, papagaio, tartaruga, lebre. É bichinho é pet, né?”, completa Clovis.

Não se espante nem julgue quem enterra um animal de estimação. A dor é a mesma de quando se perde um ente querido. Eles são parte da família, tanto é que não é raro ver pessoas chamando o animal de estimação de filho. O sentimento, muitas vezes é bem parecido. E o comércio já percebeu essa mudança. Proibir a entrada de animais pode significar menos dinheiro no caixa.

E se os “filhos” não podem entrar, os pais não também não frequentam. Muitos preferem não deixar os pets sozinhos em casa. E para muitos comerciantes esse tipo de atitude representa prejuízo e menos movimento. Por isso um shopping de São Paulo percebeu há 15 anos que permitindo a entrada de animais o movimento também cresceria. E com mais gente circulando a matemática é simples, as vendas crescem cada vez mais.
Para atrair mais clientes existe uma estrutura para os bichinhos viciados em vitrines. Do lado de fora os donos podem pegar sacolas e recolher a sujeira e também foram instalados bebedouros para os cães matarem a sede. Em outro shopping, em São Bernardo, tem até carrinho para passear com os cães mais preguiçosos, aqueles que querem olhar as vitrines, mas sem se exercitar.
Não tem como negar, os cães estão ganhando espaço. Os pets estão se tornando uma fonte inesgotável de dinheiro. Um mercado em franca expansão e tem muita gente que já percebeu que a aparente inocência dos gatos, cãezinhos e outros animais pode render muitos cifrões.

Shoppings passaram a oferecer estrutura para entrada de animais  (Foto: Reprodução / TV TEM)Shoppings passaram a oferecer estrutura para entrada de animais (Foto: Reprodução / TV TEM)

Fonte:

A evolução dos cães até se tornarem animais de estimação



Os cães são animais totalmente adaptados ao convívio com os seres humanos, mas para chegar ao estágio atual, os animais passaram por diversas fases evolutivas. Uma história que começou há cerca de 20 mil anos, quando ainda nem latiam e não podiam ser considerados cachorros. Na primeira reportagem da série "Mundo Pet", o TEM Notícias mostra como foi esse processo.


Os cães que conhecemos são descentes dos lobos, o que muita gente discute é como parte deles se aproximou do homem e acabou domesticado. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cinófilos (Sobraci), são várias teorias e, segundo o vice-presidente da instituição, esse laço histórico teve um início ruim. “Não foi uma amizade com um começo fácil. Era um jogo de interesses para ambas as partes”, afirma Éric de Moraes Bastos.

Teorias apontam que cães descenderam dos lobos (Foto: Reprodução/TV TEM) 
Teorias apontam que cães descenderam dos
lobos (Foto: Reprodução/TV TEM)
 
As teorias apontam que os alguns lobos andavam atrás dos homens para se aproveitar dos restos de comida. Instintivamente eles perceberam que ao lado das tribos teriam alimento fácil e passaram a dividir o território. Com os lobos por perto, os homens viram que estavam mais protegidos de ataques de outros animais e permitiram a aproximação.
Com o tempo, os filhotes das gerações futuras dos lobos não caçavam mais sozinhos e tinham o homem como única fonte de alimentos. Foi aí que começou uma das amizades mais longas e sinceras do planeta: o cão e o homem. “O cão precisa enxergar o homem como sendo o seu macho alfa e isso começou nesta época. Quanto mais o filhote percebe a presença do homem, mais ele entende como somos ‘lideres’ deles. Um protetor e provedor de alimento, tudo na base da troca”, explica Éric.
Nos anos que se seguiram, os homens deixaram de viver somente da caça e passaram a explorar a agricultura e a criar os animais que comeriam nas refeições, como ovinos e bovinos. Os cães perderam a função e tiveram que se adaptar. Passaram de caçadores a pastores. Para isso, foi feita mais uma seleção genética.

Homens e cães tiveram uma relação de troca no começo (Foto: Reprodução/TV TEM) 
Homens e cães tiveram uma relação de troca
no começo (Foto: Reprodução/TV TEM)
 
Era preciso cruzar somente os cães que tinham menos propensão de comer os rebanhos e eles passaram a trabalhar. “Enquanto o pastoreiro você precisa de um cão forte que imponha respeito frente ao bando, não pode se trabalhar com um animal que tem uma agressividade maior. Ele tem que ser territorialista sem demonstrar perigo para o rebanho”, ressalta o vice-presidente da Sobraci.
Segundo o adestrador Duval Ramos, o rottweiller, como conhecemos hoje, era um cão usado para cuidar de rebanhos de gado. “Ele foi desenvolvido para ser um cão boiadeiro, mas ele é adaptado para o trabalho de guarda. Assim como quase todas as raças, com exceção do doberman que tem uma propensão genética muito maior para a função, todos trabalham com a segurança”, comenta o adestrador.

Animal de estimação
A humanidade seguiu evoluindo e o cão virou apenas um animal de estimação. Em sua maioria, integrantes da família, mas sem nenhuma função econômica. Não comem mais carne crua e sim ração desenvolvida especialmente para eles. Hoje, as antigas feras são o que chamamos de PET: conceito nascido na Escócia, no século 14 e que significa basicamente animal domado.

A mudança é tão drástica, que o animal que ainda carrega 98% do DNA dos lobos tem que sobreviver em espaços cada vez menores. Uma adaptação que não é fácil, demora anos, e nós estamos vivendo as consequências. É o caso de Vitor Carvalho e Alinda Silva. O casal mora em um apartamento e encontraram a cadela Gioconda abandonada em um parque.
 
O coração falou mais alto, eles levaram o filhote pra casa e nunca mais se separaram dele. No entanto, em 10 meses, o apartamento ficou pequeno para o animal. “Com cinco meses ela já estava com 20 quilos. É bastante coisa e ocupa muito espaço”, comenta Aline.
Segundo os especialistas, é preciso pensar que antes de ter uma raça. A espécie, os ancestrais falam mais alto e uma das saídas para aliviar a tensão é o adestramento. Com um pouco de treino e paciência, qualquer animal, independentemente da raça, pode se transformar em um cão obediente.
Na mão de um profissional, alguns animais podem fazer coisas inacreditáveis. Como, por exemplo, andar em um skate. Além de andar de skate, eles aprendem a rezar, fingir de morto, até fazer uma cesta. Os maiores gastam energia fazendo agilit, um percurso onde os cães realizam tarefas de equilíbrio, obediência e habilidade, tudo para gastar energia.
Mudanças e modismo
Diante da evolução e da mudança do papel dos cães na sociedade, muitas raças acabaram extintas e outras ficaram deformadas. Um caso curioso é o do Turnspit Dog, um cão europeu que foi criado com apenas uma finalidade: girar o espeto de carne durante o churrasco.  “Veio a modernidade e o homem percebeu que era fácil virar o espeto. Com isso, simplesmente acabaram com a raça. E é assim que a gente pode perceber como não havia carinho naquela época”, conta Éric.

Os cães entram e saem de moda como roupa. Quem passou pelos anos 1980 conviveu muito com os pastores alemães, que hoje não são tão populares. O Pequinês também era febre e acabou esquecido. Os filmes com cães colaboram para esse modismo.  Lendas urbanas também podem fazem uma raça sumir. Uma mentira sobre o Doberman colaborou e muito para que eles praticamente desaparecessem.“É difícil entrar cachorros dessa raça hoje em dia. Nos anos 1980, ele era uma febre e todo mundo queria um, mas criou-se o mito de um cão assassino”, lembra o vice-presidente da Sobraci.

Cães são treinados e chegam até a rezar (Foto: Reprodução/TV TEM) 
Cães são treinados e chegam até a 'rezar'
(Foto: Reprodução/TV TEM)
 
Os bulldogs merecem destaque. Eles não sumiram, mas passaram por drásticas transformações. A raça foi criada por açougueiros ingleses há quase 1 mil anos exclusivamente para batalhas sangrentas nas lutas com touros. Com a proibição das lutas, no fim do século XIX, a raça quase desapareceu.
A saída foi criar somente os mais dóceis de cada ninhada. Por estética, diminuíram o focinho, ele ficou mais baixo e engordou. Essa mudança trouxe problemas para os animais da raça. “Ele tem a pele mais grossa, um acúmulo de gordura e o focinho muito achatado, o que dificulta muito a respiração. E é na troca de ar que os cachorros fazem o resfriamento do corpo, como ele não consegue fazer isso direito, passa muito mal durante o calor”, aponta a médica veterinária Ana Paula Guerra.
Ricardo Fischer, armador do Bauru Basquete é dono do bulldog Barthô e ele sabe da dificuldade que é criar um cão dessa raça. “Ele só consegue passear quando escurece, tem que ter um ventilador individual e tem que secar bem as dobras perto dos olhos. Além disso, a alimentação é balanceada”, conta o jogador.

No momento da escolha
Na hora de ter um cãozinho é preciso conhecer a raça e o temperamento do animal. É sempre bom ter em mente que cachorro não é uma regra matemática. Ou seja, nem todo bordercollie é inteligente, nem todo labrador é dócil, nem todo pitbull é violento. “Não é porque aquela determinada raça é muito calma que não possa existir um deles que não seja agressivo. Tem que pesquisar bastante”, explica Ana Paula.


É preciso ter cuidado na hora de escolher o filhote (Foto: Reprodução/TV TEM) 
É preciso ter cuidado na hora de escolher o
filhote (Foto: Reprodução/TV TEM)
É o exemplo de uma família de Bauru. O Uru é um fila brasileiro extremamente dócil e assusta somente pelo tamanho. No entanto, Agatha e a Mila, dois cachorro da família com a mesma raça e a mesma criação são muito mais agressivas. “Tem que separar porque elas não conseguem ficar juntas. No começo a gente tentou, mas tinha briga de tirar sangue uma da outra e correr para veterinário. Resolvemos com cada uma no seu espaço”, conta Cláudia Sartorri Hilsdorf.
Mas segundo os especialistas é possível prever a personalidade do animal quando eles ainda são filhotes. É preciso tomar a decisão correta naquela hora difícil de escolher um entre muitos na ninhada. “Ele tem que olhar o cão que não tenha essas atitudes e impulsos mais aflorados. É possível diferenciar um cão mais tranquilo, que não precisa ser inseguro, mas com um nível de atividade menor do que outro irmão dele”, ressalta o adestrador Duval Ramos.

Fonte: