terça-feira, 1 de julho de 2014

Bem-estar animal / Por que todo dono deveria castrar seu gato

Castrados, os bichanos desenvolvem um lado mais caseiro. E, ao ficarem mais em casa, se expõem menos a riscos e doenças e vivem mais

Aretha Yarak
Gatos castrados tendem a ser mais caseiros, assim se envolvem menos em brigas e adoecem menos
Gatos castrados tendem a ser mais caseiros, assim se envolvem menos em brigas e adoecem menos (Thinkstock)
Existem hoje 19,8 milhões de gatos no Brasil. A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) estima que esse número chegará a 23,1 milhões em 2013. Em 10 anos, os gatos brasileiros ultrapassarão o número de cães domésticos — por ora, ainda o mais popular amigo do homem. A explosão populacional felina traz à tona uma importante questão sobre como cuidar desse animal, tipicamente selvagem, independente e predador: os benefícios da castração. O que pode parecer um ato cruel à primeira vista, é uma necessária medida para garantir a qualidade de vida do próprio animal.

Inférteis por uma boa causa

Criada em janeiro de 2003, a ONG Adote um Gatinho é uma das vozes mais fortes no país em campanhas de castração do animal. Nesses 10 anos de existência, a organização já doou 5.200 gatos. Todos estavam devidamente castrados.

Em 2001, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo deu início a uma campanha para castração de gatos e cachorros. Até 2010, os cachorros ainda eram a maioria dos animais que passavam pelo procedimento — 25.900 cães para 23.413 gatos. No ano seguinte, os felinos já passaram a ser maioria. Em 2012, foram esterilizados 109.725 animais ao todo: 57.637 gatos e 52.088 cachorros. "O perfil de São Paulo vem mudando. Hoje há uma verticalização maior, as casas têm quintais menores. Isso pode estar colaborando para o aumento no número de felinos", diz Ana Claudia Furlan Mori, gerente do CCZ.
A cirurgia de castração retira o órgão reprodutivo do gato no todo ou em parte. Nos machos, apenas o testículo é removido e eles se recuperam em poucos dias. Já nas fêmeas, a esterilização é feita com a retirada total de útero e ovários. Nesse procedimento, há abertura da barriga do animal para extração dos órgãos. A cicatrização leva cerca de uma semana. "Depois da operação, os gatos domésticos saem menos de casa. É como se eles desenvolvessem um comportamento mais caseiro", diz Susan Yamamoto, uma das fundadoras da ONG Adote um Gatinho.
Ao perambular menos pela vizinhança, os animais tendem a viver mais, simplesmente porque se expõem menos a situações de risco. Segundo Luciana Deschamps, médica veterinária e uma das fundadoras da ONG Felinos do Brasil, lugar de gato doméstico é, como o próprio nome diz, dentro de casa. "Na rua, ele vai arrumar brigas, se machucar, pegar mais doenças e ainda corre o risco de ser atropelado", diz. Ao passar mais tempo fora de casa, o gato é ainda um dos grandes predadores de passarinhos — em alguns casos, levando ao extermínio de espécies inteiras.
No caso das fêmeas, há ainda riscos de gestações sequenciais. "Além de aumentar o número de animais que serão abandonados, essas gestações debilitam a saúde do bicho", diz Luciana. Ao contrário das cadelas, que entram no cio apenas duas vezes ao ano, uma gata pode entrar no cio em períodos variáveis. Há animais que entram em período reprodutivo a cada dois meses, todos os meses e até mesmo aquelas que demoram apenas 15 dias. O odor que a gata exala, e que atrai o macho, pode ser sentido em um raio de até três quilômetros — razão da choradeira que atiça o ódio de vizinhos.
Obesidade felina — De acordo com o médico veterinário Aulus Carciofi, professor da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jabotical, o animal castrado precisa de um cuidado especial do dono. Ao retirar as gônadas do felino, encerra-se a produção dos hormônios reprodutivos. Esses hormônios são responsáveis ainda por controlar o apetite e pela manutenção de uma massa muscular de qualidade (que consome mais calorias). Assim, sem os hormônios, os gatos acabam gastando menos energia e comendo mais. "Como resultado, ele ingere muito mais calorias do que consegue queimar. Até 40% dos gatos castrados são obesos", diz.
Esse ganho de peso, no entanto, pode ser facilmente revertido pelo dono. Basta fazer o controle da quantidade de ração que o animal ingere. "Estão à venda rações para gatos castrados, com menos gordura e mais fibras", diz Carciofi. Segundo o veterinário, o indicado é que a ração de um gato castrado tenha menos do que 10% de gordura e mais de 6% de fibras. "Claro que se você estimular seu animal a fazer exercícios físicos, brincando com ele, haverá maior queima de calorias, e ele vai engordar menos."

Fonte: 

Sobre o Comportamento Alimentar dos Cavalos

Comportamento alimentar

Em liberdade, um cavalo passa cerca de 12 horas alimentando-se ao longo do dia. Alimenta-se aproximadamente em 75% do dia e 50% da noite. Um cavalo pode ingerir entre 60 e 80 kg de erva nova.

Para os cavalos de estábulo, é recomendável que seja servida 3 comidas: Pela manhã comida normal, a meio do dia comida mais suave e pela tarde algo mais forte.
Para cavalos que vivem sob um telhado, o problema surge no aborrecimento, visto que em liberdade ele passa 12 horas a alimentar-se e a procurar alimentos.

O cavalo é um animal que se pode ter no estábulo 22 horas por dia, mas isso poderá alterar o seu comportamento psicológico e neurovegetativo. As suas reacções perante uma rotina sedentária podem ser diversas, como resultado de uma mudança alimentar diferente daquela que se está habituado.

Os aspectos digestivos dos cavalos
Convém não variar repentinamente o tipo de alimentos. A disponibilização de uma alimentação rica em hidratos de carbono vai desenvolver a actividade microbiana e poderá dar-lhe cólicas devido à produção excessiva de gases.
Se o cavalo estiver no prado, temos que desconfiar dos pastos pobres ou dos concentrados que possam causar asfixia esofágica ou cólicas devido ao animal alimentar-se demais com este tipo de ervas.

A digestão da erva é muito rápida. Em média, o cavalo absorve 1 kg de feno de 20 a 60 minutos. Um cavalo de 500 kg pode chegar a ingerir sozinho 12 kg de feno. A digestão varia dependendo do cavalo. Se os alimentos não forem mastigados devidamente (por ser um cavalo guloso), se tiver uma má dentadura ou se órgãos digestivos não funcionarem bem (devido às rações serem demasiados fortes ou porque o cavalo é velho), estes factores podem influenciar a digestão da ração (de uma forma negativa).

Fonte: Mundo Entre Patas

A importância da erva na alimentação dos cavalos

Alimentação dos cavalos
A erva é o alimento preferido do cavalo e um remédio excelente para os cavalos stressados ou nervosos. Este alimento provoca um aumento do trânsito do intestino delgado. Se a erva for nova, dispõe das modificações da flor microbiana do cólon ascendente.

A erva é muito rica em vitaminas e minerais, mas fraca em valor nutritiva. Possui uma grande irregularidade sobre o plano nutritivo: depende das épocas, dos solos, etc. O melhor tipo de erva é a jovem, na Primavera principalmente, a partir do momento que existe a formação das gemas florais.

A erva nova demais na Primavera causa sensação de inchaço no estômago pois esta erva é rico em água e falta de substância fibrosa, o que pode causar diarreias de erva. É também rico em nitrogénio e fósforo, como também hidratos de carbono, tem demasiado potássio e pelo contrário falta-lhe magnésio e sódio.

É necessário ter cuidado com os excessos de nitrogénio pois pode causar algumas irritações na pele.
A não ser que o cavalo esteja a pastar durante todo o ano, nunca se deve deixar um cavalo solto durante a Primavera no pasto pois arriscamo-nos a que tenha cólicas. Um cavalo acostumado ao estábulo deve-se soltar no pasto de forma progressiva.

O valor alimentar desta erva depende, claro, da qualidade do pasto. Um bom prado, no período do pasto, pode cobrir as necessidades dos cavalos submetidos a um trabalho ligeiro ou médio. Mas há que complementar a dieta do animal com sal, cálcio e fósforo.
No Verão, na temporada quente, a erva envelhece e perde o seu valor. Por isso os cavalos em geral a abandonam. Pelo contrário, no Outono, com a chuva, a era brota de novo.

A erva cortada
Podemos dar aos cavalos erva fresca cortada. É recomendável dar apenas metade da ração de folhagem de erva e dar esta erva cortada antes das rações, porque a erva muda rapidamente. Se for dada a erva depois de uma ração de feno, o cavalo poderá ficar com gases.

É impossível controlar ou escolher exactamente a quantidade e qualidade da erva no pasto, a menos que se meça frequentemente.

Fonte: Mundo Entre Patas