segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Questão de Ética - Animais: objetos do cenário ambiental?


Há algo errado na Constituição e nas Leis que a regulamentam, no que diz respeito ao tratamento devido a quem tira a vida de um animal. Os animais ditos silvestres são considerados parte do cenário natural. Quem os mata responde à Lei dos Crimes Ambientais – LCA. Quem retira uma peça do cenário mexe no layout da vida natural e deve responder por tal crime.

A vida de um animal silvestre é considerada parte da vida do resto da natureza. Que é parte da vida, não se duvida. Que essas vidas dependem do cenário natural para poder seguir existindo, também não se duvida. Mas que sejam apenas peças do cenário, sem qualquer estatuto moral próprio, isso não faz o menor sentido.

O que dizer, então, de alguém que mata um animal residente no meio urbano e também responde à LCA? Um cão ou um gato são objetos cênicos do mundo ambiental urbano? Não são. Do mesmo modo que um animal silvestre não é um objeto cênico do mundo ambiental natural. Os animais são sujeitos-de-suas-vidas (Tom Regan, The Case for Animal Rights), na mesma condição dos humanos, ainda que cada tipo de vida venha sujeitada a peculiaridades ou singularidades específicas, quer dizer, que as demais podem não ter.

Toda vida animada (animal) chega aqui, a este mundo terráqueo, dotada de algo que outros seres vivos, as plantas, por exemplo, que constituem o cenário natural protegido pela Lei dos Crimes Ambientais, não têm: a liberdade e a necessidade inerente a próprio éthos de ir e vir para se auto prover e prover os seus.

Para nascer animal o corpo paga este preço, mesmo que ele não tenha consciência alguma disto: a separação da fonte de nutrientes necessários à manutenção dele, que garantiu sua vida no estado embrionário e fetal: o útero ou o ovo. Um animal se torna indivíduo quando rompe o vínculo com o corpo que lhe dá origem.

Uma árvore obtém do solo, do ar, da luz e da água, todos os nutrientes que formam e permitem o crescimento e maturação de seu organismo. A árvore, para nascer, põe fim à semente que a gerou. O animal, para nascer, não põe fim ao corpo que o gerou, mas tem que ser separado dele.

Um animal precisa ir e vir o dia todo, todos os dias de sua vida, em busca de comida, de água, de um lugar seguro para descansar, de interações prazerosas e preferidas com outros animais, de satisfação de sua curiosidade e de refúgio para seus medos mais primários, sob pena de morrer desnutrido, estressado ou deprimido, e de não realizar o movimento específico do espírito que anima sua espécie de vida. Para realizar plenamente sua existência, o animal precisa aprender com os seus progenitores como se faz isso.

Então, temos aí uma diferença grande entre duas espécies de vida, a animada (movida pelas emoções e pela consciência de si no ambiente natural e social específico), e a não animada, movida pelo processo de auto manutenção sem que o organismo precise movimentar-se no ambiente externo mais amplo. 


por Sônia T. Felipe

Fonte:
http://www.anda.jor.br/11/12/2015/dez-dezembro


 

Dicas - Como planejar uma viagem com o seu animal



(Foto: Imagens Google)

Viajar precisa de planejamento e, com animais domésticos, isso é ainda mais importante. A folha de S. Paulo fez um guia para ajudar a fazer das férias momentos de descontração em vez de preocupação.

O primeiro passo é verificar se o hotel ou a pousada é “pet friendly”, ou seja, que aceitem e estejam preparados para receber animais. Caso a viagem seja de carro, a dica é não deixar o animal solto. “É muito importante que eles sejam transportados em caixas com tamanho adequado e de preferência no banco de trás”, explica ao jornal Andrei Nascimento, da MSD Saúde Animal.

Agora, se todos forem de avião, tem que se entrar em contato com a companhia aérea para verificar se será necessário um atestado sanitário ou o pagamento de alguma taxa extra. Também, verifique se o animal está com todas as vacinas em dia.

Para finalizar, leve na bagagem ração, brinquedos e um pequeno kit de primeiros socorros – além de identificar o animal com nome e telefone de contato.

Fonte: Noticias ao Minuto

Reflexão - Abolicionismo x Escravidão: no último dia 10 foi o dia Internacional dos Direitos Animais



O dia dez de dezembro é celebrado como o dia Internacional dos Direitos Animais. Penso ser de mais valia uma data para os animais, embora para mim, todos os dias são dias deles. 


Acresce-se a esse pensamento o paradoxo existente: Como podemos celebrar um dia internacional deles quando nesse exato momento tantos direitos dos animais, que deveriam ser realmente e efetivamente concedido, estão sendo violados?

Como podemos nesta nova era de trevas a eles imputados pelo ser humano celebrar o dia de direito dos animais? Se vidas estão sendo ceifadas neste instante, se animais estão famintos nas ruas? Se maus-tratos ocorrem ao redor de todo o mundo?

Como colocarmos simplesmente uma data no calendário, se nem mesmo, a mesma é respeitada?

Quantas vidas perdidas em vão… Por quaisquer sejam os argumentos… Sempre retrógrados imorais e infundados.

Reitero e o farei sempre, nesta era abolicionista na qual vivemos temos de posicionarmos, pró- direito dos animais ou não.

E que em um futuro, não tão longe – espero eu- podemos realmente celebrar esta data, infelizmente ainda não é o dez de dezembro de dois mil e quinze… Lutemos pelos direitos deles.

Eu luto pelo direito deles e você?


Sob a luz do século XXI deparamo-nos novamente com o dilema da escravidão. Fato é que estamos vivendo em uma nova era escravagista em que os animais são diariamente escravizados por mãos humanas. Entretanto é necessário que, a priori, os Homo Sapiens Sapiens reconheçam esta nova era das trevas imputada às demais espécies. Posto isso, deve-se atentar para o que a História já provou inúmeras vezes, tal como, em uma era belicosa escolher um dos lados para defender.

Não há terceira opção. Ou se é abolicionista ou escravagista. Ou luta-se pela libertação animal ou escraviza-os. E basta ‘nada’ fazer para que os animais continuem a serem subjugados pelos Homens. E por ‘nada’ refiro-me a tapar os olhos para a dura realidade e continuar compactuando desta escravidão, quer seja no vestuário, na alimentação, em cosméticos e etc.
Lamentável será, se nada mudar, como o referido século entrará para os anais da História?

Quando no próximo século, espero seja antes, as crianças forem estudar e indagarão: ‘O que fizeram com os animais’ ou ‘ O que nada fizeram’?

E a mesma vergonha que hoje nutrimos por momentos obscuros da História do mundo, irá ser sentido pelas futuras gerações em relação a essa escravidão animal.

Dito isso fica a reflexão: O que você irá, ou não, fazer? Você é abolicionista ou escravagista? Apenas decida-se o quanto antes, pois vidas de animais estão sendo ceifadas nesse exato momento. Eu sou abolicionista, e você?

por Samantha Constanza

Fonte:
http://www.anda.jor.br/11/12/2015/dez-dezembro









Anac poderá definir novos padrões para transporte de animais domésticos

Rodrigo Maia: são cada vez mais frequentes os relatos de animais feridos em voos domésticos, fruto de manejo errado e falta de treinamento do pessoal envolvido no transporte

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 274/15, do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que inclui as competências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a definição de normas e padrões mínimos de segurança, higiene e conforto para o transporte de animais domésticos.
 
A proposta altera a lei de criação da Anac (Lei 11.182/05).

Erros frequentes
Rodrigo Maia disse que são cada vez mais frequentes os relatos de animais feridos em voos domésticos, fruto de manejo errado e falta de treinamento do pessoal envolvido no transporte, entre outros aspectos.

“Mais recentemente, chegou-se ao cúmulo de uma companhia aérea ter perdido o animal doméstico e oferecido outro em troca, como se fosse um mero objeto que não contasse com qualquer afeto por parte do dono e de outras pessoas”, critica.

A regulamentação do transporte de animais para todas as companhias aéreas é a melhor solução, segundo ele, para evitar casos como esse.

O deputado explica que a lei da Anac já permitiria à agência reguladora definir os padrões mínimos de transporte de animais, o que nunca foi feito. A omissão levou-o a apresentar o projeto sugerindo um dispositivo específico para os animais domésticos.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões de Viação e Transportes; e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Com informações da agência de notícias da Câmara Federal 

Fonte:
 F24
 

CPI dos maus-tratos a animais vai ouvir prefeito de SP sobre venda de animais em feiras

(Foto: Imagens Google)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga maus-tratos de animais está chegando na reta final dos seus trabalhos. Na segunda-feira (14), os parlamentares vão ouvir o depoimento do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sobre a venda de animais vivos nas feiras da cidade.

Na terça-feira (15), está marcada uma reunião para discutir e votar o relatório final do deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP). O relatório, que já foi divulgado, tem 346 páginas.

O presidente da CPI, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), afirmou que o relatório já está praticamente pronto, mas o relator ainda deve incluir as informações que serão prestadas pelo prefeito de São Paulo.

No relatório, o Tripoli pede o indiciamento de 13 pessoas e propõe 40 ações para a proteção dos animais, entre elas o fim do uso de animais em circos, zoológicos e aquários. Além de proibir rodeios e vaquejadas, as rinhas de galos de briga e o uso de animais vivos para experimentos em escolas.

Criminalização de procedimentos
Ricardo Izar afirmou que a legislação atual não enxerga os animais como sujeitos de direito, o que dificulta a criminalização de certos procedimentos e não garante estrutura para o resgate de animais vítimas de maus tratos. “Uma política que está começando no Brasil e a gente precisa prevenir isso por meio de legislação. O que a CPI está sugerindo: alguns projetos de autoria da CPI e pedindo a urgência da votação de alguns projetos que já tramitam na casa.”

Entre as propostas que já tramitam na Câmara está o projeto (PL 213/15) do deputado Giovani Cherini (PDT-RS), que regulamenta os rodeios e os cuidado dos animais.

A comissão foi prorrogada e poderá funcionar até 24 de dezembro.

Fonte:

 F24

Publicado pelo portal: 
http://www.anda.jor.br/14/12/2015/cpi-maus-tratos-animais-ouvir-prefeito-sp-venda-animais-feiras