segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Hoje é 29 de Fevereiro! Veja cinco curiosidades históricas sobre os anos bissextos

365,2422 dias - é este o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol.
No atual calendário ocidental, adotado no final do século 16, um ano tem 365 dias. Para manter nossos relógios em sincronia com a Terra e suas estações, os 0,2422 que sobram - ou 5 horas, 48 minutos e 46 segundos - são somados, resultando em um dia extra a cada quatro anos.
É o que ocorre neste ano de 2016, que terá 366 dias.

Veja cinco curiosidades sobre anos bissextos:

1. A culpa é dos romanos Sob o domínio de Júlio Cesar, no primeiro século a.C., astrônomos receberam a tarefa de melhorar o calendário romano antigo, que tinha 355 dias por ano com um mês extra de 22 dias a cada dois anos. Acreditava-se que o calendário havia se desencontrado completamente das estações.


Hulton Archive  

 Ano bissexto foi criado na época de Júlio Cesar, no século 1 A.C.

Assim foi criado o ano de 365 dias, com um dia a mais em alguns anos para incorporar as horas extras - dando origem ao ano bissexto.

O mês que levava o nome do estadista - julho, que antes era "quintilis" - tinha 31 dias, enquanto agosto, que antes era conhecido como "sextilis", tinha apenas 30.

De acordo com os escritos de um acadêmico parisiense do século 13 chamado Sacrobosco, quando Augusto virou o primeiro imperador do recém-estabelecido Império Romano, ele queria um mês dedicado a ele - e um que tivesse a mesma importância para Julio César.

Então fevereiro, que tinha 29 dias ou 30 nos anos bissextos, passou a ter 28 dias - o dia "perdido" foi para o mês de agosto, que ficou com 31.

Houve outros ajustes ao longo dos anos.

Em 1582, foi elaborado o Calendário Gregoriano, que definiu novas regras para o cálculo dos anos bissextos. A parti daí, seriam bissextos apenas os anos múltiplos de 400 e os múltiplos de 4 e não múltiplos de 100. Exemplo de anos bissextos: 2000, 1600, 2
016, 2012, 2004. Exemplo de anos não bissextos: 1700, 1800 e 1900.

2. Revolução dos trabalhadores

Se você ganha por mês, anos bissextos são más notícias.
Tecnicamente você está trabalhando um dia a mais sem receber por isso, já que o salário anual é o mesmo em anos com 366 dias.
Mas há um tema mais complexo por trás disso, já que avaliar o impacto econômico em anos bissextos é complicado.
A maioria das pessoas que lidam com estatísticas usa números arredondados para medir variáveis econômicas, como PIB, para fazer todos os fevereiros comparáveis.
Então fevereiro é considerado um mês com 28 dias acrescido de um quarto de um dia todo ano, sendo bissexto ou não.
Isso levou um professor de ensino médio de Maryland a dar início à "Revolução Sem Trabalho em Ano Bissexto" em 2008, embora a campanha ainda não tenha se materializado em um feriado extra por ano em nenhum lugar no mundo, como ele defende.
Alguns também poderiam dizer que trabalhadores recebem mais do que deveriam em fevereiro, já que esse mês é mais curto que os outros.
Mas a ideia de compensar por uma perda econômica de ter um dia extra no ano existe há cerca de um século.
Entre as alterações do calendário atual que foram propostas durante os séculos, uma das mais populares foi o chamado "Calendário Mundial", criado em Nova York em 1930, que queria mudar o 29 de fevereiro (do ano bissexto) para 31 de junho e transformar a data em feriado mundial.

3. Resoluções de ano bissexto

De forma mais modesta, pequenas "revoluções" estão sendo feitas por pessoas que agem para "retomar o dia" e gastam as horas extras com trabalhos voluntários e ajudando os outros.

"Doe seu dia a mais para caridade", diz a instituição Easyfundraising.org e muitas outras, principalmente na Europa e nos EUA.

Há campanhas para fazer as pessoas doarem, participarem ou arrecadarem fundos para diferentes causas, de pesquisa sobre câncer a atividades de extensão em universidades.

A chave, dizem as instituições de caridade, é que os chefes concordem em dar aos empregados o pagamento do dia 29 - mas, nem precisa dizer, quase nenhum quer fazer isso.

No Twitter, participantes estão usando a hashtag #ExtraDay (dia extra) e #LeapDay2016 (Dia bissexto 2016) para dizer o que estão fazendo.

Além da filantropia, outros usam o dia extra para agilizar planos de negócios atrasados.

Getty
Para alguns, dia extra serviria para trabalho voluntário
Este ano, a agência de marketing digital escocesa Attacat tentará fundar uma nova empresa, do zero, em um único dia. Os funcionários não vão saber o que o que será a nova empresa até chegarem ao trabalho hoje.

"Como muitos empreendedores, tive muitas ideias de start-ups ao longo dos anos, mas nunca tive tempo para colocar as ideias em ação... então tive essa ideia", diz Tim Barlow, diretor-gerente.

"E não estamos falando sobre algo que está aqui hoje e não estará amanhã. Estamos nos esfo
rçando para criar um negócio que dure."

4. Feliz aniversário - a cada quatro anos

Quando falamos sobre esta anormalidade do calendário, fica claro que os mais afetados por isso são os aniversariantes de 29 de fevereiro.

Eles só podem comemorar o aniversário "mesmo" a cada quatro anos. Muitos se acostumaram a comemorar no dia 28, mas dizem que não é a mesma coisa.

"Quando criança, era um problema. Agora me acostumei e acho divertido quando conto para os outros", disse à BBC o grego Dimitrios Michalopoulos.

As chances de nascer no dia 29 de fevereiro são relativamente pequenas - 1 em 1.461.

Atualmente, cerca de 4,1 milhão de pessoas fazem aniversário neste dia.

O cartunista Jaguar, o compositor italiano Rossini, o papa Paulo 3º e o rapper Ja Rule são algumas figuras públicas nascidas neste dia.

A boa notícia é que todos os bebês nascidos no dia 29 podem ter uma festa para ele na cidade de Anthony, no Texas (EUA).

A autoproclamada "Capital do Ano Bissexto" tem um festival de quatro dias que inclui um grande jantar de aniversário para os nascidos em 29 de fevereiro.

5. Mulheres de joelhos


No credit 
No séc. 19, mulheres eram incentivadas a fazer pedidos de casamento com cartões postais
Em alguns países, anos bissextos são associados a rituais e crenças - muitos tem a ver com casamentos.

Na Grécia, por exemplo, casais evitam se casar em anos bissextos porque eles acreditam que isso traz azar.

Mas, em vários outros países, o dia 29 de fevereiro é conhecido como aquele em que mulheres pedem homens em casamento.

O costume não chegou no Brasil, mas se popularizou no século 19. Mulheres eram incentivadas a fazer pedidos com cartões postais, mas as origens da tradição não são tão conhecidas.

Dizem que a tradição vem do século 5, quando uma freira irlandesa chamada Santa Brígida reclamou com São Patrício que as mulheres tinham que esperar muito até que os pretendentes fizessem os pedidos.

A lenda diz que São Patrício expediu um decreto que deu às mulheres o direito de fazer o pedido a cada quatro anos.

Outra história, mais duvidosa, diz que a tradição vem de uma antiga lei escocesa.

No filme 'A Proposta', Sandra Bullock, Ryan Reynolds e a tradição do ano bissexto
A rainha Margaret da Escócia estaria por trás de uma lei de 1288 que permitiu que mulheres solteiras tivessem a liberdade de fazer pedidos de casamento durante o ano bissexto; os homens que recusassem eram multados. Mas acadêmicos não encontraram provas desta lei em suas pesquisas.

Alguns veem esta ligação de pedidos de casamento com ano bissexto como um símbolo das mulheres por direitos iguais aos homens, enquanto muitos acham o contrário, como uma forma de reforçar os papéis tradicionais de gênero.

Em 1904, a colunista Elizabeth Meriwether Gilmer, uma das mais populares jornalistas mulheres de seu tempo, escreveu: "Uma prerrogativa para as mulheres nos anos bissextos, como a maioria das suas liberdades, é apenas uma zombaria glamourosa".

Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160229_ano_bissexto_gch_lab BRASIL 

Confira os bichos que são tão perigosos quanto os animais mais temidos da natureza

 São famosos os casos de ataques de tubarões, grandes felinos, jacarés e crocodilos contra humanos.
Já foram relatados também casos de ataques de hipopótamos e elefantes enfurecidos, que saem destruindo tudo que encontram em seu caminho.
Mas existem outros assassinos no mundo animal que são bem menos conhecidos. Veja abaixo seis deles.

1. Tênia

As tênias causam uma doença intestinal chamada teníase, transmitida pelo ovo das larvas. O mal é contraído pela ingestão de alimentos como carne de porco ou bovina contaminadas e que não foram bem cozidas. A transmissão pode ocorrer também pelo contato com fezes ou água contaminados.

Os problemas de saúde causados pela tênia transmitida pela carne bovina não são tão graves. Mas a tênia presente na carne de porco pode causar graves dores de cabeça, cegueira e até a morte.

Estima-se que as doenças causadas pela tênia ingerida na carne de porco matem cerca de 1,2 mil pessoas por ano, a maioria na Ásia, África Subsaariana e América Latina.
Se os ovos das larvas se desenvolvem no sistema nervoso central, também podem causar uma forma de epilepsia.

2. Lombriga intestinal

Acredita-se que cerca de 1 bilhão de pessoas estejam infectadas com esse parasita que causa ascaridíase, uma doença presente no mundo todo.

Esse verme vive nos intestinos e espalha seus ovos por meio de fezes infectadas. A ascaridíase é causada pela ingestão desses ovos.
Isso pode ocorrer quando a pessoa leva à boca dedos ou mãos contaminadas ou consome frutas e verduras que não foram cozidos ou lavados ou não tiveram as cascas retiradas cuidadosamente.
O verme adulto tem tamanho que pode variar entre 15 e 35 centímetros.

Pessoas afetadas por esta lombriga (do gênero Ascaris) não apresentam sintomas, mas as infecções mais graves podem causar bloqueio intestinal e afetar o crescimento de crianças.

Apesar de a ascaridíase ser tratável, os casos graves causam aproximadamente 60 mil mortes por ano, geralmente entre crianças, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

3. Caramujo de água doce

Neste caso, os assassinos não são os caramujos, mas sim os parasitas que ele carrega.
O contato com os caramujos de água doce pode causar a esquistossomose. É a segunda doença parasitária mais devastadora em países tropicais, ficando atrás apenas da malária.

A África é um dos continentes mais atingidos pelo problema.
De acordo com a OMS pelo menos 20 mil pessoas morrem devido à esquistossomose todo ano em todo o mundo.
Mas a Usaid, a agência de cooperação internacional dos Estados Unidos, calcula que o número é muito maior: mais de 200 mil mortes por ano.

4. Barbeiro

O barbeiro (Triatoma infestans) é o inseto que transmite a doença de Chagas.
É um inseto hematófago e é encontrado apenas nas Américas.
Ao picar a pessoa para sugar o sangue, o intestino do barbeiro se incha e obriga o inseto a defecar, depositando parasitas na pele da vítima.
Quando a pessoa se coça o parasita, o Trypanosoma cruzi, penetra na pele.

A OMS calcula que existam em todo o mundo entre 6 e 7 milhões de pessoas infectadas pelo parasita causador da doença de Chagas, a maioria delas na América Latina.

5. Mosca tsé-tsé

A mosca tsé-tsé transmite o tripanossoma causador da doença do sono.
Esta doença afeta, na maioria dos casos, pessoas pobres em áreas rurais e remotas da África e, se não for tratada, pode matar.

No entanto, muitos dos casos não são registrados.
Um século de esforços concentrados para controlar a doença conseguiu diminuir seus efeitos destrutivos. No meio da década de 1960 a doença já havia sido quase erradicada.

Mas voltou como uma epidemia que durou desde os anos 1970 até a metade da década de 1990.
A OMS estima que 65 milhões de pessoas correm o risco de contrair a doença e 20 mil estão infectadas.

Nas últimas etapas da infecção os parasitas entram no fluxo sanguíneo do cérebro e infectam o sistema nervoso central, causando confusão, falta de coordenação e a perturbação do ciclo do sono, sintoma que acabou dando o nome à doença.

6. Cachorros

Segundo a OMS as mordidas de cachorros causam a maioria das mortes por raiva entre humanos, com dezenas de milhares de casos registrados por ano.

A organização informou que, a cada ano, mais de 15 milhões de pessoas são vacinadas contra a raiva no mundo todo depois de terem sido mordidas por um cachorro, para evitar a doença.
A estimativa é que este procedimento evite centenas de milhares de mortes causadas pela raiva.

A raiva é uma doença viral infecciosa que afeta animais domésticos e selvagens e é transmitida para humanos através de mordidas ou arranhões, geralmente pelo contato com a saliva do animal.
Se não for tratada quase sempre é fatal.
Mais de 95% das mortes humanas causadas pela raiva ocorrem na Ásia e África.

Enquanto que os cachorros são historicamente associados com a transmissão da doença para humanos, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) afirmou que, entre os americanos, pode ser mais provável que as pessoas se contagiem através de gatos já que estes têm mais contato com os animais selvagens que originalmente transmitem a doença.

Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/151215_animais_assassinos_fn BRASIL
 

Cãopanheiro! - Cachorro acompanha garoto autista em tudo, até no hospital

Para James Isaac, garoto autista de 9 anos, o mundo pode sem bem confuso e assustador.
Ele não fala nem se sente confortável perto de pessoas que ele não conhece.
Mas ele não está sozinho nessa. O seu cachorro Mahe, treinado pela Assistance Dogs New Zealand Trust , o acompanha em tudo — até mesmo no hospital.
Na semana passada, James precisou fazer uma ressonância magnética para tentar descobrir a causa de suas convulsões, e a equipe do hospital permitiu que Mahe o acompanhasse.
"Ele permaneceu ao lado de James todo o tempo e sempre com um olhar preocupado", comentou Michele Isaac, mãe do garoto, em entrevista a um jornal neozelandês.
Michele acredita que Mahe tem sido de extrema importância no desenvolvimento de James desde que ele chegou em sua vida, há dois anos.
Além de mantê-lo longe do perigo, o animal carinhoso acalma o garoto e ajuda a controlar seus medos e ansiedades.

É muito cãopanheiro, não?
 
 Fonte:


Crianças leem para cachorros traumatizados à espera de adoção


Cachorros abandonados costumam carregar marcas de violência e, geralmente, são arredios ao contato e carinho humano.

Essa situação muda totalmente quando crianças leem para eles.

Parece loucura, mas a ação organizada por um abrigo de animais americano, o Humane Society Of Missouri, tem dado resultados comoventes.

A ideia é bem simples: treinar crianças de 6 a 15 anos para lerem para os cachorros como forma de prepará-los para o convívio com os seus futuros lares, sem precisar forçar uma interação física.



 

"Queríamos ajudar os cães tímidos e medrosos, sem forçar uma interação física. Já conseguimos notar o efeito positivo que a ação tem sobre eles ", disse o diretor do programa Jo Klepacki. "Lançamos o programa no Natal do ano passado, mas agora estamos oferecendo uma vez por mês."

Os pequenos interessados devem se inscrever no site da organização. Eles passam por um treinamento em que aprendem sobre a linguagem corporal dos animais; assim, conseguem diferenciar se eles estão ansiosos ou com medo, por exemplo.

Os voluntários sentam em frente aos canis e leem um pequeno livro. Toda vez que o cão se aproxima, eles são indicados a oferecer um lanchinho.

O ideal é que os cães tímidos e medrosos se aproximem e mostrem interesse. Se isso acontecer, as crianças reforçam que o comportamento é bom, dando-lhes um presente", disse Klepacki.

"Isso acostuma os cachorros a irem para frente e a interagirem quando os potenciais adotadores estiverem escolhendo o animal. Eles têm mais chances de serem adotados do que se ficarem de costas ou encolhidos. "



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Relatório da IPBES alerta para as consequências da extinção de polinizadores


Um número crescente de espécies de animais polinizadores está ameaçado de extinção em todo o mundo em decorrência de fatores como mudança no uso da terra, uso indiscriminado de pesticidas e alterações climáticas.

Caso não sejam adotadas medidas para reverter o quadro, as consequências para a economia global, a produção de alimentos, o equilíbrio dos ecossistemas e a saúde e o bem-estar humanos poderão ser desastrosas.


O alerta foi feito por especialistas da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) no relatório “Polinização, polinizadores e produção de alimentos”, divulgado hoje durante a 4ª Sessão Plenária da IPBES, em Kuala Lumpur, na Malásia.

O processo de elaboração do documento foi coordenado ao longo dos últimos dois anos pelo britânico Simon G. Potts, professor da Universidade de Readings, no Reino Unido, e pela brasileira Vera Lucia Imperatriz Fonseca, professora sênior do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e membro do Programa FAPESP de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA).

“Cerca de 90% das espécies de plantas silvestres dependem, pelo menos em parte, da transferência de pólen feita por animais. Essas plantas são críticas para o funcionamento dos ecossistemas, pois fornecem comida e outros recursos essenciais para uma enorme gama de espécies”, destacou Fonseca.

Segundo Adam J. Vanbergen, pesquisador do Centro de Ecologia e Hidrologia do Reino Unido e coautor do documento, a boa notícia é que há uma série de passos que podem ser seguidos para reduzir o risco aos polinizadores e, por extensão, à saúde das populações humanas em todo o mundo. “O principal deles é buscar uma agricultura mais sustentável, o que envolve a diversificação das paisagens agrícolas e redução do uso de pesticidas”, afirmou em entrevista à Agência FAPESP.

O relatório é o primeiro de uma série de diagnósticos sobre o status da biodiversidade no planeta previstos para serem divulgados pelo IPBES até 2019. A entidade internacional foi criada em 2012 com a função de sistematizar o conhecimento científico acumulado sobre o tema, de modo a subsidiar decisões políticas em âmbito internacional. Atualmente, a plataforma conta com representantes de 124 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Paralelamente ao relatório temático, o grupo divulgou um sumário dos principais achados direcionado aos formuladores de políticas públicas.

Pontos de destaque

Mais de três quartos das principais lavouras alimentícias no mundo dependem, em algum grau, dos serviços de polinização animal, seja para garantir o volume ou a qualidade da produção. Algumas dessas espécies vegetais são cruciais para garantir o aporte de vitaminas, minerais e outros micronutrientes essenciais para a saúde humana.

“Entre as espécies cultivadas no Brasil que dependem ou são beneficiadas pela polinização animal podemos destacar açaí, maracujá, maçã, manga, abacate, acerola, tomate e muitas outras frutas, além da castanha-do-pará, do cacau e do café. Soja e canola também produzem mais na presença de polinizadores”, contou Fonseca.

Segundo o relatório, ao todo, 35% das lavouras mundiais dependem de polinização animal. Além das espécies usadas na alimentação humana, há outras importantes para a produção de bioenergia (canola e palma), fibras naturais (algodão e linho), remédios, entre outros elementos que beneficiam as populações.

Estima-se que, atualmente, entre 5% e 8% da produção agrícola global esteja diretamente ligada à polinização animal, o que corresponde a um mercado que varia entre US$ 235 bilhões e US$ 577 bilhões. No Brasil, a riqueza gerada com auxílio dos polinizadores foi estimada em torno de US$ 12 bilhões.

A maioria dos animais polinizadores é silvestre, incluindo mais de 20 mil espécies de abelhas, além de algumas de moscas, borboletas, mariposas, vespas, besouros, trips (insetos da ordem Thysanoptera), pássaros, morcegos e outros vertebrados, como lagartos e pequenos mamíferos.

Entre as espécies que podem ser manejadas pelos agricultores destaca-se a Apis mellifera, conhecida no Brasil como abelha africanizada. Também são bastante empregadas espécies de abelhas sem ferrão, mamangavas e abelhas solitárias (estas não vivem em colônias).

A importância de espécies silvestres e manejadas para a agricultura varia de acordo com o local, sendo que o ideal para a produção agrícola é a combinação entre esses dois tipos de polinizadores.

“Se nos fiamos em apenas uma única espécie polinizadora corremos o risco de essa população se tornar vulnerável a fatores como doenças ou espécies invasoras. Uma estratégia melhor seria empregar polinizadores manejáveis e, ao mesmo tempo, promover condições para a sobrevivência de polinizadores silvestres, como, por exemplo, manter uma área verde ao redor das lavouras na qual existam flores que sirvam de alimento e abrigo para esses animais”, comentou Vanbergen.

Segundo dados da International Union for Conservation of Nature (IUCN), 16,5% das espécies de polinizadores vertebrados estão na chamada “Lista Vermelha”, ou seja, correm risco de extinção global. Embora no caso dos insetos não exista uma Lista Vermelha, avaliações feitas em nível regional e nacional indicam alto nível de ameaça para algumas espécies de abelhas e borboletas – frequentemente, estudos locais indicam que mais de 40% dos invertebrados estão ameaçados.

Na Europa, por exemplo, 9% das espécies de abelhas e borboletas estão ameaçadas. Declínio populacional foi observado para 37% das espécies de abelhas e 31% das borboletas. Segundo Fonseca, no Brasil, há cinco espécies de abelhas em risco de extinção, mas listas regionais podem apresentar um número maior de espécies. “Faltam dados para determinar o número exato de espécies ameaçadas no país. O que sabemos é que as abelhas em geral são muito menos abundantes hoje do que foram no passado”, afirmou.

Principais ameaças e soluções

As atividades humanas estão relacionadas aos principais fatores de risco à sobrevivência dos polinizadores. Entre eles destacam-se as mudanças no uso da terra (quando, por exemplo, uma área florestal é desmatada para dar lugar a pasto, plantações ou área urbana), que na maioria das vezes resulta em fragmentação ou degradação de habitats. Também são citados a agricultura intensiva (monocultura), uso de pesticidas, poluição ambiental, espécies invasoras, patógenos e mudanças climáticas.

Segundo Fonseca, o relatório analisou os dados existentes sobre pesticidas à base de neonicotinoides e os efeitos letais e subletais que produzem nas abelhas. A maioria dos estudos trata de respostas a testes de laboratórios.

“Recentemente, um grande estudo comparativo em campo foi feito na Suécia e demonstrou, pela primeira vez, o efeito negativo sobre os polinizadores silvestres. No entanto, o estudo não confirmou o mesmo impacto sobre as colônias de Apis mellifera da região. Nas prioridades de pesquisas a serem desenvolvidas no Brasil, com relação a ameaças aos polinizadores, este tópico deverá ser contemplado, assim como um levantamento sobre o status de saúde de nossos polinizadores”, comentou a pesquisadora.

O impacto do cultivo de transgênicos, segundo o documento, precisa ser melhor estudado. “Potencialmente, pode haver benefícios, pois plantas transgênicas resistentes a pragas evitariam o uso de agrotóxicos. Mas também pode haver malefícios, pois algumas borboletas polinizadoras são geneticamente muito próximas de espécies consideradas pragas às quais certas plantas transgênicas foram desenvolvidas para matar. Poderiam, portanto, ser afetadas. Há também questões como a possibilidade de escape dos genes introduzidos para populações silvestres de plantas aparentadas geneticamente com a cultura cujas consequências não foram ainda avaliadas”, explicou Breno M. Freitas, professor da Universidade Federal do Ceará e um dos cinco brasileiros que integraram a equipe responsável pelo relatório.

Algumas medidas a serem adotadas na direção de uma agricultura mais sustentável, de acordo com o documento, incluem proteção e restauração de manchas de habitat natural e seminatural em meio à paisagem agrícola; diminuição da exposição dos animais a pesticidas, buscando formas alternativas de controle de praga e novas tecnologias; aprimoramento da criação de polinizadores manejáveis, aumentando sua resistência a patógenos e regulando o comércio e o uso desses animais.

Primeiro do gênero

A elaboração do relatório contou com a colaboração de 77 especialistas, de diversos países, indicados pelos respectivos governos e selecionados pela IPBES com base no perfil científico. Mais de 3 mil artigos científicos publicados em revistas indexadas foram revisados pelo grupo, que também fez uso de outros tipos de documentos, como relatórios governamentais, recursos disponíveis na Internet e conhecimentos locais e indígenas.

“Pela primeira vez, reunimos em um documento as evidências científicas e o conhecimento indígena, bem como as ciências sociais e as ciências biológicas. Tentamos colocar sobre a mesa tudo que é importante saber sobre polinização, polinizadores e produção de alimentos. Países desenvolvidos e em desenvolvimento apresentaram suas perspectivas e contribuíram igualmente para a construção deste relatório”, avaliou Fonseca.

“Participaram desta reunião (4ª Plenária) os representantes dos países-membros da IPBES. Eles agora vão voltar para suas nações e reportar os dados do relatório aos seus respectivos governos. Há boa vontade entre os governos aqui reunidos e sinto que levarão consigo estes achados para tentar implementar soluções”, disse Vanbergen.

“É uma grande emoção ver este diagnóstico aprovado pelos 124 países que constituem a IPBES, não só pelo novo paradigma de qualidade que este trabalho estabelece em relação a diagnósticos globais de biodiversidade e serviços ecossistêmicos, mas também por ter participado ativamente do planejamento, estruturação e definição do escopo deste documento na 2ª Sessão Plenária da IPBES realizada em Antalya, na Turquia, em dezembro de 2013”, afirmou Carlos Alfredo Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), co-chair do Painel Multidisciplinar de Especialistas (MEP, na sigla em inglês) daIPBES e coordenador do Programa BIOTA/FAPESP.

“É a experiência do BIOTA/FAPESP sendo usada em nível global, tanto do ponto de vista do conhecimento científico, com a enorme contribuição da professora Vera Imperatriz Fonseca, como do ponto de vista da interface ciência-política”, acrescentou Joly.

Para Blandina Felipe Viana, professora da Universidade Federal da Bahia e coautora do documento, a experiência foi muito positiva e enriquecedora para todos os participantes. “Os encontros possibilitaram trocas de experiências e estabelecimento de novas parcerias. O Brasil além de ter contribuído com a expertise da sua capacidade instalada, forneceu importantes evidências sobre o papel dos polinizadores na agricultura e opções para uso e conservação desses animais”, contou. Na avaliação de Freitas, a principal mensagem é que os polinizadores são fundamentais para a alimentação e qualidade de vida humana, bem como para a manutenção da biodiversidade do planeta. “Devemos urgentemente desenvolver políticas públicas que assegurem a conservação e o uso sustentável desses animais.”


Por Karina Toledo | Agência FAPESP

Fonte:
 

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Anti-inflamatório pode evitar a morte de vítimas do escorpião amarelo, sugere estudo

 

Com meros 7 centímetros de comprimento, o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) não parece muito ameaçador, mas a espécie é, na verdade, a mais peçonhenta da América do Sul. Todos os anos, mais de 1,2 milhão de pessoas em todo o mundo são vítimas de seu veneno. Dessas, cerca de 3 mil acabam morrendo.
De acordo com dados da literatura científica, a maioria das mortes decorrentes da picada do escorpião amarelo – espécie venenosa prevalente no Sudeste brasileiro – está relacionada a complicações cardíacas e pulmonares que resultam em um quadro de insuficiência respiratória.

Um estudo publicado nesta terça (23/02) por pesquisadores brasileiros na revista Nature Communications sugere que o problema poderia ser evitado – ou pelo menos minimizado – com a pronta administração de medicamentos anti-inflamatórios encontrados em qualquer farmácia, como a indometacina e o celecoxibe.

“Nossos experimentos foram feitos com camundongos, mas há grandes chances de que os resultados se repliquem em humanos, pois as bases moleculares – os mediadores envolvidos na reação inflamatória pulmonar – são iguais nesse caso. Se isso se confirmar, será uma ferramenta importante no pronto atendimento das vítimas e certamente vai diminuir a mortalidade”, avaliou a pesquisadora Lúcia Helena Faccioli, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da Universidade de São Paulo (USP).

O trabalho foi desenvolvido com apoio da FAPESP durante o pós-doutorado de Karina Furlani Zoccal, no âmbito de um Projeto Temático coordenado por Faccioli na USP.

Conforme explicou a professora da FCFRP-USP, sempre que alguém é picado pelo T. serrulatus ocorre uma reação inflamatória local que causa fortes dores, mas não leva à morte. Em alguns casos, porém, também é desencadeada uma reação inflamatória sistêmica, que pode resultar em edema pulmonar (acúmulo de líquido no pulmão) e prejudicar a respiração.

Até o momento, o consenso entre os cientistas era que a gravidade do quadro de envenenamento dependeria essencialmente da relação entre a massa corporal da vítima e a dose de toxina inoculada. No entanto, o estudo da FCFRP-USP indica que pode haver fatores genéticos relacionados, que influenciariam na capacidade do indivíduo de produzir certas moléculas inflamatórias e anti-inflamatórias.

“Os mecanismos pelos quais essa reação sistêmica é disparada, os mediadores envolvidos, não eram conhecidos e foram objetos do nosso estudo”, contou Faccioli.

Em busca de um suspeito

Em trabalhos anteriores, o grupo coordenado por Faccioli já havia mostrado por meio de experimentos com camundongos que a peçonha do escorpião amarelo era reconhecida por receptores celulares do tipo Toll, que fazem parte do sistema imune inato. Também havia constatado que isso induzia a produção de um mediador inflamatório chamado interleucina-1 beta (IL-1β), além de mediadores lipídicos conhecidos como prostaglandina E2 (PGE2) e leucotrienos B4 (LTB4).

“Partimos, portanto, da hipótese de que o edema pulmonar pós-envenenamento seria induzido pela produção de IL-1β derivada da ativação do inflamassoma. Isso porque dados da literatura sugerem que quando uma substância é reconhecida por receptores do tipo Toll ocorre ativação do inflamassoma”, explicou a pesquisadora.

O inflamassoma é um complexo localizado no citoplasma das células de defesa e formado por várias proteínas, entre elas as caspases. Quando ele é ativado, ocorre a liberação de IL-1β, que induz o processo inflamatório tanto por mecanismo direto quanto indireto, por meio da produção de mediadores lipídicos como PGE2 e LTB4. Estes mediadores são os responsáveis pela atração para o pulmão de outras células de defesa e pelo edema pulmonar, que caracterizam o processo inflamatório. Embora a inflamação seja um mecanismo de defesa essencial, quando exagerada pode levar à morte.

Os primeiros testes in vitro, feitos com macrófagos “selvagens” (sem nenhum gene alterado) de camundongos, confirmaram que o veneno do escorpião amarelo de fato ativa o inflamassoma e induz a produção de IL-1β. Quando o mesmo experimento foi feito com células geneticamente alteradas – sem alguns dos genes codificadores das proteínas que compõem o inflamassoma –, não houve produção de IL-1β e nem de mediadores lipídicos.

O passo seguinte foi testar a hipótese in vivo. Ao analisar o tecido pulmonar de camundongos inoculados com a peçonha do T. serrulatus, os pesquisadores observaram a formação de edema e um aumento no número de neutrófilos (um tipo de célula de defesa) – dois fatores que indicam inflamação. Além disso, havia grandes quantidades de IL-1β, PGE2 e LTB4.

Para ter certeza de que a IL-1β era a peça-chave na reação inflamatória, o grupo usou dois modelos de camundongos geneticamente modificados. Um deles não tinha os genes que codificavam duas das proteínas formadoras do inflamassoma. O outro não tinha o gene da proteína que funciona como receptor de IL-1β nas células.

Nesses dois modelos, todos os animais sobreviveram mesmo quando inoculados com doses letais do veneno, confirmando que sem a atuação da IL-1β o edema pulmonar não progride ao ponto de tornar-se letal.

Aliado desconhecido

Ao analisar o tecido pulmonar desses camundongos geneticamente modificados que sobreviveram às doses letais de veneno, os cientistas notaram que eles produziam menor quantidade de PGE2 e de LTB4 quando comparados aos camundongos “selvagens”.

O grupo então decidiu investigar o papel desses dois mediadores na reação inflamatória e, para surpresa dos cientistas, descobriram que o LTB4 – até então descrito como uma molécula pró-inflamatória – tinha na verdade a função de proteger o tecido da inflamação.

“Fizemos o experimento com animais geneticamente modificados para não produzir a enzima que participa da produção do LTB4. Achávamos que certamente eles iriam sobreviver a uma dose letal do veneno, pois não tinham um dos componentes da resposta inflamatória. Mas, na verdade, observamos que eles morriam bem mais rápido que os camundongos selvagens e tinham uma inflamação pulmonar exagerada, com muita produção de IL-1β e PGE2”, contou Faccioli.

Em seguida, o grupo tratou animais “selvagens” inoculados com doses letais de veneno com indometacina – uma droga inibidora da síntese de prostaglandinas (inclusive a PGE2). Todos sobreviveram.

Por meio de estudos in vitro, o grupo descobriu que a PGE2 aumenta a produção de uma molécula chamada monofosfato cíclico de adenosina (cAMP), que por sua vez leva a um aumento de IL-1β e potencializa a inflamação. Já o LTB4 diminui a produção de cAMP e, consequentemente, de IL-1β.

“Se conseguirmos mostrar que em humanos o edema pulmonar também é mediado por PGE2 e IL-1β, o impacto para a população será grande. As vítimas poderão ser tratadas com medicamentos disponíveis em qualquer farmácia enquanto aguardam a chegada do soro antiescorpiônico”, disse Faccioli.

Em parceria com a Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), o grupo pretende dosar todos esses mediadores envolvidos na reação inflamatória pulmonar no soro de pacientes picados pelo escorpião amarelo.

“Também faremos estudos in vitro usando células humanas estimuladas com a peçonha para ver se apresentam o mesmo padrão molecular que observamos nas células de camundongo. Se os resultados forem semelhantes, podemos pensar em um projeto – em parceria com médicos – para tratar vítimas do escorpião amarelo com indometacina”, afirmou Faccioli.


Por
Karina Toledo | Agência FAPESP

Fonte:
 

Rede Brasileira de Centros de Recursos Biológicos devem contribuir para a preservação da biodiversidade nacional


O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) divulgou alterações na Rede Brasileira de Centros de Recursos Biológicos, a Rede CRB-Br, que tem como objetivo principal preservar e fornecer recursos biológicos para aplicações tecnológicas nos setores científico, industrial, de agronegócio, ambiente e saúde. As alterações foram divulgadas, no dia 18 de fevereiro, em Portaria nº 130 do MCTI.

A Rede CRB-BR visa também promover e colaborar para o conhecimento e conservação da biodiversidade e prestar serviços de depósito de material biológico. De acordo com a Portaria, a Rede será constituída por Centros de Recursos Biológicos que atuam nas áreas de agronegócio, saúde humana e animal, ambiental e industrial.

Será criado um portal na internet para promover a interação entre pesquisadores e gestores e divulgação de suas atividades.


Biodiversidade

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) contribuiu, no segundo semestre de 2015, para consulta pública da Lei da Biodiversidade (13.123/2015). A Lei foi sancionada no ano passado e atualmente está em processo de regulamentação.

Leia mais: http://portal.cfmv.gov.br/portal/noticia/index/id/4373/secao/6

Assessoria de Comunicação do CFMV

Por que beijamos (e outros animais não)?


Analisando friamente, beijar é algo um tanto estranho: a troca prolongada de saliva com outra pessoa aumenta a possibilidade de transmitir até 80 milhões de bactérias com um único gesto.

Ainda assim, praticamente todo mundo se lembra de seu primeiro beijo, com todos os detalhes íntimos e deliciosos. E beijar continua sendo uma parte importantíssima do romance.

Quem vive nos países do Ocidente pode pensar que o beijo na boca é um comportamento humano universal.

Mas um estudo recente, realizado por especialistas das Universidades de Nevada e Indiana, nos Estados Unidos, sugere que menos da metade das culturas do mundo adota o gesto. Beijar também é extremamente raro entre os bichos.

De onde vem o beijo, então? Se é algo útil, por que não é adotado por todos os humanos e outros animais?
 

Invenção recente

Bem, pode ser justamente o fato de outros não beijarem o que explicaria nossa preferência pelo gesto.

Segundo o estudo americano, que analisou 168 sociedades em todo o mundo, apenas 46% delas cultivam o hábito do beijo como uma demonstração romântica. Anteriormente, pensava-se que seriam 90%. A pesquisa excluiu o beijo entre pessoas da mesma família e se concentrou apenas no beijo na boca entre casais.


 Thinkstock
Os chimpanzés costumam se beijar depois de uma briga

Muitas sociedades que se baseiam na caça não demonstraram interesse em beijar, e algumas até consideram o ato repugnante. A tribo dos Meinacos, que vive no Xingu, teria se referido ao ato como "nojento", de acordo com os pesquisadores americanos.

Como esses grupos são os que possuem um estilo de vida mais próximo do de nossos ancestrais, é possível imaginar que o beijo tenha sido uma invenção recente.

Segundo o antropólogo William Jankowiak, um dos autores do estudo, o gesto parece ser um produto das sociedades ocidentais, passado de uma geração a outra.



'Aspirar a alma'

Algumas evidências históricas ajudam a comprovar essa tese.

O psicólogo Rafael Wlodarski, da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, passou um pente fino em inúmeros estudos para encontrar indícios de como o beijo mudou ao longo do tempo.

O sinal mais antigo de um comportamento parecido com o beijo vem de textos em sânscrito védico hindu de mais de 3,5 mil anos atrás. Neles, beijar é descrito como "aspirar a alma um do outro".

Por outro lado, hieróglifos egípcios retratam pessoas perto umas das outras, mas não com seus lábios colados.

Será, então, que o beijo é algo natural que algumas culturas reprimiram?

A melhor maneira de descobrir é observando os animais.
 


Thinkstock
Os machos da aranha viúva negra conseguem sentir pelo olfato o melhor momento de copular 

O poder dos odores

Os chimpanzés e os bonobos, nossos parentes mais próximos, se beijam.

O primatólogo Frans de Waal, da Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, já presenciou várias cenas de chimpanzés se beijando e se abraçando após um confronto. Para eles, o beijo é uma forma de reconciliação, e é mais comum entre machos. Ou seja, não é um ato romântico.

Já os bonobos se beijam com mais frequência e costumam usar suas línguas no gesto. Isso talvez não seja surpreendente porque essa espécie é altamente sexual: quando dois seres humanos são apresentados pela primeira vez, provavelmente trocam um aperto de mão; já os bonobos fazem sexo. Portanto, seus beijos não são necessariamente românticos.

Esses dois primatas são uma exceção. Até onde se sabe, outros animais não beijam. Alguns podem esfregar os rostos mas não trocam saliva ou estalam seus lábios.

Em vez disso, as espécies exalam odores tão fortes para atrair o sexo oposto que elas não precisam se aproximar para senti-lo. O principal componente desse odor são os feromônios, que despertam o desejo de acasalar.

Mamíferos como o javali, o hamster e o rato têm um olfato apurado e seguem o rastro dos odores para conseguir encontrar parceiros geneticamente diferentes.

Até mesmo as aranhas são dotadas do mesmo recurso: o macho da viúva negra consegue sentir o cheiro dos feromônios liberados pela fêmea que sinalizam se ela está de barriga cheia. Ele só se acasala com ela se entender que ela não está faminta e não o matará após a cópula. 


Thinkstock
Os elefantes demonstram afeição usando as trombas

Ou seja, os animais não precisam chegar muito perto uns dos outros para encontrar um bom parceiro em potencial.

O ser humano possui um olfato bastante rudimentar. Portanto, chegar bem perto de outra pessoa pode ser uma vantagem. E estudos mostram que, apesar do odor não ser o único sinal que usamos para avaliar se um parceiro é apropriado, ele tem um papel fundamental nessa escolha.
 

Suor masculino

Um estudo publicado em 1995 mostrou que as mulheres, assim com os camundongos, preferem os odores dos homens geneticamente diferentes delas. Isso faz sentido, já que a mistura de genes distintos tende a produzir filhotes mais saudáveis. Ou seja, beijar pode ser uma ótima maneira de se estar próximo o suficiente para farejar os genes do parceiro.

Em 2013, Wlodarski entrevistou centenas de voluntários sobre suas preferências na hora do beijo. A importância do cheiro foi citada pela maioria deles, e aumentava ainda mais quando as mulheres estavam em seu período mais fértil.

Cientistas descobriram que os homens também produzem uma versão do feromônio que é tão atraente entre os animais. O hormônio está presente no suor masculino e, quando as mulheres o percebem, tendem a ficar ligeiramente mais excitadas.

Segundo Wlodarski, os feromônios são essenciais na escolha de parceiros entre os mamíferos, e nós, humanos, temos alguns deles.

Desse ponto de vista, o beijo seria apenas uma maneira culturalmente aceitável de se chegar perto o suficiente de alguém para detectar seus feromônios.

Em algumas culturas, esse comportamento evoluiu para o contato físico entre os lábios. "É difícil saber quando exatamente isso aconteceu, mas o objetivo do beijo é o mesmo do farejar entre os animais", conclui o cientista.

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BRASIL

Leia a versão original desta reportagem em inglês no site BBC Earth.

"Destruindo Relacionamentos" - Como seria se seu namorado agisse como cachorro?

Já imaginou como seria namorar alguém que agisse assim como cachorro? Pensa bem como seriam os passeios de carro, as almofadas perdidas e o olfato aguçado. Quem tem um cachorro em casa, vai se identificar com as situações.
Assista:
 
"Como Seria Se" é o novo quadro do canal "DR - Destruindo Relacionamentos" e também do blog do HuffPost Brasil. Toda semana vamos publicar um vídeo novo de listas bem humoradas e sinceras.
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Arqueologia na Amazônia elucida mistério de 500 anos


 A imagem mais corriqueira que se tem das tribos pré-históricas amazônicas é que seu modo de vida era baseado na caça e na coleta de alimentos, pois na Amazônia central não haveria recursos para sustentar grandes povoamentos.

Essa imagem, e sua explicação, foram construídas ao longo de séculos de colonização da calha do Amazonas, onde jamais se encontraram vestígios dos imensos povoados indígenas descritos no século 16 pelo frei Gaspar de Carvajal.

Como falta de evidência nunca significou evidência de ausência, pesquisas arqueológicas realizadas na última década detectaram os restos do imenso povoamento descrito por Carvajal. Faltava saber como foi que milhares de índios encontravam sustento no local. Não mais.

Um novo estudo arqueológico acaba de demonstrar que, há mais de mil anos, os índios da Amazônia central seriam caçadores esporádicos e, para alimentar milhares de pessoas, eles dependiam principalmente da pesca, assim como ocorre com as populações ribeirinhas atuais. O consumo de tartarugas também era fonte importante de proteína animal.

O trabalho foi publicado no Journal of Archaeological Science. As escavações foram feitas no sítio arqueológico Hatahara, que vem sendo estudado há mais de uma década pelo arqueólogo Eduardo Góes Neves, professor do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP), com apoio da FAPESP.

Hatahara fica na margem esquerda do rio Solimões, em Iranduba (AM), a cerca de 20 quilômetros do encontro das águas dos rios Negro e Solimões, uma das regiões de maior biodiversidade do planeta. O sítio foi ocupado continuamente por mais de mil anos, entre os anos 300 e 1500.

O estudo foi focalizado na chamada fase Paredão (entre os anos 750 e 1230), que leva este nome por causa das características da cerâmica usada pelos índios no período. Nessa fase, Hatahara era um cacicado enorme. Ocupava pelo menos 20 hectares e se estendia por vários quilômetros na margem do rio. Reunia dezenas de aldeias onde viviam milhares de índios. Como faziam para alimentar tanta gente era o que queria descobrir a equipe de arqueólogos.

Durante as escavações, eles coletaram vestígios de milho, inhame e mandioca, espécies que podem ter sido cultivadas em Hatahara, assim como várias espécies de palmeiras. A surpresa veio quando estudaram os quase 10 mil vestígios de animais vertebrados, como fragmentos de ossos de mamíferos e répteis, e esqueletos e espinhas de peixe.

“Fala-se muito na caça na Amazônia como modo preferencial de subsistência dos índios. Quando começamos a escavação, tínhamos a expectativa de achar muitos restos de mamíferos”, disse a zooarqueóloga Gabriela Prestes-Carneiro, primeira autora do artigo e responsável pelo trabalho de análise e catalogação dos restos animais encontrados em Hatahara.

“Para a nossa grande surpresa, mais de 90% eram peixes”, disse Gabriela, pesquisadora da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém. Em seguida, vieram os restos de quelônios, principalmente de tartaruga-da-amazônia. “Restos de mamíferos não passaram dos 3%.”

Em sua maioria eram pequenos marsupiais como os gambás ou roedores como a capivara, os ratos-de-espinho e a cutia. Também foram achados restos de répteis (jacaré, lagartos e cobras) e de aves.

O cardápio de pescado consumido em Hatahara era muito variado: nada menos que 37 táxons, pertencentes a 16 das 28 famílias de peixes que habitam os rios da região.

As espécies prediletas eram o pirarucu e seu primo, o aruanã. Não por acaso, o pirarucu é uma das maiores espécies de peixe de água doce do mundo, podendo atingir 4,5 metros e pesar 200 kg. Por suas proporções, o pirarucu era uma fonte preferencial de proteína animal para os índios.

O segundo grupo mais consumido eram os bagres (ou peixe-gato ou peixes lisos, como são conhecidos na região), caso do surubim, do pintado, do acari, do bodó e tamoatá. A seguir vinha a família das piranhas, especialmente pacu, tambaqui, traíra e o peixe-cachorro. Por fim, entre as principais espécies mais capturadas, estavam os tucunarés, enguias e arraias, entre muitas outras.

“Além das espécies comerciais na Amazônia central, também encontramos espécies que são atualmente pouco consumidas pela população ribeirinha, como o muçum (ou enguia) e diferentes tipos de bacu, cuiú-cuiú e reco-reco”, disse Gabriela. O consumo de tartarugas ocupava também um lugar importante na dieta indígena.

Gaspar de Carvajal

A diversidade do pescado consumido pelos índios pré-históricos demonstra que eles tinham grande conhecimento dos hábitos daquelas espécies, bem como o domínio de técnicas sofisticadas de pesca.

“Os peixes tinham uma importância muito grande ao longo do ano na subsistência da população de Hatahara”, disse Gabriela. “Várias espécies têm hábitos sazonais e só são pescadas em determinadas épocas do ano e em locais distintos. Os índios sabiam quando pescá-las e sabiam onde encontrá-las: em igarapés, lagos, baixos de praia e o leito dos rios.”

De acordo com Neves, “os achados são importantes porque, pela primeira vez, teremos a publicação de um estudo sistemático sobre restos de fauna em um sítio da Amazônia”.

“O estudo complementa trabalhos anteriores que mostram que a população que ocupou o sítio tinha uma dieta diversificada, baseada no manejo de recursos aquáticos e de plantas domesticadas e não domesticadas. Isso mostra que nas áreas ribeirinhas da Amazônia era possível que populações relativamente numerosas tivessem ocupações bem-sucedidas sem dependência da agricultura”, disse Neves, que coordenou o Projeto Temático “Cronologias regionais, hiatos e descontinuidades na história pré-colonial da Amazônia”.

A identificação dos restos de peixes coletados em Hatahara foi realizada por Gabriela no Museu de História Natural de Paris, que conta com uma das melhores e mais diversas coleções de peixes amazônicos.

Ela pretende criar uma coleção de pesquisa semelhante na UFOPA. Para tanto, está realizando coletas na Amazônia central, no rio Tapajós, no rio Guaporé em Rondônia e também na Bolívia.

Este estudo de Hatahara comprova os escritos do frei Gaspar de Carvajal, que em 1542 navegou pela região na expedição capitaneada pelo conquistador espanhol Francisco de Orellana.

Descendo o Solimões desde o Peru, imediatamente antes de atingir a confluência com o Negro, Carvajal descreveu em seu Descobrimento do rio de Orellana: “El lunes de Pascua de Espíritu Santo por la mañana pasamos a vista y junto a un pueblo muy grande y muy vicioso, y tenía muchos barrios, y en cada barrio un desembarcadero al río, y en cada desembarcadero había muy gran copia de indios, y este pueblo duraba más de dos leguas y media”.

A antiga légua europeia media 6,6 km, logo Carvajal descreveu uma aldeia que ocupava 16 km da margem do rio. Com a chegada dos europeus e de suas epidemias, todas aquelas aldeias foram dizimadas, riscadas do mapa e cobertas pela mata. Por isso mesmo, sua existência foi questionada.

O estudo sistemático do sítio arqueológico de Hatahara não só comprovou a existência da enorme aldeia descrita por Carvajal, como agora, com este trabalho de zooarqueologia, solucionou um mistério de 500 anos. Qual era o segredo por trás da subsistência de milhares de índios? Peixe.

O artigo Subsistence fishery at Hatahara (750–1230 CE), a pre-Columbian central Amazonian village (doi:10.1016/j.jasrep.2015.10.033), de Gabriela Prestes-Carneiro, Eduardo Góes Neves e outros, publicado no Journal of Archaeological Science: Reports, pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352409X15301632



Por
Peter Moon | Agência FAPESP

Fonte:
 

Ter foco é importante ao defender uma causa. Seja ela qual for


Eu tenho um amigo que, aos 21 anos, viu um cachorrinho abandonado em uma rua de muito movimento na Zona Norte de São Paulo. Estava chovendo muito e já era noite, mas, mesmo despreparado, meu amigo parou o carro, pegou o cachorro no colo e partiu atrás de um veterinário que pudesse ajudar naquele horário. Meu amigo não era rico e aos 21 anos raramente você ganha o suficiente para pagar todos os gastos veterinários de um cachorro de rua, mas, mesmo assim, ele arcou com tudo.

Aquele ato acabou mudando a vida do meu amigo para sempre, porque ele descobriu naquele momento que não conseguiria mais ver cachorrinhos desamparados na rua sem pegar todos. Ele não conseguia mais fechar os olhos para tal.

A vida dele começou a ficar um pouco mais complicada, obviamente, e ele começou a moldar todo seu presente e futuro em cima disso. Ele precisou se mudar para uma casa maior, ir atrás de pessoas que estavam dispostas a ajudar com despesas, doações, adoções, estudou muito para conseguir entrar numa faculdade de medicina veterinária... E por causa dessa sua dedicação total, ele começou a ser referência e, cada vez que alguém via um cachorro desamparado na rua, era a ele que recorriam. Meu amigo se enfiou em dívidas, lutou anos para captar mais voluntários e correu atrás de tudo o que precisava. Hoje em dia, suas ações o levaram a trabalhar com o que ele realmente ama: animais. E consegue cada dia mais se dedicar a eles.

Por que eu estou falando tudo isso é muito simples: Rafael entendeu desde seu primeiro resgate o que queria. Ele soube ali ao que se dedicaria. Ele me inspira porque, sem querer, eu sempre o uso como exemplo para tentar explicar o porquê de ter foco ser importante na hora de defender uma causa, seja ela qual for.

Hoje em dia todo mundo resolveu abraçar uma bandeira. Todos têm bandeiras e se orgulham muito disso. Algumas pessoas têm até várias bandeiras diferentes erguidas (digo, gritadas) para que todo mundo veja (digo, ouça).

Imagina se Rafael, além de cuidar de seus cães muitas vezes efêmeros, ainda cuidasse dos mendigos na Sé, dos órfãos da Brigadeiro e dos idosos no Asilo da Lapa? Com certeza iria faltar dinheiro ou atenção - provavelmente os dois - para alguém.

Ter uma causa é algo muito sério. O foco é essencial. A militância não se resume na sua opinião a favor ou contra, ela se estende em suas ações e conhecimento, muitas vezes moldando sua vida ou mudando sua rotina. Uma bandeira que se levanta não deveria ser para alimentar seu ego. De nada adianta ter muitas bandeiras se todas estão a meio mastro. Não adianta ter muitas bandeiras e não ter força para erguer ao topo ao menos uma.


Fonte:
 http://www.brasilpost.com.br/giovahnna-ziegler/por-exemplo_b_7238284.html?utm_hp_ref=animais

Profissionais de saúde devem ficar atentos à lista nacional de doenças e agravos que devem ser notificados e monitorados

O Ministério da Saúde divulgou duas novas portarias que definem, respectivamente, a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde públicos e privados em todo o território nacional e a lista de doenças e agravos que devem ser monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas. As portarias nº 204 e nº 205 foram publicadas no Diário Oficial do dia 17 de fevereiro.

Entre as doenças que devem ser notificadas pelos profissionais de saúde, como médicos veterinários, e estabelecimentos de saúde, estão a Dengue e doenças pelo vírus Zika, a Esquistossomose, Leptospirose, Malária, Hantavirose, além de acidentes por animais peçonhentos e animais potencialmente transmissores da raiva, entre outras. Todos os casos suspeitos deverão ser comunicados às autoridades de saúde.

Os eventos de saúde pública que devem ser notificados incluem casos de surtos, epidemias e epizootias, que são consideradas enfermidades que atacam um número de animais ao mesmo tempo e se propagam com rapidez.

É ressaltada também, nas portarias, a necessidade de padronizar os procedimentos normativos relacionados à notificação compulsória por meio da estratégia de vigilância sentinela no âmbito do Sistema Única de Saúde (SUS).

A vigilância sentinela é um modelo de vigilância de saúde estratégico realizado para monitorar a morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública. Esses indicadores são monitorados em unidades de saúde selecionadas, as chamadas “unidades sentinelas”, para servir como alerta para o sistema de vigilância.

Desde 2011, os médicos veterinários fazem do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e atuam de forma interdisciplinar ao lado de outros profissionais que trabalham pela qualidade da atenção básica à Saúde nos municípios brasileiros. Os médicos veterinários também estão diretamente envolvidos com o conceito de Saúde Única, que engloba o cuidado com a saúde humana, animal e ambiental.

Confira as portarias anexas:



Assessoria de Comunicação do CFMV

Confira no blog - 9 quadrinhos que provam que ter um cachorro muda tudo

 Ter um cachorro é padecer no paraíso.
É preciso dizer adeus a velhos hábitos para abrir espaço para o novo amigo. Você gasta muito com ração, viaja menos, compra mais produtos de limpeza...
Mas faz tudo isso sem pensar duas vezes. Afinal, não há limites quando se trata de amor incondicional!
O ilustrador John Huang capta bem essa transformação que os cachorros trazem à nossa vida. Com base na própria experiência com seu golden retriever, Maimai, ele desenhou o antes e depois de quem adota um cachorrinho. Reprodução/John Huang
  • Reprodução/John Huang
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    • Reprodução/John Huang
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    Reprodução/John Huang
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