Transmissão do Streptococcus
As
formas de transmissão da bactéria são variadas, e podem ser tanto
endógenas (determinada por herança genética, estilo de vida ou
fisiologia do organismo) quanto exógenas (determinada por causas
referentes ao meio ambiente, independentes ao organismo do animal).
Fatores
referentes à idade do animal também podem apontar para uma maior chance
de infecção, seja o cão idoso ou um filhote. No caso dos filhotes, essa
propensão maior se dá em função do sistema imunológico ainda pouco
desenvolvido e muito frágil, o que impede a produção de anticorpos por
parte do animal para que a infecção seja combatida.
Entre
os cachorros idosos a causa é similiar, e ocorre em função da
diminuição de células de defesa que acontece no organismo nos animais de
idade avançada, que ficam bem mais expostos a infecções causadas por
bactérias, fungos e protozoários.
Cães
que passam por procedimentos cirúrgicos também devem ser bem cuidados
durante a fase pós-operatória, já que, neste período ficam com o sistema
imune mais fagilizado e, com isso, mais propensos a sofrer com algum
tipo de infecção bacteriana.
Ambientes
muito cheios e que causam estresse aos cachorros - como canis - podem
ser um fator determinante para a transmissão da bactéria e, portanto,
devem ser evitados, tendo em vista que o contato de animais sadios com
outros contaminados é garantia da transmissão do Streptococcus. Assim
como no caso do contato direto, o hábito de dividir tigelas onde se come
e se bebe também apresenta riscos para a transmissão, que geralmente é
feita por meio das secreções respiratórias e salivares do pets.
Vale
a pena lembrar, mais uma vez, que boa parte das doenças causadas por
esta bactéria são zoonoses – ou seja, podem ser transmitidas para seres
humanos – e, por isso, é importante que ao notar qualquer tipo de
sintoma por infecção de Streptococcus em seu pet, o contato com ele seja
evitado ao máximo, até que se possa consultar um profissional
veterinário; tendo em mente que um simples abraço no seu amigão pode
fazer com que você também adquira algum tipo de complicação.
O
Streptococcus também pode ser o agente de doenças que acometem os
felinos e que, na maioria dos casos, se manifestam de forma similar às
doenças causadas pelas bactérias do Grupo A em seres humanos; incluindo
infecções respiratórias, sinusite e dermatites variadas. Assim como no
caso dos cães, evitar gatis muito cheios e o contato do bichano saudável
com gatos infectados é uma boa opção de prevenção.
Gatos
portadores da AIDS Felina entram no grupo dos mais propensos a serem
infectados com a bactéria Streptococcus, já que o sistema imunológico
dos gatos com esta doença é bastante fragilizado e aberto a transmissões
de doenças diversas.
Sintomas e complicações causados pela bactéria Streptococcus
Podendo
ser fatal para cães e gatos, as doenças causadas por esta bactéria
específica se apresentam por meio de diversas formas e sintomas. Nos
cães, alguns dos sinais mais comuns incluem febre, dor, amidalite,
celulite (doença inflamatória), dificuldade para engolir alimentos ou
bebidas, pneumunia, tosse e apatia. Complicações mais graves também já
foram registradas tendo o Streptococcus como agente causador, incluindo
abortos e infecções que afetam o trato urináro, o sistema nervoso
central e toda a circulação sanguínea dos animais.
A
Síndrome de Choque Tóxico também é uma complicação que pode ser causada
pela bactéria Streptococcus e, por ser bastante grave, pode acometer
diferentes áreas do organismo animal, incluindo membranas mucosas, os
rins, a pele e o sistema gástrico. Embora seja bastante rara, essa
complicação pode acometer tanto animais como humanos, e as suas causas
além da bactéria ainda não foram completamente definidas.
Nos
gatos os sintomas também podem incluir tosse, pnemunia, febre, artrite,
apatia e dor, no entanto, os problemas respiratórios acabam sendo os
principais e de maior gravidade entre os felinos, sendo que dermatites
também podem ser observadas em gatos contaminados pelo Streptococcus.
É
de extrema importância que um profissional veterinário seja consultado
no caso de esses sintomas do Streptococcus se manifestarem em seu pet,
já que, além da transmissão da doença em questão para outros animais e
mesmo para seus proprietários, o animal pode chegar ao óbito em pouco
tempo caso não seja tratado da maneira correta.
Enquanto
os humanos com complicações mais graves referentes a esta bactéria
podem falecer em até 80% das situações, a proporção aumenta bastante no
caso dos animais, sendo que os gatos são ainda mais afetados que os
cães, na maioria das vezes.
Diagnóstico e tratamento das doenças relacionadas ao Streptococcus
Embora
o conjunto de sintomas das doenças causadas pela bactéria Streptococcus
sejam relativamente típico, é somente por meio de um exame laboratorial
que se pode chegar a um diagnóstico certeiro e, para isso, a visita do
animal a um veterinário é indispensável.
Para
que o diagnóstico seja realizado da maneira correta, o médico colherá
uma amostra da área infectada no pet, que será analisada e, de acordo
com os resultados e a região afetada, pode pedir por outros exames
complementares.
O
uso de antibióticos é, normalmente, o caminho seguido para o tratamento
das doenças causadas pelo Streptococcus, e somente um profissional
poderá indicar a medicação correta para o caso do seu pet, além de dizer
quais doses e com que frequência os remédios devem ser dados ao seu
amiguinho para que o tratamento seja completo e eficaz.
Em
geral, o tratamento para os casos mais comuns de doenças desencadeadas
pela bactéria dura de alguns dias até algumas semanas, no entanto,
intervenções cirúrgicas também podem ser indicadas para tratar casos
mais graves. Nas situações em que o animal desenvolve feridas, por
exemplo, uma cirurgia pode ser necessária para que todo o tecido morto
seja retirado do corpo do pet, evitando que a bactéria se mantenha no
local e se propague para outras regiões.
Como
sempre frisamos, os donos de pets jamais devem optar pela
auto-medicação, pois, dessa forma, podem tanto agravar a doença de seus
bichinhos de estimação como retardar o seu processo de recuperação e até
levá-los à morte. Tomando-se o cuidado de consultar um veterinário ao
aparecimento dos primeiros sintomas, basta seguir corretamente ao
tratamento para ajudar na cura de seu pet, lembrando sempre de mantê-lo
em locais limpos e desinfetados, e de sempre lavar bem as mãos aos
brincar com seu amigo.
Cães
são geralmente bastante sensíveis a infecções causadas pelos
Streptococcus e devido a essa característica, o tratamento deve ser
feito o mais rápido possível, mesmo diante de pequenas infecções.
Além
do uso de antibiótico adequado de acordo com o tipo de Streptococcus,
alguns casos mais graves exigem intervenção cirúrgica para a remoção de
tecido morto no pet, limitando assim a propagação da bactéria.
Infelizmente
os animais também estão sofrendo com um problema que vem se tornando
bastante comum para humanos: a resistência das bactérias aos
antibióticos. Segundo especialistas uma série de fatores influenciam
nesse problema:
- Interrupção do tratamento antes do prazo estabelecido pelo veterinário. Alguns donos acham que a ausência dos sintomas já resolve o problema e param o tratamento por conta própria, no entanto o Streptococcus ainda se encontra no organismo do animal e pode voltar mais resistente;
- Problemas em administrar a dosagem correta indicada pelo veterinário, além de dificuldades de seguir os intervalos determinados;
- Uso de antibióticos sem a indicação de um especialista. Lembre-se que apenas um veterinário é capaz de passar o medicamento certo para infecção streptocócica do seu bichinho de estimação.
É
comum que os veterinários queiram o retorno do animal após o termino do
tratamento, isso é necessário porque apenas o profissional é capaz de
dizer se o pet está completamente curado ou se ele precisa de novas
doses do medicamento antes de ter alta.