terça-feira, 17 de maio de 2016

Perda de biodiversidade já ameaça economia, diz ONU


O Terceiro Panorama Global de Biodiversidade (Global Biodiversity Outlook ou GBO-3, na sigla em inglês) afirma que vários ecossistemas podem estar próximos de sofrer mudanças irreversíveis, tornando-se cada vez menos úteis à humanidade.
Entre estas mudanças, segundo o relatório da ONU estariam o desaparecimento rápido de florestas, a proliferação de algas em rios e a morte generalizada de corais.

Até o momento, a ONU calculou que a perda anual de florestas custa entre US$ 2 trilhões e US$ 5 trilhões, um número muito maior que os prejuízos causados pela recente crise econômica mundial.

O cálculo foi feito com base nos valores estipulados em um projeto chamado Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (EEB) para serviços prestados pela natureza, como a purificação da água e do ar, a proteção de regiões litorâneas de tempestades e a manutenção da natureza para o ecoturismo.

"Muitas economias continuam cegas ao enorme valor da diversidade de animais, plantas e outras formas de vida e ao seu papel no funcionamento de ecossistemas saudáveis", disse o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner.

"A humanidade criou a ilusão de que, de alguma forma, é possível se virar sem biodiversidade, ou de que isso é periférico no mundo contemporâneo", disse ele.

"Na verdade, precisamos dela mais do que nunca em um planeta com seis bilhões de pessoas indo a nove bilhões em 2050."

Segundo a ONU, quanto maior for a degradação dos ecossistemas, maior será o risco de que elas percam grande parte de sua utilidade prática para o homem.

Exemplo brasileiro
A Amazônia é citada como um dos ecossistemas ameaçados de atingir o chamado "ponto sem volta", mesmo com a recente diminuição nas taxas de desmatamento e com o plano de redução do desmatamento, que prevê a redução de 80% até 2020 em relação à média registrada entre 96 e 2005.

O relatório da ONU cita um estudo coordenado pelo Banco Mundial que afirma que se a Amazônia perder 20% de sua cobertura original, em 2025, certas partes da floresta entrariam em um ciclo de desaparecimento agravado por problemas como mudanças climáticas, queimadas e incêndios.

O relatório ressalta que o plano brasileiro deixaria o desmatamento acumulado muito próximo de 20% da cobertura original.

No entanto, o Brasil também é citado como exemplo no que diz respeito à criação de áreas de proteção ambiental.

"Alguns poucos países tiveram uma contribuição desproporcional para a expansão da rede global de áreas protegidas (que, segundo o relatório cresceu 57%): dos 700 mil quilômetros quadrados transformados em áreas de proteção desde 2003, quase três quartos ficam no Brasil, em grande parte, resultado do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa)."

Na Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD, na sigla em inglês), no mês passado, cientistas afirmaram que os governos nacionais não conseguiriam respeitar as suas metas de redução da perda de biodiversidade até 2010.

"Não são boas notícias", disse o secretário-executivo da CBD, Ahmed Djoglaf.

"Continuamos a perder biodiversidade em um ritmo nunca visto antes na História. As taxas de extinção podem estar até mil vezes acima da taxa histórica."

Metas fracassadas
A ONU diz ainda que a variedade de vertebrados no planeta – uma categoria que abrange mamíferos, répteis, pássaros, anfíbios e peixes – caiu cerca de um terço entre 1970 e 2006.

A meta de redução de perda de biodiversidade foi acertada durante uma reunião em Johanesburgo, na África do Sul, em 2002. No entanto, já se sabia que seria difícil mantê-la.

A surpresa do relatório GBO-3 é que outras 21 metas subsidiárias tampouco serão cumpridas globalmente.

Entre elas, estão a redução da perda e degradação de habitats, a proteção de pelo menos 10% das regiões ecológicas do planeta, controle da disseminação de espécies invasivas e a prevenção de extinção de espécies devido ao comércio internacional.

Uma sinal claro do fracasso registrado no relatório é que nenhum dos países envolvidos conseguirá atingir todas as metas até o fim do ano.


Fonte:


vídeo - Vegetal ou animal? Esta imagem de uma “flor” se abrindo na verdade é o esôfago de uma tartaruga

Este vídeo publicado no Instagram mostra o que parecem ser pétalas de alguma flor ou fruto exóticos, do tipo que você encontraria em uma floresta na Ásia. Quem publicou o vídeo foi Laura Castanon, que trabalha no Aquário de New England e no Instituto Oceanográfico de Woods Hole (EUA).
Ela costuma compartilhar imagens dos moradores do aquário e dos procedimentos realizados pela equipe do instituto em suas redes sociais. Neste caso, eles estavam realizando uma necropsia de uma tartaruga-cabeçuda, que vive em todos os oceanos.
  • A estrutura apresentada na imagem é a papila esofágica, que ajuda a filtrar os alimentos da água do mar e de outros materiais que não são comestíveis, como conchas ou lixo humano. “A papila no esôfago da tartaruga-cabeçuda ajudam a comida a descer enquanto a tartaruga cospe a água que engoliu. Que legal!”, escreveu a bióloga.

  • Como esse tipo de tartaruga está em extinção e é uma espécie protegida, as chances de você ver uma imagem como esta são pequenas. [Sploid,Laura Castanon]

Supreendente: galinha deixa os donos chocados ao "mudar de sexo"


Um casal do interior da Grã-Bretanha se surpreendeu ao descobrir que uma de suas galinhas havia parado de botar ovos, desenvolveu uma crista e começou a cantar como um galo.
Gertie era uma das duas galinhas mantidas pelo casal Jeanette e Jim Howard, de 79 e 76 anos, perto de Huntingdon, no condado de Cambridgeshire.

Segundo Jeanette, as galinhas haviam produzido menos ovos que o normal durante o inverno, mas Gertie então parou totalmente e desenvolveu características masculinas.

Segundo a veterinária Marion Ford, especialista em aves, mudanças aparentes de sexo em galinhas não são incomuns.

A situação seria verificada em uma a cada 10 mil aves do sexo feminino.

Segundo Ford, fungos encontrados na ração estocada para as galinhas podem ter o efeito de hormônios sintéticos.

Encorpada

Jeanette Howard disse ter começado a notar as mudanças na aparência de Gertie há poucos meses, quando ambas as aves estavam trocando de penas.

“Eu pensei que a Gertie tinha passado aquela fase muito bem. Ela ganhou muito mais penas e eu notei que ela também ficou mais encorpada. A Gertie parecia muito saudável”, afirmou.

Ela diz que a galinha então desenvolveu um papo característico dos galos e sua crista ficou bem maior do que era.

A galinha também começou a andar empertigada no entorno do galinheiro e pelo jardim, com uma atitude diferente.

“Então alguns dias depois a ouvi tentando cantar. Ela não conseguia fazer direito no início, mas progrediu bem e agora realmente canta muito bem”, disse a dona.

Jeanette diz não estar segura agora se Gertie realmente mudou de sexo. “Mas para todos os efeitos, ela agora é um galo”, afirmou ela, que rebatizou o animal de Bertie.


Já viu um bicho-feio? O "blobfish"foi eleito o animal mais feio do mundo pelos internautas


O peixe-gota (Psychrolutes marcidus), uma espécie do Pacífico que lembra um senhor velho e amargurado, foi eleito o animal mais feio do mundo em um concurso organizado na Grã-Bretanha.

Mais de 3.000 pessoas participaram de uma consulta na internet para chamar a atenção sobre espécies pouco conhecidas e ameaçadas que desempenham seu papel no ecossistema.

O "blobfish", como é denominado em inglês, uma criatura rosada capaz de suportar a pressão de grandes profundidades marinhas - e cujo aspecto parece fazer menção a esta circunstância - tem sido vítima da pesca de arrasto.

Ele ganhou incontestavelmente, com 795 votos, disse Coralie Young, da Associação Britânica de Ciência (British Science Association), que anunciou o resultado em um festival anual em Newcastle, no nordeste da Inglaterra.

Em segundo lugar ficou o kakapo, um pássaro que não voa, e parece uma mistura de papagaio e coruja, que vive na Nova Zelândia. Em terceiro lugar ficou o axolotl, anfíbio mexicano apelidado de "peixe andarilho".

Outros candidatos foram o macaco proboscis, que tem os testículos vermelhos e nariz grande, e a rã do Titicaca, também conhecida com o nome pouco científico de "rã escroto".

Oitenta mil pessoas visitaram a página do concurso. "É um modo simpático de lembrar às pessoas sobre a conservação" dos animais, explicou por telefone Coralie Young.

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Animais pequenos enxergam em câmera lenta, diz estudo

Esquilo: pesquisadores descobriram que animais menores, como pássaros e esquilos, têm um sistema de visão diferente, que os faz enxergar em câmera lenta
Você já se perguntou como uma mosca pode fugir do alcance humano tão facilmente? Se você achava que é difícil matar um pernilongo apenas porque insetos são "expertos", está enganado. A facilidade de fuga acontece, principalmente, porque animais pequenos enxergam em câmera lenta.
Isso significa que nem todas as espécies enxergam da mesma forma. A conclusão é de um grupo de cientistas de universidades da Irlanda. Juntos, os pesquisadores descobriram que os animais menores, como pássaros e esquilos, têm um sistema de visão diferente, que os faz enxergar em câmera lenta.

A pesquisa publicada no Science Direct afirma que quanto menor for o animal, mais informação pode ver em uma pequena quantidade de tempo. Em outras palavras, isso significa que alguns animais menores veem em câmera lenta.

Para chegar nessa conclusão, os cientistas analisaram a frequência crítica de fusão de luz vacilante, que mede a rapidez com que o olho pode processar um piscar de luz. Se essa frequência vacilante do animal é inferior a quatro piscadas por segundo (4 Hz), os flashes não se parecerão como “quadros”, mas como uma luz constante.

Os seres humanos, por exemplo, enxergam em 16 Hz, ou seja, 16 vezes por segundo. Isso significa que os vídeos precisam atualizar a tela mais rápido do que 16 Hz para parecer que não há interrupções.

Mas a frequência crítica de pequenos animais é muito maior do que a dos humanos. Portanto, quanto maior e mais velho o animal, mais lenta a sua visão. Isso também se aplica aos seres humanos, já que crianças são capazes de ver muito mais rápido do que os adultos mais velhos.

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Os urubus podem estar sumindo – e isso não é uma boa notícia

Urubus: o que eles descobriram é que os "carniceiros opcionais" estão se dando bem, mas os "carniceiros obrigatórios" não
A notícia obviamente não está causando tanta comoção como quando o assunto são pandas, baleias ou micos-leões. 
Mas é grave: os urubus estão desaparecendo. Das 22 espécies dessa lúgubre ave, 4 estão quase ameaçadas de extinção, 3 estão ameaçadas e 9, em situação crítica.

É o grupo mais ameaçado de desaparecer entre todas as aves do mundo.

A situação vinha intrigando os biólogos, porque a maioria das aves que comem carniça, como corvos, cegonhas e gaivotas, estão indo muito bem obrigado: sua população está crescendo, em parte graças aos desequilíbrios causados pela humanidade em outras populações animais.

Foi com isso em mente que um time de pesquisadores da Universidade de Utah, nos EUA, resolveu fazer um grande estudo para entender as razões da crise entre os urubus.

O que eles descobriram é que os "carniceiros opcionais" estão se dando bem, mas os "carniceiros obrigatórios" não.

Corvos, cegonhas e gaivotas são onívoros com uma dieta diversa: até gostam de um cadáver, mas comem de tudo. Já os urubus não têm opção: sem um mortinho, passam fome.

Justamente por isso, estão ingerindo doses extremamente altas de medicamentos e venenos dados por humanos a outros animais.

O maior problema parece ser a droga veterinária diclofenac, um anti-inflamatório bovino que causa sérios problemas hepáticos em aves, quando elas comem as vacas contaminadas.

Mas, além disso, há urubus morrendo por comer hienas e leões envenenados por criadores de gado, e por intoxicação por inseticidas, raticidas e chumbo de munição.

Os pesquisadores descobriram que, em 2007, uma única carcaça envenenada de elefante matou pelo menos 600 aves carniceiras de uma vez, na Namíbia.

Mas e daí? Quem se importa?

Segundo os pesquisadores, é melhor nos preocuparmos. A redução brusca na população de urubus está levando a uma explosão populacional de outros animais que curtem lambiscar uma carcacinha, como ratos e cães selvagens.

Ao contrário dos urubus, essas espécies não vêm equipadas com estômagos especializados em matar micróbios letais: por isso, elas transmitem doenças.

O fim dos urubus fatalmente levaria a pragas e epidemias, além de piorar muito o cheiro do mundo.

Os pesquisadores de Utah concluem que o problema poderia ser resolvido facilmente: bastaria banir o comércio de certas substâncias perigosas aos urubus.

Difícil é convencer governos e ambientalistas a se mobilizarem para salvar uma ave tão impopular.

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