terça-feira, 6 de maio de 2014

Viva o saci: mascote da Copa do Mundo 2014!

Viva o saci: mascote da Copa do Mundo 2014!

Mouzar Benedito






Parece óbvia a pergunta, a Fifa, todos sabemos, já escolheu o tatu-bola que, coitado, recebeu um nome pra lá de infeliz, Fuleco. Ele está escolhido e pronto, não é?

Não, não é. O Fuleco  é mascote da Fifa. Não vi até hoje o coitado ser tratado como mascote pelo povo. E o povo tem razão: não fomos nós que o escolhemos. Seus aparecimentos nos gramados são burocráticos e sem graça, sem aplausos, sem ganhar a simpatia de ninguém.

O Fuleco é mascote dos bastidores, da manipulação de grana, dos burocratas.

Deixemos que o Fuleco compareça aos estádios junto com estrangeiros e com brasileiros que têm grana pra ir lá. Nos bares, em casa, nas reuniões de amigos para assistir aos jogos, o Saci há de ser o escolhido e comemorado.Tenho ouvido muita gente declarando apoio ao Saci para ser mascote. Mas mascote do povo, não da Fifa.

Nós o havíamos indicado, com um monte de justificativas. Relembro algumas:

- Ele é de origem indígena, tornou-se negro e “ganhou” o gorrinho mágico presente em muitos mitos europeus, então é uma espécie de síntese da formação do povo brasileiro, que é uma mistura desses três grandes povos, além dos orientais que vieram pra cá quando a figura do Saci já estava pronta.

- Ele é negro, como a maioria dos nossos jogadores de futebol, e essa negritude, num país que não superou o racismo, é importante como símbolo de uma luta por igualdade. É também perneta, o que representa outra bandeira de luta nestes tempos que se fala tanto de inclusão. Além disso é e pobre, não tem nem roupa, e mora no mato. Com três motivos para ser “infeliz”, ele é gozador, brincalhão, aprontador, divertido. Enfim, um brasileiro autêntico, dos bons.

- Ele é um ser libertário. Uma das lendas sobre a perda de uma das pernas do Saci é que quando se tornou negro ele foi escravizado por um fazendeiro e era mantido à noite, na senzala, preso a um tronco por uma perna, com grilhões. Uma noite, ele cortou a perna presa e fugiu: preferia ser um perneta livre do que um escravo de duas pernas.

- Hoje em dia fala-se tanto em ecologia, proteção e recuperação do meio ambiente... E aí está o Saci de novo, como protetor da floresta.

- Ele é popular, conhecido de todos os brasileiros, e existem desenhos dele feitos por um montão de gente, e até as crianças o desenham e se divertem com ele. Aí está um motivo para ele não ser o escolhido da Fifa: não dá lucro aos mercenários do esporte. Inventaram uma mascote (nada contra o tatu-bola) e registraram três nomes como marcas pertencentes à Fifa para depois anunciar a escolha e pôs os três nomes em votação pela internet, os três horrorosos. Nem ao menos tiveram a dignidade de deixá-lo com seu próprio nome, tatu-bola. Virou Fuleco.

- O Saci faz parte da nossa cultura popular e, se fosse “eleito”, seria assumido pela população, ao contrário do tal Fuleco, pra quem todo mundo torce o nariz.



Então, repito, vamos torcer para que se realize no Brasil uma bela Copa do Mundo, apesar da submissão do país à Fifa, e que a seleção brasileira jogue bonito e vença. Mas protestando contra a corrupção, contra os desmandos da Fifa, contra a mercantilização do esporte e contra tudo de ruim, todas as tramoias que tentam nos enfiar goela abaixo. E festejando o que tem de bom: a alegria do futebol bem jogado e bonito, a nossa riquíssima cultura, o nosso jeito de ser e viver.

O Fuleco estará nos estádios superfaturados da Copa? Pois bem, nas ruas, nas praças que queremos que continuem sendo do povo, festejaremos com o Saci. Que cada um o desenhe, pinte, faça escultura dele com sua arte e sua criatividade, não tem que ser “um” Saci oficial, imposto. Muitos cartunistas devem oferecer criações bem-humoradas do Saci Mascote, para serem usadas por quem quiser. Mas quem não quiser nenhuma delas pode desenhar, pintar ou esculpir seu próprio Saci, o Saci do seu grupo, da sua turma.

Os Sacis são democráticos. Ninguém vai pagar royalties em nome dele.

Enfim, viva o Saci, mascote do povo na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

Não nos submeteremos a nenhum império. Que a Fifa vá reinar em outras plagas!

*Mouzar Benedito, mineiro de Nova Resende, é geógrafo, jornalista e também sócio fundador da Sociedade dos Observadores de Saci (Sosaci).

Vamos lutar pela nossa cultura! Manifesto Antropófago revisitado

Manifesto Antropofágico revisitado


Qualquer semelhança com o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, do ano de 1928, não se trata de mera coincidência!

Só o saci nos une. Sacialmente. Etnicamente. Culturalmente. No ano 449 da deglutição do Bispo Sardinha em Piratininga, e 75 anos após o lançamento do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, os saciólogos desta terra vão, aos pulos, convergindo em torno da única lei justa do mundo globalizado. O saci resgata nossa identidade, nossas raízes, o xis da questão tupi. Contra todas as catequeses do Império só nos interessa o que não é deles. A lei do saci.

Estamos fatigados de todos os colonialismos travestidos de drama roliudiano. O cinema americano devorando corações e mentes. Demente. No país onde dá status ter casa em Maiami e comprar em sales com 20% off. Estacionar no valet parking e pedir comida delivery. Por isso fazemos eco ao brado oswaldiano, contra todos os importadores da consciência enlatada. Oswald ainda grita, resquícios do nheengatú ecoando ao longe. Nunca admitimos o nascimento de Jeca Tatu entre nós. Só que o Jeca de Lobato resiste. Ele resiste ao Pato Donald, aos Poquemons, ao Raloim, às bruxas do Bush. 
O instinto do Saci. Só Saci. Um Saci contra as histórias do homem que começam no Cabo Canaveral. A fixação do progresso por meio de catálogos e aparelhos de televisão. E os transfusores de sangue. Das veias abertas da América Latina. Antes dos norte-americanos ocuparem o Brasil, o saci já tinha descoberto a felicidade. Definida pela sacizidade de um antropófago, o próprio Saci. A transfiguração da Abóbora em carne seca. Antropofagia. Absorção do inimigo abóbora. 
A nossa independência já foi proclamada no 7 de Setembro, em São Luís do Paraitinga. Expulsamos o imperialismo travestido de globalização hegemônica. Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada em Washington e Londres, a realidade sem complexos e sem penitenciárias do saciarcado de Pindorama. 
São Luis de Paraitinga, 31 de outubro de 2003, ano da deglutição final da abóbora

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Especialidades: Dermatologia

DERMATOLOGIA


Otohematomas

Os otohematomas ou hematomas auriculares são pequenas acumulações de sangue e líquido sanguinulento entre a pele e a cartilagem da orelha do animal, formando autênticas bolhas no pavilhão auricular. São um problema bastante frequente nos nossos cães e gatos.
Normalmente, os donos notam um inchaço repentino na orelha do animal, cheio de liquído e extremamente doloroso ao toque. A dor vai desaparecendo com o passar dos dias, mas se o otohematoma não for tratado continuará a acumular-se líquido e pode mesmo começar a aparecer tecido fibroso na orelha do animal, podendo este desfigurar a sua estrutura normal.

Tanto os cães como os gatos podem desenvolver otohematomas, contudo é mais frequente nos cães. Os animais mais predispostos para otohematomas são todos aqueles que têm problemas crónicos de ouvidos – otites infecciosas, otites a ácaros ou otites de causa alérgica.

Estas patologias provocam comichão no ouvido do animal e fazem com que ele se coce e abane a cabeça violentamente, conduzindo facilmente à formação de um hematoma. 
Para tratar o otohematoma, o líquido deve ser removido através de uma punção com agulha e seringa. A quantidade de líquido sanguinolento que retiramos é, por vezes, impressionante. 

Após a remoção do líquido instilamos na zona do otohematoma, um corticosteróide de acção prolongada para evitar a formação de novo hematoma. Podemos também fazer um penso compressivo ligeiro que auxilia no desaparecimento total do hematoma. Se o animal tiver muita comichão é fundamental que use um colar isabelino durante alguns dias, para evitar o auto-traumatismo. Nos casos recidivantes optamos pela cirurgia. Esta consiste em pequenas incisões suturadas ao longo do pavilhão auricular.

A melhor forma de prevenir os otohematomas é evitando o auto-traumatismo do próprio animal. Se notar que ele abana muito a cabeça ou que se coça muito nos ouvidos, não hesite em levá-lo ao seu médico veterinário para que a otite seja logo tratada numa fase inicial e não haja o risco de se formar os hematomas auriculares.

Dermatofitoses – “Tinha”

Designa-se por dermatofitose todas as infecções de pele provocadas por fungos. Os fungos mais frequentes são Microsporum canis, Microsporum gypseum e Trichophyton mentagrophytes. Nos nossos animais de companhia, o género mais frequente é o Microsporum e, vulgarmente, designamos esta dermatofitose por “tinha”.

Todos os mamíferos podem contrair dermatofitoses, incluindo os humanos. No entanto, a maior parte dos mamíferos torna-se imune às dermatofitoses e não exibe sinais da doença, excepto se estiverem imunossuprimidos ou se forem muito jovens ou muito idosos. Daí ser mais frequente encontrar dermatofitoses em cachorros e gatinhos.

As lesões de “tinha” são normalmente áreas circulares, descamativas, sem pêlo ou com pêlo muito quebradiço, com alguma vermelhidão, podendo ou não existir prurido. Localizam-se normalmente a nível do focinho, orelhas, patas e cauda. Nos cachorros a “tinha” restringe-se, habitualmente, a uma lesão isolada. Nos gatos temos, habitualmente, uma “tinha” mais generalizada.

Lesão de "tinha" localizada

O diagnóstico da dermatofitose pode ser feito usando um aparelho especial denominado Lâmpada de Wood de luz ultravioleta que, quando percorre o corpo do animal, torna as lesões verde fluorescente. Também podemos fazer uma colheita de pêlos e colocá-los num meio especial para crescimento de fungos ou observá-los ao microscópio para encontrar eventuais esporos dos fungos.

As dermatofitoses são patologias que exigem um tratamento contínuo e demorado (pelo menos 1 a 2 meses). Por isso, a persistência do dono é fundamental para o sucesso do tratamento.

Os animais afectados estão constantemente a disseminar esporos dos fungos pelo meio ambiente e estes esporos resistem durante meses nesse mesmo meio, daí ser essencial uma limpeza profunda do local onde o animal se encontra, nomeadamente camas, tapetes, canis ou gatis. Sejam lesões localizadas ou generalizadas é essencialmente lavá-las periodicamente com champôs à base de clorhexidina, que é um desinfectante para a pele extremamente eficaz para a manter saudável. Nas lesões localizadas optamos por loções ou pomadas de aplicação tópica em cada lesão. Nas lesões generalizadas, além das loções e pomadas, devemos administrar fármacos anti-fúngicos por via oral. Em qualquer uma das situações é de extrema importância que o dono siga à risca todas as indicações do tratamento e que nunca o páre até o médico veterinário achar que o deve fazer, mesmo que todas as lesões já tenham desaparecido da pele do animal.

Acne felino

O acne felino é um problema dermatológico bastante frequente nos nossos gatos. Pode afectar gatos de qualquer idade, de qualquer raça, machos ou fêmeas. Localiza-se, essencialmente, a nível do queixo e dos lábios do gato.
Localização típica do acne felino ligeiro
No acne, os folículos das glândulas sebáceas, presentes naturalmente no queixo do animal, ficam obstruídos, dando origem aos vulgarmente denominados “pontos negros”. Estes pontos negros incham, infectam e dão origem a pústulas.

A causa do acne felino é desconhecida. Contudo, existem vários factores que podem desencadear o processo:
stress; 
*grooming insuficiente; 
*hiperplasia das glândulas sebáceas; 
*alergias alimentares; 
uso frequente de recipientes de plástico para a alimentação: o plástico, por ser poroso, é uma fonte de bactérias, que rapidamente se transferem para o queixo do animal. Acredita-se também que há gatos que fazem alergia ao próprio plástico. 

Os sintomas do acne felino são a presença de pontos negros no queixo e lábios do animal, dando a aparência de sujidade. Nos casos mais graves, em que já há uma infecção bacteriana secundária, o animal pode apresentar a pele inflamada e com focos de pús.Nos casos graves, além do tratamento tópico, optamos também por tosquiar a zona afectada para permitir uma melhor limpeza da pele e administramos antibióticos e corticosteróides por via oral.
Se o seu gato tem tendência para acne, lembre-se sempre de evitar os recipientes de plástico, lave os comedouros e bebedouros diariamente e lave-lhe o queixo após as refeições com uma solução antisséptica.

Dermatite por lambedura

A dermatite por lambedura, também denominada por “acral licking”, é um dos problemas de pele mais complicados de resolver em veterinária.
Consiste no lamber incessante de uma parte do corpo, nomeadamente as patas, até causar uma lesão na pele.
Lamber incessante

A maior parte dos donos revela que a lesão começa por ser uma pequena ferida. O animal lambe constantemente a pata e, numa fase inicial, causa iritaçao da pele, mudança de cor do pêlo (fica mais escuro por ser queimado pela saliva) e peladas. À medida que o problema progride, a pele começa a ficar ulcerada e infectada. O animal começa a sentir cada vez mais prurido e tende a lamber ainda mais a lesão. Trata-se, por isso, de um ciclo vicioso: quanto mais o animal lambe, maior ulceração ele faz, mais prurido tem e, consequentemente, mais quer lamber.

As raças mais predispostas para este tipo de dermatite são:
*Labrador Retriever; 
*Golden Retriever; 
*Weimaraner; 
*Doberman Pinscher; 
*Pastor Alemão; 
*Setter Irlandês. 

Atualmente, acredita-se existirem várias causas para este tipo de dermatite. De entre elas, as mais frequentes são:
Stress: períodos solitários muito longos, mudança de ambiente, entrada de um novo membro, entre outros; 
dor articular: a dor numa articulação pode ser um motivo para o animal começar a lamber-se; 
corpos estranhos ou picadas: desencadeiam prurido ou dor localmente. 

Claro que todas estas causas podem fazer o animal lamber-se e isto não ser obsessivo. Apenas alguns animais tornam o lamber um vício; será ao equivalente humano de roer as unhas – as pessoas já o fazem inconscientemente. No cão o mesmo se passa.

A forma de tratar este tipo de dermatite é acelerar a cicatrização total da lesão. Isto só é possível se o animal não se lamber. Para isso, usam-se colares isabelinos e, nos casos mais graves de animais muito stressados, pode ser necessário a toma de algum tipo de calmante. 

Na lesão aplicam-se pomadas com antibiótico e anti-inflamatórios esteróides que retiram o prurido. Pode ser necessário a administração sistémica destes fármacos para as lesões mais extensas. Nos casos recidivantes pode-se optar pelo encerramento cirúrgico da lesão após tratamento com antibióticos. Contudo, nestas situações também se pode dar o caso do animal lamber a zona de sutura e voltar a abrir a lesão antiga. Daqui se conclui que, o mais importante, é remover toda e qualquer fonte de stress para o animal por forma a evitar um comportamento obsessivo-compulsivo.

Otites

As otites são um dos motivos mais frequentes para consulta no dia-a-dia da prática clínica. Consistem na inflamação do conducto auditivo do animal.Conducto auditivo do animal

Podem ser classificadas em:
externas: com inflamação da orelha do animal; 
médias: com afectação do ouvido médio, são identificadas facilmente através de um otoscópio; 
internas: são as mais graves, atingindo a bula timpânica, e conduzindo a sinais de desequilíbrio, designados por síndrome vestibular; as otites internas só são possíveis de identificar através de imagiologia (rx ou mesmo um TAC) 

As otites podem ser provocadas por vários agentes: bactérias, leveduras, ácaros e corpos estranhos. Todos eles conduzem a sintomas semelhantes:
*prurido; 
*dor; 
*inclinação da cabeça; 
*odor mais intenso do ouvido afectado. 

O tratamento das otites passa por, primeiro, identificar a sua causa. Há animais que frequentemente têm otites e, nalguns casos, passa a ser um problema crónico. Isto pode dever-se ao meio ambiente onde estão inseridos, a hábitos que propenciam o seu aparecimento, como por exemplo banhos de mar frequentes ou passeios de carro com a cabeça à janela, ou mesmo à sua anatomia (é o caso dos animais com o conducto auditivo muito apertado que impossibilita um arejamento adequado do ouvido). É aconselhável efectuar uma limpeza semanal com um produto de limpeza adequado nestes animais mais predispostos a otites.

O tratamento das otites consiste sempre na aplicação de um produto tópico e, nos casos mais graves, de medicação sistémica. Nos casos de corpos estranhos é fundamental a sua detecção e remoção antes de iniciar o tratamento. Assim que o tratamento é iniciado, não deverá ser interrompido sem o seu médico veterinário voltar a avaliar o ouvido do seu cão ou do seu gato. Otites mal tratadas, conduzem a resistências nos tratamentos futuros e, consequentemente, aumentam a possibilidade desse problema se tornar crónico. Para um tratamento mais eficaz recorre-se, por vezes, a uma zaragatoa do ouvido do animal que permite identificar o agente envolvido.
Se notar que o seu cão ou o seu gato abana demasiado a cabeça ou que se coça de forma mais intensa, não hesite em consultar o seu médico veterinário.

DAPP
Dermatite alérgica à picada da pulga

A dermatite alérgica à picada da pulga, vulgarmente denominada de DAPP, é uma doença de pele que afecta tanto cães como gatos. Trata-se de uma reacção alérgica à picada da pulga, que ocorre na epiderme do animal.
Normalmente, a pulga ao picar, induz um certo incómodo no animal. Mas se o animal for alérgico, esse prurido é muito intenso e o animal começa a coçar-se desesperadamente. 

Este auto-traumatismo por parte do animal conduz a lesões na pele mais ou menos graves, podendo ir de uma simples vermelhidão até zonas sem pêlo e com a pele totalmente infectada.

Prurido intenso

A DAPP caracteriza-se por aparecer inicialmente no final do dorso do animal, já próximo da cauda. No entanto, se não for tratada pode alastrar rapidamente num pequeno espaço de horas.

Os sinais mais relevantes da DAPP são:
*prurido intenso; 
*queda de pêlo localizada ou generalizada; 
*pele inflamada ou mesmo infectada; 
*crostas; 
*cheiro intenso na pele – quando o grau de infecção já é acentuado; 
*pontos pretos na pele do animal que representam as fezes das pulgas adultas. 

Para tratar a DAPP, é vital controlar a população de pulgas existentes, quer no animal, quer no ambiente em que ele vive. Atenção que a DAPP não significa ter o animal contaminado por um número elevado de pulgas – basta o animal ser alérgico e ser picado por uma pulga para fazer uma dermatite grave. Assim, nos animais alérgicos é indispensável fazer uma boa prevenção de ectoparasitas, a fim de evitar que a DAPP apareça.

No caso de já existir, é fundamental controlar o prurido, de forma a evitar que o animal se auto-mutile. Pode mesmo ser necessária a aplicação de um colar isabelino, nos primeiros dias, para evitar que ele se coce. O controlo do prurido pode ser feito localmente, com pomadas ou loções com antibiótico e anti-inflamatório ou, de forma sistémica para os casos mais graves. Os banhos com champôs anti-alérgicos podem também ser úteis quando a DAPP abrange uma área muito extensa – acalmam a pele e dão conforto ao animal.