terça-feira, 1 de março de 2016

O mistério das listras das zebras continua sem solução

Você já se perguntou por que as zebras têm listras? Se sim, você não está sozinho: a ciência vem tentando desvendar esse mistério há pelo menos 200 anos. Eles levantaram quatro hipóteses principais: camuflagem contra os predadores, um modo de reconhecer os animais da mesma espécie, proteção contra parasitas ou regulação da temperatura corporal.

A hipótese da camuflagem é sustentada pelo fato de que, ao amanhecer e escurecer, quando os predadores costumam atacar, as listras se misturariam, resultando uma cor acinzentada - o que dificultaria a visão a distância. O que os pesquisadores estavam deixando escapar é que os animais não enxergam da mesma maneira que os humanos. Para tentar jogar uma luz sobre esse enigma, cientistas da Universidade de Calgary, no Canadá, aplicaram filtros em imagens de zebras para entender como elas são enxergadas por leões e hienas. Um outro filtro também foi criado, mas, dessa vez, mostrando como as zebras se enxergam. Todas as fotos foram comparadas com as comuns, da visão humana.



Como as zebras aparecem para humanos (esquerda) e leões (direita). De dia (em cima), durante o amanhecer e anoitecer (meio) e à noite (em baixo)

Ficou claro que todos conseguem enxergar as listras sob a luz do dia - humanos a 180 metros de distância, zebras a 140, leões a 80, hienas a 48. Com a luz fraca do amanhecer e do anoitecer, os quatro animais ainda conseguem distinguir bem as listras, apesar de precisarem de uma distância um pouco menor. É só na escuridão da noite que a cor cinza aparece para todos.

As imagens das zebras sob a ótica dos leões foram comparadas com as de antílopes, que são marrons e sem listras. Durante a noite, quando a cor cinza aparece, o animal acaba se tornando ainda mais visível que os antílopes. Só nas florestas densas, cheias de árvores e arbustos, as listras realmente ajudam a camuflar. Contudo, zebras passam pouco tempo nesse hábitat - elas costumam ficar mais em savanas, que são terrenos abertos, onde ficam bem expostas.

Dados os resultados, voltamos para a pergunta inicial: para que servem as listras? A equipe canadense considera que a hipótese da proteção contra parasitas parece a mais provável, já que as moscas, preferem pousar em superfícies de uma cor só. Mas esse é só um palpite: eles ainda não têm evidências científicas concretas para afirmar que o mistério de 200 anos finalmente tenha sido solucionado. 


Fonte:
http://super.abril.com.br/ciencia/o-misterio-das-listras-das-zebras-continua-sem-solucao

Medicamento mais usado do mundo para hipertensão, é feito a partir de veneno de cobra

As jararacas matam suas presas usando injeções de veneno. Uma vez que o veneno da cobra entra em ação, as vítimas desmaiam por causa de uma queda da pressão arterial, deixando-as prontas para serem comidas, começando pela cabeça. Este é o hábito alimentar da jararaca-ilhoa, serpente encontrada na bacia Amazônica e nas florestas do Brasil, cujo veneno costumava ser usado pelos índios na ponta de suas flechas.
O que a maioria dos hipertensos não sabe, é que o captopril – cujo nome comercial é capoten – é desenvolvido a partir de uma substância encontrada no veneno da jararaca brasileira. Comercializado desde os anos 70, ele ainda é o medicamento para pressão alta mais usado no mundo.

Desde o captopril, mais dois medicamentos – eptifibatide e tirofiban – produzidos com base nos venenos da cascavel-anã (Sistrurus miliarius barbouri) e da víbora Echis carinatus, respectivamente, foram apr
ovados no final de 1990 para tratar outras doenças cardíacas, como angina.

bothrops_neuwiedi

Como tudo aconteceu

Sérgio Henrique Ferreira, que, juntamente com seus colaboradores, isolou, na década de 1960, do veneno da Bothrops jararaca, um princípio ativo capaz de intensificar a resposta à bradicinina e que foi denominado FPB (fator potenciador da bradicinina). A partir do veneno da jararaca, Sérgio Ferreira chegou a uma substância capaz de inibir os agentes naturais do organismo que elevam a pressão arterial, chamados angiotensina 1 e 2, ao mesmo tempo em que prolongam o efeito de uma molécula que mantém a pressão baixa, a bradicinina.
 
Fonte: 
bbcCaptoprilunicamphypescience    
Imagens: Reprodução/ veja.abrilcraftlandi

Prática de exercícios reduz tumores em animais analisados em laboratórios,


Segundo o estudo da Universidade de Copenhague, a adrenalina ajudou a extinguir cânceres que abatiam o pulmão, fígado ou a pele em ratos de laboratórios. Para observar esse processo, os cientistas estudaram como as células exterminadoras naturais dos ratos (Células NK, em inglês) reagiam com a adrenalina gerada ao correr.

Quando estimulada por exercícios, as células NK foram encaminhadas rapidamente à corrente sanguínea e atacaram as células cancerígenas. Tudo com a ajudinha de uma dose de adrenalina. Por outro lado, as NK de ratos preguiçosos foram menos efetivas em combate. Comumente, essas células são estimuladas para reagirem contra o crescimento de câncer em pacientes.
 

Para Pernille Hojman, autora do estudo, os testes realizados em laboratório podem ajudar na forma como observamos a evolução de um câncer em seres humanos. "Sempre recebo essa pergunta de pacientes com câncer: eu devo me exercitar? Nossos dados mostram que é benéfico praticar exercício físico com alguma intensidade", explica a doutora.

Fonte:
 

Cidade nos E.U.A. investe em transporte coletivo movido a biodiesel


“Se todos os ônibus em Ohio fossem convertidos para biodiesel reduziríamos os poluentes climáticos prejudiciais em 90% por dia. Assim você poderia ter o menor impacto ambiental possível”, disse Ashok Kumar, professor da Universidade de Toledo – especializado em bioquímica.

Os benefícios proporcionados pelo biocombustível podem ser percebidos na melhora do trânsito e na conservação dos motores dos ônibus que circulam diariamente na cidade de Toledo no estado de Ohio.

“Você está colocando mais veículos na estrada com capacidade para 30 pessoas e tirando carros que teriam, muitas vezes, um único motorista”, disse Steve Atkinson – diretor de marketing da TARTA – empresa responsável por administrar os ônibus que utilizam o biocombustível.

Grande parte do dinheiro concedido a Universidade de Toledo e a TARTA , para utilização e produção do biodiesel, vieram de subvenções federais. Recentemente a TARTA adquiriu dois ônibus híbridos também com subsídios. O processo torna-se mais simples e dispensa a manutenção na frota já existente.

“Com um impacto positivo muito maior sobre o meio ambiente, porque seria difícil convencer as pessoas a utilizarem biodiesel?, disse o professor Kumar. “Muitas cidades do mundo têm problemas graves de poluição”, complementou Atkinson.

Pequim já publicou diversos alertas sobre sua poluição atmosférica, assim como outras cidades da Europa. “Na China, se eles apostarem na conversão de sua frota, e começarem a utilizar biodiesel, com certeza haverá uma grande redução”, disse o professor Kumar.

Em veículos como ônibus e caminhões são permitidos até 20% de biodiesel. Junto com um ar mais limpo, a empresa passou a realizar a manutenção de seus ônibus com menos frequência.” A TARTA continuará a investir no biodiesel para sua frota também por conta da economia de custos”.

O Professor Kumar elenca quatro benefícios essenciais para a utilização do biodiesel no estado: O aumento dos postos de trabalho no noroeste de Ohio, uma redução de importação do petróleo estrangeiro, e é claro, a redução dos poluentes atmosféricos e a reutilização de óleos que seriam descartados.


Fonte:
 

Óleo de fritura (sim, aquele que usamos em casa) é transformado em Biodiesel

 Já pensou em aplicar o óleo que você usa na cozinha no tanque da sua picape, SUV, caminhão ou ônibus movido a diesel? No que depender de pesquisadores mineiros, essa ideia poderá ser colocada em prática num futuro bem próximo. Projeto desenvolvido pelas universidades de Itaúna (UI) e Federal de Minas Gerais (UFMG) propõe o reaproveitamento de óleos e gorduras residuais para produzir biodiesel. A ideia, nascida em 2008 com a primeira usina móvel de biodiesel do mundo, ganhou corpo com a fusão de processos mecânicos e químicos de produção que a tornaram viável. Como consequência, quatro patentes foram registradas. Duas grandes empresas já se mostram interessadas e uma startup foi criada com foco no desenvolvimento da tecnologia.

São várias as vantagens do biodiesel de óleo de fritura (sim, aquele que usamos em casa) em relação ao diesel de petróleo: renovável e isento de enxofre, esse biodiesel pode ser usado em motores diesel sem necessidade de adaptação dos veículos. Além disso, apresenta maior lubrificamento, acarretando maior vida útil do motor, e polui 80% menos na emissão de gases de efeito estufa, aponta o coordenador do projeto Bchem – Novas tecnologias para a produção mais eficiente de biodiesel, o engenheiro mecânico Alex Nogueira Brasil.

Quando se fala em biodiesel produzido a partir do óleo de fritura, o pesquisador lembra também que o resíduo da cozinha deixa de ser descartado no meio ambiente. Apenas no Brasil, são gerados cerca de 5,5 bilhões de litros de óleo de fritura por mês. Menos de 5% desse resíduo é reciclado ou tem destinação ambiental correta. E o mais grave: um litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água potável, dados alarmantes que apontam a importância do desenvolvimento de estudos como esse.


 

Aqui, material passa por tratamento e sua qualidade é avaliada no laboratório (foto: divulgação/BCHEM) 

O mercado de biodiesel atual já oferece processamento de óleos vegetais naturais para produção em grande escala. Mas não aproveita matéria-prima de baixo valor agregado, como os óleos residuais do processo de fritura de alimentos, salienta Alex Brasil. “As tecnologias usadas atualmente não permitem a utilização de óleos de baixa qualidade, como os de fritura e gordura animal. O biodiesel é produzido geralmente com óleo refinado de soja. Começamos a nos perguntar se era possível trabalhar com resíduos. Partimos para a execução do projeto, feito em parceria com a UFMG”, conta o engenheiro mecânico.

Durante a fase de desenvolvimento, a Universidade de Itaúna entrou com o reator ultrassônico que transforma biodiesel (processo mecânico), enquanto a equipe liderada pelo professor Rochel Montero Lago, do Grupo de Tecnologias Ambientais da UFMG, desenvolveu novos catalisadores para trabalhar com o óleo de maior acidez (processo químico). Participam dos trabalhos alunos dos cursos de graduação de engenharia mecânica, engenharia de produção e engenharia civil.

A primeira fase, ainda anterior à participação da UFMG, foi marcada pela identificação do problema e início do desenvolvimento da tecnologia. Com investimento do grupo minerador Minerita, sediado em Itaúna, Região Centro-Oeste de Minas Gerais, foi lançada em 2008 a primeira usina móvel de biodiesel do mundo, com capacidade para produzir 30 mil litros/mês. A usina rodou mais de 20 mil quilômetros no Brasil, participando de congressos, feiras e eventos. Durante a etapa, destinou todo o biodiesel produzido para o abastecimento dos caminhões e ônibus que transportam os funcionários da mineração.
Em 2008, foi criada a primeira usina móvel de biodiesel do mundo, que rodou mais de 20 mil quilômetros pelo Brasil (foto: BCHEM/Divulgação )
Produção


A parceria firmada entre as universidades promoveu uma fusão de tecnologia na produção de biodiesel por irradiação ultrassônica com catalisadores heterogêneos nano modificados. A aplicação está inserida no desenvolvimento da tecnologia – usina e processo –, com ênfase em um processo de elevada sustentabilidade técnico-econômico-ambiental, permitindo o uso de matérias-primas de baixo valor agregado. O trabalho de pesquisa e inovação tecnológica já rendeu ao grupo o depósito de quatro patentes no Brasil e nos Estados Unidos: reator ultrassônico, usina de biodiesel, processo produtivo e catalisador heterogêneo.

Em dezembro, o trabalho foi o primeiro colocado da 3ª Feira de Ciências e Inovações Tecnológicas (Feicintec) promovida pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG). “Hoje, temos tecnologia certificada para produção de biodiesel em pequena escala, a um baixo custo que permite transformar matéria-prima de baixa qualidade, principalmente óleo de fritura de alimentos, em biodiesel que atenda às especificações legais”, garante Alex Brasil. Além da Minerita, o projeto conta com a participação da rede de supermercados Verdemar, de Belo Horizonte, e aguarda definição para uso do biodiesel na fábrica da Fiat Automóveis S/A, em Betim, com extensão para alunos da PUC Minas. De acordo com a Fiat, para confirmar o projeto oficialmente faltam apenas conversas formais. Mas busca novos parceiros, como empresas de transporte de cargas e de passageiros, cujo diesel é uma das principais fontes de custos de operação.

Desenvolvimento

Alex Brasil destaca ainda a importância da participação dos estudantes no desenvolvimento e apresentação dos trabalhos. “A universidade é o momento de experimentar, de mostrar aquilo de que são capazes, criando tecnologia e ferramentas que representem avanços palpáveis e sirvam à população em geral.” Depois de participar e vencer competições de empreendedorismo, Alex Brasil, Rochel Lago e André Brasil decidiram criar a startup BChem Solutions, como foco de trabalho na área. Os pesquisadores agora aguardam a certificação do combustível junto à Agência Nacional do Petróleo. Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


 


Fonte: ESTADO DE MINAS

Biodiesel - Uma proposta que une sustentabilidade e saúde pública

 As mudanças do clima batem à nossa porta já há alguns anos. Os períodos de estiagem por que passam as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, a emergência de doenças transmitidas por insetos vetores e as ilhas urbanas de calor compõem um retrato do que se afigura no futuro próximo. Dada a gravidade da situação, vários países, notadamente do G7, propuseram a não utilização de combustíveis fósseis até o final deste século.

As fronteiras tecnológicas para atingir esta meta não são triviais. Felizmente, nosso país possui condições para enfrentar o desafio imposto pela deterioração do clima da Terra. Nesse contexto, os biocombustíveis são a alternativa mais rápida e eficiente para enfrentar a gravidade da questão ambiental. Eles emitem quase nenhum gás de efeito estufa e, ao mesmo tempo, exibem menor emissão de poluentes tóxicos de efeito local, nas cidades.

Alguns esclarecimentos são necessários aqui. Os gases responsáveis pelo aquecimento global exibem uma vida média de décadas, ou seja, medidas de redução da sua emissão terão efeito após muito tempo. Por outro lado, os mesmos processos de combustão de onde resultam gases que promovem aquecimento global emitem, simultaneamente, poluentes com tempo de residência na atmosfera bastante reduzido, porém capazes de promover danos à saúde humana, notadamente o material particulado fino.

Em outras palavras, fontes de combustão provocam aquecimento global pela emissão de CO² e metano (de longo prazo), bem como partículas finas com efeito nocivo à saúde. Neste cenário entram como solução os biocombustíveis, notadamente o biodiesel.

Nas cidades brasileiras, os veículos movidos a diesel são responsáveis por mais da metade da poluição por essas partículas finas, o poluente mais consistentemente associado com mortalidade precoce por doenças cardiovasculares, respiratórias e câncer do pulmão. Quanto maior a mistura de biodiesel, menor será a emissão de gases de efeito estufa (de efeito global) como também de partículas finas tóxicas, com efeito local.

Resumindo, sustentabilidade e saúde caminham juntas num caminho virtuoso. Vejamos um exemplo simples. O aumento ocorrido de 5% para 7% de biodiesel no litro do diesel será, em condições muito conservadoras, capaz de evitar cerca de 2.100 mortes prematuras, apenas nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro nos próximos 10 anos. Em outras palavras, 2% de acréscimo de biodiesel será equivalente, em termos de saúde pública, a algo semelhante a evitar a mortalidade por dengue nestas duas regiões.

Fica claro, portanto, que medidas muito simples de mudanças de políticas energéticas implicam em significativas melhoras na saúde humana. Por outro lado, caso a proporção de biodiesel na mistura do diesel seja elevada para 20%, nos próximos dez anos seriam evitadas cerca de 13.000 mortes prematuras somente em São Paulo e Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, seriam economizados mais de R$ 2 bilhões em custos de internações hospitalares e mortalidade prematura. Quando se leva em conta as demais regiões metropolitanas do país, os números são ainda maiores, embora menos precisos devido à precariedade de dados.

Concluindo:

a) Biocombustíveis reduzem a emissão de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, emitem menos poluentes tóxicos de efeito local;

b) Os motores diesel emitem mais da metade das partículas finas, o poluente mais consistentemente associado à mortalidade precoce por doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer;

c) No presente cenário, o aumento da proporção de biodiesel ao diesel atende, simultaneamente, a questões de aquecimento global e promove significativos benefícios à saúde humana;

d) Além destes benefícios à saúde humana, são significativos os ganhos econômicos decorrentes do aumento da proporção do biodiesel ao diesel.

Paulo Hilário Nascimento Saldiva.
Faculdade de Medicina /USP


Fonte:

Vídeo que trata da mobilidade urbana na Região Metropolitana de S.Paulo está no ar


O filme institucional do processo de elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI-RMSP), entrou no ar na última segunda-feira (15). Está disponível na plataforma do PDUI (www.pdui.sp.gov.br).

O vídeo trata da mobilidade urbana na RMSP, uma das questões metropolitanas previstas no Plano, que contempla também temas como habitação, desenvolvimento urbano e econômico, meio ambiente, recursos hídricos e saneamento, entre outros.

O Estatuto da Metrópole (Lei federal 13.089, de janeiro de 2015) determinou que todas as regiões metropolitanas do país aprovem seus PDUIs até o início de 2018. No caso da RMSP, o trabalho de construção do plano é coordenado pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa) e envolve a Prefeitura de São Paulo e dos outros 38 municípios que integram a Região, além da sociedade civil.


Fonte: