terça-feira, 27 de outubro de 2015

Como as mudanças de estação afetam seres humanos e animais



Por um breve período, os dias e as noites ao redor do mundo vão durar cerca de 12 horas. No dia 22 de setembro, o centro do sol cruzou o equador da Terra, marcando o equinócio de primavera, e o início dessa estação no Hemisfério Sul.

Então, como a Terra continua seu caminho em torno do sol, os dias ficam mais curtos e as noites se alongam, sendo que essa mudança é mais pronunciada nas latitudes mais elevadas, mas ainda inexistente no equador.

Essa mudança na quantidade de luz é um sinal de mudança de estação para animais, plantas e, antes da lâmpada, também para as pessoas. E ela tem consequências para todos nós? Sim. A mudança de luz afeta o relógio interno dos seres humanos.

Os cientistas sabem que os seres humanos e outros mamíferos têm um relógio interno que governa nossos ciclos de sono, entre outras funções diárias. A luz nos fornece pistas não visuais que influenciam aspectos como dilatação da pupila, estado de alerta, níveis de melatonina e modulação da frequência cardíaca.

Receptores de luz na retina dos olhos – bastões, cones e um terceiro tipo, chamado de células ganglionares fotossensíveis intrínsecas da retina – repassam informações não visuais utilizadas para redefinir os nossos ritmos circadianos.

A luz “restabelece” este relógio interno, para que os nossos corpos estejam em sincronia com a hora do dia. Embora outros fatores, tais como locomoção, possam influenciar os relógios internos dos animais, os seres humanos se baseiam principalmente na luz.

A mudança de luz, principalmente para aqueles que não vivem perto do equador, também tem outros efeitos. Alguns pesquisadores acreditam que a humanidade é muito sazonal, em quase tudo.

Há evidências de picos sazonais nos suicídios, que ocorrem com maior frequência no verão, e as taxas de natalidade, que também tendem a pico na primavera e verão. Porém, segundo especialistas, essas situações são fortemente influenciadas por outros fatores além da estação.

A evidência mais forte da sazonalidade humana vem sob a forma de transtorno afetivo sazonal, ou TAS. Quem sofre desse transtorno tem episódios depressivos relacionados com as estações do ano, geralmente com início no outono ou no inverno, e remitente na primavera ou no verão.

As pessoas que sofrem de TAS secretam o hormônio melatonina, que regula o sono e é chamada de hormônio da escuridão, em períodos mais longos durante as noites de inverno do que durante as noites de verão, uma flutuação vista também entre os mamíferos cujo comportamento varia sazonalmente. Normalmente, a produção humana de melatonina não varia com as estações do ano.

Nas latitudes mais elevadas, o TAS pode afetar 10% da população, e estima-se que até 20% da população sofra de uma forma mais amena da doença, embora esse dado seja controverso.

Os animais também sofrem com a mudança de luz. Para algumas espécies que vivem em latitudes elevadas, a mudança pode ter um efeito profundo sobre a sua biologia, em particular na reprodução, que deve ser cuidadosamente cronometrada.

Por exemplo, durante os dias de inverno longo, o tamanho do testículo dos hamsters siberianos aumenta quase 17 vezes. E há evidências de que pássaros canoros que vivem perto de fontes de luz artificial, na primavera começam a cantar para atrair as fêmeas, bem como a pôr ovos, mais cedo do que os que permanecem em lugares escuros à noite.



Fonte:
LiveScience
 
 Por:
http://hypescience.com/como-as-mudancas-de-estacao-afetam-seres-humanos-e-animais/
 

É necessário planejamento e pesquisa antes de presentear crianças com um pet


criança

Presentear crianças com um pet, especialmente cães, pode ser sempre algo cogitado pelos pais. A convivência de cães e crianças tem muitos benefícios, mas adotar um cão é mais do que simplesmente dá-lo ao filho em uma data festiva. Diferentemente de outras opções de presentes, um cão requer muita responsabilidade, o que não são todas as famílias que podem oferecer.

Para o bem do cão, é importante pesquisar. Os cães precisam de espaço, de atenção, de alimentação – o que requer condições financeiras -, entre outros requisitos. Entender essas necessidades é fundamental para que ele viva bem. Por isso é importante se questionar: “Eu terei tempo para me dedicar ao animal?”. Afinal, o filho é o presenteado, mas uma criança não tem condições de garantir o bem-estar do pet, logo a responsabilidade está sempre a cargo dos adultos.

De acordo com o especialista em comportamento animal da Virbac (São Paulo/SP), Dan Wroblewski, pensar no cão como um filho pode ajudar. Muitos casais planejam a vinda dos filhos considerando fatores muito parecidos com os citados acima. Quando se dá um cão de presente, devido a uma data comemorativa, o planejamento pode não existir. Neste caso, a ação é feita por impulso e sem considerar as consequências de o animal viver com uma família despreparada.

Inocentes, as crianças podem não entender certos limites. Uma brincadeira pode machucar o animal e vice e versa. Porém, ter um cão sempre será uma boa ideia quando a família estiver preparada. Adotar um cão é uma boa forma de se tornar uma pessoa mais disciplinada, afinal, é preciso dar banho, comida, educação, além de realizar passeios, limpá-los etc. O laço afetivo entre o cão e o seu dono, independentemente da idade, ensina a respeitar e a cuidar de quem se gosta. Além disso, há também as brincadeiras que ajudam no bom humor e na saúde de ambos.

Segundo Wroblewski, cabe a cada família escolher, mas é válido lembrar que existe um grupo de raças que são consideradas as melhores companhias. Nele estão raças como shitzus, chiuauas, bichon frises, maltes, pug, lhasa apso, pequinês e o bulldog francês. Há também grupo de cães de pastoreio, como o pastor de Shetland, o pastor alemão, o border collies, o australian sheppard e o welsh corgis.

“Independentemente do cão escolhido, seja comprado ou adotado, o mais importante é o bem-estar de todos. Planejamento e dedicação por parte dos donos fazem com que o cão não seja apenas mais um, mas sim parte da família”, declara.

Fonte:
http://www.caesegatos.com.br/descoberta-da-senciencia-nos-animais-pode-acarretar-mudancas-na-medicina-veterinaria/

Nutrição enteral auxilia recuperação de animais hospitalizados

Após a primeira parte do artigo, em “A importância de alimentá-los”, confira a sequência do conteúdo desenvolvido por Eliana Teshima

O manejo nutricional de pacientes hospitalizados deve seguir um protocolo que inclui a avaliação do animal, cálculo de suas necessidades energéticas, escolha do alimento, via adequada de administração e, por fim, monitoramento do paciente.

A emergência energética pode ser calculada pela necessidade energética de repouso (NER). Também há a necessidade energética dos animais que apresentam consumo voluntário de alimentos com sonda esofágica, que é a necessidade energética de manutenção (NEM).

A nutróloga Veterinária, Eliana Teshima fala, na edição 194 da Revista Cães&Gatos VET FOOD, sobre nutrição enteral, destacando a dieta a ser utilizada em cada suporte nutricional, que muda de acordo com diversos fatores. Além disso, a profissional também explana sobre os tipos de sondas para alimentação de cães e gatos hospitalizados.


Confira texto completo na edição nº 194 da C&G VF, em www.revistacaesegatos.com.br

nutrição



Confira abaixo a bibliografia completa utilizada pela autora.

1. BRUNETTO, M. A.; GOMES, M. O. S.; NOGUEIRA, S. P.; CARCIOFI, A. C. Suporte nutricional enteral no paciente crítico. Clínica Veterinária, n. 78, p. 40-47, 2009.
2. CARCIOFI, A. C. Manejo nutricional do cão e gato hospitalizado. Disciplina clínica das doenças carenciais, endócrinas e metabólicas.
departamento de clínica e cirurgia veterinária faculdade de ciências agrárias e veterinárias da unesp, Jaboticabal.
3. CARCIOFI, A. C.; FRAGA, V. O.; BRUNETTO, M. A. Ingestão calórica e alta hospitalar em cães e gatos. Revista de educação continuada do CRMV-SP, São Paulo, v. 6, n.1/3, p. 16-27, 2003.
4. DELANEY, S.; FACETTI, A.; ELLIOT, D. Critical nutrition of dogs. In: Pibot, P.; Biourge, V.; Elliott, D.A. Royal Canin Encyclopedia of canine nutrition, Paris: Aniwa SAS; 2006, pp. 426–447.
5. DONOGHUE, S. Nutritional support of hospitalised dogs an cats. Australian veterinary journal, Brunswick, v. 71, n. 10, p. 332-336, 1994.
6. DONOGHUE, S.; KRONFELD, D. S. Feeding hospitalised dogs and cats In: WILLS, J. M.; SIMPSON, K. W. The Waltham book of clinical nutrition of dog & cat. New York: Pergamon, 1994. p. 25-d37.
7. FREEMAN, L. M. New tools for the nutritional assessment and management of critical care patients. Journal of veterinary emergency and critical care, 00(0), p. 1-2, 2015.
8. LARSEN, J. A. Enteral nutrition and tube feeding. In: FACETTI, A.; DELANEY, S. Applied veterinary clinical nutrition, Ames: Wiley-Blackwell, 2012. P. 329- 352.
9. SAKER, K. E.; REMILLARD, R. L. Critical Care Nutrition and Enteral-Assisted Feeding. In: In: HAND, M. S.; TATCHER, C. D.;

REMILLARD, R. L. Small animal clinical nutrition. 5 ed. Topeka, Mark Morris Institute, 2010. P. 439- 476.
WSAVA Global Nutrition Assessment Guidelines 2001. Disponível no site

Fonte:
http://www.caesegatos.com.br/descoberta-da-senciencia-nos-animais-pode-acarretar-mudancas-na-medicina-veterinaria/

Descoberta da senciência nos animais pode acarretar mudanças na Medicina Veterinária



Um grupo de neurocientistas canadenses resolveu estudar a possibilidade de consciência nos bichos. A partir daí surgiu um novo olhar que merece atenção na Medicina e no mercado veterinário: a senciência dos animais.

O neologismo, que significa ter consciência, emoções e sentimentos, antes não foi pesquisado nos pets em virtude da crença dos cientistas que tinha o córtex cerebral como o grande responsável por tal peculiaridade. Entendia-se que os animais não tinham esta área tão desenvolvida como a do homem, conceito que foi desconstruído, já que eles possuem, sendo assim, seres sencientes. O marco principal para a compreensão da habilidade nos animais foi em dezembro de 2012, através de Conferência Internacional na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, quando o pesquisador Philip Low expôs a descoberta.

Todos os mamíferos, aves e outros seres do reino animal, como peixes e moluscos, são dotados destas sensibilidades. As galinhas, por exemplo, são fortes seres sencientes. A revista Scientific American, em abril de 2014, deu destaque ao assunto inusitado. Segundo a publicação, cientistas descobriram que essas aves podem ser dissimuladas, com habilidades de comunicação equivalentes as de alguns primatas e usam sinais sofisticados para transmitir suas intenções.

Por outro lado, a ciência ainda não tem certeza sobre tais sensibilidades em répteis. Mas, segundo o jornalista e disseminador da senciência no Brasil, Gilberto Pinheiro, se as atitudes dos bichos de sangue frio forem observadas, quando tratados com respeito e carinho, os mesmos também são capazes de demonstrar afabilidade. “Com isso, podemos concluir que, empiricamente, os répteis também são dotados de senciência”, aposta o especialista.


Há quem diga que gatos não possuem a mesma ligação sentimental dos cães com os donos. Porém, apesar dos felinos serem reservados, também possuem sentimentos, por isso, são sencientes. Uma história que pode ser considerada como uma prova disso é a do gato Oscar. O felino vive em uma instituição para idosos nos Estados Unidos e, conforme explicou um dos médicos do local, o gato costuma perambular pela clínica e visitar os pacientes que não têm muito tempo de vida. Pelo o que consta, o gato teria acertado em 50 ocasiões, nos últimos cinco anos, pois fazia carinho e ronronava apenas para quem faleceria dias depois, como publicado em portais como Hypescience e Telegraph.

Os animais também sentem alegria e tristeza e podem apresentar as mesmas enfermidades dos humanos, é o caso do processo de depressão. A falta de felicidade pode ter consequências graves e isso justifica quando algum animal que enfrenta a morte de seu tutor falece em seguida

À medida que a sociedade abraça a causa animal por essas e outras peculiaridades, o mercado pet se expande e, segundo Pinheiro, com a divulgação e compreensão da senciência, o setor veterinário enxergará, cada vez mais, a necessidade de alterações e aprimoramentos, assim como já vem ocorrendo aos poucos como, por exemplo, os intensos estudos sobre a palatabilidade dos animais para a produção de medicamentos mais agradáveis a esses paladares

Atualmente, o setor que atende os pets é um dos que mais cresce no mundo, com a produção de rações, alimentos próprios e medicamentos. Segundo Pinheiro, a mídia televisiva também abre espaço para propagandas com animais, pois eles comovem o coração das pessoas. Apenas de uns tempos para cá é que a sociedade mundial vem dando mais atenção aos pets, com ampla atividade de , assunto já tratado pela Cães&Gatos VET FOOD, e a indústria no atendimento a eles se diversificou. Hoje, é possível encontrar inúmeros serviços para saúde e bem-estar dos animais, como colônias de férias, grifes de roupas, comidas especiais, além dos filmes destacando animais como protagonistas, entre outras ações. “É um processo natural que cresce paralelamente ao amor aos animais”, atesta o profissional que entende que a descoberta da senciência nos animais veio para estimular o entendimento dos profissionais da área pet de que as espécies não são apenas constituídas de carne e osso, mas também de consciência, sentimentos e emoções e isso fará com que todo o setor evolua, em prol dos bichos.

Ainda assim, poucos lugares dos quatro cantos do planeta reconhecem a senciência como parte da realidade pet. A França, por exemplo, legitima essa capacidade dos animais e o Código Civil do País tem um capítulo especial, reconhecendo estas peculiaridades. Os Estados Unidos, a Argentina e boa parte do ocidente, principalmente, tem esta consciência em desenvolvimento.

No Brasil, no entanto, o assunto ainda é pouco discutido, divulgado e defendido. Pinheiro, defensor da disciplina ‘Direitos dos Animais’ em séries escolares e também como disciplina propedêutica em cursos superiores, é um dos poucos profissionais que disseminam o tema no País. “No Rio de Janeiro, desenvolvo sozinho este trabalho de conscientização em escolas e universidades. A Secretaria Municipal de Educação também me convidou para conversar e ministrar palestra sobre o respectivo assunto”, relata.

O artigo 32 da lei federal brasileira 9605/98, deixa claro que todo ser humano que maltratar um animal será levado à Justiça caso haja presença de provas documentais, fotografias ou testemunhas, poderá ser condenado por um período de três meses a um ano de reclusão. “Todavia, ninguém vai preso”, pasma Pinheiro.

Para piorar a situação, na visão do profissional, o Código Civil Brasileiro, atualizado em 2002, entende os animais como seres semoventes, ou seja, indivíduos que possuem movimentos próprios e que são considerados patrimônio ou propriedade de alguém. “Cruelmente são entendidos como ‘coisas’, objetos que se movem, uma interpretação inaceitável para os dias de hoje”, avalia.

Para compreender e respeitar os animais de acordo com o que a descoberta propicia hoje, o profissional ainda destaca que é preciso tomar cuidado para não confundir as expressões senciência e sapiência. Senciência tem íntima ligação com consciência, sentimentos e emoções. Já a sapiência significa apenas sabedoria e, por enquanto, não há indícios da existência do saber nos animais conhecidos, até então, como irracionais.
 
Fonte:
http://www.caesegatos.com.br/descoberta-da-senciencia-nos-animais-pode-acarretar-mudancas-na-medicina-veterinaria/
 

Para os animais de estimação, o calor é perigoso

Para os animais de estimação, os dias quentes podem trazer muito mais que o mal-estar e a preguiça que acometem seus donos. Em cães e gatos, a hipertermia, ou aumento excessivo da temperatura corporal, pode provocar desmaios e convulsões e até matar.

"A hipertermia é o problema mais comum - e o mais grave - para cães e gatos no verão", diz o veterinário Marcelo Quinzani, diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care, em São Paulo. Como eles não transpiram, a respiração é a única forma de controle da temperatura do corpo. No verão, porém, o ar quente e úmido prejudica esse mecanismo. Resultado: o animal ofega na tentativa de intensificar a troca de calor. "O risco é ainda maior para animais obesos, para cachorros com pelagem densa, como bernese e husky siberiano, e para as raças braquicefálicas - aquelas de focinho curto -, como os cães boxer, buldogue e pug e os gatos persas, que já respiram com dificuldade em condições normais", explica Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo. Veja, a seguir, os cuidados para prevenir a hipertermia no animalzinho.

EM CASA
Nada de deixar o animal no quintal constantemente ensolarado ou fechado no apartamento abafado. Sombra (em ambientes arejados) e água fresca são questão de sobrevivência para cães e gatos. Troque a água do bebedouro várias vezes ao dia e certifique-se de que o pote não fique exposto ao sol em nenhum momento - afinal, quem gosta de água morna? Vale até acrescentar umas pedrinhas de gelo ao bebedouro. Para os gatos, que preferem água corrente, um bebedouro eletrônico pode estimulá-los a ingerir mais líquido ao longo do dia.

Dica dos especialistas: borrifar água no dorso e nas patinhas ajuda a resfriar o animal. Se ele ficar ofegante, enrole-o em uma toalha molhada com água fria e deixe-o por um tempinho em frente ao ar-condicionado ou ventilador

NO CARRO
Cachorros são loucos por passeios de carro, certo? O problema é que essa excitação também atrapalha o processo de resfriamento do corpo. Portanto, nos dias muito quentes, o ar-condicionado deve permanecer ligado durante todo o trajeto - e, de preferência, evite viagens longas durante o dia. Outra recomendação dos veterinários: nunca, em hipótese alguma, deixe o bicho preso no carro, nem com uma fresta do vidro aberta e sob uma árvore. Mesmo na sombra, a temperatura no interior do veículo sobe rapidamente, e o animal pode desmaiar ou até morrer em meia hora
PASSEIOS
Cães são leais e nunca recusam um convite do dono para passear, mas se vivessem sozinhos na natureza jamais sairiam da toca sob o sol escaldante. Não é necessário suspender as caminhadas diárias, claro, mas o ideal é reduzir o percurso e restringir os horários das saídas: antes de 10 horas e após as 18 horas. Prefira locais gramados - o asfalto quente pode queimar os coxins, aquelas almofadinhas das patas - e leve água em bebedouros portáteis. A dica das borrifadas de água fria no dorso também se aplica aos passeios. E respeite os limites do cão: interrompa o passeio do animal ofegante, que tenta fugir do sol em busca das áreas sombreadas. Por fim, cães agressivos devem usar focinheira de ferro, um modelo que não impede a abertura da boca. E atenção! Passear com cães de focinho achatado nos dias quentes, com focinheira fechada, é meio caminho andado para uma hipertermia severa

ANTIPULGAS
Com a proliferação de parasitas no verão, os especialistas recomendam a aplicação de produtos que protegem o animal de pulgas e carrapatos a cada três semanas. "Evite dar banho dois dias antes e dois dias depois da aplicação do produto", ensina o veterinário Mário Marcondes

BANHO E TOSA

As salas de banho e tosa das pet shops são ambientes propícios para a hipertermia: o stress prejudica a respiração do animal e, com os secadores ligados o dia inteiro, a temperatura fica sempre elevada. Evite os horários de pico do calor e mantenha o pelo dos animais mais curto que o habitual.
Em casa, os banhos semanais devem ser feitos com água morna, pois a água muito fria pode causar choque térmico. Por fim, use apenas a toalha para secar animais de pelo curto, e o ar frio do secador para os de pelo longo

ATENÇÃO!
Se o animal mostrar-se inquieto, permanecer com a respiração ofegante e apresentar língua levemente arroxeada, mesmo após as tentativas caseiras de resfriá-lo, leve-o imediatamente ao veterinário, mantendo-o envolto em uma toalha molhada com água fria e, no carro, posicionado em frente à saída do ar-condicionado. "Em condições normais, a temperatura corporal não ultrapassa 39,5 graus. Se ela chegar a 40 graus, porém, só a respiração poderá ser insuficiente para resfriar o animal. Nesse caso, ele talvez precise de aplicação de soro refrigerado na veia ou até necessite ser sedado e entubado"



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Cuidado com o sol! O câncer de pele não é exclusivo dos seres humanos








 

A exposição prolongada ao sol é responsável pela incidência de câncer de pele em cães e, principalmente, em gatos - os bichanos são mais propensos em razão do hábito de passar horas tomando banhos de sol. Como os danos dos raios ultravioleta são cumulativos, a maioria dos casos envolve animais idosos.

Sintomas: a doença começa como uma manchinha avermelhada na pele e se torna uma ferida que não cicatriza ou, se cicatriza, volta logo em seguida

Áreas mais afetadas: regiões do corpo com pelagem menos densa. Nos gatos, as lesões malignas tendem a surgir nas pálpebras, no focinho, na parte interna das orelhas e na região entre os olhos e as orelhas. Nos cachorros, a área de risco é o abdômen

Prevenção: é possível proteger as áreas de pouca pelagem com protetor solar FPS 30 tradicional, desde que sem perfume e hipoalergênico. Como os gatos têm o hábito de se lamber constantemente, o ideal seria evitar os longos banhos de sol

Tratamento: consiste na remoção cirúrgica ou na crioterapia, em que a lesão é queimada com nitrogênio líquido. Parece simples e até pode ser, quando ela surge na barriga. Nos gatos, porém, a doença afeta pálpebras, orelhas e focinho, o que pode resultar em deformação da face. Vale frisar que, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de cura

Raças com maior risco de desenvolver a doença: animais de pelagem curta e branca. Como os tumores malignos costumam aparecer na cabeça, gatos e cães bi e tricolores, como fox paulistinha, bull terrier e whippet, também podem desenvolver a doença

Problemas de pele causados pela excessiva exposição ao sol não afetam somente os seres humanos. Assim como nós, os animais precisam de alguns cuidados extras no verão. Cães e gatos também podem apresentar câncer de pele. Geralmente, as lesões ocorrem nas áreas sem pelo, como na barriga, na ponta das orelhas, no nariz e ao redor dos olhos, principalmente em pele despigmentada (rosadas).
Assim, essa ocorrência é maior em animais brancos e claros – mesmo os que não são albinos – além de cães e gatos com nariz, lábio, coxins (almofadinhas dos dedos) e barriga rosada. Esses animais não devem tomar banhos de sol, mas se a exposição for inevitável é preciso usar bloqueadores solares nas regiões de risco.
Para isso, já existem no mercado protetores solares especialmente feitos para os bichos de estimação, que são amargos para evitar que o animal remova o produto com a língua. Agora no verão os cuidados com o sol se intensificam. Além do câncer de pele o calor pode levar os animais a hipertermia e morte. Assim devemos evitar sempre os horários mais quentes do dia pelo calor excessivo e pala maior exposição aos raios solares.


Carcinoma Solar em Gatos brancos:




Gatos brancos ou de cor clara são mais suscetíveis ao carcinoma de células escamosas (carcinoma solar) em áreas com pouco pelo ou que estão cronicamente expostos à luz solar. A área afetada mais comum em gatos é a ponta da orelha. Esta doença ocorre em gatos mais velhos e pode tornar-se evidente na primavera e verão, quando a exposição solar é maior.

Os sintomas mais comun são:

- Vermelhidão da ponta da orelha (probabilidade de ser primeiro sintoma)
- Queda de pelo leve e descamação da pele na ponta da orelha
- Lesão que não cicatriza.

Se voce observar esses sinais clínicos recomendamos uma pequena biópsia de pele para diferenciar dermatite actínica pré-cancerosa do carcinoma de células escamosas.
O tratamento precoce eficaz de lesões pré-cancerosas podem prevenir o aparecimento do carcinoma de células escamosas.

Cuidados com o seu gato ou cão de pele rosada:

- Restrição a exposição solar especialmente no verão.
- Uso de protetor solar resistente à água e com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais aplicadas nas pontas da orelha duas vezes por dia
A remoção cirúrgica do carcinoma de células escamosas da ponta da orelha é mais eficaz quando realizada logo após o diagnóstico. A remoção precoce aumenta a chance de retirar todo o tumor pois a lesão é menor. Remoção cirúrgica precoce também diminui a incidência de propagação do câncer para os gânglios linfáticos perto da orelha.

Fonte:
http://planetasustentavel.abril.com.br