domingo, 25 de outubro de 2015

Odontologia veterinária: Fraturas de mandíbula e maxila





As fraturas de mandíbula e maxila são comuns na clínica de pequenos animais, especialmente nos centros urbanos. Podem ser causadas por acidentes automobilísticos, armas de fogo, coices, brigas, quedas, especialmente nos felinos, doença periodontal ou neoplasias, estas duas últimas predispondo o animal a fraturas patológicas.
As fraturas de maxila correspondem a 0,7% do total de fraturas e, a maioria das fraturas dos cães acomete a região do corpo da mandíbula e, nos gatos, a sínfise mentoniana.

As fraturas consideradas iatrogênicas, devido à extração dental, por exemplo, representaram 11,4%. Com relação à localização das fraturas, foram observadas: 29% em região de sínfise mentoniana e para-sínfise.

Destas, 15% foram rupturas de sínfise, 49% em região de corpo da mandíbula, 12% em ramo vertical, 5% de fraturas em processo coronóide e 5% em região condilar.

Nos felinos, as fraturas de mandíbula também são comuns, elas são responsáveis por 14,5% das fraturas nesta espécie. Em estudo realizado, a ruptura de sínfise representou o local de maior prevalência, sendo responsável por 73,3% dos casos, seguida de 16% em região de corpo de mandíbula, 6,7% em região de côndilo e 4% em região de processo coronóide.

Os exames clínicos e radiográficos, realizados de forma minuciosa, revelam o padrão das fraturas faciais, determinando o grau, a direção e a magnitude, demonstrando alterações nos padrões normais de oclusão e estética facial bem como o posicionamento das estruturas ósseas associadas.

Ao exame físico, geralmente encontra-se distorção ou assimetria facial, oclusão dentária alterada, sialorréia, movimento livre no sítio de fratura. Quando em mandíbula, dor, limitação dos movimentos mandibulares, assimetria facial (às custas de um desvio do mento para o lado fraturado, nos casos de fratura condilar), retroposicionamento mandibular (nas fraturas condilares bilaterais), mobilidade óssea no local da fratura, crepitação, pode-se observar a incapacidade de fechar a boca com exteriorização da língua (ressecada e suja); em maxila, os sinais clássicos são epistaxe, dispinéia, comunicações oronasais e obstrução do fluxo de ar.

Dicas de como fazer corretamente a escovação dentária do seu pet


Você sabia que é muito importante escovar os dentes do seu pet todos os dias? Sim, todo esse cuidado deve ser tomado para evitar doenças dentárias! Escovar os dentes do seu pet todos os dias, assim como levá-lo ao veterinário são atitudes que previnem cáries, a formação da placa bacteriana, o tártaro e a perda de dentes.

As doenças periodontais que atingem a gengiva, os ossos e os ligamento são as maiores vilãs do seu pet! Este problema atinge mais os cachorros de pequeno porte por falta de escovação e começa com uma gengivite e, depois, os ossos são afetados levando à perda do dente em alguns casos. Estas bactérias podem também causar problemas em outros órgãos como coração, rins e fígado.

Se liga nessas dicas de como fazer a escovação dentária em cães e gatos, sem erro!

- Para fazer a higiene dentária dos pets, é recomendado o uso de escova veterinária específica, humana infantil com cerdas bem macias ou escova em formato de dedeira.

- Cães e gatos trocam o último dente de leite por volta dos seis meses. Mesmo assim, o ideal é iniciar a escovação já no filhote para acostumá-lo e sem brigar com o animal.

- Este deve ser um momento divertido para o bichinho. Tente começar como uma brincadeira: escove o focinho, as orelhas e o queixo, mas não coloque ainda a escova na boca do pet.

- O hábito da escovação deve ser diário, independentemente do horário. No entanto, escolha um momento do dia em que o mascote esteja mais tranquilo.

- O mais importante é escovação da face externa dos dentes. Na face interna da arcada dentária, o movimento de vai e vem natural da língua ajuda na limpeza.

- Nunca utilize pasta de dente humana: escolha uma de qualidade e específica para uso veterinário. Lembre-se que os animais vão engoli-la.

- Se o cachorro estiver aceitando bem a escovação, vale colocar um ossinho na boca para que ele a mantenha aberta e facilite a escovação na face interna dos dentes – que, embora não tão importante, auxilia na manutenção da saúde bucal.

- Já para os gatos, a dica é escolher uma pasta de dentes saborosa para o paladar felino e usar como petisco antes de começar a escovação.


Não há como retirar o tártaro com a escovação; o tratamento consiste na remoção mecânica dos cálculos



Uma vez formado o tártaro não há como retirá-lo com a escovação, a qual servirá apenas para evitar novos acúmulos. E sem a eliminação desses resíduos e da infecção bacteriana decorrente, a dentição e saúde do animal ficam comprometidas. 


O tratamento consiste na remoção mecânica dos cálculos (tártaros), seguida de curetagem da região subgengival, onde se encontra a infecção. O processo é feito somente por médicos veterinários, que, com instrumentos semelhantes aos utilizados na odontologia humana, retiram os cálculos que se aderiram aos dentes do pet. Para isso, não há outra forma senão anestesiar o animal de estimação.


“Apesar de não ser um procedimento simples, o tratamento é minimamente invasivo. A anestesia é necessária pois os animais assustados não permitem a limpeza”, aponta Tartalia. 

Aplicada a anestesia, os dentes são examinados um a um e são realizadas radiografias para avaliar a parte óssea. O cálculo é removido com um aparelho de ultrassom. Após a raspagem, os dentes são polidos com motor de baixa rotação, utilizando uma pasta especial. Para os que se preocupam com a anestesia, a veterinária Emiliana Gallo esclarece que anestesia para a limpeza de tártaro é mais superficial do que em casos decirurgias. “Além disso, o animal é monitorado e há uma avaliação anterior da saúde dele”, comenta.



Prevenção

Evitar o tártaro não tem segredo: é necessária a escovação adequadados dentes dos animais. A maioria dos donos não tem esse costume, que é pouco difundido, mas é uma forma simples de afastar problemas sérios e deve ser incorporado à rotina. Uma dieta adequada também é fundamental não só do ponto de vista nutricional, mas também para a saúde bucal do seu amado peludo.

O veterinário Eduardo Pacheco, do serviço odontológico do Hospital Veterinário SantaInês (SP), explica que alimentos caseiros, por exemplo, são mais propensos a provocar tártaro. “Esses alimentos aderem aos dentes com muito mais facilidade, enquanto que com as rações secas há o atrito nos dentes com menor aderência”, afirma. Pacheco argumenta ainda quanto aos riscos dos petiscos, mesmo aqueles desenvolvidos especialmente para cães e gatos. Segundo o especialista, esses produtos, dependendo da consistência, também tendem a aderir mais aos dentes, devendo ser oferecidos com parcimônia.

Tártaro - Entenda o problema e a seriedade da doença


Tártaro em cachorros
(Foto: Luis Gustavo Gonçalves)
Entenda o problema 
O tártaro é o nome popular para o que os especialistas chamam de cálculo dentário. “É uma formação que ocorre por acúmulo de resíduos alimentares e de sais minerais da própria saliva dos cães e gatos”, explica Tartalia. O tártaro inicia-se com o acúmulo de placa, em que as bactérias vão se organizando e produzindo toxinas irritantes que causam gengivite. Como o animal não escova os dentes, essa placa vai se acumulando e calcificando, formando o tártaro, que por sua vez provoca a retração gengival, a perda óssea e a perda dos dentes. 

O especialista estima que 85% dos animais domésticos tenham o problema em algum grau. E por descuido e desconhecimento dos donos, grande parte deles chega ao consultório já com o estado avançado da doença. Por isso, a prevenção deve ocorrer com mascotes de todas as raças e idades.
Entretanto, os veterinários destacam a necessidade de atenção redobrada com cães de raças pequenas, como Yorkshire, Lhasa Apso, Pinschere Poodle Toy. “Isso acontece pela predisposição genética e porconta da maior dificuldade que os tutores têm na hora da escovação de bocas pequenas”, argumenta a veterinária Emiliana Gallo, da clínica O Bicho Comeu, em São Paulo (SP).
Seriedade da doença
Mau hálito e dentes comprometidos costumam ser os sintomas mais aparentes do problema, mas Tartalia esclarece que a doença, quando nã otratada, pode afetar a saúde geral do pet, pois as estruturas de sustentação dos dentes são ricas em vasos sanguíneos. 

“Isso faz com que as infecções sejam levadas para órgãos pela corrente sanguínea”, frisa. Assim, as bactérias podem chegar a qualquer órgão e debilitar o animal. Se afetam o sistema nervoso central, podem provocar meningite; o coração, podem levar à endocardite; o pulmão, acarretam o desenvolvimentode fibrose pulmonar e bronquite; as articulações, levam à artrite.

Odontologia Veterinária - Dentes dos animais também devem ser tratados e bem cuidados



Das várias especialidades da Medicina Veterinária está a Odontologia Veterinária. É uma especialidade muito importante, pois os dentes dos animais também devem ser tratados e bem cuidados. Felizmente os dentes dos cães e dos gatos são mais resistentes do que os nossos. Mesmo assim também apresentam alguns problemas. Isso porque complicações com a mastigação, a falta de dentes saudáveis e dos tecidos que os envolvem podem comprometer o bem-estar de cães e gatos.

Com isso, se não tomarmos os devidos cuidados, o animal poderá perder parcial ou totalmente os dentes, atrapalhando sua alimentação e, conseqüentemente, sua qualidade de vida.

Para o médico veterinário Marco Antônio Gioso, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP), é preciso que os próprios donos estejam mais atentos à saúde bucal de seus pets. "As pessoas não olham a boca de seus animais, e quando percebem algo, a doença já está muito avançada".

Segundo a Associação Brasileira de Odontologia Veterinária (ABOV), 85% dos pets adultos apresentam algum problema dentário. E para tentar reverter o quadro, a odontologia em animais de estimação tem se modernizado cada vez mais, utilizando equipamentos e técnicas semelhantes aos de seres humanos.
Tratamentos a laser, aparelhos ortodônticos e até mesmo os implantes são novidades da área, principalmente, nos casos de fraturas e perdas da coroa. 

Nesse sentido, a prótese metálica, metalocerâmica e resinas são as mais utilizadas.

No Brasil, as cirurgias de colocação de próteses dentárias ainda não são muitcomuns. O médico veterinário Hebert Lima Corrêa, do Centro Odontológico Veterinário, explica que as pessoas ainda não estão informadas sobre essa possibilidade e também há poucos profissionais credenciados. "Poucos especialistas conhecem e dominam a técnica para indicação e colocação de implantes".

Dentre os problemas bucais que mais acometem os pets, e que podem ocasionar a necessidade de implantes dentários, está a doença periodontal, mais conhecida como tártaro. Resumidamente, os tártaros são placas formadas por bactérias e restos de alimento que se acumulam na superfície dos dentes deixando-os amarelados ou escurecidos. Com o tempo, esses tártaros irão causar inflamação nas gengivas (gengivites) e lesões muitas vezes irreversíveis nos dentes.

Para evitar esses problemas bucais algumas atitudes devem ser tomadas:

- Alimentar cães e gatos sempre -e apenas- com ração comercial de boa qualidade. Com isso, vai minimizar ou adiar a formação dos tártaros.

-A escovação dos dentes deve ser diária, com escovas de cerdas macias e apenas umedecidas. Pastas de dente para uso humano não devem ser utilizadas nos animais. Com certeza, elas serão ingeridas e podem causar alguns problemas digestivos. Porém, se for preciso, existem cremes dentais adequados para cães e gatos à venda em vários Pet-Shops.

Entretanto, se os dentes do animal já estão escurecidos ou amarelados, deve-se procurar um veterinário para uma avaliação. Provavelmente, haverá a necessidade de uma tartarectomia, que consiste na retirada das placas de tártaros com o auxílio de instrumentos odontológicos adequados. Em alguns casos mais avançados, pode haver também a necessidade da extração de um ou mais dentes comprometidos, principalmente se o animal já estiver, com mais idade.
A simples extração de tártaros ou de dentes pode ser feita na maioria das clínicas veterinárias sob anestesia geral ou sedação. Porém, para procedimentos mais complexos, o animal deve ser encaminhado para um centro especializado em odontologia veterinária.

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