terça-feira, 8 de março de 2016

Saiba mais sobre 10 mini versões de animais comuns muito interessantes



Macacos que cabem em uma xícara, camaleões do tamanho da sua unha e beija-flores que poderiam ser confundidos com um inseto são alguns exemplos das adoráveis miniaturas de animais comuns. A maioria corre risco de extinção, com poucos exemplares identificados nos últimos anos.


10. Sagui-leãozinho

Essa é a menor espécie de símio conhecida, medindo apenas 15 centímetros de comprimento (sem contar a cauda) e pesando 130 gramas. Ele vive na Floresta Amazônica do Brasil, Colômbia e Equador.

9. Brookesia micra


Esse pequeno camaleão vive em Madagáscar, e está entre os menores répteis do mundo. Ele é tão pequeno que consegue se equilibrar na cabeça de um fósforo. Os adultos chegam a ter 29 mm de comprimento. Durante o dia, eles ficam no meio da folhagem do solho, e durante a noite sobem nos galhos das árvores para dormir. A região habitada por eles é alvo de exploração ilegal, o que significa que esse adorável camaleão corre risco de perder seu habitat.
 

8. Colibri-abelha-cubano


O beija-flor abelha-cubano é a menor ave do mundo, medindo 5,7 cm e pesando 1,6 g. Para um animalzinho tão pequeno construir um ninho, ele deve usar pequenos materiais, como teias de aranha e líquens. O ninho tem apenas 2,5 cm de diâmetro. Seus ovinhos têm o tamanho de ervilhas.
 

7. Hippocampus denise


O cavalo-marinho da espécie Hippocampus denise é tão pequeno que pode ser até difícil distingui-lo dos corais em que ele vive. Ele tem no máximo 1,5 cm de ponta a ponta. Ele se parece com seu primo cavalo-marinho pigmeu, e chegou a ser confundido com filhotes da outra espécie. Eles vivem na Indonésia.
 

6. Microcebus


O microcebus é um minúsculo lêmure que também vive em Madagáscar. Com seus olhinhos permanentemente arregalados, ele sempre tem cara de surpreso. Seu cérebro pesa apenas 2 gramas. Considerando a cauda, ele tem 22 cm de comprimento, o que significa que é o menor primata do mundo. Infelizmente, também é o vertebrado que corre maior risco de extinção no mundo atualmente. Em 2015, apenas 21 deles foram identificados.
 

5. Morcego-nariz-de-porco-de-kitti


O nome deste morcego é muito maior que ele próprio. Ele pesa apenas 2 g e tem envergadura de 3 cm quando adulto. Também chamado de morcego-abelha, ele é possivelmente o menor mamífero do mundo. Para economizar energia, esses animais voam apenas por 30 minutos quando o dia amanhece e 20 minutos no fim do dia. Seu voo pode ser interrompido por uma chuva forte, e ele nunca voa muito longe de sua caverna. O morcego-nariz-de-porco-de-kitti vive na Tailândia e Myanmar.
 

4. Mini sapo da Nova Guiné


Medindo apenas 8 mm, este não é apenas o menor sapo do mundo, mas também o menor vertebrado. Por ser tão pequenininho e fácil de passar despercebido, ele só foi descoberto em 2010, quando cientistas os notaram em folhas de uma floresta de Nova Guiné. Lá, eles se alimentam de pequenos insetos. 


3. Brachylagus idahoensis


Este pequeno coelhinho vive na região noroeste dos Estados Unidos, no estado de Washington. Essa espécie vive em um habitat muito específico, e foi encontrado em apenas uma área do rio Columbia. Eles também são muito raros: em 2002, apenas 16 exemplares foram identificados. 


2. Polvo pigmeu lobo


O menor polvo do mundo foi descoberto em 1913 no Oceano Indo-Pacífico. Ele tem pouco mais de 1,5 cm de comprimento e pesa menos de um grama. Pouco ainda é conhecido sobre ele.
 

1. Antílope-real


Esse animalzinho adorável vive nas florestas da Costa do Marfim, Serra Leoa, Guiné e Libéria. Ele é o menor antílope do mundo, com 25 cm e 3 kg. Uma característica interessante é que suas perninhas traseiras são quase duas vezes mais longas que as dianteiras. Os machos têm pequenos chifres. Esse é um animal noturno.



Fonte:
[Oddee, WebEcoist]


Publicado em:


Mulheres têm mais estudo, mas ainda ganham menos que homens, diz IBGE

 Foto: UOL Notícias
Salário médio da mulher teria de subir 38% para se igualar ao do homem.Proporção de trabalhadoras com carteira assinada também é inferior.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (8) a pesquisa “Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas”, feita com base em dados da Pesquisa Mensal do Emprego de 2009. Ela mostra que as mulheres continuam a ganhar menos que os homens, apesar de ganharem no quesito escolaridade.

Enquanto os homens receberam em média R$ 1.518,31, elas ganharam R$ 1.097,93 no ano passado. Para que o salário das mulheres se iguale ao dos homens, o rendimento das trabalhadoras precisa subir 38,3%, apesar de a pesquisa mostrar que essa diferença vem diminuindo.

Segundo o IBGE, essa discrepância leva em conta a comparação de pessoas de mesma escolaridade, que exercem atividades semelhantes. “Tanto para as pessoas que possuíam 11 anos ou mais de estudo quanto para as que tinham curso superior completo, os rendimentos da população masculina eram superiores aos da feminina”, informa o instituto.

Ainda de acordo com o IBGE, enquanto 61,2% das trabalhadoras tinham 11 anos ou mais de estudo, ou seja, pelo menos o ensino médio completo, para os homens este percentual era de 53,2%.

Setores 
No caso dos trabalhadores e trabalhadoras do comércio, por exemplo, a diferença de rendimento para a escolaridade de 11 anos ou mais de estudo é de R$ 616,80 a mais para os homens. Quando a comparação é feita para o nível superior, os trabalhadores do sexo masculino recebem R$ 1.653,70 a mais.

A exceção fica para exemplos como o setor de construção, em que as mulheres com 11 anos ou mais de estudo têm rendimento ligeiramente superior ao dos homens com a mesma escolaridade: elas recebem, em média, R$ 2.007,80, contra R$ 1.917,20 dos homens.


Carteira assinada
Em 2009, aproximadamente 35,5% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho como empregadas com carteira de trabalho assinada, percentual inferior ao observado na distribuição masculina (43,9%).

As mulheres empregadas sem carteira e trabalhando por conta própria correspondiam a 30,9%. Entre os homens, este percentual era de 40%. Já o percentual de mulheres empregadoras era de 3,6%, pouco mais da metade do percentual verificado na população masculina (7,0%).

 Fonte:

Conheça melhor os bichos das nossas notas!


UM REAL: Beija-flor-de-peito-azul
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Desde 2005, as notas de um real deixaram de ser fabricadas.
Desde 2005, as notas de um real deixaram de ser fabricadas. Mas, até então, nelas aparecia o beija-flor-de-peito-azul (Amazilia lactea) uma ave da família Trochilidae, é um dos menores beija-flores. Embora, muito ativo e briguento. Assim como outros beija-flores é um dos principais agentes polinizadores de várias plantas, inclusive de algumas bromélias ornamentais e plantas introduzidas. É territorial e visita bebedouros e flores em horários regulares. Explora até mesmo flores de plantas rasteiras, voando muito baixo para tal.
DOIS REAIS: Tartaruga-de-pente
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A tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) é uma tartaruga marinha da família dos queloniídeos, encontrada em mares tropicais e subtropicais.
A tartaruga-de-pente  (Eretmochelys imbricata) é uma tartaruga marinha da família dos queloniídeos, encontrada em mares tropicais e subtropicais. Espécie criticamente ameaçada de extinção devido a caça indiscriminada, possui carapaça medindo entre 80 e 90 cm de comprimento se seu casco pode ser utilizado para confecção de diversos utensílios. Tem como habitat natural recifes de coral e águas costeiras rasas, como estuários e lagoas, podendo ser encontrada, ocasionalmente, em águas profundas. .
CINCO REAIS: Garça-branca-grande
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A garça-branca-grande (Ardea alba, sinônimo Casmerodius albus), é uma ave da ordem Pelecaniformes.
A garça-branca-grande (Ardea alba, sinônimo Casmerodius albus), é uma ave da ordem Pelecaniformes. É comum à beira dos lagos, rios e banhados. Foi muito caçada para a retirada de egretas – penas especiais que se formam no período reprodutivo – para a indústria de chapéus para mulheres. Alimenta-se principalmente de peixes, mas já foi vista comendo quase que tudo o que possa caber em seu bico. Pode consumir pequenos roedores, anfíbios, répteis, insetos e até lixo!  Pode ser encontrada em todo o Brasil.
DEZ REAIS: Arara-vermelha
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A arara-vermelha-grande (Ara chloropterus) é uma ave da família Psittacidae.
A arara-vermelha-grande (Ara chloropterus) é uma ave da família Psittacidae. Não é considerada como sendo ameaçada embora tenha desaparecido de lugares onde antes era comum. Foi localmente extinta de lugares que ocorria antigamente, como no Espírito Santo, boa parte da Bahia e possivelmente o norte do Rio de Janeiro. Gosta de se alimentar do fruto do buriti e coquinhos.
VINTE REAIS: Mico-leão-dourado
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Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é uma espécie de primata endêmica do Brasil.
Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é uma espécie de primata endêmica do Brasil. São animais diurnos e muito ativos durante as primeiras horas da manhã. Possuem comportamentos sociais muito semelhantes a de outros primatas. É relativamente livre de ectoparasitas, provavelmente devido à catação, tanto social, quanto solitária..
CINQUENTA REAIS: Onça Pintada
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A onça-pintada (Panthera onca) é uma espécie de mamífero carnívoro da família Felidae encontrada nas Américas.
A onça-pintada (Panthera onca) é uma espécie de mamífero carnívoro da família Felidae encontrada nas Américas. É o terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente americano.Está ameaçada de extinção e seu número está em queda. As ameaças à espécie incluem a perda e a fragmentação do seu habitat. Embora o comércio internacional de onças ou de suas partes esteja proibida, o felino ainda é frequentemente morto por seres humanos
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CEM REAIS: Garoupa
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A garoupa-verdadeira (Epinephelus marginatus) é um peixe que pertence à família Serranidae.
A garoupa-verdadeira (Epinephelus marginatus) é um peixe que pertence à família Serranidae. É um peixe muito comum no sudeste do Brasil. Se alimenta basicamente de peixes menores e crustáceos. Uma característica curiosa dessa espécie é que as garoupas são hermafroditas,  nascem como fêmeas e se tornam machos por volta dos nove ou dez anos de idade. Podem atingir até 120 centímetros de comprimento e há registros de animais com 50 anos de idade. Infelizmente, muitas não chegam tão longe devido à pesca indiscriminada. Aliás, por demorar até poder se reproduzir e ser muito apreciada na culinária mundial, a garoupa está ameaçada de extinção.

Fonte:
 

As 6 empresas que mais maltratam animais no mundo, segundo a P.E.T.A. - Veja o que elas fazem com os bichos!

O People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), organização internacional de defesa aos direitos dos animais, publicou uma lista com as seis grandes empresas multinacionais que mais maltratam animais. Pelo que relata a ONG, essas empresas se “vestem de pele de cordeiro”, mas na verdade contribuem para a vasta lista das empresas que mais  usam de crueldade com os animais.

1- Air France

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A Air France, uma das melhores companhias aéreas do  mundo é uma das empresas que mais contribuem para os mau-tratos aos animais. Quando embarcamos em um voo da empresa, não sabemos que existem passageiros bem abaixo dos seus pés, no compartimento de bagagens engaiolados rumo a um destino cruel. São animais, especialmente transportados para testes em laboratório. Isso porque, ao contrário de outras empresas do setor que condenam a prática, a Air France realiza o transporte destes animais que tem o destino de serem usados nos mais diversos tipos de experimentos farmacêuticos e cosméticos . Segundo informações, a procedência não importa: a companhia embarca tanto bichos criados em cativeiro quanto animais capturados na natureza. Os macacos são os “passageiros” mais comuns.

2- Mc Donald

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Se você gosta de pedir sempre uma porção de McNuggets, saiba que ela vem com requintes de crueldade às aves.  De acordo com a PETA, todas as empresas que abastecem esse tipo de carne para o Mc Donald fazem uso de métodos obsoletos para matar as aves. Os animais são pendurados de cabeça para baixo, ainda conscientes, e degoladas com navalhas. Para piorar a situação, aquelas aves que conseguem se esquivar do degolamento e são encaminhadas vivas para a próxima etapa do processo: banho de água fervendo para retiradas das penas.

3- PetSmart

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A PetSmart, uma famosa, e, ironicamente, bem conceituada rede de Pet Shops nos EUA e Canadá também conseguiu estar entre as empresas mais cruéis do mundo. O motivo é: venda de animais de pequeno porte por preços baixíssimos. Para conseguir dar grandes descontos aos clientes, a PetSmart compra lotes imensos de hamsters, porquinhos da índia, chinchilas e outros bichos de pequeno porte. São milhares de animais adquiridos de uma só vez pela empresa que vivem e amontoados em gaiolas porcamente cuidadas. Os animais que são vendidos podem ter um destino feliz ao lado de seus donos, mas aqueles que não conseguem encontrar um lar, acabam sendo sacrificados de forma cruel, ou estão fadados a definhar no local, pois não recebem os cuidados adequados. Quem já visitou “depósito” garante que é deprimente!

4- Revlon

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Uma das mais famosas empresas de cosméticos do mundo também vem para “engrossar” a lista de crueldade aos animais. Segundo a PETA, a Revlon diz estar afastada de práticas de crueldade animal há mais de 20 anos, mas dizem que a empresa está enganando os consumidores. É que a companhia vende seus produtos na China e, por lá, todos os produtos cosméticos que são importados precisam ser submetidos a testes absolutamente cruéis com animais antes de serem levados para o mercado. Isso quer dizer que enquanto insistir em abocanhar o mercado chinês, a Revlon vai continuar na mira dos defensores dos animais.

5- Rigling Bros

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Animais nos circos é uma coisa que já não combina há muitos anos. Todos sabemos que a maioria dos circos que utilizam animais fazem uso de extrema crueldade com o bichos. A Ringling Bros, que realiza apresentações nos EUA, insiste em colocar bichos nos seus shows e para piorar, trata os animais com muita brutalidade. Há inclusive relatos de elefantes que são enganchados durante o treinamento e gritam de dor. As práticas cruéis já renderam a maior multa da história dos circos para o Ringling Bros, em 2011: foram US$ 270 mil. Mas a empresa parece não ter aprendido a lição e mantém animais sendo treinados sem qualquer respeito.

6- SeaWorld

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O famosíssimo SeaWorld, que mostra shows incríveis com orcas fazendo acrobacias legais e deixando os visitantes do parque encantados, também está entre as empresas que não respeitam os animais. Segundo a PETA, as orcas são os animais que mais sofrem no SeaWorld. Os animais usados nos shows para divertir o público são capturados na natureza ainda bebês ou já nascem em cativeiro e estão fadados para sempre a viver em tanques de concreto. Não há nada de divertido nisso! A PETA é contra este tipo de entretenimento e, por isso, colocou a companhia, que atua nos EUA, na lista das piores do mundo para os animais.
 
Fonte:
petalatino/thegreen 
Imagens: petalatino/thegreen

Marcador molecular permite checar a qualidade do embrião bovino

 Estudo realizado na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP) em parceria com o Laboratório Innovare de Biomarcadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) definiu um procedimento pioneiro para aferir a qualidade de embriões bovinos em técnicas de reprodução assistida. O artigo “Analysis and characterisation of bovine oocyte and embryo biomarkers by matrix-assisted desorption ionisation mass spectrometry imaging” foi publicado como matéria de capa pela revista Reproduction, Fertility and Development.
O novo procedimento é resultado da pesquisa “Análise do perfil proteico e lipídico de embriões pré-implantacionais bovinos obtidos por fecundação in vitro, transferência de embriões e por transferência nuclear de células somáticas pela técnica de espectrometria de massas”, desenvolvida por Roseli Fernandes Gonçalves, com apoio da FAPESP por meio do programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.

Nesse estudo, Gonçalves contou com a colaboração de pesquisadores do Departamento de Reprodução Animal da FMVZ-USP; do Laboratório Innovare de Biomarcadores, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); da Universidade de Antuérpia, na Bélgica; e da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

“Apesar do alto nível tecnológico da pecuária brasileira e de o Brasil ser o maior produtor mundial de embriões bovinos in vitro, respondendo por aproximadamente 70% da produção global, o percentual de mortalidade embrionária ainda é muito alto, chegando em alguns casos a 60%. Nosso objetivo era definir um marcador que possibilitasse avaliar a qualidade dos embriões, de forma a reduzir a perda embrionária, fazendo com que os embriões transferidos viessem a termo”, disse Gonçalves à Agência FAPESP.

Gonçalves e colaboradores empregaram a espectrometria de massa, na modalidade Maldi-MSI (matrix-assisted laser desorption ionization / mass spectrometry imaging), para mapear marcadores moleculares presentes em oócitos (óvulos imaturos) e embriões bovinos. “Essa técnica já era utilizada, mas apenas em tecidos, pois se acreditava que seria impossível obter registros com resolução suficiente a partir de um pequeno conjunto de células. Nosso trabalho foi o primeiro no mundo a obter esses registros – sem a necessidade de preparo, do uso de anticorpos ou de outro marcador”, afirmou a pesquisadora.

A espectrometria de massa é uma técnica que envolve a vaporização da amostra para a produção de íons que possibilitam determinar sua composição. “Empregamos o espectrômetro do Laboratório Innovare da Unicamp, coordenado pelo professor doutor Rodrigo Catharino. Os íons são produzidos por pequenos disparos de laser em pontos adjacentes da amostra. E cada disparo gera um espectro de massa. Associando o ponto ao espectro correspondente, é possível localizar as moléculas de interesse. No nosso caso, a molécula de interesse era um lipídio”, informou Gonçalves.

De fato, os lipídios funcionam como “assinaturas químicas” do estágio de desenvolvimento embrionário. O artigo descreveu o mapeamento de oócitos e de embriões bovinos em diferentes fases do desenvolvimento (com duas, quatro, oito células e como blastocisto). “A principal diferença de nosso procedimento em relação a outras técnicas de espectrometria de massas que também utilizam um único oócito ou embrião foi que localizamos o biomarcador individualmente, determinando, por exemplo, se ele estava ou não presente na zona pelúcida (a membrana que reveste o oócito e o embrião). Conseguimos quantificar o lipídio in situ e acompanhar se ele aumentava ou diminuía em quantidade nos diferentes estágios do desenvolvimento embrionário”, explicou a pesquisadora.

Ela ressaltou que a espectrometria de massa é uma alternativa mais rápida e completa do que práticas usuais para a produção de imagens de células isoladas, como microscopia eletrônica e a imuno-histoquímica. “A Maldi-MSI permite estudar a composição lipídica de um único oócito ou embrião, economizando tempo e material, enquanto os métodos convencionais de análise requerem a utilização de muitas amostras e processos que envolvem manipulação química, separação e caracterização de componentes por meio de técnica trabalhosas, como cromatografia gasosa, na qual a molécula de lipídio é ‘quebrada’, dificultando a obtenção da informação estrutural sobre a molécula intacta.”

Espectrometria de massas

Isso talvez fique mais claro com o detalhamento do processo de espectrometria de massas tal como foi utilizado pelos pesquisadores. Cada embrião é colocado em um dos pequenos poços da placa de Maldi. O aparelho vaporiza a amostra e dispara feixes de laser que formam íons a partir das moléculas presentes. Ao passarem pelo analisador do espectrômetro, os íons sofrem a ação de um campo eletromagnético: a componente elétrica do campo acelera ou desacelera o fluxo; e a componente magnética modifica a direção da trajetória. A amplitude da deflexão da trajetória depende da relação massa/carga. Quanto mais leve o íon, maior a deflexão. E o detector registra a abundância de cada íon por meio de um espectro de massa. A associação dos espectros aos respectivos pontos da amostra possibilita localizar espacialmente o marcador escolhido.

“Nosso procedimento contribuiu também para o aperfeiçoamento da técnica de Maldi-MSI, principalmente no preparo das amostras, uma vez que conseguimos os resultados utilizando uma placa de sílica sem precisar adicionar uma matriz de ácido orgânico para absorver a luz do espectrômetro, como usualmente se faz”, disse Gonçalves.

A pesquisadora descreveu o passo a passo da reprodução de bovinos in vitro. “Partimos do oócito, isto é, do óvulo ainda imaturo. Esse oócito é maturado durante 24 horas em um meio de cultura rico em hormônios, que reproduz as condições existentes in vivo. Uma vez maturado, incubamos o óvulo com os espermatozoides, para que ocorra a fecundação. Fecundado, o zigoto começa a clivar, duplicando sucessivamente o número de células. Sete dias depois da fecundação, o conjunto de células chega ao estágio de blastocisto, quando já pode ser transferido para o útero de uma vaca hospedeira ou congelado. Ao contrário do que ocorre na reprodução assistida em humanos, no caso de bovinos só transferimos um embrião. Por isso, é importante ter um parâmetro da qualidade desse embrião, para que o mesmo continue seu desenvolvimento, gere prenhez e resulte em bezerro.”

Como regra, a qualidade do embrião produzido in vitro é inferior à do embrião gerado in vivo. E isso ressalta o papel do marcador lipídico. Além disso, o rastreio dos lipídios é importante na criopreservação de óvulos e embriões. Se estes apresentarem muitas espécies de lipídios saturados, a membrana celular pode se romper com facilidade durante o congelamento. “Claro que, para identificar o lipídio como marcador molecular, tivemos que perder os embriões utilizados na pesquisa. Mas, com o marcador identificado, nosso objetivo agora é chegar a um método não invasivo, no qual a presença do marcador, secretado pelo embrião, possa ser investigada no meio de cultivo, sem a necessidade de biópsia”, informou Gonçalves. Esse novo estudo, diretamente voltado para aplicação, já conta com apoio da FAPESP, recém-outorgado por meio do programa PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas). 


José Tadeu Arantes | Agência FAPESP

Fonte:
http://agencia.fapesp.br/marcador_molecular_permite_checar_a_qualidade_do_embriao_bovino/22794/ 

Dia Internacional da Mulher: por que é celebrado em 8 de março?




Jornada de reivindicação é celebrada em vários países, mas já aconteceu em outras datas Doodle do Google lembra a data com um vídeo no qual mulheres falam dos seus sonhos

A tradição de reservar uma data para reivindicar a igualdade de direitos da mulher é centenária. Nesta terça, 8 de março, celebra-se o Dia Internacional da Mulher na maioria dos países. Entretanto, um longo caminho foi percorrido até que essa data surgisse. Nesse caminho, a efeméride – que surgiu com espírito e iniciativa sindicalista – evoluiu, mudou de dia e perdeu a palavra trabalhadora do seu título. No dia 8 de março – data oficializada pela ONU em 1975 – pleiteia-se a igualdade completa de direitos. Entre as homenagens, Google dedica um doodle especial para esta busca, que é interativo com imagens de mulheres de várias partes do mundo.

A ideia de um dia internacional da mulher surgiu no final do século XIX, mas foram diferentes fatos no século XX que derivaram para a celebração que conhecemos hoje. Um deles, talvez o mais simbólico, mas não o único, ocorreu em 25 de março de 1911, quando 149 pessoas, a maioria mulheres, morreram no incêndio da fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York. O incidente revelou as penosas condições nas quais trabalhavam as mulheres, muitas delas imigrantes e muito pobres. Não foi um fato isolado – três anos antes, houve outro incêndio em circunstâncias similares, mas foi a tragédia de 1911 que suscitou grandes mobilizações e marcou no calendário uma data que já havia começado a ser celebrada dois anos antes, também em Nova York, onde as Mulheres Socialistas, seguindo uma orientação partidária, havia comemorado pela primeira vez o Dia Nacional da Mulher. Foi em 28 de fevereiro de 1909, e mais de 15.000 mulheres saíram às ruas para reivindicar melhores salários, redução da jornada de trabalho e direito ao voto.

Em 1910, a Internacional Socialista proclamou o Dia Internacional da Mulher para reivindicar o sufrágio feminino, a não discriminação trabalhista, o acesso à educação e outros direitos fundamentais. A conferência não decidiu um dia concreto, mas foi decisiva: a data começou a ser comemorada no ano seguinte. Alemanha, Áustria, Dinamarca e Suíça o celebraram em 19 de março, com comícios dos quais participaram mais de um milhão de pessoas, a imensa maioria mulheres.

Dos Estados Unidos e Europa Central, essa data combativa começou a se espalhar para outras regiões. Em fevereiro de 1913, as mulheres russas celebraram o Dia Internacional da Mulher, que em outros países começava a ser fixado em 8 de março. Quatro anos depois, em 1917, como reação à morte de mais de dois milhões de soldados na guerra, as russas convocaram uma greve para o último domingo de fevereiro. Os protestos e manifestações que tiveram início naquele 23 de fevereiro – 8 de março no calendário gregoriano usado em outros países – conduziram a uma mobilização geral que provocou a abdicação do czar e a nomeação de um Governo provisório que lhes concedeu o direito ao voto.

Com o passar dos anos, foram se incorporando outros países – a China, em 1922, por exemplo – e mulheres de todo tipo de realidade, até que o 8 de março se tornou um momento de confluência para reivindicar a igualdade de direitos para todas e recordar que ela ainda não foi alcançada.



Fonte:
EL PAÍS