sábado, 23 de abril de 2016

Casqueamento corretivo em bovinos evita perdas na produção leiteira



O problemas de casqueamento em bovinos de leite são comparados até mesmo com a mastite e perda na produção leiteira. O casqueamento realizado de forma incorreta pode ocorrer descarte em animais e o pecuarista pode ter gastos desnecessários com a mão de obra.

A prevenção é o principal objetivo do casqueamento garantindo o bem estar do animal. isso Para prevenir uma série de doenças nos animais, o trabalho de casqueamento deve ser feito por especialistas e com equipamentos e materiais de qualidade para realizar o casqueamento preventivo.

O treinamento e capacitação para realizar o casqueamento são fundamentais para o sucesso do profissional.

Semelhanças na origem de cães e gatos


Tanto os cães quanto os gatos são predadores naturais que foram domesticados pelo homem no decorrer da evolução humana. A principal diferença na evolução destes animais está na diversidade espalhadas pelo planeta. Os caninos são mais escassos que os felinos selvagens, no quesito raça os cães detêm um número maior devido a certos momentos históricos em que foram misturadas várias raças visando alcançar uma raça especifica para certas atividades.

Os hábitos dos caninos e felinos são diferenciados, o gato, por exemplo, tem alguns hábitos noturnos já o cão prefere estar em família e se liderado. E ainda, o cão costuma precisar de um companheiro que lhe ofereça atenção sendo submisso às ordens do dono, o gato por sua vez é independente e por mais que goste do dono não age de forma submissa.

Outra diferença é que os cães não são muito exigentes e acabam comendo tudo, como chinelos, já os gatos selecionam o que vão comer. Porém, é importante saber que os animais vão ter comportamento diferente dependendo do tipo de criação.

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Massagem em cachorros vira moda nos Estados Unidos


Enquanto o mercado pet se tornou absolutamente aquecido ao longo da última década, uma série de novos serviços voltados para animais se apresentou para os tutores que buscam o bem-estar de seus pets a todo custo. Spas com banhos especiais para o relaxamento de cães (além de tratamentos estéticos diversos) já fazem parte da rotina de muitos que fazem o uso dos serviços de luxo oferecidos pelo segmento, e quem faz parte do universo luxuoso dos cachorros já pode celebrar mais um aliado: a massagem em cachorros.
Cada vez mais popular nos Estados Unidos, o serviço de massagem em cachorros não ganha espaço somente no mundo do luxo para animais, já que a sua finalidade principal é a de cuidar da saúde destes amigões de quatro patas, oferecendo mais qualidade de vida e bem-estar aos cães de todas as raças e portes.

De acordo com os terapeutas que andam prestando esse tipo de serviço, as massagens em cães são eficientes tanto para acelerar e melhorar processos de recuperação em cães mais velhos quanto para servir para cachorros mais jovens como uma forma de prevenção de problemas no futuro, já que é capaz de melhorar a circulação, a flexibilidade e ate a imunidade do animal.

No entanto, ao mesmo tempo em que os que trabalham com a massagem em cães defendem os seus benefícios, há quem seja contra a realização desse tipo de terapia da forma que está sendo feita, pois, por ser uma forma de medicina veterinária, a técnica requer treinamento e uma autorização específica para que seja praticada. A Associação de Medicina Veterinária Americana é uma das entidades que defende a necessidade de uma licença para a prática do serviço.

Durando entre 30 e 40 minutos, a sessão de massagem canina é geralmente realizada na casa do tutor do animal, mas também pode ser requisitada em hotéis e até no ambiente de trabalho do dono do pet. Explorando o relaxamento da própria massagem, o terapeuta também usa músicas new age como ferramenta para aumentar ainda mais a sensação de descanso.

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Alergia alimentar em cães: proteínas, carboidratos, conservantes, aromatizantes e corantes artificiais podem prejudicar a saúde do animal



Comum em seres humanos, a alergia alimentar é uma doença que também afeta o sistema imunológico dos cães e é desenvolvida pela ingestão de determinados tipos de alimentos. Qualquer alimento a que o cão é submetido pode levá-lo a desenvolver o problema. “Carne bovina, ovina, suína, peixes, aves, leite, ovos, entre outros, que contêm elementos como proteínas, carboidratos, lipoproteínas e glicoproteínas, são capazes de desencadear fortes reações alérgicas no animal.
Além desses alimentos, alguns produtos de origem vegetal ou que contenham corantes artificiais, conservantes e aromatizantes também estão relacionados. Embora não haja uma predisposição racial definida, raças como Golden Retrivier, Shar Pei, West Highland White Terrier, Boxer e Lhasa Apso estão entre as que possuem maior tendência em desenvolver a doença.

Sintomas e diagnóstico por meio de dieta especial
Geralmente, o principal sintoma da alergia alimentar é o prurido (coceira), que, na maioria das vezes, não fica totalmente evidente no animal. “Este prurido pode se manifestar como otites frequentes, que são as inflamações no ouvido, ou até mesmo pela lambedura insistente das patas,” afirma o veterinário.

Existem vários tipos de dietas especiais para cães que desenvolvem a patologia, porém, cada caso deve ser avaliado individualmente pelo veterinário por apresentar um histórico alimentar distinto. O diagnóstico pode ser feito por meio de uma dieta caseira ou dieta hipoalergênica. “A dieta deverá ser realizada de 8 a 12 semanas. Havendo a melhora do quadro, o animal é submetido gradativamente à sua antiga alimentação para que o veterinário consiga descobrir qual ingrediente é, de fato, o responsável pela alergia,” finaliza o especialista.


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Câmara aprova tornar crime violência física ou mental contra cães e gatos


Quem matar esses animais poderá ser condenado de 1 a 3 anos de detenção.
A pena para quem abandonar cães e gatos será de 3 meses a 1 ano.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (20) projeto de lei que torna crime atentar contra a “integridade física ou mental” de cães e gatos. Pela proposta, que segue para análise do Senado, a pena para quem matar algum desses animais será de 1 a 3 anos de detenção.
Atualmente, a legislação pune com detenção de três meses a um ano quem comete maus-tratos, fere, ou mutila qualquer tipo de animal. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a violência provocar a morte do animal. Não há hoje tipo penal específico para agressão a cachorro e gato.

O projeto aprovado pela Câmara aumenta a punição para violência contra esses dois animais. A pena prevista de até 3 anos para quem mata cães e gatos pode ser aumentada, conforme a proposta, em um terço se o crime for cometido com emprego de veneno, fogo, asfixia, espancamento, arrastadura, tortura ou outro meio cruel.

O texto ressalva que não será considerado crime a morte por indução, que no projeto é definida como a “abreviação da vida de um animal em processo agônico e irreversível, sem dor nem sofrimento, de forma controlada e assistida”.

A proposta também torna crime o abandono de cães e gatos, com pena de detenção de 3 meses a um ano. “Entende-se por abandono deixar cão ou gato, de que detém a propriedade, posse ou guarda, ou que está sob seu cuidado, vigilância ou autoridade, desamparado e entregue à própria sorte em vias e logradouros públicos ou propriedades privadas”, diz o projeto.

Já quem promover luta entre cães poderá ser condenado a reclusão de 3 a 5 anos. O texto também prevê pena de 3 meses a 1 anos para quem expor a perigo a “vida, saúde e integridade” de gatos e cães.

O projeto prevê que as penas se aplicam em dobro, em cada uma dessas modalidades, quando para a execução do crime se reúnem mais de duas pessoas ou quando cometido pelo tutor ou responsável legal pelo animal.

Autor do projeto, o deputado Ricardo Tripoli afirmou que o texto atende às reivindicações da sociedade, que, segundo ele, deseja punições mais severas para quem agride animais.

“São seres indefesos, dependentes do homem, posto que não mais se inserem nos ecossistemas, no meio ambiente natural. Tal condição impõe ao homem o dever de tutelá-los e protegê-los”, afirmou. Ele destacou ainda que quem pratica violência contra animais tende a agredir seres humanos também.

“É comprovado que pessoas que agridem animais também atentam contra a integridade física ou a vida de pessoas. Há correlação. O início da prática e o desprezo pela vida do outro se inicia na agressão contra os indefesos”, disse Tripoli, na justificativa do projeto.

Já o deputado Valdir Colatto classificou de “loucura” a Câmara aprovar a proposta. Seria preciso usar o Maracanã para colocar as pessoas que agem contra cães e gatos.”


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Golfinho foge de aquário, reencontra a família e tem bebê em liberdade


Uma golfinho fêmea que escapou do cativeiro não só encontrou sua família e sobreviveu, mas acaba de ser vista com seu filhote.

Acredita-se que Sampal tinha 10 anos quando ficou acidentalmente presa em uma rede de pesca ao largo da costa da Coreia do Sul. Ela deveria ter sido imediatamente liberada, mas ao invés disso foi vendida ilegalmente ao aquário Pacific Land, onde passou cerca de três anos sendo forçada a participar de espetáculos para conseguir comida.

O prefeito de Seul e o Supremo Tribunal coreano intervieram e ordenaram que Sampal e seus dois companheiros, Jedol e Chunsan, fossem devolvidos ao oceano, segundo o Care2.

Em maio de 2013, eles ficaram sob os cuidados de uma equipe da Associação coreana de Bem- Animal, Universidade Ewha e o Centro de Pesquisa de Cetáceos que iriam prepará-los para a liberação eventual. Ric O’Barry, fundador e diretor do Projeto Golfinho, também foi convidado para ajudá-los.

Os golfinhos deveriam ser libertados durante o verão, mas quando um buraco rasgou rede de proteção, Sampal viu uma oportunidade e saiu em busca de sua liberdade.

Seus cuidadores estavam preocupados se ela iria sobreviver, mas ela foi flagrada dias depois entre cerca de 50golfinhos que se acredita serem a família da qual ela foi arrancada.

Agora, os defensores de golfinhos estão comemorando depois que Sampal foi vista por pesquisadores que confirmaram sua reintegração na natureza e a chegada de seu próprio bebê.
Fonte:

Peixinho africano é o vertebrado mais precoce sexualmente


E eles não são apressadinhos só no amor. São na gravidez e no crescimento também. O ovo da espécie demora só 15 dias pra chocar e a média de crescimento do bichinho chega a 25% do seu tamanho total por dia!

A necessidade existe porque —> eles vivem em poças de água temporárias. A poça vai secar e eles precisam aproveitar a vida loucamente antes do juízo final. Aproveitar, nesse caso, é nascer + crescer + reproduzir o mais rápido possível!
E pra onde eles vão quando tudo seca?
Lugar nenhum. Eles ficam ali mesmo. Os vivos morrem (#filosofia), mas os ainda-por-sair-dos-ovos, ficam de boas lá dentro esperando a chuva voltar pra sair e viver sua vida acelerada. Isso pode levar até um ano! Eles não ligam. Ficam lá esperando.
O que você faria dentro de um ovo por um ano?
Fonte:BBC Nature.

Dia Mundial do Livro: conheça cinco sites para ler (ou ouvir) livros de graça


Todos os anos, celebra-se em 23 de abril o Dia Mundial da Leitura, e com toda a correria da modernidade, manter esse hábito tem se tornado cada vez mais difícil. Há quem não abra mão do bom e velho livro, com seus diversos tipos de encadernação, com cheirinho de novo ou velho, com a textura das folhas passando pelas mãos.
Por outro lado, as obras digitais também têm seus adeptos. Há quem prefira a praticidde de poder carregar vários livros em um único aparelho, como tablet ou leitor específico de e-books - como os livros digitais são chamados. Para estes adeptos às novas ferramentas, as bibliotecas virtuais são uma opção para encontrar livros de qualidade, e o melhor: muitos deles gratuitos.

Confira alguns desses sites e entregue-se a mais uma história:

Biblioteca Nacional Digital - Oficialmente lançada em 2006, a BNDigital integra coleções que desde 2001 vinham sendo digitalizadas no contexto de exposições e de projetos temáticos, em parceria com instituições nacionais e internacionais. Oferece um rico acervo para download e consulta.

Biblioteca Virtual de Literatura - Obras completas da literatura brasileira para serem lidas na própria página.

Portal Domínio Público - Disponibiliza amplo acesso a obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio cultural brasileiro e universal.

Projeto Releituras - Divulgação dos melhores textos de escritores nacionais e internacionais. Resumos biográficos e bibliográficos de escritores brasileiros.

Universidade Falada - Para quem tem dificuldade de leitura, este site oferece diversos clássicos em forma de audiolivros. Tudo gratuito.


Fonte:

Nova espécie de jararaca descoberta em ilha do Espírito Santo pode estar em extinção



Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) publicaram no periódico científico internacional Zootaxa artigo em que descrevem uma nova espécie de jararaca, nativa da Ilha dos Franceses, na costa do Espírito Santo.
Localizada a menos de 5 quilômetros da praia de Itaipava, no município capixaba de Itapemirim, a Ilha dos Franceses tem cerca de 15 hectares de território e é rodeada por águas muito rasas, características que ajudaram a tornar o lugar um destino turístico da região. Devido à sua área de ocorrência reduzida e ao acesso constante de turistas à ilha, a nova espécie deve ser considerada como criticamente em perigo de extinção, alertam os pesquisadores no artigo.

“O fato de que a serpente tem toda a sua população restrita a uma pequena ilha facilmente acessível a partir da costa a torna única para estudos ecológicos e evolutivos, mas também altamente ameaçada, especialmente se considerarmos que o local já sofre deterioração pela ação humana. Essas alterações no habitat natural ameaçam sua preservação e precisam ser observadas”, alertou Ricardo Sawaya, da Unifesp, um dos pesquisadores principais do projeto temático "Origem e evolução das serpentes e a sua diversificação na região neotropical: uma abordagem multidisciplinar", realizado com apoio da FAPESP no âmbito do programa BIOTA.

Diante da deterioração da qualidade de vida do habitat natural diminuto da espécie, os pesquisadores sugerem no artigo que ela seja enquadrada na categoria de ameaça mais elevada da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), a de criticamente em perigo (CR).

“Acreditamos que a sugestão seja considerada na próxima rodada de avaliações da IUCN e que o animal seja incluído na Lista Vermelha da organização, que avalia o estado de conservação de plantas, animais, fungos e protistas, chamando a atenção da comunidade internacional para que sejam tomadas medidas de conservação”, explicou Sawaya.

Nomeada Bothrops sazimai em homenagem ao naturalista Ivan Sazima, professor colaborador do Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a nova espécie tem hábitos noturnos, é semiarborícola – vive sobre as árvores e no solo – e se alimenta de pequenos lagartos e centopeias.

Jararacas ilhadas
Até a Bothrops sazimai ser descoberta, apenas três espécies de jararacas nativas de ilhas brasileiras haviam sido descritas, todas na costa paulista: a Bothrops insularis, conhecida como jararaca-ilhoa, da Ilha da Queimada Grande; a Bothrops alcatraz, ou jararaca-de-alcatrazes, nativa da Ilha de Alcatrazes; eaBothrops otavioi, da Ilha Vitória.

De acordo com as comparações feitas pelos pesquisadores, as espécies insulares possuem pequenas variações morfológicas entre si e diferem da Bothrops jararaca, a jararaca comum do continente que deve ter um ancestral em comum com as demais. Com a elevação do nível do mar e consequente separação de porções de terra do continente oceano adentro, as espécies se isolaram e se diferenciaram, provavelmente de acordo com as condições dos novos habitats. A principal diferença é o tamanho reduzido de três das quatro espécies que vivem nas ilhas, a Bothrops sazimai inclusa.

“Uma das hipóteses é que esses bichos que ficam restritos a ilhas podem ter seu tamanho reduzido pela alteração substancial da sua dieta. Jararacas do continente se alimentam quando filhotes de presas ectotérmicas, como anfíbios e lagartos, e de pequenos mamíferos quando adultas. Como não há mamíferos disponíveis, as jararacas das ilhas mantêm os hábitos alimentares de um filhote ao longo de toda a vida, adaptando-se morfologicamente a essa dieta, cujo retorno energético é mais baixo”, explicou Fausto Erritto Barbo, do Museu de Zoologia da USP, responsável pela pesquisa "Sistemática filogenética, biogeografia e revisão taxonômica do grupo Bothrops jararaca (serpentes, Viperidae)", realizada com o apoio da FAPESP.

Foram examinados 58 espécimes da nova espécie, sendo nove fotografados e liberados e apenas cinco coletados e levados da ilha para serem colocados em museus de história natural. Os dados sobre os demais espécimes da amostragem estavam disponíveis em coleções científicas.

Com câmeras de alta resolução, as fotografias foram feitas em uma distância padrão e analisadas em computadores por meio desoftwares que comparam regiões da cabeça do animal marcadas com pontos pelos pesquisadores. Foram realizadas análises de dois tipos: lineares, comparando-se o tamanho do corpo e da cauda, e geométricas, que detectam variações de forma da cabeça.

Os espécimes foram comparados com 154 exemplares de Bothrops jararaca de diferentes localidades do continente, distribuídas entre os estados do Espírito Santo (82), São Paulo (30), Paraná (23), Santa Catarina (9) e Rio Grande do Sul (10). Também foram feitas comparações com oito espécimes de B. alcatraz, 26 de B. insularis e 31 de B. otavioi.

Por meio das comparações morfológicas, os pesquisadores identificaram o conjunto de nuances que distingue a população de jararacas da Ilha dos Franceses das serpentes que ocorrem no continente e nas demais ilhas onde novas espécies foram descobertas.

Os resultados do estudo estão disponíveis no artigo Another new and threatened species of lancehead genus Bothrops (Serpentes, Viperidae) from Ilha dos Franceses, Southeastern Brazil, em biotaxa.org/Zootaxa/article/view/zootaxa.4097.4.4. Além de Sawaya e Barbo, assinam João Luiz Gasparini, do Departamento de Ecologia e Oceanografia da Ufes; Antonio P. Almeida, da Reserva Biológica de Comboios do ICMBIO; Hussam Zaher e Felipe G. Grazziotin, do Museu de Zoologia da USP; e Rodrigo B. Gusmão e José Mário G. Ferrarini, com mestrado em Ecologia e Evolução pela Unifesp.

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Dispensador automático de larvicida vence prêmio de inovação contra o Zika



Um dispositivo capaz de dispensar automaticamente quantidades suficientes de larvicida para manter caixas d’água livres de larvas de mosquito por até um ano foi escolhido como a “solução mais implementável” em um concurso de inovação realizado nos Estados Unidos, no início de abril, com o objetivo de criar novas ferramentas para combater o vírus Zika e demais patógenos transmitidos pelo Aedes aegypti.

Três brasileiros integram o grupo responsável pelo desenvolvimento do LAD (Dispensador Automático de Larvicida, na sigla em inglês): o engenheiro Marcelo de Castro, fundador da empresa Linpix Software LLC, e os alunos de doutorado da Universidade da Carolina do Norte (UNC) em Charlotte Adriano Schneider e Denis Jacob Machado – este último bolsista da FAPESP.

A equipe conta ainda com Gregorio Linchangco, também aluno de doutorado da UNC Charlotte, o médico M. Ihsan Kaadan (Massachusetts General Hospital), a estudante secundarista Kara Luo (Lexington High School), a estudante de medicina Karen Cheng (Boston University School of Medicine) e o engenheiro Paul Chang (Cornell University).

“Castro teve a ideia de criar o dispensador automático depois de ver reportagens veiculadas na imprensa brasileira que mostravam equipes de saúde do governo visitando mensalmente bairros com grande incidência de Aedes para aplicar larvicida manualmente nas caixas d’água”, contou Machado.

Segundo o pesquisador, tal medida não é eficaz no combate ao mosquito, pois, como há muita circulação de água no interior das caixas, o larvicida rapidamente se dispersa. “Como a larva do mosquito leva entre 7 e 10 dias para se desenvolver, os reservatórios estariam protegidos somente na primeira semana após a aplicação do produto”, acrescentou Machado.

Em apenas 48 horas, com auxílio de uma impressora 3D, o grupo criou um protótipo do LAD, que no Brasil deverá ser lançado com outro nome. Trata-se de um dispositivo portátil de plástico que fica sob a superfície da água e garante uma concentração segura de larvicida nos reservatórios mesmo após vários ciclos (esvaziar e encher a caixa várias vezes). A equipe estima que a manutenção só seja necessária uma vez por ano.

“Dessa forma, o número de visitas pode ser reduzido drasticamente e a eficiência da medida aumentada. Uma de nossas preocupações era encontrar meios de usar a menor quantidade possível de produto químico para eliminação das larvas. Levando em consideração seu ciclo de vida, não há necessidade de adicionar larvicida diariamente. Cerca de uma vez por semana é suficiente”, disse Machado.

Formado em Biologia Marinha, Machado cursa o doutorado na área de bioinformática, com o objetivo de desenvolver estratégias computacionais que podem ser usadas para entender a evolução de toxinas em anfíbios. No Brasil, ele está vinculado ao Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), sob orientação do professor Taran Grant.

“Tenho grande interesse em toxicidade e, quando me convidaram para participar da equipe, minha principal preocupação foi garantir que a quantidade de larvicida liberada pelo dispositivo não fosse danosa nem para o meio ambiente, nem para os moradores da casa”, disse.

Nos Estados Unidos, Machado, Schneider e Linchangco são orientados pelo professor da UNC Charlotte Daniel Janies, coordenador do Departamento de Bioinformática e Genômica.

Schneider, originalmente, iniciou um projeto de doutorado voltado ao uso de ferramentas de bioinformática para o estudo do vírus HIV, causador da Aids. Quando emergiu a epidemia associada ao vírus Zika, porém, seu foco mudou. “Desde janeiro tenho estudado a evolução do vírus Zika e, por meio de parcerias com especialistas em imunologia, tento entender quais alterações genéticas o vírus sofreu para alcançar a atual patogenicidade”, contou.

Hackeando o Zika


Realizado no Massachusetts General Hospital (MGH), em Boston, o evento Zika Innovation Hack-a-thon 2016 reuniu nos dias 2 e 3 de abril cerca de 150 interessados em saúde global e em inovação. A iniciativa foi organizada pelo The Consortium for Affordable Medical Technologies (CAMTech) e pelo Global Disaster Response, um dos centros sediados no MGH. O desafio proposto aos participantes era criar, em apenas 48 horas, soluções inovadoras para combater as doenças transmitidas pelo Aedes, bem como o mosquito vetor.

O Hack-a-thon – também conhecido como hack day ou hackfest – é um modelo de evento que surgiu no fim do século passado, nos Estados Unidos, visando reunir programadores, desenvolvedores de software e de hardware e promover colaboração intensa em um projeto específico.

“Mais recentemente surgiu uma versão de hack-a-thon voltada para inovação. De maneira geral, são organizados quando se sente a necessidade de encontrar soluções para um problema específico, neste caso, o combate ao Zika”, contou Machado.

Além do LAD, premiado na categoria “Solução mais Implementável”, outros projetos foram selecionados nas categorias “Solução mais Inovadora” e “Inovação que Promete o Maior Impacto em Saúde Pública”. No primeiro caso, venceu um aplicativo para celular capaz de detectar a presença e a localização geográfica de larvas de mosquito. No segundo caso, houve empate entre dois projetos: um aplicativo que permite ao usuário reportar áreas propícias para reprodução do mosquito e um jogo voltado a ensinar crianças sobre os riscos associados ao Aedes.

Além de um prêmio simbólico em dinheiro, os vencedores receberão apoio logístico da CAMTech para transformar a ideia em um produto. “Eles têm uma plataforma de inovação e assessoram os grupos na aquisição de patente, no processo de desenvolvimento de produtos e na obtenção de financiamento”, contou Machado. “O Hack-a-thon é um modelo interessante porque reúne pessoas de diversas áreas. Algumas ideias que originalmente não seriam viáveis, quando trabalhadas em time, tornam-se possíveis de implementar”, acrescentou.


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