Para o sucesso do profissional no mercado de trabalho e consequentemente o bom atendimento e satisfação do cliente, o treinamento do médico veterinário para a realização de variados procedimentos cirúrgicos é essencial.
O treinamento em cirurgias permite ao profissional se alongar no mercado de trabalho, as cirurgias em pequenos animais muitas vezes são procedimentos simples, mas por desconhecimento técnico grande parte dos profissionais não as realizam da maneira apropriada, obtendo sucesso.
Dentre as cirurgias em pequenos as que se destacam são: luxação de patela; colocefalectomia de fêmur;amputação de membro (anterior e posterior); uretrostomia em cão; nefrectomia; exerese de glândula paranal; exerese de glândula salivar mandibular; ablação parcial de conduto auditivo (ZEEP); colapso de traqueia; enucleação e vasectomia.
Na luxação da patela ou rótula as lesões incluem ruptura do ligamento cruzado cranial, fraturas, ruptura do tendão da patela e lesão do ligamento colateral.
A colocefalectomia é uma técnica que consiste na remoção da cabeça e colo do fêmur após algum acidente irreversível. A amputação de membros é feito quando não há como reverter o caso, é feito a remoção de uma extremidade do corpo. A uretrostomia é a técnica cirúrgica utilizada em casos de obstrução parcial ou total da uretra de cães machos de qualquer idade.
Todas as cirurgias são essenciais no dia a dia do médico veterinário, tendo em vista que acidentes acontecem com os animais com frequência, sendo preciso atendimento rápido e qualificado na busca de obtenção de resultados, satisfação do cliente e recuperação do animal.
A profissão de médico veterinário é ampla e além da prática clínica aos animais, o veterinário trabalha com produção animal, saúde pública, melhoramento genético, bem-estar animal, inspeção sanitária e tecnológica dos produtos de origem animal e de seus derivados, gerenciando e avaliando programas em saúde.
As principais áreas de atuação desse profissional são: clínica de animais domésticos; clínica de grandes animais em fazendas e propriedades rurais; clínica de animais silvestres; controle do beneficiamento de produtos de origem animal em agroindústrias; defesa sanitária; saúde pública; desenvolvimento e produção de medicamentos e produtos biológicos de uso veterinário; desenvolvimento de biotecnologia; melhoramento genético.
Durante a formação os estudantes fazem estágios em empresas de produtosveterinários, fábricas de ração, fazendas, clínicas particulares, centrais de inseminação, matadouros e laticínios, zoológicos, faculdades de veterinária, indústrias, segurança de alimento e outros.
A profissão é regulamentada pela Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968. E em busca do sucesso é necessário conhecer bem a profissão antes de entrar na faculdade para não frustrar as expectativas.
A eficiência reprodutiva dos rebanhos bovinos é possível quando alguns fatores são levados em consideração. O rebanho adulto saudável e com bom potencial de matéria, seja corte ou leite, depende diretamente de animais jovens de qualidade.
Muitas são as causas que estão diretamente relacionadas à reprodução dos rebanhos bovinos, afetando diretamente á eficiência reprodutiva. Dentre os fatores relacionados à boa criação e, consequentemente o bom desenvolvimento reprodutivo dos animais está: a alimentação, o manejo, o controle sanitário e reprodutivo dos animais e da propriedade.
Os animais devem ser alimentados de maneira adequada, ou seja, os alimentos oferecidos precisam ser de qualidade, tanto as pastagens como os concentrados, assim como a água. O programa de alimentação pode ser estabelecido por um veterinário, de acordo com as qualidades de cada propriedade, assim como o tipo de criação, corte ou leite.
Em casos de rebanhos destinados a produção leiteira, é possível utilizar a alimentação estratégica, com alimentos de melhor qualidade, oferecidos aos animais em períodos determinados, mais propícios para a síntese de reservas corporais, como no final da lactação e no período seco e, também, na fase inicial da lactação.
Fonte: http://www.portalagropecuario.com.br/bovinos/pecuaria-de-leite/dicas-de-como-aumentar-a-eficiencia-reprodutiva-em-gado-de-leite/
Os animais que são criados a pasto apresentam baixo rendimento durante o período da seca. De acordo com a Embrapa o manejo adequado, o uso de espécies forrageiras resistentes, adubação e irrigação, podem aumentar a produção de pastagens, porém, mesmo com todos os cuidados, índices semelhantes aos obtidos no período de chuvas, são difíceis de serem obtidos.
A ureia estimula o aproveitamento das forrageiras que apresentam baixa qualidade, além de acrescentar proteína na dieta dos animais. O custo é baixo e a utilização simples, a ureia pode ser adicionada ao sal mineral, ao volumoso ou ao concentrado, antes é preciso misturar ao sulfato de amônio, na proporção 9:1, ou seja, nove partes de ureia para uma de sulfato.
A divisão com sal mineral é meio a meio, ou seja, metade ureia e metade sal, com troca a cada três dias. A composição da formula, é uma parte de fubá para duas de sal mineral e duas de ureia. Na cana-de-açúcar a cada 100 kg da cana é necessário misturar 1 kg de ureia diluída em quatros litros de água.
Fonte: Rural Pecuária
A sarna ataca os cães causando coceira e muito incômodo que leva a abertura de feridas pelo corpo do animal. Existem vários tipos de sarna e a do tipo sarcóptica é uma dermatopatia causada pelo ácaro Sarcoptes Scabiei. Esse ácaro em humanos quando transmitido causa a escabiose, transmitida pelo contato pele com pele também pode afetar outros animais.
A sarna se desenvolve entre os animais quando há a falência imunológica o ácaro se prolifera, tendo em vista que o ácaro vive na pele dos cães. O desenvolvimento também pode ocorrer por predisposição genética, quando os animais acometidos não possuem anticorpos que combate a proliferação do ácaro.
Quando observados sintomas o médico veterinário deve ser consultado, pois ele fará exames que comprovem o ataque da moléstia. O diagnóstico pode ser dado pela biopsia, tratamento mais caro ou por raspado cutâneo, que consiste em raspar a pele do animal e observar a presença do ácaro no microscópio. Outro método de diagnóstico é o tricograma onde se retira o pelo da raiz para análise no microscópio.
Após o diagnóstico o tratamento é feito a base de medicamentos, com xampu usado durante o banho à base de Amitraz e o uso oral de ivermectina.
O pâncreas é o órgão abdominal responsável pela produção de enzimas que digerem os alimentos previamente à sua absorção; e pela produção da hormona insulina, que regula as concentrações de glucose no sangue e previne Diabetes mellitus. A pancreatite é uma inflamação do pâncreas e desenvolve-se quando as enzimas produzidas e armazenadas no pâncreas se tornam activas e começam a digerir o próprio pâncreas. São vários os factores que podem despoletar esta anormal auto-digestão do pâncreas.
Em seres humanos a pancreatite é mais frequentemente causada por cálculos biliares e consumo excessivo de álcool, factores que não são importantes em cães e gatos. Outras causas de pancreatite incluem vários fármacos e toxinas, condições tais como choque e trauma que afectam o fornecimento de oxigénio ao pâncreas, factores genéticos, factores alimentares, excesso de gordura na circulação sanguínea, e tumores ou parasitas no sistema de ductos pancreáticos. Em vários cães e gatos com pancreatite não se encontra evidência de nenhum destes factores predisponentes, e a causa é desconhecida.
Os sinais clínicos de pancreatite são altamente variáveis, o que provavelmente é o reflexo da grande variação na ativação das enzimas digestivas que podem estar presentes num determinado cão ou gato. Normalmente, o diagnóstico de pancreatite é efectuado com base na história e sinais clínicos (depressão, pouco ou nenhum apetite, e vómitos) e um padrão sugestivo de anormalidades em análises de rotina ao sangue. A confirmação do diagnóstico ( que simultaneamente descarta outras doenças que causam sinais clínicos semelhantes) pode ser difícil e normalmente requer análises de sangue especiais, exame radiográfico e ecografia abdominal, e por vezes exame directo e biópsia do pâncreas através de cirurgia.
Uma vez efetuado o diagnóstico, é importante relembrar que a pancreatite é uma doença altamente imprevisível com vários graus de gravidade, e é difícil ou por vezes até impossível estabelecer um prognóstico. Se a causa subjacente é conhecida e pode ser corrigida (por exemplo, exposição a uma toxina, efeito secundário de um fármaco, ingestão de uma refeição muito rica em gordura), cuidados de suporte e fluidoterapia por alguns dias levam normalmente a uma recuperação completa. Os animais com excesso de peso têm uma maior probabilidade de ter uma pancreatite severa e de ter uma recuperação mais demorada ou até complicações fatais.
A maioria dos cães e gatos com pancreatite sem complicações associadas provavelmente recuperam naturalmente após um único episódio e continuam bem desde que sejam evitados alimentos muito ricos em gordura. Muitos cães recuperam totalmente após um episódio isolado de pancreatite severa. Infelizmente, em alguns animais com pancreatite aguda severa fulminante existem sinais clínicos que podem constituir uma ameaça à vida, podendo levar à morte apesar das medidas de suporte agressivas. Em outros casos, pancreatites relativamente suaves ou moderadas, crónicas ou recorrentes, persistem apesar da terapia, e o animal morre em exacerbação severa aguda da doença ou é eutanasiado devido ao facto de não apresentar melhorias e às despesas dos cuidados de suporte a longo prazo.
Os cuidados especiais normalmente incluem fluidoterapia endovenosa e fornecimento de um bom suporte nutricional através de alimentação por tubo se os vómitos não forem muito severos. Se os vómitos forem severos, pode interromper-se a administração de alimento durante alguns dias numa tentativa de “dar repouso” ao pâncreas. Devido ao facto de o jejum poder não ser bem tolerado, a alimentação endovenosa ou a alimentação através de um tubo colocado no intestino pode ser recomendada a longo prazo (especialmente em gatos).
Apesar de existir muita investigação, não existem medicamentos “mágicos” para o tratamento da pancreatite. Tenta-se remover a causa se esta for conhecida. O objectivo é manter o animal confortável, bem nutrido, e bem hidratado. É importante que os cuidados médicos de suporte sejam agressivos e fazer tudo o que for possível para evitar que o pâncreas comece a digerir-se a si próprio. Em muitos pacientes esta abordagem é bem sucedida, mas não é possível prever que animais irão ficar bem.
Quando os cães e gatos recuperam de uma pancreatite, não é necessário nenhum tratamento especial, a não ser evitar factores de risco conhecidos, particularmente alimentos ricos em gordura e obesidade. Em alguns pacientes (especialmente Schnauzers miniatura) a pancreatite desenvolve-se lentamente, por vezes sem sinais clínicos óbvios, e o pâncreas pode ser destruído gradualmente. Se as células pancreáticas que produzem enzimas digestivas forem destruídas, o animal pode eventualmente necessitar que enzimas especiais sejam adicionadas às refeições, de modo a que a comida seja digerida, prevenindo a perda de peso e diarreia. Se as células pancreáticas que produzem insulina forem destruídas, pode desenvolver-se Diabetes mellitus e pode ser necessária terapia com insulina. Felizmente, estas complicações de pancreatite são raras.
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