quinta-feira, 20 de agosto de 2015

CONSUMO CONSCIENTE: Será possível consumir sem alienar-se?




Imagine-se entrando em um supermercado para comprar uma garrafa de cerveja. Chegando lá, além de escolher pelo preço ou pelo sabor, você também pode analisar. Rejeita a marca que desrespeita os direitos dos trabalhadores. Evita aquela que faz publicidade machista. Por fim, escolhe a que utiliza ingredientes orgânicos. Na prateleira de cosméticos, pula os que ainda fazem testes em animais. Assusta-se ao perceber que uma das marcas faz parte de multinacional de alimentos. Finalmente, escolhe o creme hidratante da empresa que usa energia renovável.

Essa é a ideia do aplicativo Buycott (um trocadilho de “buy” — comprar, em inglês — com “boycott” — boicote). Criado por Darcy Burner, uma ex-desenvolvedora norte-americana da Microsoft, o programa para celulares ligados à internet baseia-se numa ferramenta do próprio capitalismo: o código de barras… Estimula os usuários escaneá-los, com o próprio telefone. E, ao identificar cada produto, associa seu fabricante a um banco de dados que pode tornar-se cada vez mais completo. Oferece todas as informações disponíveis: desde se o produto utiliza químicos cancerígenos até se a empresa apoia o direito dos transexuais.

O software é participativo. As classificações dos produtos são chamadas de campanhas,e podem ser criadas por qualquer usuário, dentro de algumas categorias. Algumas delas: direitos dos animais, justiça econômica, meio ambiente, comida, direitos humanos, direitos das mulheres. O usuário escolhe participar das campanhas que quiser e, em seguida, pode passar a escolher um produto de acordo com seus princípios pessoais.

No Brasil, ainda é bastante difícil achar produtos que estejam em listas. Isso pode ser rapidamente alterado. Depende apenas de que usuários da internet comecem a registrar produtos e criar campanhas. Isso permitiria diversos tipos de boicote: contra empresas que financiam certos políticos; contra uma indústria que esteja na lista do trabalho escravo; ou alguma marca cujo presidente mostrou-se contra os direitos das mulheres, por exemplo. Para testar, escaneamos o código de barras de dois produtos. O primeiro foi uma câmera Canon. Sobre ela, o aplicativo avisou: “você apoia esta marca por responsabilidade ecológica”, e mostrou que a marca está na lista positiva de “Energia limpa e renovável”. Acessamos seu site e vimos que realmente há uma campanha de reciclagem de toners de suas impressoras, por exemplo.

Já no momento em que fotografamos o código de barras de um cosmético da L’Oreal, o Boycott advertiu: “evite este produto”. Em seguida, explica: a marca faz parte do conglomerado da Nestlé. Por isso, está na lista suja de uma campanha de boicote à multinacional. O movimento adverte que o presidente da empresa, Peter Brabeck-Latmathe, já afirmou que “o acesso à água não é um direito humano”, e sua a indústria rouba a água potável de uma pequena comunidade no Paquistão, deixando seus habitantes passarem sede.

A L’Oreal ainda pertence a outra campanha: a “Long live Palestine, boycott Israel” (“longa vida à Palestina, boicote Israel”). Esta é uma das de mais sucesso nas últimas semanas, como afirma a página de trends do aplicativo — já tem 230 mil seguidores. “A L’Oreal estabeleceu Israel como seu centro comercial no Oriente Médio e aumentou o investimento e atividades manufatureiras”, alerta. Se acreditar que deve haver um boicote econômico a Israel, após o massacre na faixa de Gaza, o consumidor pode escolher não comprar a marca. Se fizesse isso sozinho, sua ação não seria nem levemente sentida pela marca de cosméticos. Mas, em rede, essa atitude tende a crescrer consideravelmente — e, talvez, pode chegar até a incomodar a gigante Nestlé.

Por séculos, o consumo tem sido uma das bases do processo de alienação capitalista. Ao comprar algo, legitimamos e fortalecemos relações sociais que ignoramos. É como se nossos valores éticos fossem irrelevantes ou impotentes, e devêssemos consumir levando em conta apenas fatores superficiais: preço, aparência, publicidade, suposta “qualidade” do produto. Agora, parece que a tecnologia pode ser utilizada para atitudes distintas. Haverá consciência social suficiente para que elas se disseminem?


Por Gabriela Leite


FONTE:
 

Video Documentário: A Lei da Água (Novo Código Florestal)





Talvez, você não saiba, mas a qualidade e a quantidade de água disponível no Brasil está diretamente relacionada à legislação ambiental e, naturalmente, com a preservação das florestas. O documentário brasileiro A Lei da Água explica essa história, trazendo à tona os bastidores da aprovação do novo Código Florestal e da crise hídrica brasileira.




O filme mostra a importância das florestas para a conservação dos recursos hídricos no Brasil, e problematiza o impacto do novo Código Florestal, aprovado pelo no Congresso em 2012, nesse ecossistema e na vida dos brasileiros. As opiniões diversas e os exemplos práticos reforçam o tema central do documentário: a relação delicada entre a preservação das florestas, a produção de alimentos e a saúde dos nossos recursos hídricos.

As florestas são importantes não somente para a preservação da água e do solo, mas também para a produção de alimentos que necessitam a ação de polinizadores, tais como o café, o milho e a soja – produtos fundamentais para o agronegócio brasileiro.

O filme dá voz a agricultores e especialistas, apresenta técnicas agrícolas sustentáveis bem sucedidas e casos onde a degradação ambiental exacerbada impede a continuidade de qualquer tipo de cultivo ou criação de animais.

Conta ainda com a colaboração de cientistas e parlamentares que apoiam a Ação Direta de Inconstitucionalidade do novo Código Florestal no Supremo Tribunal Federal, e assume um compromisso com a sociedade brasileira ao mostrar como a lei ambiental afeta a vida de cada cidadão.

Entre os entrevistados, Raul Silva Telles do Valle, advogado e ambientalista do Instituto Socioambiental; Antônio Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa); Blairo Maggi, senador e empresário; Ivan Valente, deputado; Mário Mantovani, diretor de mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica; Omar Bitar, geólogo; José Sarney Filho, advogado e político; Alceo Magnanini, engenheiro agrônomo e consultor ambiental.


Leve o filme para sua comunidade
Se você tem interesse em exibir o documentário e organizar um cinedebate junto a sua organização social, universidade, escola, movimento social, coletivo etc., entre em contato conosco através do e-mail: thewaterlaw@gmail.com. Se você representa uma instituição e deseja adquirir A Lei da Água planejando múltiplas exibições públicas e/ou uso como material didático envie um e-mail para igor@o2filmes.com e peça para receber a proposta de Aquisição Permanente do filme. Valem lembrar que a A Lei da Àgua está disponível para compra e aluguel visando uso individual nas seguintes plataformas:
E o ciclo de cinedebates gratuitos continua. Acompanhe novas exibições através do facebook do filme:www.facebook.com/aleidaagua

FONTE:
 

Peludo no Escritório: Google permite a permanência de pets com donos em seus escritórios brasileiros



Uma prática bastante interessante, já disseminada no exterior, chega ao Brasil: animais de estimação acompanhando seus donos em seus locais de trabalho!

Desde o fim do ano passado, a Google, uma das multinacionais mais cobiçadas no mercado de trabalho, passou a permitir a permanência de cães junto com seus donos em seus escritórios brasileiros. A prática já era liberada em todos os escritórios da Google pelo mundo, mas é recém-chegada no Brasil. A permanência, no entanto, está sujeita a algumas regras: os peludinhos devem ser carregados pelos seus donos ao adentrarem os elevadores (cães de médio e grande porte, portanto, ainda não tem acesso ao benefício!) e não circulam livremente por banheiros e refeitórios.

Além da Google, outras empresas, especialmente na cidade de São Paulo, tem aderido à iniciativa, muitas vezes instituindo o dia do cãozinho no escritório. A prática parece ser bem aceita e os benefícios do contato próximo com um animal de estimação tais como o espalhamento de alegria e afetividade, além do alívio de tensão e ansiedade, tem sido prontamente reportado por funcionários.

De fato, segundo uma pesquisa publicada em 2006 (Perrine & Wells, Ahthrozoos, v.19, n. 1, 65-78) ambientes de trabalho onde animais de estimação estão presentes, cães e gatos, são mais positivamente percebidos pelos seus frequentadores (ex: são vistos mais interações sociais e funcionários menos ocupados). Por outro lado, a pesquisa também demonstrou que esses locais podem ser percebidos como menos limpos e profissionais. Assim, é melhor caprichar na limpeza e nos serviços prestados para que a culpa não recaia nos peludinhos e eles possam continuar a espalhar alegria e integração em tantos outros locais de trabalho!

Fonte:

Animal Web - Comportamento Animal: CÃES



Animal Web - Comportamento Animal: GATOS