quinta-feira, 30 de junho de 2016

Alguns motivos para se importar com todos os peixes


Em recente artigo da NPR, o etólogo e autor Jonathan Balcombe fala sobre o sofrimento extremo imposto aos animais marinhos e sobre a ciência por trás da senciência. ‘’Graças à etologia, sociobiologia, neurologia e ecologia, nós agora podemos entender melhor como é o mundo na visão dos peixes.’’

‘’Nós humanos matamos entre 150 bilhões e 2 trilhões de peixes por ano… e a forma como eles morrem –principalmente na pesca comercial– é verdadeiramente horrível. Nós precisamos mudar muita coisa para ter alguma melhora na nossa relação com os peixes’’, explica Balcombe.

De 1970 pra cá a pesca industrial, que mata bilhões de animais por ano, já destruiu metade de toda vida marinha. Cerca de 20% desses animais são pegos ‘’de carona’’ nas gigantes redes de navios pesqueiros e nem sequer são aproveitados para consumo humano. O resultado: cerca de 20 bilhões de peixes retirados do mar e jogados no lixo pelo homem anualmente.

Todos nós podemos ajudar os animais e o planeta adotando uma dieta mais ética e compassiva. Não há dúvidas de que esta é a decisão que pode trazer mais benefícios para os animais, para as pessoas, para nossa saúde e para o planeta como um todo.


Fonte:

C. diabolis - o animal mais solitário do mundo que sobrevive em um dos lugares mais secos do mundo



O , conhecido como peixinho-do-buraco-do-diabo, sobrevive em um dos lugares mais secos do mundo, o Deserto de Mojave, nos Estados Unidos. Estes animais não medem mais que 2,5 cm e estima-se que existam apenas 50 delas.
Cyprinodon diabolisconhecido como peixinho-do-buraco-do-diabo, sobrevive em um dos lugares mais secos do mundo, o Deserto de Mojave, nos Estados Unidos.
Estas criaturas não medem mais que 2,5 cm e estima-se que existam apenas 50 delas.
Mas talvez o mais surpreendente seja que, desde seu aparecimento no mundo, milhares de anos atrás, a existência desta espécie se resumiu a um espaço equivalente à da sala de uma casa.
Isto faz desses peixinhos os mais raros vertebrados aquáticos do mundo. Uma espécie isolada e solitária na Terra. Agora os cientistas dizem finalmente ter desvendado de onde eles vêm.

Isolados
O C. diabolis vive em uma caverna de pedra calcária conhecida como o Buraco do Diabo, no Estado americano de Nevada. Embora a caverna tenha uma abertura para o ar livre, a água que está dentro não se conecta com nenhuma outra fonte aquática.
A 15 metros de profundidade, encontra-se a piscina na qual vivem esta espécie específica de peixes da família Cyprinodontidae.
No fim dessa piscina, há uma placa de calcário de cerca de 3 m x 6 m. É a única fonte conhecida de alimento e desova destes peixes – a espécie com a menor área de distribuição geográfica do mundo.
O animal também sobrevive sob condições continuamente difíceis, com temperaturas constantes de 32º C a 33º C, baixos níveis de oxigênio e mudanças esporádicas no nível de água.

De onde veio?
Estas características ajudaram a transformar os peixinho-do-buraco-do-diabo em verdadeiros ícones científicos e conservacionistas.
Em 1966, por sua raridade, estiveram entre as primeiras espécies incluídas na Lei de Proteção das Espécies Ameaçadas dos Estados Unidos.
Duas vezes, a Suprema Corte americana tomou decisões a favor da sua conservação, proibindo o bombeamento de água subterrânea nas imediações da caverna, o que poderia ameaçar o seu habitat e existência.
A decisão favoreceu jurisprudência posterior protegendo a proteção de outras espécias em risco de extinção.
As raras condições em que vive o C. diabolis levanta uma questão fundamental: como chegaram ao Buraco do Diabo?
Os estudiosos sempre acreditaram que a espécie chegou ao local há milhares de anos e aí evoluiu até se transformar no que é agora.
Estudos mais recentes sobre a geologia da caverna e a aparência da espécie sugeriram que foram os indígenas desta zona que introduziram este animal ao seu habitat relativamente pouco tempo atrás.
Outras hipóteses indicam que espécies da mesma família, que também viviam no Vale da Morte, no Deserto de Mojave, colonizaram a caverna, talvez transportados por pássaros ou através de rotas subterrâneas.
Se se confirmar uma destas hipóteses, então os peixinho-do-buraco-do-diabo perderiam sua reputação de espécie excepcional.
Nova teoriaAgora, um estudo feito por pesquisadores americanos e publicado na revista Molecular Ecology oferece uma resposta sobre a origem deste peixe.
A equipe, coordenada por Ismail Saglam e Michael Miller, da Universidade da Califórnia-Davis, examinou a história genética do C. diabolis e a comparou com a de outras duas espécies da mesma família – C. radiosus e C. nevadensis mionectes – para determinar em que momento se bifurcaram.
A surpresa foi descobrir que o peixinho-do-buraco-do-diabo se separou de seus primos entre 50 mil e 80 mil anos atrás – mais de 40 mil anos antes do que se pensava.
Fonte:

Novas espécies criadas pelo impacto humano podem prejudicar a biodiversidade


Existem inúmeras evidências que mostram como as atividades humanas contribuem para a extinção de espécies em todo o mundo.
Porém, este não é o único efeito que essas atividades geram sobre o reino animal. Segundo uma nova pesquisa, os seres humanos têm causado uma rápida evolução e influenciado o surgimento de novas espécies de plantas e animais, informa o Daily Mail.
O estudo, conduzido pela Universidade de Copenhague, apresentou muitos exemplos do processo de especiação feito pelo homem, no qual as atividades humanas acarretam a introdução de uma nova espécie.
O processo pode ocorrer acidentalmente, por meio da emergência de novos ecossistemas como ambientes urbanos ou por meio da domesticação de animais e de plantações.
A caça também causa uma seleção não natural que pode provocar o aparecimento de novas características em animais e eventualmente o surgimento de novas espécies. Com o deslocamento acidental ou deliberado, ocorre uma hibridização entre espécies.
Na Europa, há mais espécies novas de plantas do que aquelas que foram extintas. Um exemplo desses animais é o mosquito “London Underground”, o culex.
Como o mosquito se adaptou ao ambiente do sistema metropolitano em Londres, ele estabeleceu uma população subterrânea.
O mosquito London Underground não pode acasalar com o seu homólogo acima do solo e acredita-se que ele é uma nova espécie.
Entretanto, isso não significa que as ações humanas estão beneficiando a diversidade global, tanto quanto a prejudica, ressaltam os autores.
“A perspectiva de artificialmente ‘ganhar novas espécies por meio de atividades humanas provoca a sensação de que isso pode compensar as perdas de espécies naturais. Na verdade, muitas pessoas podem achar que um mundo com uma biodiversidade artificial é tão assustador como um mundo empobrecido artificialmente”, disse o principal autor do estudo Joseph Touro.
Embora não seja possível quantificar exatamente quantos eventos de especiação foram causados por atividades humanas, o impacto é potencialmente considerável, diz o estudo.
“Neste contexto, o número de espécies é uma medida profundamente insatisfatória para avaliar as tendências de conservação porque não reflete muitos aspectos importantes da biodiversidade”, disse a professora Martine Maron, da Universidade de Queensland.
“No entanto, se considerando a especiação e a extinção juntas, isso pode revelar-se importante para compreendermos melhor o nosso impacto sobre a biodiversidade global. Convocamos uma discussão sobre o que nós, como uma sociedade, na verdade, queremos preservar na natureza”, completou.
Os pesquisadores alertam que as taxas de extinção atuais podem levar a um sexto período de extinção em massa em breve.
Desde a última Era Glacial, 11.5 mil anos atrás, estima-se que 255 mamíferos e 523 espécies de aves foram extintas, muitas vezes devido à atividade humana.
No mesmo período, os seres humanos deslocaram quase 900 espécies conhecidas e domesticaram mais de 470 animais e quase 270 espécies de plantas.
Fonte:

Tecnologia - Dispositivo desenvolvido nos EUA permite conhecer melhor o seu animal de estimação


Um novo dispositivo, que se chama Whistle, ou assobio em português, foi desenvolvido por uma empresa da Califórnia. Trata-se de um pequeno disco metálico que se coloca na coleira do cão ou outro animal e que informa sobre o que este anda a fazer. O dispositivo contém um acelerometro que regista a atividade do animal e envia as informações para o iPhone. Através da aplicação Whistle é possível assistir às atividades diárias do seu cão.

“Isto é informação em tempo real. Durante o dia o animal teve 86 minutos de atividade. Vemos o gráfico assim como as diferentes atividades. Sem esquecer o passeio que o Duke e o Henri fizeram hoje”, afirma Steven Eidelman, um dos fundadores da empresa.
É igualmente possível publicar fotos e fazer comentários vistos por um máximo de quatro pessoas que possuam a mesma aplicação. E se gosta de saber o que se passa com outros cães, ao pressionar um botão, vários gráficos comparam as atividades e níveis de descanso com outros animais registados na base de dados da Whistle.ws
Steven Eidelman adianta que “não é só um pequeno grupo de donos de animais que se interessa por isto; há muita gente que trata os animais como elementos da família, quase como se fossem crianças. O que nós fazemos é permitir a comunicação entre os donos de animais permitindo aos donos acompanhar as suas atividades diárias”.
De momento, a aplicação está apenas disponível para iPhone por cerca de 100 euros. A versão Android está prevista para a Primavera.
Mais informação sobre

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terça-feira, 28 de junho de 2016

Sucesso de testes em ratos 'renovam esperança' de obter vacina contra Zika


Os resultados "impressionantes" devem mobilizar esforços de pesquisa, dizem eles, e renovar as esperanças de que seja obtida uma vacina para humanos - os testes em pessoas estão previstos para começar em alguns meses.
No entanto, mesmo que a vacina se mostre eficaz, sua liberação para proteger os grupos que correm mais riscos com a doença, como mulheres grávidas, ainda levaria alguns anos, alertam especialistas.
O Zika tem se espalhado pelas América do Sul e Central e, mais recentemente, pela África. A transmissão continuada da doença por meio de mosquitos já foi confirmada em mais de 60 países e territórios.
O vírus causa sérias malformações em fetos durante a gestação e foi declarado como uma emergência global de saúde pública.
Bebê brasileiro com microcefaliaImage copyrightAP
Image captionA microcefalia está ligada ao contágio da mãe pelo Zika durante a gestação
Desenvolver uma vacina para mulheres grávidas e, assim, proteger seus bebês é uma prioridade científica internacional.

Réplica do vírus

A equipe de cientistas do Instituto de Pesquisa Militar Walter Reed (WRAIR, na sigla em inglês), o Centro Médico Diaconisa Beth Israel e a Escola de Medicina de Harvard testaram dois tipos de vacina em ratos - uma baseada em trechos do DNA do vírus e outra que usa uma réplica inativa (e, portanto, inofensiva) do Zika.
Ambas tiveram bons resultados, protegendo os ratos do vírus. Em comparação, todos os animais que não foram imunizados foram infectados pelo Zika.
O WRAIR diz que desenvolverá a vacina com o vírus inativo por tratar-se de uma técnica de imunização já bastante conhecida - muitos outros tipos usam esse tipo de tecnologia, enquanto há poucas baseadas em DNA.
Novos testes verificarão se a vacina é segura e eficaz em humanos, e por quanto tempo dura a proteção.
"Há muitas incertezas", diz o cientista Dan Barouch, de Harvard. "Esperamos que a eficácia demonstrada em testes pré-clínicos seja animadora para mobilizar esforços para desenvolver uma vacina contra o Zika."
MosquitosImage copyrightAP
Image captionO mosquito Aedes aegypti é o vetor de transmissão do vírus
Outros pesquisadores vêm testando o efeito que a infecção pelo vírus tem no sistema imunológico de macacos. Esse estudo indicou que, uma vez recuperados da doença, a imunidade perdura nos animais - ao menos por alguns meses, tempo em que eles estão sob observação até agora.
Cientistas da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, dizem que isso é uma boa notícia para o desenvolvimento da vacina.
"Sugere que a imunização que ocorre naturalmente é suficiente. Se você conseguir imitar isso com uma vacina, é bem provável que ela seja bem-sucedida", diz o pesquisador-chefe David O'Connor.

Cautela

Mas outros especialistas preferem ser mais cautelosos. Jonathan Ball, da Universidade Nottingham, no Reino Unido, diz que há riscos em potencial que precisam ser analisados.
"Os estudos mostram claramente que a vacina leva à geração de anticorpos que protegem o rato de uma infecção por Zika, mas é possível que também gere efeitos colaterais indesejados e potencialize a infecção por outrasnte:
 doenças causadas por vírus da mesma família do Zika", afirma.
Peter Openshaw, da Sociedade Britânica deFomunologia, diz ser importante realizar testes em humanos o mais rápido possível. "Quando a vacina estiver pronta, muitos da população considerada vulnerável já terão sido infectados", explica.
"O objetivo da vacinação será, então, proteger quem viaja e aquelas que desejam ficar grávidas. Será vital verificar como as vacinas funcionam nesses casos e como superar as barreiras práticas e econômicas para a aplicação da vacina."
Fonte:

Saiba como diminuir a queda de pelos do seu pet pela casa


Ao escovar regularmente seu cachorro ou gato, sendo de pelagem curta ou longa, com certeza você irá diminuir a quantidade de pelos soltos pela casa. Saiba alguns "truques" que podem ajudar a lidar com esse problema. No entanto, fique de olho: a queda de pelo em excesso em cães e gatos pode ocorrer devido a algum problema de saúde.

Todo dono de cachorro ou gato pode enfrentar um dilema quando se trata de cuidar da pelagem do seu pet. Como diminuir a quantidade de pelo espalhado pela casa? A primeira coisa a se verificar é se a queda dos pelos é normal. Cães de raças de pelo curto, como o Pastor Alemão ou o Shiba Inu, podem realmente ter épocas de muda de pelo ao longo do ano.
No entanto, quando a queda for excessiva, esse problema deve ser motivo para uma consulta ao veterinário. Problemas de pele nos animais podem ser causados por muitos fatores, desde alergias a doenças do metabolismo mais complicadas, como o hipertireodismo ou hipotireoidismo.

Como diminuir a queda de pelo dos cães e gatos?

Além de boa nutrição e cuidados com a saúde, banhos e escovação corretos são a resposta para o problema

Os banhos frequentes são imprescindíveis para ajudar na remoção dos pelos mortos e consequentemente diminuir a quantidade de pelos que podem soltar-se.
Se esse é um problema sazonal, ou seja, ocorre eventualmente com o seu pet, o ideal é garantir que seu cachorro ou gato seja escovado com frequência. Vale citar um tipo de escova rasqueadeira, que pode ser encontrada à venda em pet shops  e lojas especializadas em produtos para animais chamada de Furminator®.
Essa escova tem uma alta eficiência na hora retirar os pelos mortos e soltos, adequadas a cada tipo de pelagem, curta ou comprida. A grande vantagem que esse equipamento não requer muito esforço e não incomoda os pets (principalmente aqueles que não gostam muito das escovas tradicionais).
Esse acessório tem opções que podem ser adaptadas ao bocal de um aspirador de pó,  que pode ser a solução para eliminar os pelos do seu pet de móveis como sofás ou almofadas. Veja mais como esse produto funciona no vídeo abaixo:

O que não fazer para evitar a queda de pelos em cães e gatos

Paciência, escovação e aspirador de pó são fundamentais para lidar com essas épocas

Não existem outras formas de controlar a queda de pelos de cães e gatos que possam ser consideradas "alternativas mágicas" ou "caseiras". O uso de aspirador de pó é fundamental para ajudar na higiene do seu lar nessas épocas: é a forma mais eficaz de recolher os pelos soltos em sofás e camas.
Atenção: passar o aspirador no seu cachorro ou gato só irá fazê-lo te odiar e definitivamente essa não é uma boa opção!
Tosar os cães que tenham essa fase de mudança de pelos também não resolve o problema: o pelo continuará a cair. Ainda assim, essa pode ser uma alternativa para diminuir a quantidade de pelo solto pela casa, mesmo que nem sempre o resultado estético seja o desejável.
A manutenção da pelagem do seu pet em casa não dispensa idas cuidados profissionais. Qualquer alteração na pelagem de um cachorro, como a queda em excesso ou em pontos da pelagem, mudanças na textura, pelagem quebradiça e sem brilho deve sim ser motivo para uma consulta ao veterinário: esse é um dos sinais que muitos proprietários e tutores ignoram mas que podem indicar problemas de saúde.
Eventualmente, uma boa escovação feita por um profissional especializado em banho e tosa é importante. Um profissional da área ainda pode te dar dicas sobre como fazê-lo corretamente com o seu pet em casa para a manutenção correta da beleza da pelagem.
Matéria revisada por um profissional veterinário da Equipe AgendaPet.

Receitas caseiras para limpeza e eliminação do odor dos animais e do ambientes -


Quem vive nas grandes cidades e, corre a semana inteira devido aos inúmeros compromissos, procura simplificar e, sempre que possível, optar pelas coisas mais práticas. Por isso, o CicloVivo hoje vai repassar duas receitas: Uma para dar banho à seco em animais, e a outra para limpar e perfumar ambientes.


Limpeza de animais
Essa é a receita mais simples, para fazê-la são necessários três itens:

– 1 litro de água

– ½ copo de vinagre de álcool

– 1 colher (sopa) de bicarbonato sódio

Misture os três líquidos em uma vasilha, molhe um pano macio na composição e torça-o para que ele fique apenas úmido na hora de passar no animal. Repita sempre essa sequência.

O vinagre será responsável por tirar cheiros e dar brilho ao pelo, assim como o bicarbonato que também ajuda a tirar certos odores. Se o animal estiver muito fedido, você pode encharcar o pano e secar bem o animal depois.

Limpeza do ambiente
– 1 litro de água

– ½ copo de vinagre de álcool

– 1 colher (sopa) de bicarbonato sódio

– ¼ copo de álcool

– 1 colher (sopa) de amaciante

Misture os ingredientes em um recipiente grande, uma vez que o vinagre e o bicarbonato efervescem quando são usados juntos. Depois você pode colocar o líquido em um frasco menor.

A composição pode ser borrifada sobre tecidos em geral: sofás, almofadas, camas de cachorro, cortinas, travesseiros, cobertores, roupas. Ele tira o mau cheiro e ainda deixa com o perfume do amaciante.

A solução também limpa carpetes, mofo de roupas, interior de armários, estofados e teto do carro, principalmente para quem fuma no carro, e tira cheiro de chulé dos tênis. Além disso, ele pode ser usado para lavar um tecido, no caso de uma limpeza mais profunda, sem medo de estragá-lo.

O liquido pode ser usado até mesmo como aromatizador de ambiente, bastar substituir o amaciante por gotinhas de essência.

Dica: Não exagere em nenhum dos principais ingredientes. Muito bicarbonato deixará resíduos, se usar muito amaciante ficará um pouco seboso e vinagre em excesso emite muito odor.

Como tirar cheiro de cachorro do tapete ou móvel

Se seu cão ficou muito tempo em cima de um tapete, sofá ou cama, primeiro você deve aspirar bem a superfície, removendo todos os pelos. Em seguida, prepare a seguinte solução:
Armazene a solução em um borrifador e aplique sobre o tecido até eliminar o odor
1 litro de água
  • ½ copo de vinagre branco (de álcool)
  • 1 colher (sopa) de bicarbonato de sódio bem cheia
  • ¼ de copo de álcool líquido
  • 1 colher (sopa) de amaciante de roupa
Misture bem, exatamente na ordem descrita, e coloque em um borrifador. Aplique sobre a superfície quantas vezes for preciso. “Seja persistente, pois o odor dos bichinhos impregna mesmo”, avisa Miriam.
Essa mistura também serve para tirar cheiro de cachorro de roupas sem precisar lavá-las.

Como eliminar cheiro de urina de cachorro

“O vinagre puro é um santo removedor. Mas deve ser sempre o vinagre branco”, indica a especialista.
Primeiro, seque bem o local com papel toalha. Aplique o vinagre e deixe agir por 15 a 20 minutos. Seque com um pano. Se o cheiro ficar muito forte, esfregue sabão neutro

Cheiro de cachorro molhado

Para evitar o forte e muito característico odor de pelo molhado, a melhor solução é secar muito bem o cão sempre que houver contato com água – seja após o banho, chuva ou qualquer outra situação. “O que causa o mau cheiro são as bactérias que se alimentam dos óleos naturais da pele do seu cão. Então, a solução é mantê-los sempre sequinhos”, ensina a profissional.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Controle da Natalidade e Posse Responsável de Cães e Gatos



A equação é simples: existem mais animais do que lares para eles. Em busca de uma solução rápida, as autoridades da saúde muitas vezes recorrem a captura e eliminação. Milhares de animais são mortos, nem sempre de forma humanitária, por falta de informações, de incentivos e subsídios à esterilização (castração).

Segundo o Comitê de Especialistas em Raiva da Organização Mundial da Saúde (OMS), reunido em 1992, a captura e eliminação de animais não representa medida de controle da doença, pois não atua nas causas do problema: a procriação descontrolada de cães e gatos e a irresponsabilidade/ignorância dos seus proprietários.

Ações da ARCA BRASIL
Em seus 20 anos de atividades, a ARCA Brasil ajudou a consolidar no país o conceito de Posse Responsável. Entre outras ações, trouxe a técnica do gancho (que possibilita cirurgias de castração mais rápidas e menos invasivas), assessorou na implementação de programas municipais pioneiros que combinaram o poder público, clínicas veterinárias e comunidade, com repercussão internacional. Hoje, esses trabalhos são modelos para ações semelhantes em diversos municípios brasileiros - incluindo a cidade de São Paulo.

Essa experiência se espalhou por meio de grandes eventos - como as três edições do Congresso do Bem-Estar Animal -, de publicações como o guia "Controle de Zoonoses e as Interações Homem-Animal", ou ainda por palestras e orientações a dezenas de cidades.

Fonte:



CFMV produz documento com perguntas e respostas sobre a Leishmaniose Visceral Canina



A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), caracterizada inicialmente como uma doença rural, tornou-se um problema crescente com a expansão urbana. Com isso, o aumento de casos de leishmaniose no país e formas de controle da doença têm sido tema de discussões.

A LVC é transmitida por um mosquito das espécies Lutzomyia longipalpis, mais conhecido por mosquito-palha, e o Lutzomyia cruzi, restrito ao Mato Grosso do Sul.

Para esclarecer dúvidas sobre a doença, a Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNSPV/CFMV) produziu documento com perguntas e respostas sobre a LVC.

O documento apresenta, por exemplo, os riscos que a doença oferece à saúde humana. “A presença do vetor permite a transmissão de um cão infectado para outro cão ou para o ser humano, gerando risco para a saúde humana e canina quando o animal é doente e mantido em ambiente favorável ao vetor”.

A importância da prevenção é ressaltada nas perguntas e respostas. A CNSPV/CFMV recomenda o cuidado e limpeza do ambiente externo e das casas para evitar a presença do vetor. O documento ressalta a importância do acompanhamento frequente do animal por um médico veterinário.

Outros temas abordados no documento incluem: o processo de infecção; medidas de controle tomadas para conter a LVC; sanções disciplinares caso o médico veterinário opte pelo tratamento; o transmissor da doença; o posicionamento do CFMV sobre a eutanásia de cães soropositivos.

O CFMV lembra ainda que são necessários estudos controlados, feitos de forma técnica e ética e que tragam resultados consistentes, replicáveis a todos os animais e implantáveis no âmbito da Saúde Pública para acesso de todos.

“ O CFMV é a favor de ‘um mundo, uma saúde’ e apoiará e contribuirá sempre, de forma ética e legal, em prol da saúde única, porque a saúde inclui também a saúde animal e ambiental e não pode e não deve ser tratada como uma ferramenta política ou econômica”, ressalta o documento.

Confira o documento anexo clicando aqui.

Fonte:




Crônica - Cães são uma lição de vida à humanidade

“[Glasgow e Seismic] foram, de certa forma, os meus primeiros filhos. Ensinaram-me a ser humano. Ou como ser um ser humano melhor, a pôr as necessidades de outra pessoa à frente das minhas. Ou talvez tenha sido a minha primeira mulher que me ensinou isso quando decidiu deixar-me com dois cães e uma casa vazia”
Quando, há mais de uma década, cheguei a casa numa tarde chuvosa de novembro, encontrei um caminhão de mudanças no caminho de acesso e, atrás dele, um carro da polícia. O meu primeiro pensamento foi rápido, claro e instintivo: estávamos a ser despejados?
Há quase um ano que vivia com a minha mulher numa pequena casa arrendada em Middlebury, Vermont. Não tinha sido um ano fácil. Discutíamos constantemente, as discussões transformavam–se em confrontações feias e as confrontações duravam até tarde na noite.
Mas nessa manhã tinha saído de casa sem suspeitar de nada. Não estava de todo preparado para a cena que iria encontrar mais tarde nesse dia, a cabeceira de madeira da minha cama a sair pela porta principal, nos braços do meu sogro.
“O que se passa?”, perguntei. “O que está a fazer?”
Ele nem sequer olhou para mim enquanto se dirigia para o caminhão de mudanças.
“Vamos precisar que o senhor se afaste da residência”, disse o polícia, aparecendo de repente muito perto de mim.
Passariam mais nove anos até eu deixar de beber e, assim, nessa noite – a noite em que a minha mulher me deixou – culpei tudo e toda a gente exceto a mim próprio.
Afastei-me da casa e da visão demasiado triste do caminhão de mudanças, da polícia e da carrinha do meu sogro, e dirigi-me diretamente para o bar mais próximo, onde contei a minha história a toda a gente enquanto despejava caneca após caneca de cerveja morna a dois dólares (1,7 euros). Não me sentia culpado. Não me sentia envergonhado.
Mal me lembro do regresso a casa. Lembro-me é do que encontrei quando lá cheguei. À minha espera à porta, esfomeados e desorientados, estavam Glasgow e Seismic, os nossos dois cães São Bernardo. Em cima de um caixote de papelão logo à entrada encontrei uma carta.
A minha mulher explicava que não podia levar os cães com ela. Ia mudar-se para casa dos pais enquanto punha a sua vida em ordem e lá não havia espaço para dois animais de quase 70 quilos cada. No entanto, ela esperava que eu cumprisse as minhas obrigações para com ela e para com os nossos animais e tomasse conta deles.
Os cães olharam para mim. Eu olhei para eles. Começámos a nossa nova vida juntos.
Nessa primeira noite, subi para o que tinha sido o nosso quarto e, não sabendo o que fazer mais, apaguei as luzes e deitei-me no chão. Os cães imitaram-me. Deitaram-se comigo, um de cada lado. Glasgow, a cadela de quatro anos que estava conosco desde cachorrinha, deitou-se nas minhas costas. Seismic, o macho que tínhamos adotado da Sociedade Protetora dos Animais de Chittenden County, aninhou-se na curva do meu braço. Ele cheirava muito mal. Mas eu também não cheirava muito melhor.
Numa casa vazia, tudo soa mais alto. Parece uma coisa sem importância, mas foi transformadora; eu vivia naquela casa há quase um ano e, de repente, ela era-me completamente estranha e deixava–me desorientado. Todas as manhãs, eu acordava com dois animais gigantes em cima de mim, a respirarem na minha cara, exigindo ser passeados. Eu saía com eles e, no regresso, ia verificar o telefone na esperança de, por qualquer razão, ter perdido uma chamada da minha mulher dizendo que tinha mudado de ideias e estava de regresso a casa. Tal chamada nunca aconteceu.
Tentei continuar com a minha vida. Comprava comida, cumprimentava os vizinhos. Agora percebo que estava em estado de choque, fingindo que tudo iria ficar bem. A casa ia ficando desmazelada. O cesto da roupa suja transbordava, os sacos de lixo acumulavam-se na cozinha. A minha cama era um saco-cama.
Os pelos de cão juntavam-se em rolos gigantes nos cantos das divisões e formavam grandes manchas no tapete. Todos os dias fazia uma hora de caminho para o trabalho e outra de regresso a casa e, sem me ter libertado da minha vida anterior, não conseguia gerir as minhas responsabilidades. Tratei de arranjar alguém que tomasse conta dos cães.
“Acabou de se mudar para cá?”, perguntou ela, examinando a casa quase vazia.
“Não”, respondi, incapaz de lhe dizer a verdade. “Sabe como é, optei por uma forma de vida minimalista.”
“Certo.”
Um dia, tive de sair mais cedo do que o habitual para o trabalho. Liguei para a rapariga e disse-lhe que iria deixar a chave debaixo do tapete. Mas ela nunca apareceu. Naquela noite, quando cheguei encontrei o hall encharcado de urina. Na semana seguinte recebi um telefonema no ginásio. Os cães tinham conseguido sair e estavam a vasculhar no lixo da mercearia ao fundo da rua, a comer salada de frango e outros restos de comida passada de prazo. Tinham sido reconhecidos por um vizinho.
Fui para casa, aterrorizado com a ideia de que eles tivessem sido levados, de que já lá não estivessem quando eu chegasse, e, em vez deles, encontrasse um carro da polícia à frente de casa mais uma vez, e um rasto de bolas de pelo a esvoaçar pelo pátio. Glasgow e Seismic ficavam sempre felizes por me ver, acreditando sempre que eu traria comigo comida de cão ou uma pizza de queijo, lhes proporcionasse um belo passeio ou lhes desse um banho. Eles acreditavam em mim quando mais ninguém o fazia, nem sequer eu próprio. Acho que os mantive por tanto tempo naquele caos, porque não conseguia suportar a ideia de deixar de os amar, não conseguia suportar a ideia de deixar de ser amado por eles. Mas a verdade era que eu não conseguia cuidar deles, não da maneira que eles precisavam.
Em maio, ouvi um rumor de que uma família que vivia nos arredores da cidade estava à procura de dois cães de grande porte para adotar. Passei pela quinta e vi uma cerca branca com mais de um quilometro, um canteiro de flores limpo e arranjado, uma caixa de correio recém-pintada. Guardei o número de telefone deles na minha carteira por uma semana antes de lhes ligar. Outra semana passou antes de eu conseguir falar quando alguém atendia.
Combinei encontrar-me com a família numa noite quente de verão, em junho. Meti os cães dentro da minha carrinha Chevrolet preta juntamente com os seus brinquedos de roer, camas e tigelas de comida.
Glasgow, como sempre, estava toda animada para entrar no carro. Ela gostava de se sentar no banco do passageiro. Eu abria uma fresta da janela e ela enfiava o nariz no pequeno espaço aberto e começava a babar-se, deixando fios de saliva seca ao longo do vidro. Naquele dia, eu estendi a mão e afaguei–lhe as orelhas. Chorei enquanto conduzia, chorei enquanto estacionava no parque do supermercado local.
A nova família lá estava dentro da sua carrinha Ford de caixa aberta. Um homem saiu do carro e caminhou na minha direção. Eu abri a porta traseira do meu Chevrolet Blazer.
“São estes os cães?”, perguntou ele.
Eu limitei-me a acenar com a cabeça. “Por favor, cuidem bem deles”, disse eu com a voz embargada.
A perda da minha mulher tinha sido repentina, um golpe forte que me atingiu subitamente. A perda dos cães, no entanto, tinha tido um período de preparação; fui-me aproximando dela de forma gradual e, depois, vi-me para lá dela, com a pressão do tempo a empurrar-me inevitavelmente para a frente e para baixo.
Naquela noite, no parque de estacionamento do supermercado, lembro-me de levar o Seismic, que não hesitou, para a parte de trás da outra carrinha. Com Glasgow foi necessário mais persuasão. Estava com alguns problemas nos quadris e tinha começado a mover-se mais lentamente. Penso que, atenta ao meu estado de espírito, ela entendeu alguma coisa do que estava a acontecer. Finalmente, ambos estavam no outro carro. Abracei-os, inalando o seu cheiro, apertando Glasgow contra mim uma última vez.
Deixei Vermont quando o divórcio ficou concluído. Não havia nada para mudar, só eu. Pensei que tudo seria diferente quando saísse daquela casa, quando as questões legais estivessem resolvidas, quando tivesse um novo emprego, quando deixei de ter esperança de que a minha ex-mulher me ligasse. Não passei pela quinta depois de lhes ter entregado Seismic e Glasgow. Não os fui visitar. E se eles achassem que eu estava ali para os levar para casa?
Só quando fiquei sóbrio e tive os meus próprios filhos é que voltei a sentir novamente aquela responsabilidade incrível – a confiança total que outro ser deposita em nós -, a fé em que vamos trazer a pizza, dar os passeios e os banhos quentes. Em que nós seremos aquele que guia, que cuida, que ouve.
Glasgow e Seismic já morreram. Já passou o dobro, ou mais, do tempo normal de vida de um São Bernardo. Mas eles foram, de certa forma, os meus primeiros filhos. Eles ensinaram-me a ser humano. Ou como ser um ser humano melhor, a pôr as necessidades de outra pessoa à frente das minhas. Ou talvez tenha sido a minha primeira mulher que me ensinou isso quando decidiu deixar-me com dois cães e uma casa vazia.
Há relativamente pouco tempo, uma noite em que estava sozinho em casa, ouvi a minha filha a gritar no quarto dela. Estava a ter um pesadelo. Subi as escadas, mas quando cheguei ela já tinha adormecido novamente.
Deitei-me ao lado dela na sua pequena cama, beijei-lhe a nuca e afastei-lhe o cabelo do rosto. Depois disse uma pequena oração de agradecimento e dei graças por este papel, por esta oportunidade de cuidar.
Pauls Toutonghi, que leciona no Lewis & Clark College, é autor do livro de não ficção Dog Gone, editado neste mês pela Knopf.
Exclusivo DN/The New York Times
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.