sexta-feira, 13 de março de 2015

O que fazer para seus gatos gostarem ainda mais de você



Photo credit: mamaloco / Foter / CC BY-ND


Muitas pessoas me perguntam o que fazer para seus gatos gostarem ainda mais delas. Normalmente apaixonadas pelos felinos que têm, querem reforçar o sentimento recíproco

AfetividadeDiversas iniciativas podem nos tornar mais importantes para nossos gatos. Devemos, porém, levar em conta que cada espécie e cada indivíduo possuem uma maneira diferente de amar. Humanos e cachorros são, na média, muito mais carentes de atenção e de carinho que gatos. Em outras palavras, não devemos esperar de um gato a mesma carência de um cão.

Maior dependênciaAs dicas a seguir farão o seu gato se ligar mais a você. Mas ele poderá também se tornar mais dependente, com mais chance de sentir a sua falta, quando você não estiver. Antes de pôr em prática as estratégias para se sentir mais amado por ele, pense nisso, para não comprometer o bem-estar do seu animal de estimação.

Tendência genéticaGatos já nascem carentes. Determinadas raças e linhagens são mais dependentes, carentes e carinhosas que outras. Por isso, espere filhotes mais afetivos de pais também mais afetivos.

No útero da mãeA facilidade de apego ao ser humano começa a se formar no útero materno. Durante a gravidez, hormônios produzidos pela mãe influenciam a formação do cérebro do filhote e o quão propício a desenvolver vínculos afetivos ele será. De maneira geral, filhotes cujas mães ficaram muito estressadas durante a gravidez tendem a ser mais medroso e a gostar menos de carinho.

Idade críticaO que acontece com o filhote até os 2 meses de idade tem uma enorme influência no comportamento futuro do gato. Por isso, procure acostumá-lo desde cedo à presença, cheiros e barulhos de seres humanos. Também está comprovado que massagear o filhote por alguns minutos aumenta a carência e a tolerância a carinho humano. Quanto mais sociabilizado for o gato, maiores serão as chances de ele demonstrar afeto em público, já que não ficará retraído ou escondido sempre que uma visita chegar!

Represente coisas boasGatos nos associam com tudo que sentem ou que percebem quando estamos perto deles. Se nos associarem com coisas boas, gostarão cada vez mais de nós. Portanto, o truque é conhecer quais são as coisas que agradam o seu gato e associá-las a você da melhor forma possível.

Alimentos e petiscosEssas são ótimas ferramentas para uma aproximação afetiva com o seu felino. Para ele associar você a comidas gostosas, não basta que o veja completar o potinho com mais comida. A não ser que seja daqueles gatos que só querem comer quando a ração acaba de sair do saco…

De qualquer forma, é importante que o felino esteja com apetite quando algo gostoso é ofertado a ele. Por isso, receber uma quantidade controlada de alimento o tornará mais apegado a quem o serve do que ter comida disponível o dia todo.

É impressionante como petiscos dados na hora certa podem melhorar – e muito – um relacionamento. Tente recompensar o seu gato com petiscos sempre que ele atender a um chamado seu, como quando você chega em casa, e até mesmo quando ele vier de maneira completamente espontânea.

Diversão
Brincadeiras, principalmente de caça, são bastante prazerosas para o gato. Sempre que possível, brinque com ele. Assim, você ficará associado também a entretenimento e diversão. Aprenda a mover objetos da maneira que o seu gato mais gosta e descubra brinquedos que ele adore.

Conforto e segurançaDeixe o seu cheiro nos lugares onde o gato gosta de relaxar. Passe simplesmente a mão naquele local ou esfregue-se num pano e ponha-o perto dali.

Procure nunca pegar o gato enquanto ele relaxa nem tente tirá-lo de onde se escondeu, principalmente se estiver assustado com alguma visita. Nesses casos, tente atraí-lo oferecendo algo, mas sem insistir demais.

Ficar juntoQuanto mais tempo você passar com o gato, melhor. Isso inclui deixá-lo dormir com você. O chato é não poder se movimentar muito na cama, pois os felinos costumam reclamar ou ir embora… Normalmente, quando durmo com gatos tento me mexer o mínimo possível, para não incomodá-los.


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Petiscos e guloseimas: dar ou não dar?


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Photo credit: shouldbecleaning / Foter / CC BY


É muito gostoso ver o nosso animal de estimação saborear um petisco com satisfação. Mas será que as guloseimas vão deixá-lo mal nutrido ou obeso?

Mais interação, educação, obediência

É surpreendente como a inclusão de recompensas na rotina diária do nosso animal de estimação pode melhorar o convívio com ele. Por exemplo, em vez de se perder um tempão tentando colocar a guia no cão agitado, ansioso por passear, podemos resolver o assunto em alguns segundos. Basta ter uma guloseima numa das mãos para recompensá-lo depois que a guia for posta.
Recurso poderoso, o petisco dado logo após o pet ter se comportado de acordo com o desejado, ajuda a ensinar pequenas rotinas, como vir quando chamado (dá-se o prêmio assim que o animal chegar) e a corrigir maus hábitos, como a excitação exagerada ao receber carinho (o petisco é dado assim que o pet ficar tranqüilo ao ser acariciado).
Em vez de simplesmente oferecer guloseimas ao pet para agradá-lo, faça-o conquistá-las, aproveitando para estimular o bom relacionamento com ele e para deixá-lo motivado. Dar o petisco depois de uma troca de carinhos ou de brincar um pouco com o animal aumenta a interação. Se for um cão ou gato, pode-se aproveitar para treinar e reforçar comandos de obediência. Por exemplo, diga “dá a pata”, mostre onde quer que ele a coloque e dê o petisco quando você for obedecido. De maneira semelhente, praticam-se outros comandos como o “deita” e o “senta”.


Menos tédio e compulsão

Uma possibilidade oferecida pelas guloseimas é a de proporcionar exercício ao cão ou gato, estimulando também o faro e a visão. Escondem-se alguns petiscos em diferentes lugares e o animal sai à procura. É uma simulação da caça, atividade que ocupava grande parte do dia dos ancestrais dos nossos pets, na qual todos os sentidos precisavam ser usados. Com o fim das caçadas, depois que os animais de estimação passaram a receber as refeições servidas por humanos, a falta do que fazer tornou-se uma grande causa de tédio e sedentarismo e das suas conseqüências, como a compulsão e a depressão. Proporcionar atividades ajuda a combater esses males, responsáveis por objetos destruídos dentro de casa, por salas desarrumadas e por buracos no jardim, entre outros problemas.


Petiscos à mão na hora certa

Para não perder oportunidades de recompensar o pet no momento certo, mantenha petiscos em pequenos recipientes, em locais estratégicos e fora do alcance dos animais e das crianças. Se o cão estiver sendo treinado a não pular nas visitas, por exemplo, ponha um desses recipientes perto da porta de entrada. Mas fique esperto. Não satisfaça a vontade do cão que late ou do gato que mia chamando a atenção para o recipiente, se você não quiser que sempre que seu amigo de quatro patas desejar um petisco repita aquele comportamento. Em casos assim, repreenda o animal.


De olho na obesidade

O petisco com formulação balanceada e fabricado especialemtne para o pet pode até substituir em parte a ração. Converse com o veterinário sobre isso. Se o animal estiver obeso, é importante rever a alimentação dele como um todo, inclusive o tipo de petisco dado e a quantidade. Para o consumo ser controlado com precisão, reabasteça os recipientes espalhados pela casa uma vez por semana e mantenha o estoque restante em outro local.


Resumo

1. Petiscos e guloseimas podem ajudar na educação do cão e proporcionar etímulos físicos e psicológicos, se utilizados corretamente
2. Recompense o cão somente quando ele fizer algo que você queira.
3. Distribua pela casa os petiscos em recipientes colocados em locais estratégicos.
4. Crie dificuldades para o cão sentir que conquistou as recompensas
5. Esconda alguns petiscos pela casa e estimule seu cão a encontrá-los.
6. Cuidado para não prejudicar a nutrição do animal. Petiscos devem ser balanceados e a quantidade oferecida precisa ser controlada.

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Fonte:


Ansiedade da separação: O que fazer para evitar este sofrimento ao amigo peludo



Photo credit: It’sGreg / Foter / CC BY-ND

A ansiedade de separação é um problema muito comum atualmente, especialmente para os companheiros caninos que vivem com seus donos nas cidades grandes e passam grande parte dos dias sozinhos.

O instinto do cão diz que deve viver em grupo, e isso garantirá sua sobrevivência, já que se trata de um animal social por natureza – assim como o ser humano. Quando seu grupo de “humanos” sai e o deixa sozinho, a sensação que o bichinho tem, instintivamente, é que sua sobrevivência está ameaçada. A situação se agrava ainda mais quando o cachorro é muito agarrado ao dono, daqueles que parecem uma verdadeira “sombra”.

Sem querer, muitas vezes as pessoas acabam piorando o problema, ao demonstrar o tempo todo que sentem dó do companheiro e se despedem dele efusivamente ao sair de casa. Evidentemente que o cão passará a perceber os mínimos sinais toda vez que o dono for sair e os sintomas de ansiedade serão notados a partir deste momento.

Esses sintomas incluem uivar/latir muito e sem parar quando deixados sozinhos, arranhar portas e batentes, destruir móveis e objetos dos donos, babar (hipersalivação), ficar apático, sem brincar ou comer, fazer necessidades em locais inadequados, e às vezes pela casa toda. Alguns chegam a se mutilar, lambendo as patas até que acabam se machucando, ou se batendo contra as portas de casa.

E o que se deve fazer para evitar este sofrimento ao amigo peludo? Bom, em primeiro lugar, o ideal é que o cão não fique sozinho por períodos muito longos, superiores a três/quatro horas, pois, lembrando novamente, cachorros são animais sociais e precisam de contato constante com sua “matilha”.

Também deve-se ignorar o cão pouco antes de sair de casa, sem tristes despedidas. A “festa” ao chegar em casa também deve ser evitada, especialmente cumprimentos muito efusivos, pois a memória destes momentos também leva o cão a começar a ficar ansioso e a agir de forma diferente horas antes do dono retornar ao lar. Cumprimentá-lo apenas alguns minutos depois de chegar e somente quando ele estiver calmo certamente ajudarão o cão a entender este momento como algo natural.

O chamado enriquecimento ambiental (deixar o local onde o cão fica repleto de atividades para que ele possa se distrair sozinho) também ajuda o pet a se entreter durante a ausência das pessoas queridas. Deixar roupas ou panos com o cheiro do dono, brinquedos que distrairão o cachorro por horas (como ossinhos digeríveis, brinquedos para roer – desde que ele não tenha o hábito de destruir e engolir pedaços), esconder ração ou petiscos que o cão goste pelos cantos da casa, para que ele possa farejá-los, também ajudam a manter o peludo ocupado durante a ausência dos donos.

Outra medida que auxilia muito é praticar atividades físicas com o cão antes do período em que se sabe que terá que ser deixado sozinho. Um cachorro cansado tende a dormir após as atividades. Longos passeios, idas ao parque e jogar bolinha ajudam neste quesito.

Se este problema comportamental já foi diagnosticado, o ideal é procurar fazer com que o cão fique mais habituado a estar sozinho sem que se sinta tão mal com isso. Para tanto, além das dicas já mencionadas acima, ensinar o comando FICA e começar a treiná-lo em vários cômodos da casa permitirá que ele perceba que não é tão ruim assim ficar longe do dono, já que, em pouco tempo, será recompensado por ter esperado.

Outra dica é dar os sinais de que uma saída está próxima sem que ela ocorra! Como fazer isso? Pegar bolsa, chaves do carro, colocar o sapato e… não sair! Voltar e guardar tudo, agindo naturalmente, como se nada tivesse acontecido! A repetição deste treino tende a fazer com que o cão não associe mais tão claramente os sinais de saída com o dono indo embora.

Se o grau de ansiedade de separação for muito alto, recomenda-se consultar um especialista em comportamento canino, pois trata-se de uma condição grave, onde o nível de estresse do cãozinho alcança picos muito altos, devendo, portanto, ser devidamente tratada.



Fonte: The Pet News.

Curiosidade: Como os animais ouvem?

Photo credit: Aidras / Foter / CC BY-ND

Cada animal está programado para ouvir em uma determinada freqüência. Muitos deles, inclusive, são capazes de distinguir ultra e infra-sons, imperceptíveis para os humanos. Os elefantes, por exemplo, escutam os gravíssimos infra-sons, presentes em tremores de terra, em alguns ruídos que emitem pela tromba, etc.

Os gatos e cachorros, por sua vez, ouvem ultra-sons, agudos demais para as pessoas, e, assim, são capazes de escutar até os ruídos que os ratos fazem entre si. “Para animais que vivem da caça, esta capacidade é primordial, pois o ultra-som possibilita que detectem com precisão a localização da presa”, afirma Rossi.

Ele também chama a atenção para o tubarão: “mais do que simplesmente ouvir, este animal sente estímulos elétricos, que denunciam até um coração batendo a alguns metros de distância”. Rossi lembra que algumas espécies chegam a se orientar especialmente por intermédio do som: morcegos e golfinhos utilizam um sistema de emissão e recepção de ultra-sons para “desenhar” o espaço onde estão e se deslocarem com facilidade.

O zootecnista também cita os pássaros que, algumas vezes, são capazes de ouvir larvas dentro da madeira ou minhocas cobertas por dez centímetros de terra.



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