domingo, 29 de novembro de 2015

Dicas e procedimentos necessários em época de verão e dias muito quentes


Troque com frequência a água da vasilha, para que esteja sempre fresca e disponível. Como não possuem glândulas sudoríparas, cães e gatos costumam desidratar mais facilmente que os humanos. A cena do bichinho deitado, com barriga no piso frio, explica o fato.

Com apenas 10% de perda de fluidos corporais, eles já podem desidratar. Os sintomas são perda de elasticidade da pele, letargia, perda de apetite, olhos fundos, focinho, boca e gengiva secas. Atenção especial para os gatos, principalmente, que não ingerem tanta água e, por causa disso, podem desenvolver problemas renais.

Em passeios ou viagens mais longas, não se esqueça de oferecer água e comida ao animal. As caixas de transporte costumam esquentar também, se ele for permanecer tempo confinado, faça paradas para o animal andar e se refrescar.
 
A mídia sempre traz casos dramáticos de pais que esquecem os bebês no carro durante essas temperaturas mais altas. Os cães e os gatos também não devem ficar no carro à espera do tutor. Eles podem desidratar facilmente nessas situações.  

Queimaduras

O chão quente pode queimar as patinhas dos animais durante os passeios, por isso o ideal é levá-los para caminhar em horários alternativos durante o verão. O ideal é antes das 10h00 e depois das 16h00, quando a calçada já não está tão quente e o sol mais fraco. 
As queimaduras podem acontecer naquela parte que chamamos de almofadinha das patas (coxim). De acordo com a veterinária Karina Mussolino, da Pet Center Marginal, são ferimentos complicados para tratar que apresentam em formatos de bolhas, rachaduras e feridas, além de causar dor. Por ser uma região sensível e de atrito, a cicatrização é complicada e com tendência a infecções.




“Animais que ficam expostos por muito tempo no sol podem desenvolver câncer de pele. Um dos sintomas iniciais é uma vermelhidão na pele (dermatites solares). As regiões mais afetadas pela radiação solar constituem o focinho e as extremidades das orelhas. Animais mais claros são as principais vítimas, coma as raças Whippet, Staffordshire Terrier Americano, Boxer branco, entre outros”, informa.

Converse com o veterinário que poderá indicar um protetor solar específico para pets. Não se deve usar os produtos feitos para humanos, pois eles podem causar graves alergias.

Se o seu gato é mais branquinho, o aconselhado é pedir orientações do veterinário responsável. Gatos gostam de ficar ao sol e também correm riscos em relação aos tumores de pele.

Prática de esportes


 
Assim como nós, os pets não se transformam em atletas de uma hora para outra. Antes de levá-los para correr, o tutor deve fazer um check-up completo no animal. Cães, principalmente os mais velhos, podem ter doenças cardíacas, um dos sinais da doença é a tosse seca e falta de ar após um simples esforço. Nesses casos, exercícios mais puxados podem matá-lo com um infarto.

Já os cães obesos não podem correr com seus tutores sem avaliação médica. Isso porque assim eles costumam sobrecarregar ligamentos e colunas, desenvolvendo sérios problemas ortopédicos.

Nem todos os animais sabem nadar, contando cães e gatos. Por isso, é importante olhares atentos do dono quando levarem seus bichinhos a lugares com piscina.

Caso gostem de nadar, como é o caso do Labrador e do Golden Retriever, o cuidado com os ouvidos se faz necessário. Como canal auditivo fica abafado e molhado, os cães podem desenvolver otites. Além de dolorosas, se não tratadas devidamente, eles podem levar à perda de audição.


Sombra e água fresca 
 
Se o animal fica muito tempo sozinho no quintal ou na varanda, fora da casa ou da parte interna do apartamento, certifique-se para que tenham um lugar fresco, onde não bata sol, para que possam se proteger do calor e das chuvas de verão. é importante que tenham a opção de um lugar com sombra, distante dos raios solares para se abrigar.

O aconselhável é que o animal tenha um piso frio, com os azulejos do banheiro e da cozinha, para poder deitar esparramado – uma forma instintiva para se livrar do calor e baixar a temperatura corporal.

Parasitas oportunistas 

As temperaturas altas representam ambiente ideal para a proliferação de pulgas e carrapatos. A maioria dessas parasitas está no ambiente, não em outros animais, como em cachorródromo, a casa de um amigo, o hall do apartamento e até o pet shop. é importante saber que a hipersensibilidade à picada de insetos é a causa mais comum das alergias em cães. 

A pulga, além de provocar os processos alérgicos, transmite verminose para cães e gatos. Nos bichanos especialmente transmite também o Mycoplasma, um parasita do sangue, que vem sendo estudado como provável carreador de outras doenças e vírus. Em grandes infestações, as pulgas causam anemia. 

Já a Erlichiose e babesiose, que são popularmente conhecidas como “doença do carrapato”, causam a destruição de células sanguíneas. Os sintomas são febre, apatia, falta de apetite e ate a morte. 

Para os pets, os dias quentes podem trazer diversos problemas

Para os animais de estimação, os dias quentes podem trazer muito mais que o mal-estar e a preguiça que acometem seus donos. Em cães e gatos, a hipertermia, ou aumento excessivo da temperatura corporal, pode provocar desmaios e convulsões e até matar.

"A hipertermia é o problema mais comum - e o mais grave - para cães e gatos no verão", diz o veterinário Marcelo Quinzani, diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care, em São Paulo. Como eles não transpiram, a respiração é a única forma de controle da temperatura do corpo. No verão, porém, o ar quente e úmido prejudica esse mecanismo. Resultado: o animal ofega na tentativa de intensificar a troca de calor. "O risco é ainda maior para animais obesos, para cachorros com pelagem densa, como bernese e husky siberiano, e para as raças braquicefálicas - aquelas de focinho curto -, como os cães boxer, buldogue e pug e os gatos persas, que já respiram com dificuldade em condições normais", explica Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo. Veja, a seguir, os cuidados para prevenir a hipertermia no animalzinho.

EM CASA
Nada de deixar o animal no quintal constantemente ensolarado ou fechado no apartamento abafado. Sombra (em ambientes arejados) e água fresca são questão de sobrevivência para cães e gatos. Troque a água do bebedouro várias vezes ao dia e certifique-se de que o pote não fique exposto ao sol em nenhum momento - afinal, quem gosta de água morna? Vale até acrescentar umas pedrinhas de gelo ao bebedouro. Para os gatos, que preferem água corrente, um bebedouro eletrônico pode estimulá-los a ingerir mais líquido ao longo do dia.

Dica dos especialistas: borrifar água no dorso e nas patinhas ajuda a resfriar o animal. Se ele ficar ofegante, enrole-o em uma toalha molhada com água fria e deixe-o por um tempinho em frente ao ar-condicionado ou ventilador

NO CARRO
Cachorros são loucos por passeios de carro, certo? O problema é que essa excitação também atrapalha o processo de resfriamento do corpo. Portanto, nos dias muito quentes, o ar-condicionado deve permanecer ligado durante todo o trajeto - e, de preferência, evite viagens longas durante o dia. Outra recomendação dos veterinários: nunca, em hipótese alguma, deixe o bicho preso no carro, nem com uma fresta do vidro aberta e sob uma árvore. Mesmo na sombra, a temperatura no interior do veículo sobe rapidamente, e o animal pode desmaiar ou até morrer em meia hora
PASSEIOS
Cães são leais e nunca recusam um convite do dono para passear, mas se vivessem sozinhos na natureza jamais sairiam da toca sob o sol escaldante. Não é necessário suspender as caminhadas diárias, claro, mas o ideal é reduzir o percurso e restringir os horários das saídas: antes de 10 horas e após as 18 horas. Prefira locais gramados - o asfalto quente pode queimar os coxins, aquelas almofadinhas das patas - e leve água em bebedouros portáteis. A dica das borrifadas de água fria no dorso também se aplica aos passeios. E respeite os limites do cão: interrompa o passeio do animal ofegante, que tenta fugir do sol em busca das áreas sombreadas. Por fim, cães agressivos devem usar focinheira de ferro, um modelo que não impede a abertura da boca. E atenção! Passear com cães de focinho achatado nos dias quentes, com focinheira fechada, é meio caminho andado para uma hipertermia severa

ANTIPULGAS
Com a proliferação de parasitas no verão, os especialistas recomendam a aplicação de produtos que protegem o animal de pulgas e carrapatos a cada três semanas. "Evite dar banho dois dias antes e dois dias depois da aplicação do produto", ensina o veterinário Mário Marcondes

BANHO E TOSA

As salas de banho e tosa das pet shops são ambientes propícios para a hipertermia: o stress prejudica a respiração do animal e, com os secadores ligados o dia inteiro, a temperatura fica sempre elevada. Evite os horários de pico do calor e mantenha o pelo dos animais mais curto que o habitual.
Em casa, os banhos semanais devem ser feitos com água morna, pois a água muito fria pode causar choque térmico. Por fim, use apenas a toalha para secar animais de pelo curto, e o ar frio do secador para os de pelo longo

ATENÇÃO!
Se o animal mostrar-se inquieto, permanecer com a respiração ofegante e apresentar língua levemente arroxeada, mesmo após as tentativas caseiras de resfriá-lo, leve-o imediatamente ao veterinário, mantendo-o envolto em uma toalha molhada com água fria e, no carro, posicionado em frente à saída do ar-condicionado. "Em condições normais, a temperatura corporal não ultrapassa 39,5 graus. Se ela chegar a 40 graus, porém, só a respiração poderá ser insuficiente para resfriar o animal. Nesse caso, ele talvez precise de aplicação de soro refrigerado na veia ou até necessite ser sedado e entubado"



Fonte:
http://planetasustentavel.abril.com.br

Cachorro quente precisa abrir a boca, e não é para fazer gracinha

Cachorro quente precisa abrir a boca

Não é para fazer gracinha. Pôr a língua para fora é uma sinal do seu totó. Ele precisa disso para se refrescar.
Por que os cães sempre estão com a boca aberta?
Nem sempre. Só quando estão com calor. Como nós, humanos, os cachorros expiram ar quente e, por isso, se refrescam respirando. Só que o homem tem ainda outros recursos para aliviar o aumento de temperatura. “Cães não possuem glândulas sudoríparas espalhadas pelo corpo”, lembra o veterinário José Peduti Neto, da Universidade de São Paulo. Assim, se por um lado não precisam de desodorante, por outro não dispõem de uma das maneiras mais eficientes de se livrar do calor: suar. Cachorros transpiram apenas pela almofadinha debaixo das patas e pelo focinho. Depois de uma corrida ou em um dia muito quente, só lhes resta abrir a boca e soltar o bafo com maior intensidade.

Exposição prolongada ao sol pode causar câncer de pele em cães e gatos 

Fonte:
http://super.abril.com.br/ciencia/2015-deve-ser-o-ano-mais-quente-ja-registrado


2015 deve ser o ano mais quente já registrado - O aumento da temperatura terrestre é o resultado da combinação do El Niño com o aquecimento global provocado por humanos

Met Office Hadley Centre  
O aumento da temperatura terrestre é o resultado da combinação do El Niño com o aquecimento global provocado por humanos

Este ano, os termômetros pipocaram. 2015 deve terminar sendo o ano mais quente já registrado. A informação foi publicada pelo World Meteorological Organization (OMM) e os resultados não são nada animadores. A temperatura média de 2011 a 2015 também é a mais quente dentre todas as séries de cinco anos computadas.

"O clima global de 2015 vai fazer história por uma série de razões", afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. "Os níveis de gases de efeito estufa na atmosfera atingiram novos máximos. Na primavera do hemisfério norte, a concentração média global de CO2 cruzou a barreira de 400 partes por milhão pela primeira vez", completou.

Uma estimativa preliminar com base em dados de janeiro a outubro mostra que a temperatura média da superfície global de 2015 até agora foi de quase 15ºC. Estamos cerca de 0,73 °C acima da média de 14 °C registrada entre 1961-1990. O ano foi tão quente que ultrapassamos um limite simbólico - e bastante significativo: ficamos 1ºC acima do registrado no período pré-industrial, no final do século 19.

Fonte:
http://super.abril.com.br/ciencia/2015-deve-ser-o-ano-mais-quente-ja-registrado

Zika/Microcefalia: "É um novo capítulo na história da medicina", diz Carlos Brito; uma das autoridades no assunto no Brasil

Um dos responsáveis por comunicar o governo federal sobre o avanço dos casos de microcefalia, o médico Carlos Brito, 47 anos, conversou com a repórter Cinthya Leite sobre a confirmação da relação entre zika e microcefalia. Brito é membro do Comitê Técnico de Arboviroses do Ministério da Saúde




Médico Carlos Brito é uma das autoridades no assunto no Brasil
Foto: JC Imagem


JC – Qual o seu sentimento ao saber que foi confirmada a relação entre o vírus da zika e a microcefalia?
CARLOS BRITO – É a sensação de que Pernambuco realmente saiu na frente na construção de uma hipótese, que precisava ser confirmada o quanto antes diante do aumento incomum do número de recém-nascidos com microcefalia que estava sendo percebido pelos neuropediatras do Estado. Já no dia 19 de outubro, vimos a necessidade de investigar a fundo essa hipótese, que considerava as arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos) como um novo agente causador da microcefalia. O evento fugia do padrão comum de ocorrência dessa anomalia, que tem como causas habituais a toxoplasmose, a rubéola e o citomegalovírus. Felizmente essa investigação correu de forma muito rápida. A contar do dia 19 de outubro, em menos de uma semana, estava formada uma força-tarefa em Pernambuco que levou o caso para o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde.
JC – Em suas entrevistas, o senhor sempre falava com muita segurança sobre essa hipótese, ontem confirmada. Como construiu esse raciocínio?
CARLOS – Considero que Pernambuco viveu uma epidemia de zika no primeiro semestre do ano, com um pico em março. Acredito que, dos casos de dengue notificados este ano no Estado, 80% sejam, na realidade, de zika. Fizemos um estudo de base hospitalar em Pernambuco que investigou cerca de 1,1 mil pacientes atendidos, nos cinco primeiros meses deste ano, na emergência de um hospital particular da capital pernambucana. Desse total, 81% preencheram critérios clínicos de zika. A maioria das mulheres que deu à luz um bebê com microcefalia, principalmente em outubro, relatou muitos desses sinais no primeiro trimestre da gestação, que coincide com o período da epidemia de zika, vírus que tem uma predileção por atacar o sistema nervoso central. Era o agente novo que observávamos para esse aumento de casos. Para mim, ficou mais do que evidente fazer a relação entre zika e microcefalia quando se encontrou o vírus em amostras de líquido amniótico de gestantes da Paraíba. Agora, com a presença do zika em amostras de sangue e tecidos de um bebê com microcefalia que foi a óbito, está totalmente comprovada essa relação.

JC – Mas também há mães que relatam sintomas de zika e não tiveram bebês com microcefalia. Por outro lado, há outras que não tiveram esses sinais e deram à luz uma criança com essa anomalia congênita. Como explicar isso?
CARLOS – Os estudos epidemiológicos agora precisam fazer essa investigação. Precisamos fazer um estudo de caso-controle que leve em consideração fatores de risco que podem estar correlacionados ao vírus. É preciso considerar o momento da gestação em que a mulher foi exposta ao zika, a faixa etária, o número de gestações e relatos de outras infecções, até mesmo antes da gravidez. Os estudos precisam considerar fatores genéticos que podem proteger algumas pessoas de infecções graves. Há pessoas que podem ter algum mecanismo de defesa.

JC – Esse achado é mais um motivo para o Brasil reforçar a mobilização de controle do mosquito transmissor da zika, o Aedes aegypti. Estamos longe de combatê-lo?
CARLOS – Acredito que a eliminação do mosquito não será resolvida a curto prazo. Mas a população precisa também fazer a parte que lhe cabe, ao adotar atitudes que podem ajudar a acabar com os criadouros do mosquito. O Brasil tem que trabalhar, ampliando as estratégias existentes. E será preciso investir mais recursos para antecipar o desenvolvimento de vacinas para as arboviroses, incluindo a zika.

JC – O olhar da comunidade científica para o vírus da zika muda? CARLOS BRITO – Confirmada a relação entre o vírus da zika e a microcefalia, passamos para uma nova fase. É preciso compreender, cada vez mais, o comportamento do vírus e suas complicações. Não tenho dúvidas de que estamos inaugurando agora um novo capítulo na história da medicina.

Fonte:
Jornal do Commercio

Dengue: número de casos é quase o triplo do registrado no mesmo período de 2014, quando 524 441 pessoas ficaram doentes

O número, de acordo com o ministério, é quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado, quando 524 441 pessoas ficaram doentes

Imagem do mosquito Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue

Depois de registrar recorde de mortes por dengue no ano, o país acaba de alcançar em 2015 também o maior número de casos notificados da doença desde 1990, quando as estatísticas começaram a ser monitoradas. Segundo o mais recente boletim epidemiológico de dengue do Ministério da Saúde, foram 1.463.776 casos prováveis da doença registrados de 4 de janeiro até 26 de setembro no Brasil. O recorde anterior, de 2013, era de 1.452.489 pessoas infectadas.

O número, de acordo com o ministério, é quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado, quando 524 441 pessoas ficaram doentes. De acordo com o boletim, a alta de registros foi puxada pelo Sudeste, que concentra 64% dos casos. Os quatro estados da região somaram 937 599 pessoas infectadas.

Em todo o Brasil, 18 estados registram nível epidêmico da doença, ou seja, quando o número de casos por 100 000 habitantes é superior a 300. Só estão fora dessa estatística Piauí, Roraima, Sergipe, Maranhão, Amazonas, Rondônia, Pará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Neste último, o clima frio atrapalha a reprodução do mosquito Aedes aegypti e o índice de incidência da dengue é o menor: 14,5 casos por 100 000 habitantes.

LEIA TAMBÉM:

Dengue: um desafio há 25 anos

As principais dúvidas sobre a dengue

Na outra ponta do ranking, de estados com as mais altas taxas de incidência da doença, estão Goiás, com 2 120 casos por 100 000 habitantes, e São Paulo, cujo mesmo índice chegou a 1 561. Entre as capitais com as maiores taxas da doença estão Fortaleza, Maceió, Salvador, Rio e Belo Horizonte.

Embora o pico da doença no ano já tenha passado - ele ocorre geralmente entre os meses de abril e maio -, a tendência é que, com a volta das altas temperaturas, o número de casos cresça. Já estão em tendência de alta o Acre, Roraima, Paraná e Santa Catarina.

Casos graves - Os casos graves de dengue e as mortes por complicações da doença também aumentaram em relação ao ano passado. Segundo o boletim, 1 350 pessoas desenvolveram a forma mais severa da dengue até setembro. O número representa quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado: 693 pessoas.

Nos nove primeiros meses do ano, 739 pessoas morreram de dengue no país, número 75% maior do que o notificado no mesmo período de 2014.

O Ministério da Saúde afirma que fez, em dezembro de 2014, repasse adicional de R$ 150 milhões para estados e municípios reforçarem as ações de prevenção. Diz ainda ter feito visitas técnicas nos estados para auxiliar nos planos de contingência contra a doença.


Fonte:
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/com-14-milhao-de-casos-no-brasil-dengue-bate-recorde 
 
(com Estadão Conteúdo)

Zika, chicungunha e dengue: diferenciando as 3 doenças transmitidas pelo Aedes aegypti - Leia mais...


Você sabe diferenciar a infecção por zika vírus (que está sendo associada ao aumento do número de casos de microcefalia em recém-nascidos) da dengue ou da febre chicungunha? Por terem sintomas muito parecidos, essas doenças podem ser facilmente confundidas. Originário da África, o zika vírus foi detectado pela primeira vez na América Latina em abril deste ano, em moradores de Camaçari, na Bahia. Para orientar a população e esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto, a infectologista e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Vera Magalhães explica que a transmissão das três doenças ocorre pela picada dos mosquitos Aedes aegypti.

Segundo a profissional, a dengue, febre chicungunha e zika vírus são clinicamente muito parecidos. "O paciente pode apresentar sintomas como febre, diarreia, dores e manchas no corpo", explica Vera, que ressalta ainda que o diferencial do zika é a presença de uma coceira mais intensa na pele acompanhada de conjuntivite. Em abril, a zika era considerada a mais branda dessas infecções, muito antes de se ventilar a hipótese de ela estar relacionada à grave condição da microcefalia, em que o crânio é menor do que o normal, causando na maioria dos casos sequelas motoras e cognitivas para toda a vida. Pernambuco atualmente é o que registra mais casos: 268 de um total de 399 em todo o País.

No caso da febre chicungunha, os sintomas incluem o início súbito de intensa artralgia (dor nas articulações) e febre acima dos 39 graus. O vírus causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor nas articulações, especialmente dos pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pessoas de qualquer idade ou sexo podem ser afetadas pelo vírus, mas os sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos.


Um dos sintomas da infecção por zika vírus é o aparecimento de manchas na pele
Foto: UFBA

Já os sintomas da dengue são mais diversos, podendo ter dores de cabeça, febre alta, tonturas e dores das articulações, além de sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes. "A dengue, se não tratada, pode levar ao agravamento do quadro", explica a coordenadora do Programa de Controle da Dengue em Pernambuco, Claudenice Pontes.

A infectologista destaca que a dificuldade em distinguir as três doenças também é sentida pelos médicos. "Só com a realização de exames é possível identificar exatamente qual a doença do paciente. Sendo assim, a orientação é que, ao apresentar qualquer sintoma atípico, as pessoas procurem o posto de saúde", diz Vera. O resultado do exame sorológico, que tem segurança de 100% (diferentemente do teste rápido), é apresentado em cinco dias.

Fonte:
Jornal do Commercio