quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Após 30 anos de suspeitas, pesquisadores confirmam novo tipo de doença cardíaca



Há mais de 30 anos que especialistas da existência de uma nova doença cardíaca: uma alteração quase imperceptível na atividade elétrica do coração capaz de levar à morte.

Agora, uma equipe da Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC) concluiu que, na verdade, trata-se de um transtorno que afeta pessoas mais velhas, a síndrome de Bayés, que pode ser detectada por um simples cardiograma.

O médico Manuel Martínez-Selléz, da SEC, via com preocupação como pessoas portadoras dessa síndrome sofriam derrames cerebrais com mais frequência e tinham riscos maiores de demência e morte.

Martínez-Selléz fez um estudo com 80 centenários e 269 septuagenários e demonstrou que trata-se de uma situação de pré-arritmia.

"Agora sabemos que as pessoas que sofrem este bloqueio interauricular têm um batimento adiantado das aurículas. E sabemos que pode levar à arritmia", disse Martínez-Selléz à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

O bloqueio interauricular é um transtorno entre as aurículas do coração, duas cavidades na parte superior do órgão.

"Trata-se de uma doença porque é uma alteração do circuito elétrico do coração, neste caso, do circuito elétrico das aurículas, que associa-se a um risco demonstrado tanto de acidente cerebrovascular como de demência".

As pessoas com esta alteração têm facilidade para formar um coágulo na aurícula esquerda do coração.
 
 Thinkstock
Síndrome de Bayés afeta pessoas mais velhas e é capaz de levar à morte 
 
Diagnóstico melhor

O fato de ser uma doença abre as portas para melhorar o diagnóstico de doenças cardíacas que surgem com a idade. A síndrome leva o nome do cardiologista Antonio Bayés de Luna.

A Organização das Nações Unidas estima que haverá cerca de 400 milhões de pessoas acima de 80 anos no ano de 2050, o que será um desafio para a área da saúde.

Para a equipe de pesquisadores, o principal aspecto positivo do estudo é melhorar o diagnóstico de idosos com este sintoma.

"Estamos convencidos que os portadores desta alteração se beneficiarão de um tratamento antiarrítmico e anticoagulante que ajudará a prevenir o infarto cerebral e a demência", disse Martínez-Selléz.
 
Fonte:

Cuidados para que sua ave atravesse a estação mais quente do ano mais confortável


As aves de estimação são animais muito sensíveis, e qualquer alteração no clima e no ambiente em que elas estejam pode ser sentido bruscamente. 

No verão, com as altas temperaturas, os cuidados devem ser redobrados com os passarinhos. É importante saber que, com o aumento do calor, cria-se um ambiente facilitador para o aparecimento de bactérias e mosquitos. 

 Por isso, a manutenção e limpeza das gaiolas devem ser redobradas nesta época do ano. Mas não é só isso. Veja uma lista de cuidados que se deve tomar com o sua ave para que ela atravesse a estação mais quente do ano mais confortável.
  1. - Além da limpeza das gaiolas, preste atenção nos alimentos. Frutas e sementes, com o calor, tendem murchar e azedar. Dê menos quantidade, mais vezes ao dia.
  2. - Verifique a água do animal várias vezes por dia.
  3. - Se a gaiola do seu pássaro possui coberturas, retire-as.
  4. - Evite atividades como cozinhar ou passar roupa perto da gaiola.
  5. - Afaste a gaiola das janelas ou de locais que são atingidos diretamente pelo sol.
  6. - Ao cair da noite, abra todas as janelas da casa para refrescar o ambiente.
  7. - Deixe um pote com água na gaiola para que o pássaro possa tomar banho e, assim, se refrescar.
  8. - Se você possuir ar condicionado, não deixe o animal diretamente na saída do ar. Também não coloque a temperatura no mais frios, pois isso pode fazer com que ela adoeça. Programe o aparelho para uma temperatura ambiente normal e constante.

Fique atento e observe o seu passarinho. Quando as aves estão com muito calor, elas permanecem com a boca aberta e asas afastadas. Troque-a de lugar, coloque-ajunto a um ventilador. Caso seu animal não reaja, leve-o imediatamente a um veterinário.


Fonte: Arca de Noé

Quais são os animais mais dorminhocos do mundo? Dica: não é a preguiça


Preguiças dormem 40% do tempo. Mas não são as campeãs da soneca...

Animais dormem das mais diferentes maneiras. Estamos acostumados à ideia de que o sono é um estado passivo, quando um animal não se mexe muito e seus músculos relaxam. Mas isso não é uma lei: alguns, pássaros, por exemplo, voam durante “cochilos”, usando apenas metade de seus cérebros.

“Para os animais, o sono ajuda a ficar mais eficiente”, explica Jerome Siegel, diretor do Centro de Estudos do Sono da Universidade da Califórnia.

Alguns animais, obviamente, dormem mais que outros, e Siegel explica que isso se deve principalmente à quantidade de alimento ingerido. “Animais que consumem alimentos de baixa densidade calórica dormem menos, ainda que o sono possa ser ajustado de acordo com as necessidades do animal.”
 
Leões 'oportunistas'

Em geral, herbívoros dormem menos que carnívoros porque precisam passar mais tempo mastigando para tirar energia de sua comida. Em especial animais pastores maiores, como girafas. Nos anos 70, cientistas descobriram que esses mamíferos só entravam em estado de sono profundo durante 5 a 30 minutos por dia.

Essa “insônia” também pode ser atribuída a um mecanismo de defesa. “O sono reduzido em animais mais vulneráveis pode ser uma adaptação para aumentar a vigilância contra predadores”, diz John Lesku, da Universidade La Trobe, em Melbourne (Austrália).
 
Image copyright AP Image caption
AP
  Em cativeiro, leões dormem bem mais, por não precisarem estar atentos a "janelas" de caça
 
Já os predadores podem passar menos tempo “olhando sobre os ombros”, especialmente os que vivem em bandos. Leões, por exemplo, são famosos pelo hábito de ficarem deitados por grande parte do dia. Em cativeiro, dormem pelo menos de 10 a 15 horas diárias. 
 
Mas, em vez de dormir isso tudo de uma vez, leões são “oportunistas” no que diz respeito ao sono. Dormem em “tiros curtos” e, segundo Siegel, isso é uma forma de não perder a chance de uma refeição.

“Um animal faminto precisa dormir menos se há comida disponível e mais se não há.”

É preciso notar que cientistas têm dificuldades em medir com mais precisão os hábitos de sono de animais selvagens, especialmente para localizá-los.

Tatus, por exemplo, aparecem nas listas de animais “dorminhocos” como capazes de dormir 18 horas por dia em suas tocas subterrâneas. Mas não há evidência de que eles passem esse tempo todo em sono profundo.

“Na verdade, desconfiamos que os tatus também se alimentem enquanto dormem, já que geralmente suas tocas ficam próximas a cupinzeiros”, explica Arnaud Desbiez, coordenador de um estudo especial sobre a espécie.

Image copyright NPL Image caption 
 NPL
Em suas tocas, tatus nem sempre podem estar dormindo Quando cientistas encontram os animais, a postura normalmente é a chave para descobrir se o bicho está ou não dormindo.

Girafas, por exemplo, repousam suas cabeças em suas costas. Coalas, por sua vez, dormem abraçados a galhos e, aparentemente, estão acordados apenas duas horas por dia. 
 
De acordo com estudos na Austrália, o principal habitat deste tipo de urso, coalas dormem por pelo menos 14 horas por dia e passam outras cinco descansando. Tudo por conta de sua dieta de folhas de eucalipto, que demoram a serem digeridas e oferecem pouca energia.
Silbernicus
  Girafas, de olho em predadores, por vezes tem apenas cinco minutos de sono profundo
 
Em 2013, cientistas implantaram sensores em coalas para tentar medir sua atividade, mas os dispositivos não eram sensíveis o suficiente para diferenciar o descanso do sono.

A maneira de medir com precisão é analisando os impulsos elétricos emitidos pelo cérebro, com o auxílio de eletroencefalógrafos. Sendo assim, os mais detalhados dados sobre o sono nos animais vêm de espécimes cativos.

De acordo com Lesku, o atual recordista mundial do sono é o tatu cabeludo gigante (20,4 horas/dia) e o rato do deserto americano (20,1).

Mas esses índices precisam ser tratados com precaução. “Estamos falando de animais selvagens trazidos para um ambiente de laboratório e analisados em um outro contexto em que, por exemplo, havia comida disponível”, alerta o pesquisador.

Um exemplo disso é o morcego-marrom, que em testes realizados em 1969 ganhou o título de animal mais dorminhoco, marcando 19,9 horas de sono em um período de 24. Image copyright Silbernicus Image caption Girafas, de olho em predadores, por vezes tem apenas cinco minutos de sono profundo 
 
All Canada Photo
  Em laboratório, o morcego-marrom dormiu quase 20 horas, mas resultados são contestados
 
No entanto, o morcego estava ligado a um computador, em vez de pendurado no teto de uma caverna, o habitat desses animais. E também havia diferenças de temperatura.

“Minha opinião é de que esse morcego estava comprometido e não representava um espécime selvagem”, diz Lesku.

Na verdade, poderia nem sequer estar dormindo e sim em um estado conhecido como extremo torpor – um tipo de hibernação.

Alguns animais entram nesse estado diariamente. O guaxinim e alguns tipos de roedores nos EUA podem ficar 14 horas diárias assim.

O torpor difere do sono de forma fundamental. É um tipo de dormência: o metabolismo e a temperatura corporal baixam substancialmente, bem como a atividade cerebral. Tudo para conservar energia.

Ironicamente, o principal teste de atividade cerebral de animais durante o sono foi feito justamente com... preguiças. Em cativeiro, esses mamíferos podem dormir até 15 horas por dia, mas um estudo de 2008 revelou que as preguiças selvagens dormem muito menos.

Preguiças panamenhas ganharam microchips e cientistas descobriram que elas dormiam menos de 10 horas. Isso é parecido com leões e bem menos que coalas, por exemplo. Image copyright All Canada Photos Image caption Em laboratório, o morcego-marrom dormiu quase 20 horas, mas resultados são contestados

Ainda assim, 40% do dia é um índice considerável de sono para um animal que apenas come folhas e frutas e que é lento o suficiente para ser presa para felinos e aves de rapina.

Uma explicação para isso é que as preguiças – aliás, nem tão preguiçosas assim – evoluíram para um tipo de camuflagem e um comportamento propositalmente discreto. A reputação de dorminhocas, porém, é injusta.


Fonte:
BBC BRASIL

Leia a versão original dessa reportagem em inglês no site da BBC Earth

Amor sincero - moradores de rua com seus cães são prova de que eles são os melhores amigos do homem

caes e moradores de rua (7)
 
Se você se tornar um sem-teto hoje, provavelmente a maior parte das pessoas – se não todas – que você conhece vão lhe abandonar. Menos o seu cachorro.

Uma vez que um cão cria uma relação estreita com um proprietário, seu carinho e lealdade são inquebráveis. Ao contrário de nós, cães não julgam as pessoas pelo seu dinheiro ou status.

Há um grande debate sobre se os animais realmente têm sentimentos ou não, mas muitas pesquisas têm avançado para mostrar que, sim, seu cão é capaz de lhe amar. Embora não seja uma ciência muito precisa (cães não podem falar e inferir o que eles estão pensando é difícil), resultados de exames de ressonância magnética no cérebro de nossos amigos de patas mostram que eles usam a mesma parte do cérebro que nós para “sentir”.

Independentemente disso, não precisamos de uma pesquisa para ver o quanto os animais podem fazer bem para as pessoas. Por exemplo, ter a companhia de um cão pode ajudar muitas pessoas com depressão.

Da mesma forma, cães de estimação oferecem uma ajuda vital para os desabrigados. Eles fornecem amor incondicional em um momento em que grande parte da sociedade virou as costas para eles. Além disso, protegem seus proprietários dos muitos perigos das ruas.

Surpreendentemente, muitos cães de rua são relativamente bem-cuidados. Seus donos geralmente optam por passar fome para alimentar seus companheiros peludos, embora sejam muitas vezes incapazes de levá-los ao veterinário, por exemplo.

Confira abaixo fotos tocantes de cães com seus proprietários desabrigados, uma dupla que permanece sempre junta não importa o que aconteça: 

Fonte:


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Comunicação química - Por que os cães cheiram os traseiros uns dos outros?

caes cheiram os traseiros
Desde muito cedo, aprendemos que alguns animais domésticos têm sentidos bem mais aguçados do que os nossos. Qualquer cachorro que você observar andando por aí tem um nariz de 10 a 100 mil vezes mais sensível que o seu. Mas, se os cães têm olfato tão afiado, por que gastam tanto tempo enfiando seus focinhos nos traseiros uns dos outros?

A resposta é: comunicação química

A Sociedade Americana de Química explica que quando cães cheiram os traseiros de outro, eles estão, na verdade, colhendo um monte de informações, entre elas sua dieta, seu gênero e seu estado emocional. George Preti, do Centro Monell da Química dos Sentidos, atualmente estuda a complexidade dos odores e feromônios emitidos pelo corpo humano, porém, em 1975, sua pesquisa era voltada justamente a este hábito dos melhores amigos do homem.

Preti e sua equipe analisaram as secreções anais de cachorros e coiotes selvagens. Em ambos os lados da bunda destes mamíferos, está localizada uma bolsa fedorenta chamada de glândula anal, que excreta as substâncias químicas usadas no processo de reconhecimento. O cientista descobriu que os principais compostos que produzem o odor dos cães são trimetilamina e um grupo de ácidos de cadeia curta, como o acético e o propiônico.

Como era de se esperar, as secreções produzidas por estas glândulas têm um odor acentuado devido aos ácidos que as compõem. Contudo, outros elementos, por exemplo, o estado atual de seu sistema imunológico, podem influenciar no buquê final.

E se você acha que o cheiro de cocô se sobrepõe a todo o resto, está bastante enganado. Os cães têm um órgão olfativo auxiliar em seus supernarizes, conhecido como órgão de Jacobson, que desempenha um papel fundamental na comunicação química. É através dele e de seus nervos que os odores das substâncias químicas são filtrados diretamente para o cérebro, sem sofrer com interferência externa. É este mesmo órgão que é usado quando vemos um cachorro cheirando um poste, uma árvore ou qualquer outro lugar que possa ter sido regado com xixi de outro animal.

Então, pode dormir em paz. Seu cãozinho não está obcecado com os bumbuns de outros cachorros, eles estão apenas se conhecendo de uma maneira especial. Imagina o que ele pensa quando vê você fuçando a vida de alguém no Facebook ou trocando coraçõezinhos no Tinder. 

Fonte:
http://hypescience.com/caes-cheiram-os-traseiros-dos-outros/


Dicas de convivência entre animais e crianças

Foto: Divulgação

O sonho de muitas crianças é ter um animalzinho de estimação. Mas antes da família tomar a decisão de receber em sua família um novo membro de outra espécie, é preciso se avaliar muitos fatores para que a situação de convivência familiar não se torne um problema para humanos e animais.

Primeiramente lembramos que adotar é sempre a melhor escolha! Seja um cão um gato ou ate mesmo animais diferentes como: hamster ou coelho. Existem ONGS e associações onde é possível se adotar animais que nasceram na rua ou foram abandonados.

A maioria deles já vem castrados, vermifugados e vacinados. Em quase todas as instituições existe até um acompanhamento psicológico, que traça um perfil de comportamento para que os adotantes possam escolher os melhores companheiros a seus estilos de vida.

Assim fica fácil escolher animais mais independentes ou carentes, calmos ou agitados e inclusive se ter uma ideia aproximada do porte físico que vão ficar no caso dos filhotes. Facilitando a escolha conforme as características das famílias adotantes.

Então reforçamos a ideia, antes de receber um animal como um novo membro em sua família, avalie a disponibilidade de espaço, dinheiro e tempo. Lembre-se que junto com o animal vem os gastos com ração, veterinário, higiene e ele necessita de cuidados, atenção e carinho o que demanda tempo. Mas que em contraparte, são fieis amigos, que não julgam e estão sempre dispostos a nos amarem sem restrições.

Ter um animal de estimação pode ser muito bom para uma família, principalmente para as crianças. Algumas pesquisas da Universidade de Melbourne na Austrália apontaram que as crianças que tiveram algum tipo de animal até a idade de cinco anos, posteriormente se tornaram mais resistentes a algumas doenças. Enquanto isso, aquelas que não tiveram a experiência de ter um animalzinho de estimação, estavam mais propensas a desenvolver alergias e infecções de ordem respiratória.

Outro estudo comprova que o fato de respirar o pó de casinhas de cachorros e até pelos de gatos, demonstraram que o organismo humano desencadeia uma proteção natural conta o vírus RSV, responsável por diversas infecções e problemas respiratórios.

Além de benefícios a saúde os animais podem auxiliar no desenvolvimento do caráter das crianças. Estas quando orientadas pelos adultos, a cuidarem da manutenção dos mascotes, estimulam a autonomia e a responsabilidade. Cuidar da limpeza do bichinho e do seu habitat, da sua alimentação, medicá-lo quando necessário, também favorece o desenvolvimento do vínculo afetivo e a lidar com os mais diversos sentimentos, da frustração à alegria e até a morte. E nesta relação entre a vida e a morte que o animal de estimação tem um papel muito importante, a criança aprende a lidar com a perda e com a dor.

A partir da convivência com animais, a criança aprende a se relacionar com as outras pessoas, desenvolvendo a sensibilidade, a observação, a compreensão e os sentimentos de solidariedade, generosidade, zelo, afeto, carinho e respeito.

Em nossos lares atuais onde os pais trabalham e os filhos ficam muito sozinhos, o animal de estimação faz companhia e estimula o desenvolvimento afetivo. O animal também ocupa um lugar de destaque na casa onde há irmãos que brigam muito: o bichinho torna-se o foco de atenção e proporciona um relacionamento mais saudável entre as crianças.

Os animaizinhos também podem ser fortes aliados contra a obesidade das crianças através de brincadeiras e passeios com os animais as crianças se exercitam. Os cães, por exemplo, exigem caminhadas diárias, isso pode incitar a criança a fazer passeios e jogos ao ar livre.

Os animais ainda são grandes auxiliares em casos específicos, para crianças com necessidades especiais. Os animais são indicados para pessoas com deficiências sensoriais (cegos e surdos), dificuldades de coordenação motora (ataxia), atrofias musculares, paralisia cerebral, autistas, portadores de Síndrome de Down, distúrbios comportamentais e outras afecções.

Mas mesmo com todas essa vantagens e fazendo todo planejamento necessário, não devemos nos esquecer que a convivência entre crianças e animais deve ser sempre supervisionada. Além das características do animal e da capacidade familiar de o recebe-lo, características das crianças que iram conviver com ele devem ser levadas em consideração.

De acordo com especialistas, crianças de 3 e 4 anos podem conviver com cães sem nenhum problema, uma vez que já adquiriram certa autonomia. Nesta idade, as crianças possuem habilidades motoras, são capazes de se defender e entender algumas regras de convívio, do que é ou não permitido fazer. Eles aprendem, com a orientação dos pais, os limites da relação com os animais, por exemplo, que não podem subir no cachorro ou puxar suas orelhas.

Os gatos são indicados a crianças a partir dos 3 anos. Eles são bichos limpos, carinhosos e proporcionam tranquilidade. Os peixes e os roedores são recomendados para crianças pequenas, desde que estas se restrinjam a observar e fazer manutenção do aquário ou gaiola. Coelhos, porquinhos da Índia e hamsters podem ter contato com crianças na faixa dos 4 anos desde que sejam orientadas a tomar cuidado com o manejo. Estes últimos são dóceis, tranquilos e exigem uma manutenção barata.

Cabe aos pais avaliar se a criança está pronta para ter um bichinho ou não. Para tanto, eles devem estar dispostos a ajudar nas tarefas e isso requer uma dose de paciência e de tolerância. Principalmente em relação às tarefas que exigem maior compromisso com os horários, como dar comida ou remédio. Levar ao veterinário também faz parte da lista de tarefas. Já as atividades mais simples devem ser atribuídas progressivamente aos pequenos.

Na faixa dos 12 anos que as meninas conseguem cuidar do animal, já os meninos, só a partir dos 14 anos. Os pais devem servir de guia para os filhos, ensinando e orientando o que eles podem fazer. Os pais são modelos, se tratarem o animal bem, a criança fará o mesmo e agirá assim com outras pessoas. Caso contrário, achará que o mau trato é normal e levará essa experiência para o mundo afora, tanto em relação aos animais quanto aos humanos.

A decisão de levar para casa um animal de estimação independente da espécie do bichinho que seja deve ser tomada pelo amor que ele inspira. O animal nunca deve ser tratado como um brinquedo. Aquele que serve para algumas horas e depois é largado pelos cantos. Um animal não pode ser ligado quando queremos brincar e desligado quando estamos ocupados ou sem vontade de interagir.

Os psicólogos apontam que a convivência das crianças com os animais estará cheia de emoções boas e ruins, mas os pais devem usar justamente estes momentos para a educação dos filhos.
E lembramos, mais uma vez, é necessário responsabilidade e orientação dos pais para que a convivência entre crianças e animais sejam sempre proveitosa.

Abusos ou descuidos das crianças frequentemente levam a fraturas, intoxicações, envenenamentos e doenças dos animais. Ou a mordidas arranhões e traumas físicos e psicológicos às crianças. E aquele que seria motivo de alegria a uma família acaba se tornando um problema.

Animais de estimação não são humanos, mas são membros da família, merecem respeito e colaboram para a harmonia e saúde de um lar.

Fontes consultadas:
 
Postado por:
ANDA » Agência de Notícias de Direitos Animais

O protecionismo irresponsável e suas consequências - Adote com responsabilidade


A adoção é sim um ato de amor, quando há responsabilidade

Grande parte dos protetores definem a adoção de animais como um ato de amor, eu também encaro dessa maneira e luto para que seja assim. Porém, se não houver responsabilidade por parte do tutor, a adoção pode ser fatalmente o fim da linha para cães e gatos que passaram uma vida inteira à espera da chance de ter uma família.

Não é nada difícil em feiras de adoção, na hora da entrevista, escutar candidatos contar histórias da posse irresponsável que é tão comum por aí: “adotei um gato, mas ele era rueiro e foi envenenado”, “eu abria o portão para o meu cachorro fazer xixi e um dia ele foi atropelado, agora quero outro”, “meu gato/cachorro saiu e um dia não voltou mais”, temos também o discurso liberalista “animal não deve viver preso entre paredes”.

Desculpem-me mas não tenho como pensar que atitudes como essas são tomadas por falta de informação dos tutores. A ignorância não supera a irresponsabilidade em certos casos. Quem é que não sabe que tanto cães quanto gatos precisam estar restritos a espaços seguros? Isso não significa que devem ficar presos a correntes, aliás acorrentar animais caracteriza maus-tratos. O fato é que eles não devem ter acesso à rua sem o controle de seu tutor e também sem os acessórios que garantam a segurança do animal, como guias e coleiras.

Diante disso os dados são alarmantes, por culpa de protetores, ONGs e abrigos que não fazem a doação com a responsabilidade e seriedade necessária, diversos animais adotados chegam a óbito ou fogem em menos de dois anos após a adoção.

Aos que se intitulam protetores, mas fazem um trabalho de baixa qualidade, sem controle ou critério, quero dizer que entendo que os abrigos estão lotados, as dividas só aumentam e a ajuda é escassa, mas os animais não têm culpa disso! Você escolheu tirá-lo da rua, se for para deixar qualquer pessoa adotar é melhor parar de resgatar, porque pelo menos na rua eles tem a mínima chance de que um protetor sério e comprometido com a causa o recolha e faça o trabalho corretamente.

Aos adotantes também quero deixar o meu recado, antes de pegar um animal que estará sob sua tutela, tenha a certeza de que poderá proporcionar a ele uma vida digna, com segurança, amor, carinho, conforto e saúde. Não basta apenas tirar do abrigo, tem que levar ao veterinário, vacinar, dar comida de qualidade, ter um tempo para o afago, uma caminha que traga conforto e longe do tempo, pois eles não são pneus velhos, nem alarmes de segurança, muito menos ratoeiras. Estamos falando vidas que dependem totalmente de você para estarem seguras e para serem felizes ou não.

A adoção é sim um ato de amor, quando há responsabilidade. Caso contrário é um ato de horror, pois certamente o animal voltará às ruas ou morrerá.

Por: Cynthia Gonçalves
ANDA » Agência de Notícias de Direitos Animais 
 
Fonte: O Taboaense