domingo, 3 de maio de 2015

Uma das doenças mais comuns nos cães é a dermatite causada por fungos e microorganismos

Fungos que causam problema de pele: Como proceder?


Uma das doenças mais comuns nos cães é a dermatite ou doença de pele. Os sinais clínicos são bastante variados, mas o pet pode apresentar queda de pelo, coceira, vermelhidão na pele, presença de pústulas, presença de crostas entre outros. É comum os proprietários logo acharem que o bichinho está com sarna. É natural que um leigo se confunda, mas ao mesmo tempo é muito importante saber que na grande maioria das vezes ele não tem sarna e sim uma dermatite causada por outros microrganismos.


Há diversos causadores de problemas de pele e um dos mais preocupantes é o fungo. Além de ele trazer danos para a pele do pet, na maioria dos casos, ele pode ser transmitido para as pessoas. Por isso, o cuidado precisa ser ainda maior. Afinal, ninguém quer os pets e a família doente, não é mesmo?


Como saber se meu cão está com fungo?

Para saber se ele tem fungos na pele que estão causando o problema, ele precisará ser examinado por um médico veterinário. Embora as lesões fúngicas tenham características que podem ser suficientes para o profissional chegar ao diagnóstico, muitas vezes, apenas o exame visual e clínico não são suficientes. Nesse caso, será feita coleta para encaminhar para um laboratório e descobrir qual é o causador, se é fungo ou não e se ele está associado ou não a uma bactéria.


Consigo perceber se meu animal está com fungo?

O pet com fungo causador de dermatite tem queda de pelo, na maioria das vezes forma-se um círculo sem pelo na pelo do cão, mas isso não é uma regra. A pele fica vermelha e em alguns casos, umas caspinhas podem ser vistas na região afetada.


A evolução da doença é rápida e a área sem pelo cresce e se espalha pelo corpo do bichinho com rapidez. Alguns cães ficam com a pele um pouco mais grossa e muitos têm coceira intensa.

Quais são os fungos que podem atingir meu pet?

São vários! O mais comum é um de nome Malassezia SP. Ele causa queda de pelo, muita coceira, hiperpigmentação na pele e vermelhidão. Quase sempre esse fungo vem acompanhado de uma bactéria ou de uma reação alérgica.


Outros que costumam prejudicar a pele dos pets também é o Microsporum sp e Trichophyton spp. Ambos são muito frequentes e para saber ao certo qual fungo ataca o cão é necessário um exame de cultura fúngica. O médico veterinário coleta a amostra da lesão e encaminha para um laboratório. O resultado demora alguns dias para ficar pronto, porque é necessário esperar o fungo crescer no laboratório para depois identificá-lo.

Caso realmente seja fungo, há cura?

Sim, há cura, porém o tratamento é longo e o proprietário precisará segui-lo a risca. O veterinário pode tanto indicar uma pomada ou spray local quanto um comprimido para tomar. Isso vai variar muito de acordo com o fungo encontrado, com o tamanho da lesão e com a idade do animal.


Se além do antifúngico o profissional receitar um antibiótico, não se assuste. Isso ocorre com frequência porque em grande parte das vezes o fungo vem acompanhado de bactérias e há a necessidade de tratar os dois juntos. Com cuidado e atenção. Logo ele ficará bem.


Por: Filipi S. A.

Fonte:

Alergias mais comuns nos animais: Sintomas, diagnóstico e tratamento


É muito frequente encontrarmos animais alérgicos?

Sim. Da mesma forma que os humanos, os cães e gatos são frequentemente acometidos de doencas alérgicas. Estima-se que entre 25 a 30% de todos os cães sofrem de alguma doença alérgica. As doenças alérgicas nos cães são a causa mais frequente de consultas nas clínicas veterinárias das grandes cidades.

Quais são as alergias mais comuns nos animais?

Em um país de clima tropical como o nosso, os alérgenos mais importantes são os fungos e bolores, seguidos de inalantes encontrados dentro das casas tais como: lã, algodão, juta/sisal, fumaça de tabaco, carpete e gramas das mais variadas. Em algumas regiões do Brasil, tais como o interior do estado de São Paulo e na região Sul do país, o alérgeno mais importantes é o pólem das árvores. Os alimentos são responsáveis por aproximadamente 10% dos casos de alergias.

Como saber o que está causando alergia no animal?

Descobrir as causas da alergia nos cães e gatos é muito fácil. Já existe no Brasil um teste que é feito com uma pequena amostra de sangue. Este teste verifica se o animal e alérgico para um painel de 90 substâncias. Nós já realizamos mais de 3.600 testes no Brasil desde o ano de 1992.

Se meu animal é alergico e ele cruzar, os filhotes serão alérgicos também?

As alergias tem um forte componente genético e ambiental. Nem sempre filhotes de pais alérgicos vão desenvolver alergias, mas a probabilidade existe e é bem elevada, embora o fator ambiental tambem seja responsável pelo desenvolvimento das alergias. É muito frequente encontrarmos proprietários de cães alérgicos também serem alérgicos. Isto tem uma relação direta onde o animal e o proprietário vivem.

A alergia tem cura?

Não! As alergias não têm cura. Elas podem ser controladas através de vacinas específicas, também conhecidas como IMUNOTERAPIA, que consiste em injetar no animal, de maneira gradativa, concentrações crescentes das substâncias às quais o animal é sensivel. Pode ser feito também o controle das doenças de pele que normalmente estão associadas às alergias.

É verdade que o animal alérgico que se coça o tempo todo pode vir a ter infecção de pele?

Sim, infecções de pele são os sintomas mais frequentemente encontrados nos animais alérgicos. Os animais, quando se coçam com as patas ou com a boca, abrem pequenas fissuras na pele, por onde entram bactérias. Estas bactérias se reproduzem nas camadas internas da pele, causando lesões, algumas delas bastante graves.

A grande maioria dos animais alérgicos é tratada com cortisona. Esse tratamento é eficaz?

Primeiramente, a utilização de cortisonas não se constitui em um tratamento, mas somente um paliativo para evitar os sintomas das alergias. Existem vários tipos de cortisonas ou corticosteróides. As cortisonas de curta duração, aquelas que são eliminadas do organismo em um curto período de tempo, podem ser utilizadas por períodos curtos para diminuir a coçeira. As cortisonas de longa duração, também chamadas de cortisonas de depósito (aquelas injeções de coloração branca aplicadas a cada 15 ou 30 dias de intervalo), não devem jamais ser utilizadas. Apesar de muitos profissionais no Brasil se utilizarem com muita frequência deste tipo de cortisona, não existe no mundo nenhuma indicação técnica para a utilização deste tipo de cortisonas para tratamento das alergias dos cães.

Quando se opta por um tratamento à base de cortisonas, o profissional deve alertar os proprietários dos riscos para a saúde do animal que estes produtos apresentam.

Como podemos tratar as alergias sem o uso da cortisona?

Existem várias alternativas para o tratamento das alergias dos cães e gatos sem a utilização das cortisonas. A principal delas é a imunoterapia, que consiste na aplicação de concentrações dos alérgenos sensíveis por um período de tempo que pode variar de nove meses até toda a vida do animal. As vacinas de alergia consistem em 3 frascos ampola contendo concentrações crescentes de alérgenos (substâncias que causam as alergias). Com a imunoterapia, o animal vai se tornando cada vez menos sensível aos alérgenos. Obviamente, a imunoterapia não deve ser o tratamento único, pois na grande maioria dos casos as alergias vem acompanhadas de várias doencas de pele, que precisam ser diagnosticadas e tratadas de acordo. Existem inúmeras doenças que podem ser confundidas com alergias.

Em quanto tempo podemos observar uma melhora no animal tratado com vacinas?

Aproximadamente 5 meses após o início do tratamento. Isto pode variar de paciente para paciente. Alguns animais começam a manifestar melhora no quadro após um mês, e outros podem demorar até 9 meses para começarem a melhorar.

Ele terá que tomar vacinas a vida toda?

Para a grande maioria dos pacientes a resposta é SIM! As alergias são disfunções imunológicas que devem ser acompanhadas durante toda a vida do animal.



Verminoses: Sintomas, Tratamento e Prevenção

Seu cachorro está com vermes. O que fazer?

Seu cachorro está com vermes? O que fazer.


Verminose é um problema muito comum em animais de estimação. A presença de vermes no cachorrinho pode causar diarreia, falta de apetite, emagrecimento entre outros diversos sinais. Até problemas cardíacos! Não se preocupe! Há maneiras de controlar e evitar que o seu pet adoeça por causa da verminose. 

Tipos de Vermes em cães

Os cães possuem os vermes chatos e os redondos. Há diferentes espécies que habitam o intestino, músculo cardíaco, fígado, entre outros órgãos dos animais. Dentre eles podemos destacar:

Cestóides (vermes chatos):

 • Taenia multiceps
 • Taenia pisiformis
 • Dipylidium caninum
 • Taenia ovis
 • Echinococcus granulosus
 • Taenia taeniaeformis
 • Echinococcus multilocularis
 • Joyeuxiella pasqualei
 • Mesocestoides ssp.
 • Taenia hydatigena
 Nematódeos (vermes redondos):
 • Ancylostoma braziliense
 • Ancylostoma caninum
 • Toxocara canis
 • Toxascaris leonina
 • Trichuris vulpis
 • Uncinaria stenocephala

Sintomas

Muitas vezes, o cão está cheio de vermes e não apresenta nenhum sinal que o dono possa entender como “doença”. Há até os que confundem aquela barriguinha gigante, muito comum nos filhotes, com “está gordinho”. Na verdade, ele provavelmente está é lotado de vermes! É isso mesmo! Aquela barriga enorme dos filhotes não significa uma boa alimentação e sim um pedido de socorro do organismo. Ele está cheio de vermes e precisa de ajuda para expulsá-los.

Além disso, há outros sinais frequentes, que podem vir sozinhos ou não:

• Diarreia;
• Muco nas fezes;
• Falta de apetite;
• Fraqueza;
• Desidratação (secundária a inapetência);
• Emagrecimento progressivo;
• Abdômen dilatado;
• Sangue nas fezes;
• O animal pode esfregar o bumbum na parede ou no chão;
• Fezes mole;
• Vermes nas fezes;
• Vomito;
• Anemia.

É importante lembrar que esses bichinhos, os vermes, se alimentam do que o pet está comendo, ou seja, se ele tem um quadro grave de verminose, a fraqueza virá secundária a ela. É muito importante que o socorro seja imediato e que o protocolo de prevenção seja feito corretamente. 

Tratamento

Se o animal começar a ser tratado sem que ele tenha sinal clínico visível, a administração de vermífugo, associado ou não a um polivitamínico, costuma ser o suficiente. Caso o pet já apresente sinais de desidratação, diarreia intensa, vômito entre outros, além do suporte de medicamentos que será feito em casa, receitado pelo médico veterinário, pode ser necessário internar o pet para hidratação venosa e controle dos sinais clínicos.

Cães de qualquer idade estão sujeitos a ter um quadro de verminose, quando o proprietário descuidar de sua vermifugação rotineira ou deixar de levá-lo para o check up feito pelo médico veterinário. Como em todas as doenças, a prevenção é o melhor a ser feito. 

Como prevenir

A ingestão de ovos de vermes pode ocorrer através do chão, das fezes de outros cães que o pet cheira, entre outros. É praticamente impossível fazer com que um cão saudável e que brinca e passeia com seu dono, nunca tenha contato com vermes. Para evitar um quadro de verminose, o proprietário deve seguir o protocolo médico veterinário de vermifugação. No geral, animais a partir de 45 dias de vida, devem tomar a primeira dose de vermífugos.

A repetição deve ser feita 15 dias depois e, de acordo com cada caso, o profissional irá estabelecer o restante do protocolo. Cães adultos também precisam ser vermifugados e a dose sempre deve ser repetida depois de 15 dias. No geral, os adultos devem receber vermífugos a cada 4 ou 6 meses, de acordo com o protocolo médico veterinário.

Há vários vermífugos e o profissional saberá indicar o melhor e mais seguro. Cães que vivem em cidades litorâneas, por exemplo, precisam de um tratamento diferenciado para evitar o verme do coração.

Amor, carinho e visitas frequentes ao médico veterinário evitarão que o pet sofra com a verminose.
Por: Filipi S. A.

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