quarta-feira, 23 de março de 2016

Chocolate pode provocar danos à saúde dos animais e até levar à morte

Substância presente no doce provoca vômito, arritmia cardíaca e coma.
Especialista afirma que a dose letal é a partir de 250 mg por quilo.



Do G1 Sorocaba e Jundiaí
Gatos não costumam se entusiasmar com o doce, mas também podem ter problemas (Foto: Divulgação)Gatos não costumam se entusiasmar com o doce, mas também podem ter problemas (Foto: Divulgação)


Quando falamos em Páscoa, ele logo vem à mente: o chocolate. Ao leite, meio amargo, branco... a variedade é enorme. E muitos donos de pets não resistem ao olhar meigo dos bichinhos e acabam dando um pouco do doce para eles. Mas o que muitos não sabem é que dar chocolate para cães e gatos pode provocar sérios danos à saúde e até levá-los à morte.


O que faz mal para os animais é uma substância presente na guloseima, a teobromina. Segundo Carla Berl, veterinária e diretora de uma rede de hospitais veterinários, chocolates mais escuros, puros e concentrados contêm níveis mais elevados de teobromina, o que os torna ainda mais perigosos para os bichinhos. "A dose tóxica para cães é em torno de 100 a 150 mg por quilo e a dose letal situa-se entre 250 e 500 mg por quilo. Gatos também podem ter problemas ao ingerir chocolate, mas eles não costumam se entusiasmar muito pelo doce", explica.
Carla Berl, veterinária e diretora de uma rede de hospitais veterinários (Foto: Arquivo pessoal)Carla Berl, veterinária e diretora de uma rede de
hospitais veterinários (Foto: Arquivo pessoal)
A veterinária conta que os principais sintomas de intoxicação, tanto em cães quanto em gatos, são vômito, diarreia, náuseas, arritmias cardíacas, polidipsia e poliúria (que é quando o animal bebe água e urina mais do que o normal, respectivamente). Convulsão e hemorragia intestinal podem ocorrer em casos mais graves. Quando a teobromina é ingerida em grandes quantidades, segundo a veterinária, pode haver excitação e hipertensão moderada nos animais.
A veterinária afirma que raças de pequeno e médio porte são mais sensíveis e que animais jovens e filhotes costumam ingerir mais chocolate porque são curiosos e querem provar de tudo. "Os sintomas de intoxicação podem se iniciar em poucos minutos ou até mesmo no dia seguinte. Isso irá variar de acordo com a sensibilidade do animal", afirma Carla Maion, nutricionista da mesma rede de hospitais.
"Não existe um antídoto para a intoxicação com teobromina e o tratamento deve ser realizado de acordo com o sintoma apresentado pelo pet. Se a ingestão for recente, até três horas, a indução ao vômito deve ser instituída, seguida de lavagem gástrica e hidratação", explica a nutricionista. Ela conta que em casos mais graves, onde o animal pode apresentar convulsões, paradas cardiorrespiratórias e coma, é recomendada a internação
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Animais têm a vida ameaçada pelas rodovias - Passarelas ajudam a proteger a fauna silvestre.

O Terra da Gente traz uma reportagem sobre o perigo que animais como onças, bichos-preguiça, tamanduás e lobos-guará enfrentam ao atravessar as rodovias. Dados do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologias de Estradas mostram que cerca de 5 milhões de animais são atropelados por ano no Brasil.


O lobo-guará Wolverine, apelido associado aos implantes metálicos colocados durante a cirurgia, foi atropelado há dois anos e hoje está abrigado no Zoológico de Paulínia. Apesar do procedimento, Wolverine ainda não pode voltar à natureza, pois os ossos ainda estão danificados.
Um pouco mais de sorte teve a onça-parda Guru, atropelada às margens da estrada que liga Jaguariúna à cidade de Pedreira, no interior de São Paulo. A perna, que sofreu uma fratura séria, foi recuperada graças a uma cirurgia que possibilitou ao animal voltar à liberdade.
A soltura é monitorada via satélite pela ONG Corredor das Onças. Por meio do colar de monitoramento, a equipe consegue medir o percurso que Capivari, outra onça solta na mesma região que Guru, já percorreu. Saudável e forte, Capivari deu a volta pela metrópole de São Paulo e agora explora as florestas da Serra do Mar.
Para que acidentes como os de Wolverine, Guru e Capivari não se repitam, o ideal seria que as estradas tivessem locais apropriados para passagem, defende Márcia Gonçalves, bióloga do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Passagem de fauna 1 (Foto: Rodrigo Sargaço/TG)Tamanduá é um dos animais de grande porte ameaçado pela construção de rodovias (Rodrigo Sargaço)
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Finalmente esta estranha criatura foi identificada

A paisagem natural de 300 milhões de anos atrás certamente tinha estranhas criaturas, parte das quais são difíceis de classificar.

O animal acima é uma destas criaturas. Descoberto em 1958 por Francis Tully, e apelidado de “Monstro de Tully”, ele tem desafiado os paleontólogos. É um molusco? É um verme?

Descoberto o mais antigo fóssil humano com 2,8 milhões de anos

Em trabalho recentemente publicado na Nature, a Dra. Victoria McCoy, da Universidade de Yale, identificou o estranho ser como um provável ancestral ou parente da lampreia.



A equipe da Dra. McCoy examinou mais de 1.200 exemplares e chegou à conclusão que uma certa estrutura aparente nos fósseis não era o sistema digestivo, mas uma notocorda, um órgão que mais tarde veio a dar origem à coluna vertebral.

Além da notocorda, o pequeno animal de 10 cm também tem guelras, dentes de queratina (o mesmo material das unhas e cabelo), um corpo alongado e segmentado, e uma nadadeira caudal com lobos ventral e dorsal. Sem contar aqueles olhos protuberantes, afixados no que parece uma barra rígida.


Lampreia marinha

A classificação do Tullimonstrum gregarium ou Monstro de Tully como um ancestral da lampreia lança algumas luzes sobre o passado evolutivo daquele vertebrado agnato (sem mandíbula). 

Fonte:
[Gizmodo BBC, Nature]

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Veterinária traz exemplo de cuidado e conservação de animais silvestres

O quadro Gente da Terra conta a história de Cristina Harumi, veterinária cujo nome é associado ao trabalho de proteção e conservação de onças

Cristina Harumi tem o nome associado ao resgate de animais silvestres (Toni Mendes/TG)


Cristina Harumi é médica veterinária e coordenadora de fauna da Associação Mata Ciliar, em Jundiaí (SP). Há 30 anos, iniciou um trabalho pioneiro no resgate de animais silvestres, com destaque para os felinos.

Recentemente, teve participação no resgate de uma onça-pintada, o Felipe. O animal era tratado como doméstico em uma fazenda no Pará e foi reinserido em seu habitat natural.

Um marco importante da carreira da veterinária, iniciada no zoológico de Pedreira (SP), foi o sucesso com o nascimento de jaguatiricas. Oito anos depois, outra conquista: o primeiro bebê de proveta nascido de uma barriga de aluguel de um animal selvagem, uma onça.

O amor pelos animais faz com que Harumi se dedique também ao ambiente em que eles estão inseridos. Hoje, após 30 anos de carreira, volta ao zoológico de Pedreira com o desafio de reestruturar a vegetação do local, por meio de regras e leis que ela ajudou a criar.


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Guarás se alimentam de caranguejos que dão cor vermelha às penas

Aves que chamam a atenção dos observadores se alimentam de uma espécie de caranguejo que define a coloração da plumagem.

Guará 4 (Foto: Rudimar Narciso Cipriani)
Ninhais de guarás abrigam centenas de aves na área de manguezal  (Rudimar Narciso Cipriani)


Com bico longo e curvo, pernas finas e compridas o guará, que mede cerca de 60 cm, é considerado uma das mais belas aves brasileiras. O motivo é o tom vermelho vivo da plumagem.
A coloração que destaca a espécie e chama atenção de qualquer observador de aves está associada à alimentação. A ave que é conhecida também como íbis-escarlate, guará-vermelho e guará-rubro possui uma alimentação balanceada. Tem como principal fonte de alimento o caranguejo. O tom vermelho-carmesim vem da cataxantina, substância derivada do caroteno, encontrada em abundância na casca do caranguejo.

A reprodução é interessante por ocorrer em colônias. Normalmente, os ninhos são feitos no topo de árvores altas que ficam às margens dos mangues. A fêmea da espécie pode por até três ovos, que são beges ou marrons-claros.

A ave rubra vive entre 10 e 16 anos e é encontrada no Sul dos Estados Unidos onde a espécie foi introduzida. É predominante na América do Sul e está presente na costa Norte, desde o Equador até o Ceará. Grupos isolados também ocupam os mangues de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Bahia.
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