quinta-feira, 23 de abril de 2015

Proteção aos animais ganha mais adeptos no Brasil



Saiba mais sobre a proteção aos animais e descubra formas de ajudá-los a ter uma vida com cuidados e saúde



A conscientização das pessoas em relação ao trato com os animais vem aumentando bastante no Brasil ao longo dos últimos anos, e a proteção aos animais, felizmente, já é uma pauta considerada de extrema importância seriedade no País.

No entanto, mesmo ganhando a atenção de cada vez mais pessoas e contando com o engajamento de muitos empenhados em defender o mundo dos bichos, ainda nos deparamos com o abandono e o pouco caso em relação aos animais nas mais diversas regiões do mundo – nos lembrando de que a luta em favor da proteção aos animais não está nada próxima de ter um fim.

Em função disso, uma série de entidades e associações direcionadas a defender os direitos e os cuidados que os animais merecem surge a cada dia, acendendo uma nova chama de esperança no coração dos que sonham com um mundo melhor e mais justo para os bichos.

Embora a legislação brasileira já conte, hoje, com normas e regras mais específicas em relação aos animais (como no caso do projeto de lei que busca punições e multas para as empresas e pessoas que fizerem o uso de animais em testes para o desenvolvimento de produtos cosméticos em todo o território nacional); a grande maioria delas ainda é muito ampla e generalizada, impedindo que punições mais severas e concretas sejam aplicadas aos que contribuem para os maus-tratos e o abandono de animais em todo o País.


Levando em conta o fato de que nos últimos anos também cresceu o número de flagras e, principalmente, de denúncias contra pessoas e empresas acusadas de maus-tratos contra os animais; fica mais forte a previsão da criação de cada vez mais leis e normas para botar fim à crueldade que ainda é tão frequentemente praticada nos dias de hoje.

No entanto, ainda cabe aos amantes de bichos – e à população brasileira em geral – seguir na luta pela proteção os animais; viabilizando um engajamento cada vez maior nesse sentido e, com isso, acelerando os processos de criação e aprovação de legislações que possam mudar o cenário atual de maneira mais efetiva.

Por Ricardo Tubaldini

Fonte:
 

Seu cachorro está apresentando fezes com sangue? Cuidado! Saiba o que pode significar o surgimento fezes com sangue nas necessidades do seu melhor amigo


Se o seu cãozinho está fazendo coco com sangue, é sinal de que alguma coisa está errada. Independente das fezes apresentarem muco vermelho vivo ou se estiverem associadas à diarreia de cor escura e mal cheirosa, é preciso levá-lo ao veterinário. Muitas podem ser as causas das fezes com sangue do cachorro e apenas um profissional capacitado pode diagnosticar a causa.

Entre os problemas mais sérios das fezes com sangue do cachorro está à parvovirose, doença transmitida por vírus e contagiosa. Nesse caso, o mais apropriado é deixar o animal isolado se você tiver mais cachorros em casa. Quando a doença não é tratada, pode levar à morte e os filhotes são as principais vítimas, inclusive, se não estiverem com suas vacinas completas. No entanto, cães mais velhos também podem se contaminar se houve falhas na vacinação.


Problemas associados ao sangue nas fezes caninas
O sangue nas fezes do cão pode indicar outras viroses que atacam a mucosa dos intestinos, como o coronavirus, rotavirus ou a Giardia. Por isso, a importância das vacinas serem administradas de forma adequadae precoce - e de levar o animal ao veterinário, imediatamente, caso ele apresente sangue nas fezes. Menos sério, o sangue pode indicar, ainda, que o animal está com vermes, o que pode ser tratado com vermífugo. O produto mais adequado deve ser prescrito por um veterinário.


Como evitar sangue nas fezes caninas
Há formas de evitar o sangue nas fezes do seu pet quando a razão são fezes muito ressecadas que podem machucá-lo. Cães mais velhos eventualmente têm o problema e fazer com que ingiram mais água pode prevenir a situação.

Alterações na alimentação do animal, caso tenha alergia ou intolerância a algum ingrediente também está na lista de causas de fezes com sangue do cachorro, assim como infecções no reto ou nas glândulas perianais ou mesmo se ele tiver úlcera gástrica. Estar de olho no seu pet é a melhor maneira de prevenir complicações.


Fonte:

Como saber se a temperatura do cão está normal?


Por Fábio Toyota

Muitas vezes o dono toca em seu cachorro e sente que ele está muito quente, isso automaticamente o faz pensar que seu bichinho está com febre, o que nem sempre é verdade. A temperatura do cão é mais alta do que a dos humanos, ela fica entre 37,5°C e 39,5°C quando o animal está saudável, por isso os sentimos mais quentes que nós. Mas não significa que o dono não deva estar atento.


A temperatura dos cães também varia

Quando um cão se exercita ou está em um ambiente mais quente, sua temperatura corporal também pode subir, o que pode causar a impressão de febre. Não é indicado que se tente medir a temperatura do cão com o tato, porque ela sempre vai estar mais elevada que a mão humana.

Isso não significa que seu cão estar mais quente ou mais frio que o usual seja normal, é importante observar o ambiente e o estado do seu bichinho antes de tomar decisões – tanto boas, quanto ruins – a respeito da saúde do cão.

Vários sintomas devem ser observados

É de comum conhecimento que se o nariz do cachorro está quente ou seco, quer dizer que ele está com febre. Mas isso não é totalmente verdade. O ambiente seco e quente pode ser a causa do ressecamento do nariz, não indica necessariamente que seu bichinho está doente.

O ideal é conhecer o próprio cão. Observe outros sinais além do nariz e da temperatura do corpo do cão ao toque. Cães com febre perdem o apetite, ficam menos dispostos e ativos, tem a pulsação aumentada, sentem calafrios. Mais ou menos como acontece com os humanos.

Observe seu cão por algum tempo, perceba se ele está fadigado por tempo demais, se não responde às suas chamadas como de costume. Por mais quente que esteja o ambiente, o cão não perde completamente a atividade e o apetite, se ele está assim, tem algo errado.

Procure sempre um veterinário

É imprescindível a ida ao veterinário se alguma coisa está errada com o cachorro. Não se deve medir a temperatura do cão em casa com termômetro tradicional, porque ele pode ser impreciso. O jeito ideal de medir a temperatura de um bichinho é via retal, e essa medição deve ser feita por um profissional que não vá machucar e causar um grande desconforto no animal.

É bom lembrar de jamais dar antitérmicos para o cão. É perigosíssimo dar remédios feitos para humanos a animais sem a orientação de um veterinário, mesmo que muito dito popular diga que não tem problema. Se o cão está com febre, é sinal de que algum problema há, e só tratar a febre não é o correto. O cão precisa ser examinado e medicado de acordo com a situação, e só um profissional da saúde animal pode dar esse diagnóstico e tratá-lo.
O cuidado com o bem estar do cão deve ser dobrado

Se há suspeita que a temperatura do cachorro está elevada e ele pode estar doente, mas não é possível levar ao veterinário de imediato, alguns cuidados podem ser feitos até a consulta. A hidratação do bichinho deve ser muito bem observada, o dono deve se certificar que ele está tomando água em curtos períodos de tempo. Prepare bem o ambiente para ele ficar, em um lugar arejado e aconchegante, e o enrole em um pano para se manter aquecido e aliviado.

Esses cuidados também devem ser feitos após o diagnóstico e tratamento feito pelo veterinário, até seu cãozinho estar completamente são. Dependendo da doença, a comida deve ser cuidadosamente preparada e administrada em porções certas. Se seu cão estiver muito debilitado, mantenha limpo o ambiente em que ele passa a maior parte do tempo.

É importante cuidar da temperatura do cão regularmente durante esse período, porque mesmo sem uma medição precisa se houver alteração, o médico deverá ser informado. E mesmo depois de curado, é interessante prestar atenção no cachorro, para se ele voltar a apresentar os sintomas de antes, o dono saber o que fazer.

Algumas dicas sobre a temperatura
Apesar de termos a ideia de que cães são animais extremamente resistentes ao ambiente, devemos tomar alguns cuidados quanto a exposição dos nossos cachorros, nem todas as raças estão totalmente adaptadas ao ambiente em que vivem por, na maioria das vezes, serem oriundas de outros locais ou até outros continentes e isso pode interferir muito na temperatura do cachorro.

Siga essas dicas para manter a temperatura do seu cão controlada:
Não passear com o animal, nem praticar exercícios ao ar livre, com o sol forte, pois isso pode levar a intermação, insolação ou hipertermia;

  • Não deixar o animal na chuva;
  • Não deixar o animal no frio, pode levar o animal a ter tosse dos canis;
  • Evitar transportar o animal em caçambas abertas no carro ou deixar o vidro aberto durante um passeio;
  • Não oferecer alimentos sólidos ou líquidos muito quentes;
  • Não oferecer alimentos sólidos ou líquidos muito gelados;
  • Não dar banho em dias frios;
  • Não dar banho com a água muito quente;
  • Sempre enxugar bem o cachorro após o banho;
  • Evitar trocas de temperatura brusca.





Fonte:

Hiperplasia prostática benigna em cães



A hiperplasia prostática benigna é comum em cães, e acomete mais frequentemente machos inteiros e idosos. 

Ocorre por estímulo androgênico, que resulta em aumento da prostáta. A hiperplasia prostática benigna geralmente é descoberta acidentalmente durante consultas rotineiras em animais idosos, normalmente é subclínica. Quando apresenta sinais clínicos os mais comuns são tenesmo e gotejamentos de sangue prostático através da uretra na ausência de urina, hematúria e hemospermia. 

O diagnóstico e baseado em sinais clínicos, radiografias (confirma prostatomegalia), ultrassonografia (acometimento é difuso e simétrico) e palpação da próstata. 

O tratamento de escolha é a castração para animais que apresentam sinais clínicos, ocorre a involução da próstata após algumas semanas do procedimento (se retira a fonte de andrógenos). 

Para cães de reprodução que não podem ser castrados, existem fármacos antiandrogênicos, porém a resposta não é eficiente como da castração, os resultados acabam sendo temporários e há recidivas após alguns meses, e o uso desta terapia pode induzir uma metaplasia escamosa da próstata. 

Existem também tratamentos com progestágenos, porém resultados mostram que o único tratamento eficiente é a castração. Leve sempre seu animalzinho ao médico veterinário, as chances de se diagnosticar doenças precoces são maiores e assim ele terá melhor qualidade de vida.

Gota Úrica Visceral em Harpia



RESUMO: A gota é uma desordem metabólica caracterizada pela deposição de ácido úrico e uratos nos tecidos corporais. Em geral está associada à um quadro de hiperuricemia. O presente relato descreve um caso de gota úrica visceral em uma harpia (Harpia harpyja) adulta cativa com morte súbita. A necropsia foi realizada imediatamente após o óbito e o sangue obtido intracardíaco foi submetido à análise laboratorial. Foram observados depósitos de cristais de urato sobre o pericárdio, fígado, baço, rins, sistema digestório e reprodutivo da fêmea. A bioquímica sérica revelou níveis elevados de ureia (35 mg/dl), creatinina (1,2 mg/dl) e ácido úrico (117,6 mg/dl). As alterações observadas à necropsia associadas aos resultados da bioquímica sérica são consistentes com um quadro de gota úrica visceral. Fatores relacionados à dificuldade no diagnóstico ante-mortem e necessidade de manejo constante são discutidos.


Introdução


A harpia (Harpia harpyja), também conhecida como gavião-real, pertence a Ordem Accipitriformes e é a maior ave de rapina da região Neotropical. Na fase adulta atinge até 1,15 m de comprimento e chega a ter 2,5 metros de envergadura. A fêmea é visivelmente maior que o macho com peso variando entre 7,6 a 9,0 kg14. De hábito diurno e comportamento sedentário, a harpia tem ampla distribuição geográfica, no entanto, necessita de território com amplas áreas florestais para sobreviver. Atualmente a maior população encontra-se na floresta Amazônica. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) é uma ave potencialmente ameaçada de extinção principalmente em decorrência da perda do hábitat por desmatamento7. Em vida livre alimenta-se de pequenos mamíferos caçados nas copas das árvores, podendo se alimentar também de répteis, aves, peixes, moluscos e crustáceos. Embora sua adaptação ao cativeiro não seja difícil, a harpia é monogâmica e atinge a maturidade sexual entre 8-10 anos e se reproduz a cada dois ou três anos14, assim, poucos zoológicos no mundo conseguem reproduzi-la.


Em cativeiro, várias doenças infecciosas, parasitárias e não infecciosas já foram descritas em rapinantes. Entre as desordens metabólicas, uma condição relativamente comum em aves silvestres cativas é a gota úrica, caracterizada pelo depósito de uratos (cristais de ácido úrico) em diversos órgãos. Animais uricotélicos como as aves, possuem o ácido úrico como o principal produto final da excreção do nitrogênio produzido no metabolismo. O ácido úrico é sintetizado no fígado e nos rins e cerca de 90% é excretado via túbulos renais9. Quando a produção de ácido úrico é maior que a capacidade de filtração renal ocorre o acúmulo desse substrato na corrente sanguínea (hiperuricemia), que acaba se precipitando na forma de urato monossódico em locais como o interior de articulações, sobre a serosa de vísceras ou nos próprios rins e ureteres2,10.

Lesões renais associadas com deficiência de vitamina A, excesso de proteína, balanço incorreto de aminoácidos na dieta, distúrbio eletrolítico, hipercalcemia, ingestão de micotoxinas, pielonefrite, neoplasias e predisposição genética têm sido sugeridas como causas prováveis dessa condição3.

A gota ocorre em duas formas: articular e visceral. Na forma articular os depósitos localizam-se nas bainhas, tendões, cavidade articular e tecidos adjacentes. Já a forma visceral é caracterizada pela precipitação de uratos nos rins e nas superfícies serosas do coração, fígado, baço, mesentério, sacos aéreos e peritônio3. Raras vezes as duas formas ocorrem de maneira simultânea. Os sinais clínicos variam de acordo com a forma da doença. Nos casos de gota visceral os sinais são inespecíficos e incluem anorexia, apatia, prostração e perda de peso; podendo ainda ocorrer morte súbita principalmente em decorrência de falência cardíaca. Em alguns casos a ave pode apresentar como sinal clínico apenas claudicação ou paralisia dos membros posteriores como consequência da compressão do plexo nervoso lombosacral devido à nefromegalia5. As lesões macroscópicas são visualizadas como um acúmulo de urato nas serosas de diversos órgãos, principalmente rim, pericárdio e fígado. No exame histopatológico é possível observar grandes concentrações de cristais de urato nos órgãos acometidos. De maneira geral, a gota articular é considerada crônica enquanto a visceral é considerada a forma aguda da doença6,10. O presente trabalho relata um quadro de gota úrica visceral em uma harpia adulta cativa em reprodução


Relato de Caso

Uma harpia (Harpia harpyja) do plantel do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém/Pará, veio a óbito sem apresentar qualquer sinal clínico prévio. A ave de cerca de 30 anos, fêmea, era mantida em um recinto com um macho adulto e havia realizado oviposição recente. A alimentação era composta basicamente de camundongos criados em biotério e frango eviscerado, três vezes por semana. A necropsia foi realizada logo após o óbito o que permitiu a coleta de sangue intracardíaco, o qual foi encaminhado para avaliação bioquímica. 

A ave apresentava estado nutricional regular pesando 6,3 kg. À abertura da cavidade celomática evidenciou-se o coração com diâmetro de 6,5 x 3,5 cm, com musculatura discretamente pálida e recoberto em quase sua totalidade com material esbranquiçado (Figuras 1 e 2); presença de poucos pontos claros no endocárdio próxima às inserções das válvulas do ventrículo direito. O trato digestivo superior estava vazio. O mesentério e algumas áreas do segmento do trato digestivo também apresentavam material de deposição esbranquiçado com igual característica (Figura 3). Foi observado hepatomegalia com discreta resistência ao corte, presença de áreas contínuas e focais de tonalidade amarelo-claras; bem como esplenomegalia com presença de uratos na superfície e parênquima. No sistema genito-urinário, observou-se nefromegalia com pontos de coloração branca na superfície do órgão e diversos folículos ovarianos de tamanhos variados. 
Em toda a cavidade celomática havia presença de material esbranquiçado disperso sobre a serosa dos órgãos, inclusive sobre o oviduto e ovário (Figura 4) e; presença de tecido adiposo na cavidade. Os resultados dos exames bioquímicos indicaram níveis aumentados de ureia (35 mg/dl), creatinina (1,2 mg/dl) e ácido úrico (117,6 mg/dl). Com base nos resultados necroscópicos e laboratoriais o diagnóstico de gota úrica visceral foi estabelecido.


Discussão e Conclusão

A harpia é uma ave considerada potencialmente ameaçada pela IUCN, principalmente pela perda de hábitat. A reprodução em cativeiro tem sido realizada objetivando sua conservação. 

Contudo, quesitos básicos como ambientação, manejo e avaliação sanitária constituem um desafio para a reprodução desta espécie em cativeiro. Entre as diversas enfermidades de origem metabólica que acometem rapinantes cativos, a gota úrica visceral é de ocorrência relativamente frequente5,11,13.

Na literatura veterinária é bem estabelecido que a gota visceral decorre da hiperuricemia e diversas podem ser as causas. Uma delas é a insuficiência renal, uma vez que o ácido úrico é secretado ativamente pelos túbulos proximais, a hiperuricemia não ocorre a menos que 70% da função renal esteja comprometida5. Além da falha renal, a proteína proveniente da dieta em níveis acima das exigências nutricionais da ave também pode causar hiperurecemia8. O excesso de proteína dietética era incriminado como único responsável por causar gota, contudo, o oferecimento de dietas com desbalanços de aminoácidos leva à uma maior elevação na concentração do ácido úrico plasmático do que o excesso de proteína por sí só2. 

No presente relato, o manejo nutricional da harpia era adequado, visto que era mantida há muitos anos com alimentação com presa natural e com indícios de reprodução. No entanto, apesar de apresentar gordura na cavidade celomática, esta ave estava com um peso um pouco abaixo da média descrita15 para a espécie.
A desidratação também está associada como causa de gota visceral. Em alguns casos, o rim ainda é capaz de secretar ácido úrico, mas o baixo fluxo urinário dentro dos túbulos permite a precipitação de cristais que pode resultar em obstrução pós-renal seguida de anúria ou oligúria. Além disso, na ave hidratada quase toda a ureia filtrada pelo rim é excretada e nos casos de desidratação essa ureia, que deveria ser eliminada do organismo, acaba sendo reabsorvida. Em condições de comprometimento renal, a reabsorção tubular da ureia acompanhada de um baixo fluxo urinário (isto é, desidratação) causa um desequilibrio na relação ureia / ácido úrico9, potencializando a ocorrência de um quadro de gota.

Para alguns autores, a gota é considerada mais um sinal de insuficiência renal do que uma doença propriamente dita8. Outras causas relacionadas com lesão renal e gota são: deficiência de vitamina A, hipervitaminose D, hipercalcemia, ingestão de micotoxinas, neoplasias, pielonefrite, predisposição genética, bem como medicamentos nefrotóxicos (determinados anti-inflamatórios e antibióticos)3,6. No presente relato o motivo exato da ave ter desenvolvido hiperuricemia e consequentemente gota não foi elucidado, mas causas como as citadas acima foram descartadas uma vez que outras lesões e sinais relacionados com essas condições não foram observados e a ave não havia recebido nenhuma medicação.

Comumente, a gota visceral é diagnosticada apenas à necropsia. Os exames de patologia clínica nem sempre auxiliam na obtenção do diagnóstico definitivo uma vez que os níveis séricos de ácido úrico podem ou não estar aumentados em aves com gota. Contudo, neste relato, o exame bioquímico seria suficiente para estabelecer o diagnóstico pois os níveis de ácido úrico encontrados (111,7 mg/dl) estavam extremamente acima dos níveis de referência descritos na literatura para rapinantes. Em geral, os valores sanguíneos normais do ácido úrico nas aves varia entre 2 a 15 mg/dl e, valores acima de 20 a 30 mg/dl já são considerados elevados. Em rapinantes existem relatos de valores de ácido úrico de 11,3 mg/dl em Rostrhamus sociabilis, 11,4 mg/dl em Falco peregrinus, 13,9 mg/dl em Falco rusticolus, 8,9 mg/dl em Vultur gryphus, 5,7 mg/dl em Haliaeetus leucocephalus, 10,8 mg/dl em Buteo jamaicensis e 13,7 mg/dl em Bubo virginianus1,4,13.

É essencial ressaltar que, em rapinantes, os valores de ácido úrico encontram-se aumentados no período pós-prandial por pelo menos 12 horas após a ingestão de uma presa natural, sendo esta, portanto, uma condição fisiológica. No entanto, ainda não está bem estabelecido porque, apesar das 12 horas de hiperuricemia, não há deposição de uratos. Para evitar interpretações equivocadas nos exames de bioquímica sérica em rapinantes, recomenda-se que as coletas de sangue sejam realizadas após um jejum de 24 horas9. No presente relato os níveis bioquímicos séricos elevados não eram pós-prandial, pois a ave havia se alimentado em um período superior a 24 horas. Ainda, as variações nos valores do ácido úrico plasmático podem ocorrer devido às diferenças entre as espécies e também por fatores fisiológicos como estado reprodutivo, idade e estresse6,10.

Em relação aos outros parâmetros bioquímicos séricos, os níveis de ureia variam entre 3,1 a 5,0 mg/dl em rapinantes adultos saudáveis13. No caso desta harpia o nível de ureia encontrado foi de 35 mg/dl. Rotineiramente a ureia é encontrada em baixa concentração plasmática nas aves, não sendo considerado um parâmetro adequado para avaliação da função renal, mas sendo útil na detecção de um quadro de desidratação8. Os valores de creatinina em aves também são questionáveis quanto à avaliação da função renal, uma vez que a creatina é excretada antes de ser convertida em creatinina9. Em relação aos rapinantes, os valores de referência para a creatinina variam entre 0,5 e 0,7 mg/dl; sendo neste caso detectado também um nível elevado de creatinina (1,2 mg/dl).

Uma vez estabelecido um quadro de gota úrica, nenhum tratamento é realmente eficaz na resolução completa desta condição, entretanto, preconiza-se a correção dietética e a utilização de alopurinol para minimizar as concentrações plasmáticas do ácido úrico6,8,10. Nesse relato não houve tempo hábil para a implementação de um tratamento já que a ave não apresentou sinais clínicos prévios, contudo, relatos indicam a intoxicação por esse medicamento em Buteo jamaicensis13, assim, esse fármaco deve ser utilizado com cautela.

As lesões macroscópicas de gota úrica visceral encontradas na harpia desse relato foram compatíveis com aquelas descritas em literatura5,8,9. Foi observado deposição de material esbranquiçado (urato) sobre o saco pericárdico; mesentério, segmentos do trato digestivo, fígado e baço. Os rins estavam aumentados e com a superfície externa repleta de pontos esbranquiçados. Os locais prediletos para a deposição de urato são aqueles onde, por alguma razão, a solubilidade do urato seja menor que em outras áreas. Ainda, na forma articular, as articulações e bainhas sinoviais podem ser locais de eleição devido a temperatura mais baixa do que a do resto do corpo10. No entanto, não existe um consenso na literatura sobre a razão de uma ave desenvolver determinada forma de gota, fato é que, raramente, a forma visceral e articular são observadas simultaneamente em uma ave.
Independente da característica desta condição, o prognóstico varia de regular a ruim. A doença pode transcorrer rapidamente ou estender-se por meses. Normalmente a gota úrica visceral é um quadro agudo e causará rapidamente o óbito da ave. Essa hipótese é apoiada pelo fato da reação inflamatória ser rara na gota visceral, simplesmente por não haver tempo para sua formação10.

Infelizmente, a escassez de trabalhos sobre as enfermidades envolvendo rapinantes sul-americanos impossibilita que dados concretos sobre a susceptibilidade das diferentes espécies, assim como as distribuições e ocorrência das doenças no continente sejam compiladas12. A descrição de casos clínicos, mesmo que isolados e, aparentemente de ocorrência comum, pode contribuir para a literatura veterinária principalmente em relação as espécies de difícil manejo. As boas práticas de manutenção de um plantel ou indivíduo cativo são essenciais para a profilaxia de doenças infecciosas ou adquiridas. Além disso, a utilização indiscriminada de anti-inflamatórios esteroidais, não-esteroidais e antibióticos potencialmente nefrotóxicos contribui significativamente para o estabelecimento rápido de um quadro de gota úrica. O diagnóstico precoce de doenças agudas como a observada no presente relato ainda representa um desafio para o médico-veterinário de animais selvagens. :




Referências


1 - BALASCH, J. et al. Comparative hematology of some falconiforms. The Condor, 78:258-59, 1976.
2 - CARCIOFI, A.C.; OLIVEIRA, L.D. Doenças Nutricionais. In: CUBAS, Z.S. et al. Tratado de Animais Selvagens. São Paulo: Roca, 2006, p.838-64.
3 - CRESPO, C.; SHIVAPRASAD, H.L. Development, Metabolic, and Other Noninfectious Disorders. In: SAIF, Y.M. et al. Diseases of Poultry, 11 ed., Iowa: Blackwell Publishing, 2003, p.1055-102.
4 - GEE, G.F. et al. Species differences in hematological values of captive cranes, geese, raptors and quail. J. Wild. Manage. 45:2, 463-483, 1981.
5 - HERBERT, J.D. et al. Quantification of Tissue Uric Acid Levels in a Harris’s Hawk with Visceral Gout. Avian Dis., 55:513-15, 2011.
6 - HOCHLEITHNER, M. Biochemistries. In: RITCHIE, B.W. et al. Avian Medicine: Principles and Application. Florida: Wingers Publishing, 1994, p.223-45.
7 - IUCN-International Union for Conservation of Nature. Disponível em: http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/106003526/0
8 - LIERZ, M. Avian renal diseases. Vet. Clin. Exot. Anim., 6:29-55, 2003.
9 - LUMEIJ, J.T. Avian Clinical Biochemistry. In: KANEKO, J.J. et al. Clinical Biochemistry of Domestic Animals. San Diego: Academic Press, 1997, 857-902.
10. - LUMEIJ, J.T. Nephrology. In: RITCHIE, B.W. et al. Avian Medicine: Principles and Application. Florida: Wingers Publishing, 1994, 538-55.
11. - LUMEIJ, J.T., REMPLE, J.D. Plasma urea, creatinine and uric acid concentrations in relation to feeding in Peregrine Falcons (Falco peregrinus). Avian Pathol., 20:1, 79-83, 1991.
12 - PEREIRA, R.J.G. Falconiformes e Strigiformes. In: CUBAS, Z.S. et al. Tratado de Animais Selvagens. São Paulo: Roca, 2006, 252-67.
13 - PETRAK, M.L. Diseases of Cage and Aviary Birds. 2ed. Philadelphia: Lea & Febiger, 1982. 680p.
14 - SIGRIST, T. Aves do Brasil: uma visão artística. Fosfertil, São Paulo/SP, 672pp.
15. - SILLER, W.G. Renal Pathology of the Fowl. Avian Pathol., 10:3, 187-262, 1981.


Fonte:

BENEFÍCIOS DOS ALIMENTOS ÚMIDOS PARA OS GATOS



O alimento umido ( patê ) contem cerca de 75% a 80% de umidade, o que é significativamente maior do que os 5-10% da ração seca. O alimento umido traz inumeros beneficios à saúde do seu gato e devem ser considerados uma opção de alimentação a longo prazo, mesmo se os custos forem um pouco mais elevados do que a ração seca.

O alimento umido de qualidade irá prevenir um número de problemas de saúde que são frequentes em animais que se alimentam somente de ração seca.

 NUTRIÇÃO
 O patê oferece nutrientes complexos para os gatos. Possui mais proteina do que a ração seca e é rica em oleo e gorduras saudaveis para a dieta de um gato. O patê também contem um menor número de carboidratos, que são desnecessários na dieta do gato e aparecem em grande número nas rações secas, em forma de milho ou trigo.

PREVENÇÃO DE DESIDRATAÇÃO
Possuindo cerca de 75% de umidade, o alimento umido irá garantir que seu animal estará bem hidratado. No entanto, somente o oferecimento de patê não substitui a ingestão de agua fresca, então se certifique que seu gato tenha agua à vontade.

Patês caseiros são uma opção ainda mais saudavel, pela ausencia de quimicas dos enlatados industriais (converse com um veterinário com experiência em alimentação natural e peça orientação de como preparar patês para seu gatinho. Essa orientação é importante, pois gatos com problemas renais precisam de dieta adequada)


SAUDE DO PÊLO E PELE
Estando bem hidratado, os gatos que consomem dietas umidas terão um pêlo e pele mais saúdaveis do que com dietas secas, apresentando menos queda. A pele precisa de hidratação e se seu gato não ingere a quantidade ideal de liquidos, pode desenvolver uma pele seca e mais propensa a doenças.

PREVENÇÃO DE PROBLEMAS DE SAÚDE
Um gato que ingere apenas ração seca está mais exposto ao desenvolvimento de algumas doenças, incluindo:

*Doenças renais, cistites e cristais de bexiga e urina - causadas pela baixa umidade na dieta

*Diabetes - os aditivos sinteticos da ração seca, como milho e grãos, são basicamente carboidratos inuteis que podem promover niveis altos de glicose no organismo. Quando o corpo não consegue mais assimilar essa quantidade de glicose, o gato terá diabetes.

*Doenças do trato digestivo e intestinal ( constipação, diarreia, etc ) - causadas pela baixa ingestão de agua e intolerância por componentes das rações secas, como milho, trigo, além dos demais aditivos quimicos.Após considerar estes beneficios, converse com seu veterinário para alterações na dieta do seu animal, para que juntos vocês possam escolher as melhores marcas e produtos para o bem estar do seu gatinho.

EO SACHÊ?


Sempre falamos o quanto CARBOIDRATOS são inimigos do organismo de nossos gatinhos.
Você sabia que entre um patê de lata e um sachê, o patê em lata é muito mais saudável?
Dê uma lida no rotulo do pacotinho de sachê.
Lá você pode perceber que, para ficar com aquele formato especifico, é usado varios tipos de farinhas que estão longe do ideal.
Glutem de Trigo, Amido de Milho Modificado, Farelo de Soja, Concentrado Proteico de Soja,  são alguns exemplos do que o seu gatinho está ingerindo quando come sachê.

Os patês em lata do Brasil ainda deixam a desejar, mas a concentração de carne e agua são muito melhores do que o sachê.
ATENÇÃO! Animais com Doença Renal Crônica, devem ter uma alimentação diferenciada e adequada sob orientação de um Medico Veterinário.

Fonte:http://amoremiados.blogspot.com.br/2013/05/4-beneficios-do-alimento-umido-para.html
ADAPTADO POR: http://dicaspeludas.blogspot.com.br/

Osteotomias Tibiais no tratamento da ruptura do ligamento cruzado cranial em cães









Fonte:

Doença periodontal: fisiopatogenia e tratamento





Fonte:

Importância do Alongamento na Reabilitação




Fonte:

Programa de Leitura assistida por animais


Fonte:

Exame clínico da cavidade oral de cães e gatos






Fonte:

Anemia Hemolítica em cães e gatos


Introdução

A anemia é definida como uma alteração dos componentes da série vermelha do sangue caracterizada pela diminuição de eritrócitos, concentração de hemoglobina e/ou hematócrito em relação aos valores de referência para a idade e espécie animal.
Constitui-se raramente em uma doença primária e geralmente é o resultado de um processo (doença) generalizado. Sendo assim, é necessário que se conheça a causa da anemia para que o tratamento racional seja empregado, pois ele não é direcionado por si só para a anemia, exceto como uma medida de emergência.

Hemólise
A hemólise é o processo normal de destruição dos eritrócitos velhos pelas células do sistema monocítico-fagocitário (SMF). Eventualmente, pode haver um aumento da taxa de hemólise atingindo inclusive os eritrócitos normais e resultando numa anemia hemolítica.
A anemia por destruição acelerada dos eritrócitos, pode ser causada por hemólise intra ou extravascular (fagocitose). A hemólise intravascular pode ser causada por bactérias como Clostridium perfringens tipo A ou C, Clostridium hemolyticum, Leptospira sp; produtos químicos como a fenotiazina, cebola, azul de metileno, cobre. Já a hemólise imunomediada, pode ser causada por transfusão incompatível ou isoeritrólise neonatal. A hemólise extravascular é causada por parasitas de eritrócitos como por exemplo, Mycoplasma haemofelis, Anaplasma sp, Eperythrozoon sp; imunomediada, como AHAI (Anemia Hemolítica Auto-Imune), lupus eritematoso, anemia infecciosa eqüina e defeitos eritrocíticos intrínsecos como deficiência da enzima piruvato quinase.
As anemias hemolíticas são normalmente refletidas por uma reticulocitose que varia de moderada a acentuada e parâmetros eritrocitários que vão de macrocítico e normocrômico a macrocítico e hipocrômico. Deve-se sempre lembrar que são necessários vários dias para que estes índices se tornem alterados e aparentes.
Podemos classificar as anemias regenerativas hemolíticas conforme a sua causa em: anemias de origem parasitária, tóxica e por distúrbios imunológicos.

Anemias Hemolíticas de origem Parasitária
Alguns microorganismos parasitam diretamente as hemácias podendo resultar em hemólise intravascular ou extravascular. Hemoparasitas como a Babesia são os causadores da Babesiose Canina, que é um protozoário intracelular (Babesia canis - transmitida por carrapatos), tendo-se no início uma hemólise intravascular, com aparecimento de icterícia, embora isso não seja uma constante. 

Outros sintomas são febre, hemoglobinemia e esplenomegalia. As alterações laboratoriais mais importantes são anemia regenerativa, trombocitopenia, leucocitose no pico da hemólise (não muito intensa), linfocitose na fase de recuperação, hemoglobinúria, bilirrubinúria, proteinúria , cilindrúria e alterações bioquímicas inespecíficas.

Hemobartonelose é uma parasitemia de gatos e cães causada por ricketsias denominadas de Mycoplasma haemofelis e Mycoplasma haemocanis, localizadas na periferia dos eritrócitos. Os principais sintomas são febre, icterícia, esplenomegalia, hepatomegalia, prostação, anorexia e petéquias. As alterações laboratoriais encontradas são: anemia regenerativa macrocítica hipocrômica, leucocitose com eosinofilia, trombocitopenia e proteinúria na urinálise.

Anemia Hemolítica tóxica Anemia hemolítica por corpúsculo de Heinz pode ocorrer em cães e gatos. São compostos oxidantes presentes na circulação que podem reagir na hemoglobina em dois pontos: no radical sulfidril dos aminoácidos da globina e em parte da molécula de ferro. A oxidação da hemoglobina leva à precipitação e à formação do corpúsculo. Muitos casos de anemia hemolítica por corpúsculo de Heinz são resultantes da ingestão de substância oxidantes como cebola, ou da ação de drogas oxidantes como a acetaminofen.

A Cebola e o alho contêm dissulfeto de alilpropila e alicina respectivamente, que causam a formação de corpúsculos de Heinz e anemia hemolítica. Os princípios tóxicos destes alimentos são oxidantes e acumulam-se nas hemácias, ocasionando a desnaturação da hemoglobina e formação dos corpúsculos. Há então a perda da capacidade de deformação das hemácias, havendo sua retenção nos capilares e subsequente fagocitose.


Anemias Hemolíticas causadas por disfunção do sistema imunológico
A anemia hemolítica imunomediada (AHIM) é uma conseqüência do aumento da destruição de hemácias, como resultado da ação de anticorpos contra estas ou da adesão de complexos imunes a ela. Uma forma de anemia hemolítica imunomediada que acomete animais recém nascidos é a isoeritrólise neonatal.
A anemia hemolítica auto-imune é considerada uma das causas mais freqüentes de doença hemolítica em cães, mas é descrita com uma frequência muito menor em gatos. Pode ocorrer como um evento idiopático ou ser secundária a uma variedade de desordens infecciosas, neoplásicas entre outras. Os fármacos mais incriminados são o levamizol em cães e o propiltiouracil em gatos.
Distinguir entre AHIM primária e secundária é crucial para um tratamento efetivo. A doença primária requer terapia imunossupressora agressiva. A AHIM secundária raramente responde bem sem que a causa primária seja eliminada e em alguns casos, pode piorar com terapia imunossupressora.
Não há achados patognomônicos para a AHIM mas, sabe-se que anemia com hematócrito inferior a 25%, presença de hemoglobinúria e/ou bilirrubinúria, reticulocitose, auto-aglutinação, esferócitos e uma resposta apropriada a terapia imunossupressora, confirmam o diagnóstico de AHIM primária.

Dica baseada no texto de João Leite,
Luciana Carvalho e Patrícia Pereira,
em Semina, 2011 e Priscila Solato et al, em
Revista Científica Eletrônica de M.V., 2008


Fonte:

O perigo da ingestão de cebola para animais de estimação


Muitas pessoas adoram cebolas, e há abundância de alimentos que nós apreciamos em que elas estão presentes . Como sempre, é preciso lembrar que o que é saboroso e saudável para nós pode ser extremamente prejudicial para os nossos animais de estimação.
Cebola contêm um ingrediente chamado tiossulfato que é tóxico para cães e gatos. A ingestão de cebola causa uma condição chamada de anemia hemolítica , que é caracterizada por lesão das células vermelhas do sangue.

Sintomas
Os sintomas desta doença incluem falta de ar, letargia, diarréia e vômitos. Seu animal de estimação também podeperder o apetite como um resultado deste tipo de envenenamento.
Pode levar até dois a quatro dias após o seu animal de estimação comer a cebola para que os sintomas apareçam.

Todos os tipos de cebolas - se cozidas ou cruas, cebolas inteiras ou em pedaços ou em  pó  - são um perigo para o seu animal de estimação. É preciso uma quantidade muito pequena de cebola para envenenar seu gato ou cão.
Basta 5 g de cebola em gatos ou 15 a 30 g  em cães para resultar clinicamente em importantes alterações hematológicas. Toxicose por cebola é constantemente observada em animais que ingerem mais do que 0,5% do seu peso corporal de cebolas de uma só vez. * Cerca de 600 a 800 gramas de cebola pode causar toxicidade aguda. Seu animal de estimação também podem ser intoxicado por comer quantidades pequenas de cebolas durante um determinado período de tempo.

Atenção se costuma dar a seu animal “petiscos” ou restos de comida.
A cebola é um ingrediente comum encontrado em muitos dos alimentos que comemos no dia a dia e que você pode não considerar um perigoso para o seu animal de estimação. Certifique-se de que estes alimentos não contêm qualquer tipo de cebola antes de deixar seu peludo comer:
•             Pizza
•             Cachorro quente
•             Molho de tomate
•             Comida chinesa
•             Alguns alimentos para bebês
"A toxicidade causada pela cebola pode ser muito grave e caro de tratar".

Qual a melhor maneira de evitar envenenamento acidental do seu animal de estimação?
Swan sempre aconselha os clientes a não alimentar os seus animais de estimação com restos. "Muitas fontes de cebola (cozidos ou crus) têm o potencial de causar toxicidade em animais de estimação, incluindo cebola em pó que tem em muitos alimentos em quantidades variadas. Apesar de não ter uma quantia muito certa para causar um problema, isso pode ser mais difícil de avaliar em sobras de comida. "

O que fazer no caso do envenenamento por cebola?
Se você suspeita que seu animal de estimação tenha consumido algum tipo de cebola, entre em contato com seu veterinário imediatamente. A condição pode ser tratada, mas é importante procurar atendimento médico na primeira suspeita de envenenamento. Sempre mantenha um número de telefone de emergência veterinária a seu alcance. Se o quadro for grave, pode exigir um tempo significativo de internação e em casos extremos uma transfusão de sangue pode ser necessária.

Fonte : 

Adaptação Dicas Peludas