sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Vacina contra síndrome respiratória tem resultados promissores em animais


Uma vacina experimental contra a Síndrome Respiratória do Médio Oriente (Mers) mostrou sinais promissores em testes em animais, gerando uma resposta do sistema imunológico que pode abrir caminho para uma vacina em pessoas, informaram os pesquisadores.

Atualmente, não há vacina contra o coronavírus, que surgiu pela primeira vez em 2012 e causou vários contágios, inclusive um surto na Coreia do Sul que infectou aproximadamente 180 pessoas e matou 36. A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou 1.368 casos desde 2012, incluindo 490 mortes, a maioria na Arábia Saudita.

Ratos vacinados produziram anticorpos que neutralizaram a Mers, de acordo com um estudo do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos. As vacinas que causaram as maiores respostas em ratos foram depois administradas em macacos. Após tomarem a vacina, os macacos foram expostos a uma versão do vírus e ficaram protegidos de uma grave infeção pulmonar característica da Mers. 

Os investigadores trabalham agora em versões da vacina que possam ser testadas em humanos.




Edição: Talita Cavalcante

Da Agência Lusa / ABr, com edição do EcoDebate.
Fonte:

Mais econômicas - mas iniciativa deve prever reciclagem para evitar poluição ambiental e riscos à saúde.

Incandescentes de 60 watts começam a ser substituídas pelos modelos fluorescentes. Iniciativa deve prever reciclagem para evitar poluição ambiental e riscos à saúde.



Já fora de circulação na Europa, as lâmpadas incandescentes também estão com os dias contados no Brasil. A partir de 01 de julho, as de 60 watts deixam de ser fabricadas e importadas. As mais fortes já foram proibidas, e as mais fracas sairão de produção. Se, por um lado, a iniciativa tem por objetivo economizar energia, por outro pode causar danos ambientais e à saúde.
Para que a substituição das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes seja vantajosa em todos os aspectos, ela precisa vir acompanhada da destinação final correta dos novos modelos, que contêm chumbo e mercúrio. Se simplesmente jogadas no lixo comum, as lâmpadas fluorescentes podem contaminar o ar, o solo e os lençóis freáticos.
O mercúrio e o chumbo são extremamente tóxicos e prejudiciais à saúde. O mercúrio tem um efeito cumulativo no organismo, ataca o sistema nervoso e pode resultar em má formação embrionária, câncer e até morte. O chumbo também causa câncer e ataca o cérebro, os rins e os sistemas digestivo e reprodutor.
“Todos esses problemas podem ocorrer quando há um incentivo ao uso das lâmpadas fluorescentes sem os cuidados com a destinação correta”, afirma a professora de química ambiental Marta Tocchetto, da Universidade Federal de Santa Maria.
Segundo ela, que também faz parte da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), só 6% das lâmpadas fluorescentes são recicladas no Brasil. A grande maioria vai parar no lixo comum.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê que os fabricantes das lâmpadas fluorescentes sejam responsáveis pela coleta e pelo destino final adequado desses produtos. “Mas até agora não houve a finalização de um acordo entre governo e empresas, pois a dificuldade está em quem vai pagar por esse processo”, diz Tocchetto.
O Ministério do Meio Ambiente, que é o responsável pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, não respondeu à consulta feita pela DW sobre o tema.
Substituição foi criticada na Alemanha
Na Europa, a substituição das lâmpadas incandescentes começou em 2009, e a última leva foi proibida em 2012.
Na Alemanha, a medida foi muito criticada. Consumidores reclamavam da luz gerada pelos modelos mais econômicos, considerada mais fria. As críticas também focavam na questão ambiental e de saúde. Havia uma preocupação com relação ao mercúrio contido nas lâmpadas fluorescentes.
“O importante nessa história é informar as pessoas sobre o que elas estão comprando. Elas precisam saber que as lâmpadas fluorescentes possuem uma quantidade mínima de mercúrio e precisam saber o que acontece quando uma lâmpada dessas quebra”, diz Thomas Fischer, da organização ambientalista Deutsche Umwelthilfe.
Lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio e chumbo
A reciclagem está prevista na Alemanha, mas, quando as lâmpadas fluorescentes queimam, é o consumidor que deve levá-las aos pontos de recolhimento da prefeitura ou às lojas que as recolhem. “Nós ambientalistas vemos problemas aí, porque muitos desses pontos estão abertos somente alguns dias da semana e em poucos horários, além de serem longe dos centro das cidades”, diz Fischer, acrescentando que, até o ano que vem, uma lei deve ser votada para obrigar o comércio a recolher esse material.
Um estudo da organização, de 2011, afirma que a troca de 60% das lâmpadas incandescentes seria suficiente para reduzir em 4,5 milhões de toneladas as emissões de dióxido de carbono no país. Somente na Alemanha, essa substituição tinha um potencial de economia de 22 bilhões de quilowatts-hora, o equivalente a duas pequenas usinas movidas a carvão.
Economia de energia
No Brasil, os estoques das lâmpadas incandescentes de 60 watts, as mais comuns no país, ainda podem ser vendidos durante um ano. A substituição gradual das incandescentes pelas fluorescentes foi estabelecida em 2010 pelo governo federal e faz parte do Plano Nacional de Eficiência Energética, que pretende combater o desperdício de energia e preservar os recursos naturais.
Em 2012 foram proibidas a fabricação e a importação das lâmpadas incandescentes de até 150 watts; em 2013, das de 61 a 150 watts; e, agora, das entre 41 e 60 watts. Em 2015, será a vez das lâmpadas de 25 a 40 watts e, em 2016, das demais.
Segundo o professor de engenharia elétrica Edson Watanabe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a iniciativa contribui significativamente para a economia de energia. “As lâmpadas incandescentes são ineficientes porque transformam apenas 5% da energia que consomem em luz. O resto vira calor”, diz.
O diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação, Isac Roizenblatt, calcula o que a mudança representa para o bolso do consumidor. “Na substituição de uma lâmpada incandescente de 100 watts por uma fluorescente compacta de 23 watts, por exemplo, a economia é de cerca de 30 reais em mil horas de utilização, ou aproximadamente um ano.”
Apesar de avaliar positivamente a política de troca das lâmpadas, Watanabe reforça que o descarte das fluorescentes tem que ser controlado. “É preciso também uma campanha de conscientização para evitar que elas sejam jogadas fora de qualquer jeito, porque realmente podem causar problemas.”
Matéria de Clarissa Neher, da Deutsche Welle, DW.DE,
Fonte:

Representante do C.F.M.V. alerta: ter um animal dentro de casa implica em assumir responsabilidades.



Os animais são seres conscientes e, portanto, não podem ser tratados como objetos. Esse é o alerta do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) nos dias em que antecedem 12 de outubro, data em que se comemora o Dia das Crianças. “Antes de presentearem as crianças com um animal de estimação, ao invés de qualquer outra lembrança, os adultos precisam estar conscientes de que ter um animal em casa implica em assumir responsabilidades”, afirma o representante do CFMV, o Médico Veterinário Marcello Roza.

Há casos em que os pais delegam aos filhos a responsabilidade de cuidar dos pets, como a condição para ganharem o “presente”. “É preciso lembrar que estamos falando de uma criança, que não consegue cuidar nem de si mesma. Além disso, os animais não podem ser tratados como brinquedos, mas como membros da família”, argumenta Roza.

“Recentemente, um grupo de cientistas brasileiros declarou que os animais são seres dotados de consciência e que, por isso, não podem ser tratados como objetos. Isso reforça a responsabilidade dos seres humanos na relação com os animais”, afirma. O Médico Veterinário se refere à Declaração de Curitiba, manifesto assinado por especialistas de renome nacional e internacional, em um congresso sobre bioética e bem-estar animal organizado pelo CFMV; e segundo o qual os animais são seres sencientes, ou seja capazes de sentir dor e prazer, e, por isso, não podem ser tratados como coisas.

Orientação

Marcello Roza aconselha os adultos a consultarem um Médico Veterinário antes de se decidirem pelo animal. “O objetivo é orientá-los sobre a espécie animal mais bem adequada ao perfil da família. Há residências com pessoas idosas que não conseguem conviver com animais que fazem muito barulho”, exemplifica. É importante também optar por espécies adequadas à faixa etária do proprietário, sendo do adulto a tarefa de monitorar a convivência entre uma criança e um pet.

Além dos cuidados necessários para garantir a saúde física dos animais, é essencial dar carinho e atenção a eles. Como exemplo, Roza cita os cachorros de companhia, que são mais sensíveis à falta de interação, o que pode levá-los à depressão. Já os gatos são mais independentes, mas não significa que não precisem da atenção de seus proprietários. “Existem espécies mais independentes, ou seja, demandam menos exigência no que diz respeito à alimentação, são facilmente condicionáveis a urinar e defecar em locais pré-definidos em casa, ou conseguem se adaptar a períodos de tempo maior de ausência sem o proprietário”, ensina.

Outro ponto importante é a longevidade do animal escolhido, já que muitos deles vivem mais de dez anos e precisam de cuidados por todo o tempo de vida. “Portanto, antes de mais nada, é preciso ter certeza de que, além da criança, todo o restante da família, de fato, deseja o animal”, conclui o conselheiro do CFMV.



Enriquecimento ambiental pode oferecer uma melhor qualidade de vida para o seu pet

Foto: Paloma Bosso

 Foto: Paloma Bosso

Em um entrevista especial com a médica veterinária Paloma Bosso, integrante da Comissão de Ética, Bioética e Bem-estar Animal do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), conversamos sobre enriquecimento ambiental, e como esse conjunto de técnicas pode melhorar a qualidade de vida dos animais de estimação.

PdD) O que é o enriquecimento ambiental?
Enriquecimento ambiental pode ser definido como um conjunto de técnicas que visam melhorar a qualidade de vida de diferentes espécies de animais sejam elas domésticas ou silvestres. Na prática, a técnica, bastante oferecida aos animais mantidos em zoológicos, consiste em oferecer estímulos nos ambientes dos animais de forma a torná-los mais atrativos e dinâmicos. Este tipo de atividade visa então contribuir com o bem-estar dos animais, pois proporciona uma maior oportunidade de escolha, bem como estimula a exibição de comportamentos naturais.

PdD) Quais os principais benefícios?
Os principais benefícios decorrentes do oferecimento de itens de enriquecimento na rotina de espécies animais é oferecer gradualmente um ambiente mais complexo e interativo que proporcione desafios e estímulos mentais, sem os quais as mais variadas espécies podem encontrar-se entediadas ou até apresentarem comportamentos anormais. Ao contribuir com o aumento do bem-estar animal, o enriquecimento ambiental também promove benefícios a saúde física dos animais, pois reduz quadros indesejáveis de estresse na rotina destes bichos. Assim como os humanos, os animais estressados estão mais suscetíveis ao surgimento de doenças. Proporcionar uma boa qualidade de vida aos animais é então uma forma de garantir indiretamente uma boa saúde física também.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

PdD) Qual o papel do médico veterinário no processo de enriquecimento ambiental?
O médico veterinário está diretamente envolvido na promoção do bem-estar dos animais. Sua atuação inclui além do atendimento clínico já conhecido, o estudo e monitoramento do comportamento destes animais. Este tipo de atuação médico-veterinária contribui com a melhora da qualidade de vida de pacientes mantidos nos mais variados cenários: em ambientes residenciais, fazendas, zoológicos e aquários.

PdD) Qual a melhor maneira para os tutores iniciantes em enriquecimento ambiental poderem adaptar seus lares e oferecer diferentes estímulos para cães e gatos?
Há diversas formas de enriquecer o ambiente de um animal, sendo cinco delas as principais: físico, social, sensorial, alimentar e cognitivo.

  1. 1. Físico – consiste em inserir itens que possam promover um melhor conforto ambiental aos animais, como espaços para deitar, se aninhar, se esconder;
  2. 2. Social – consiste em promover uma interação social harmônica entre espécies diferentes ou entre indivíduos de mesma espécie; 3. Sensorial – este tipo de enriquecimento está relacionado aos cinco órgãos sentidos. Assim, podemos oferecer estímulos olfativos, auditivos, táteis, visuais ou gustativos, atendendo as necessidades individuais das espécies com as quais estivermos trabalhando; 
  3. 4. Alimentar – a técnica de enriquecimento ambiental alimentar pode ser baseada na alteração no modo convencional de oferecimento de alimentos aos animais e
  4.  5. Cognitivo – consiste em estimular a capacidade cognitiva dos animais, através da manipulação de objetos que se assemelham a “quebra-cabeças” para obtenção de recompensas alimentares ou não.

Assim, a melhor maneira dos tutores iniciarem o oferecimento de diferentes estímulos para cães e gatos não precisa ser necessariamente voltada para a adaptação física dos seus lares; afinal há outros diversos estímulos, mas fáceis/simples e práticos, que podem ser primariamente oferecidos. Mais do que um ambiente demasiadamente equipado e uma variedade imensa de itens para brincadeiras a disposição dos animais, é a possibilidade de escolha que deve ser frequentemente presente, pois é exatamente esta condição que tende a proporcionar aos animais um maior grau de bem-estar animal.
Em outras palavras, costumo dizer que os lares não precisam ser exclusivos dos animais, afinal é importante existir uma convivência harmônica em um ambiente que seja tanto agradável para os seres humanos quanto os animais, mas manter uma rotina que permita manter os animais entretidos é um aspecto bastante desejável! Mais do que oferecer uma quantidade grande de itens para brincadeiras de uma única vez, e mantê-los de forma frequente no ambiente dos animais, é importante manter uma frequência de novidades.

Foto: Reprodução
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PdD) Seria possível começar uma mudança e estimular os animais com materiais comumente encontrados em residências e simples mudanças de atitudes (como por exemplo, a forma que se oferece comida). Se sim, quais são as suas dicas?

É perfeitamente possível e extremamente desejável tanto utilizar materiais comumente encontrados em residência quanto modificar atitudes habituais que desfavorecem a promoção do bem-estar animal!
Costumo dizer que não necessariamente precisamos investir grandes recursos financeiros para as atividades de enriquecimento pois muitos materiais existentes em nossas residências, e/ou rotineiramente utilizados em outros ambientes podem enriquecer a vida de nossos animais. Rolos de papelão podem ser utilizados, por exemplo, para esconder alimentos secos (como rações) em seu interior.
Um outro exemplo são os blocos de gelo com alimentos que podem ser oferecidos no período do verão com parte de um alimento preferido do seu animal. Nesta atividade ele pode não só gastar tempo na obtenção deste alimento, mas também para se refrescar.
Num sentido amplo, as dicas gerais que costumo fazer para o oferecimento de itens de enriquecimento são:

Comece com estímulos gradativos, especialmente em tamanhos e graus de dificuldade, para evitar que os animais se assustem com os novos itens e por outro lado possam se sentir constantemente motivados a interagir;
  • Por outro lado é fundamental que se ofereça no mínimo um item por animal (em alguns casos mais de um) para permitir que todos tenham a possibilidade de inteiração e evitar possíveis disputas por um único item;
  • Optar por itens mais naturais possíveis é importante especialmente para evitar a ingestão de materiais artificiais que podem ocasionar corpos estranhos nos animais – este critério também vale para itens comercialmente adquiridos. Assim evitar objetos com partes artificialmente coloridas, ou com fios/cordas que podem promover um enforcamento ou aprisionamento de um membro, ou itens muito pequenos que possam se soltar e ser ingeridos é bastante recomendado;
  • Considerar o histórico de cada animal é fundamental. O que pode ser interessante para um animal nem sempre é desejável para o seu. Na dúvida sempre consulte um médico veterinário que atue nesta área.

Variar a forma como se oferece o alimento é, portanto, uma ideia sim de fácil implementação e que tende a estimular nos animais a busca por alimento, comportamento este tão corriqueiro no ambiente de vida livre. O forrageio, definido com o ato de explorar o ambiente na busca por alimento, é uma prática importante no repertório comportamental das mais variadas espécies, porém bastante reduzido quando os animais já recebem seus alimentos muitas vezes na forma de ração, ou ainda sem cascas ou sementes, cortados, e a disposição em seus comedouros e em horários fixos.
NãO havendo necessidade de busca pelo alimento o animal pode mostrar se entediado. Tanto que diversos estudos comprovam que animais que recebem simultaneamente parte de suas dietas de modo convencional e a outra de modo enriquecido, ou seja, com acesso dificultado, preferem trabalhar para obter seus alimentos. Este tipo de enriquecimento tende a ser o mais utilizado quando comparado com os demais pelo baixo custo, pela facilidade de oferecimento que proporciona e por ser considerado altamente motivador para os animais. No entanto não se trata de superalimentar os animais nem obrigá-los a desempenhar um certo tipo de comportamento para se alimentar. O objetivo é motivar, por exemplo, um cão a retirar sua ração de um tubo de PVC, com furos caso ele tenha interesse em fazê-lo.

PdD) Como o enriquecimento ambiental pode transformar a vida do pet moderno, que por vezes precisa enfrentar desafios em seu cotidiano, como a solidão por algumas horas do dia, o tédio e a falta de estímulos não só físicos, mas mentais?
Provavelmente as questões que requerem mais cuidados e atenção dos proprietários quanto à vida moderna dos pets são justamente estes mencionados que consistem em suportar as condições de um ambiente adverso em que muitos deles são mantidos. Digo adversos, pois muitos dos ambientes em que cães e gatos são mantidos atualmente são amplamente restritos em estímulos próprios para os animais e limitam-se a um contato de poucas horas com o ser humano. Tanto que na ausência de estímulos mentais, cognitivos ou ainda táteis e auditivos, muitos animais podem apresentar-se entediados e/ou estressados e apresentar comportamentos atípicos das espécies, como se lamber compulsivamente, dormir e comer em excesso ou ingerir fezes. O oferecimento dos itens de enriquecimento ambiental visa justamente promover esta oportunidade de interagir com itens variados sempre que os mesmos estiverem disponíveis a ele e sempre que o mesmo tenha este interesse. Promover aos animais um maior controle do ambiente em que eles vivem é a chave do sucesso para promover o bem-estar animal. Ainda que o bicho não queira interagir com o item no momento exato em que ele foi inserido, é fundamental que ele possa sentir esta oportunidade de interagir caso queira e no momento em que queira.

Fonte:
portal do dog logo

OPAS/OMS lança Atlas de Desenvolvimento Sustentável e Saúde, com indicadores econômicos, sociais e ambientais

A publicação foi elaborada com o objetivo de descrever a magnitude e a evolução de indicadores econômicos, sociais e ambientais e oferecer subsídios para o debate sobre as desigualdades no Brasil ao longo das últimas duas décadas.


A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) lançou, no sábado (1), o Atlas de Desenvolvimento Sustentável e Saúde – Brasil 1991 a 2010.

A publicação foi elaborada com o objetivo de descrever a magnitude e a evolução de indicadores econômicos, sociais e ambientais e oferecer subsídios para o debate sobre as desigualdades no Brasil ao longo das últimas duas décadas, sob o ponto de vista da saúde.

Os indicadores referem-se aos anos de 1991, 2000 e 2010, e a todas as unidades federadas, tomando como base para a análise os municípios brasileiros.

As análises realizadas evidenciam, em todas as unidades federadas do país, avanços positivos nas duas décadas estudadas (1991-2010), especialmente na última, no que se refere tanto à melhoria dos indicadores de desenvolvimento sustentável analisados quanto à redução de seus valores médios e das desigualdades entre as regiões e os municípios do país.



Fonte:

Alterações climáticas ameaçam saúde humana, aponta pesquisa

aquecimento global


As alterações climáticas representam uma ameaça aos avanços conseguidos no último meio século para a saúde humana, alerta estudo divulgado ontem (23) pela revista The Lancet.
Os autores do trabalho, cientistas europeus e chineses, consideram que “o risco potencial” do aquecimento do planeta para a saúde dos seres humanos tem sido subestimado.
“As alterações climáticas constituem emergência médica e, portanto, requerem resposta urgente”, afirmou Hugh Montgomery, diretor do Instituto para a Saúde Humana do University College London (UCL).
O documento diz que o impacto direto das alterações climáticas na saúde das pessoas resulta da maior frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos, como ondas de calor, inundações, secas e tempestades.
As alterações climáticas têm também consequências indiretas para os seres humanos, como mudanças nos padrões de propagação de doenças infecciosas, aumento da poluição atmosférica, insegurança alimentar e má nutrição.
“As alterações climáticas têm o potencial de reverter as melhorias verificadas na saúde que o desenvolvimento econômico conseguiu nas últimas décadas”, disse Anthony Costello, responsável pelo Instituto para a Saúde Global do UCL.
Referências:

Health and climate change

  • Health and climate change: policy responses to protect public health
    Published: June 23, 2015
  • Managing the health effects of climate change: Lancet and University College London Institute for Global Health Commission
    Published: April 24, 2009
Da Agência Lusa / ABr, com edição do EcoDebate.
Fonte:

Mais econômicas - mas iniciativa deve prever reciclagem para evitar poluição ambiental e riscos à saúde.


Incandescentes de 60 watts começam a ser substituídas pelos modelos fluorescentes. Iniciativa deve prever reciclagem para evitar poluição ambiental e riscos à saúde.



Já fora de circulação na Europa, as lâmpadas incandescentes também estão com os dias contados no Brasil. A partir de 01 de julho, as de 60 watts deixam de ser fabricadas e importadas. As mais fortes já foram proibidas, e as mais fracas sairão de produção. Se, por um lado, a iniciativa tem por objetivo economizar energia, por outro pode causar danos ambientais e à saúde.
Para que a substituição das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes seja vantajosa em todos os aspectos, ela precisa vir acompanhada da destinação final correta dos novos modelos, que contêm chumbo e mercúrio. Se simplesmente jogadas no lixo comum, as lâmpadas fluorescentes podem contaminar o ar, o solo e os lençóis freáticos.
O mercúrio e o chumbo são extremamente tóxicos e prejudiciais à saúde. O mercúrio tem um efeito cumulativo no organismo, ataca o sistema nervoso e pode resultar em má formação embrionária, câncer e até morte. O chumbo também causa câncer e ataca o cérebro, os rins e os sistemas digestivo e reprodutor.
“Todos esses problemas podem ocorrer quando há um incentivo ao uso das lâmpadas fluorescentes sem os cuidados com a destinação correta”, afirma a professora de química ambiental Marta Tocchetto, da Universidade Federal de Santa Maria.
Segundo ela, que também faz parte da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), só 6% das lâmpadas fluorescentes são recicladas no Brasil. A grande maioria vai parar no lixo comum.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê que os fabricantes das lâmpadas fluorescentes sejam responsáveis pela coleta e pelo destino final adequado desses produtos. “Mas até agora não houve a finalização de um acordo entre governo e empresas, pois a dificuldade está em quem vai pagar por esse processo”, diz Tocchetto.
O Ministério do Meio Ambiente, que é o responsável pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, não respondeu à consulta feita pela DW sobre o tema.
Substituição foi criticada na Alemanha
Na Europa, a substituição das lâmpadas incandescentes começou em 2009, e a última leva foi proibida em 2012.
Na Alemanha, a medida foi muito criticada. Consumidores reclamavam da luz gerada pelos modelos mais econômicos, considerada mais fria. As críticas também focavam na questão ambiental e de saúde. Havia uma preocupação com relação ao mercúrio contido nas lâmpadas fluorescentes.
“O importante nessa história é informar as pessoas sobre o que elas estão comprando. Elas precisam saber que as lâmpadas fluorescentes possuem uma quantidade mínima de mercúrio e precisam saber o que acontece quando uma lâmpada dessas quebra”, diz Thomas Fischer, da organização ambientalista Deutsche Umwelthilfe.
Lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio e chumbo
A reciclagem está prevista na Alemanha, mas, quando as lâmpadas fluorescentes queimam, é o consumidor que deve levá-las aos pontos de recolhimento da prefeitura ou às lojas que as recolhem. “Nós ambientalistas vemos problemas aí, porque muitos desses pontos estão abertos somente alguns dias da semana e em poucos horários, além de serem longe dos centro das cidades”, diz Fischer, acrescentando que, até o ano que vem, uma lei deve ser votada para obrigar o comércio a recolher esse material.
Um estudo da organização, de 2011, afirma que a troca de 60% das lâmpadas incandescentes seria suficiente para reduzir em 4,5 milhões de toneladas as emissões de dióxido de carbono no país. Somente na Alemanha, essa substituição tinha um potencial de economia de 22 bilhões de quilowatts-hora, o equivalente a duas pequenas usinas movidas a carvão.
Economia de energia
No Brasil, os estoques das lâmpadas incandescentes de 60 watts, as mais comuns no país, ainda podem ser vendidos durante um ano. A substituição gradual das incandescentes pelas fluorescentes foi estabelecida em 2010 pelo governo federal e faz parte do Plano Nacional de Eficiência Energética, que pretende combater o desperdício de energia e preservar os recursos naturais.
Em 2012 foram proibidas a fabricação e a importação das lâmpadas incandescentes de até 150 watts; em 2013, das de 61 a 150 watts; e, agora, das entre 41 e 60 watts. Em 2015, será a vez das lâmpadas de 25 a 40 watts e, em 2016, das demais.
Segundo o professor de engenharia elétrica Edson Watanabe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a iniciativa contribui significativamente para a economia de energia. “As lâmpadas incandescentes são ineficientes porque transformam apenas 5% da energia que consomem em luz. O resto vira calor”, diz.
O diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação, Isac Roizenblatt, calcula o que a mudança representa para o bolso do consumidor. “Na substituição de uma lâmpada incandescente de 100 watts por uma fluorescente compacta de 23 watts, por exemplo, a economia é de cerca de 30 reais em mil horas de utilização, ou aproximadamente um ano.”
Apesar de avaliar positivamente a política de troca das lâmpadas, Watanabe reforça que o descarte das fluorescentes tem que ser controlado. “É preciso também uma campanha de conscientização para evitar que elas sejam jogadas fora de qualquer jeito, porque realmente podem causar problemas.”
Matéria de Clarissa Neher, da Deutsche Welle, DW.DE,
Fonte: