domingo, 15 de maio de 2016

Desmame precoce é alternativa para criadores de gado


Em um cenário de aumento da demanda por alimentos é importante buscar alternativas que intensifiquem a produtividade e gerem maior lucratividade para as propriedades rurais. Uma delas é o desmame precoce: os terneiros precisam desmamar em 60 dias, na sequência as vacas têm um mês para cruzar e depois mais nove meses de uma nova gestação. Originando um bezerro por ano.

“É a técnica ideal economicamente e que não prejudica o desenvolvimento dos terneiros. Além de aumentar a natalidade e rentabilidade do criador, ajuda a melhorar as condições das primíparas e também reduz perda de peso das vacas de descarte”, explica Emerson Botelho, gerente de produtos para Ruminantes da PRESENCE, uma marca EVIALIS, multinacional do ramo de nutrição animal.

A primeira fase do programa consiste em deixar os terneiros por dez dias em uma mangueira com livre acesso a água de qualidade e a ração específica para esta primeira fase. “Nesse período aproveitamos para desenvolver o rúmen para que os terneiros possam ir para o pasto. Substituímos o leite por uma ração equilibrada”, completa Botelho. Após este período, os terneiros passam a ser manejados em um piquete onde recebem um quilo desta mesma ração por dia, durante 30 dias. Na fase seguinte os animais continuam nos piquetes recebendo 1Kg ração/animal/dia, porém mudamos a ração para um outro tipo. Desta forma o programa se encerra com 80 dias de trato e os animais podem ser criados no manejo específico da fazenda, mas recomendamos o uso de um proteínado de alto consumo para manter os altos níveis de ganho de peso.

“Considerando um gasto de R$ 82 com a alimentação, preço do Kg da carne R$ 3,17, ganho de 50 Kg/terneiro, teremos um ganho de R$ 158,50. Portanto teremos um retorno de R$ 73,59 somente com o bezerro, fora os ganhos com a vaca e melhoria dos índices reprodutivos da fazenda”, completa o executivo lembrando que o bezerro ganha em média 700 gramas por dia (cerca de 56 kg no período do programa)


Fonte:
AGROLINK

Desmame incorreto causa estresse nos animais

Consultor alega que forma tradicional provoca inquietude e traz prejuízos à saúde dos bezerros e das matrizes


A maioria dos produtores aparta os bezerros e os desmama da maneira tradicional, com a retirada dos animais, com idade em torno de sete a oito meses, de perto das matrizes, levando-os para um pasto separado, sem contato visual e auditivo com as mães. Essa forma de manejo causa estresse muito grande a mães e filhos, que ficam dias tentando localizar uns aos outros, o que causa inquietude, além de prejuízos à saúde dos animais.
“O melhor é desmamar o bezerro de forma racional. Na hora do desmame, divida o pasto em dois, com um corredor no meio, e mantenha a matriz de um lado e o bezerro de outro. Dessa forma, haverá o contato visual e auditivo, que são sentidos importantes para o desenvolvimento do animal, mesmo que o contato físico não aconteça. Nos primeiros dias, o bezerro ficará na divisa do corredor, mas com o passar do tempo irá se acostumar a viver separado”, indica José Carlos Ribeiro, consultor da Boi Saúde.
Os animais já adultos também sofrem de estresse no dia a dia. Alguns produtores utilizam choques, espetos e pedaços de madeira para manejá-los, o que afeta diretamente a produção, como a de leite, por exemplo, e também o ganho de peso. “Sempre que for manejar o gado, verifique a iluminação do local, pois quando há mudança na luz, seja natural, seja com lâmpadas, o animal tem o receio de se locomover, pois geralmente tem uma boa visão. Caso se faça a mudança de local à noite, utilize iluminação indireta, assim o animal terá maior segurança ao se deslocar, saberá para onde está sendo guiado”, ressalta o consultor.
Nunca se deve utilizar objetos de metal nos locais de convívio do rebanho, como curral e pasto, que são propícios ao reflexo de luz solar; além de incomodar, fazem com que os animais empaquem e, assim, o produtor terá muito mais trabalho para manejá-los. Quando o animal empacar, nunca use choques ou espetos para forçá-lo a se dirigir ao local desejado, porque há o vínculo do sofrimento ao lugar, e o produtor terá problema para manejá-lo dessa forma.
Fonte: Boi Saúde

Cadela dá à luz 15 filhotes e tutora precisa criar esquema para amamentação


Uma cadela da raça springer spaniel de 2 anos deixou uma família de Nottingam, na Inglaterra, de cabelo em pé ao dar à luz 15 filhotes, na última quarta-feira, depois de 21 horas de trabalho de parto. Jessie e “bebês” passam bem, mas sua tutora precisou elaborar um esquema de revezamento para as mamadas. As informações são do Nottingham Post.

Carly Amstrong, uma dona de casa de 31 anos, contou ao jornal que acompanhou o parto de Jessie, mas nem passou pela sua cabeça que pudessem nascer tantos filhotes.

“O exame mostrou que poderia ser seis. Não sei se alguma springer spaniel já teve 15 filhotes antes, então, é bem legal”, disse Carly. Agora, a tutora de Jessie está tendo que dar uma forcinha pra organizar as mamadas e nenhum filhote passar fome.

“Estou tendo que dormir no andar de baixo da casa e tenho que fazer um rodízio de amamentação a cada duas horas para garantir que todos eles tenham nutrição suficiente. Estou cochilando quando dá”, conta Carly.

Os filhotes ainda não têm nome e os donos terão que esperar oito semanas até que eles possam ser adotados.

Fonte: Extra Globo


EUA: Nestlé passará a usar apenas ovos de galinhas criadas fora de gaiolas


Milhões de animais serão beneficiados pela mudança, resultado da parceria entre a World Animal Protection e a maior empresa de alimentos do mundo
A nova medida será implementada em toda cadeia de fornecedores dos Estados Unidos até 2020.

Com o anúncio, a Nestlé se une a inúmeras outras companhias que recentemente se comprometeram a parar de usar ovos de galinhas confinadas, como McDonald’s e Taco Bell.

Anualmente, 10 mil toneladas de ovos são usados nos produtos da Nestlé. A multinacional também anunciou que buscará atingir, em outros países, o mesmo padrão estabelecido para a América do Norte.
Parceria pela proteção animal

A World Animal Protection anunciou a sua parceria com a Nestlé em 2014. Desde então, tem trabalhado para desenvolver a expertise da empresa em proteção animal e torná-lo parte vital da sua Estratégia de Fornecimento Responsável.
Martin Cooke, chefe internacional de engajamento corporativo da World Animal Protection, destacou a importância do anúncio: “Quase 300 milhões de galinhas são mantidas presas em gaiolas industriais estéreis, onde cada galinha ocupa um espaço menor do que um iPad, impossibilitadas de esticar as asas ou de se movimentar livremente. Tudo isso para produzir um dos produtos mais básicos da indústria de alimentos – ovos”.

“Temos orgulho de ser parceiros da Nestlé, porque a empresa está escutando seus consumidores e colocando o bem-estar animal à frente do seu poder econômico”, afirmou Cooke.

“Eles estão adotando uma abordagem mais responsável quanto ao fornecimento de ovos, o que irá melhorar a vida de milhões de galinhas. Grandes empresas de alimentos, como a Nestlé, podem influenciar positivamente toda a cadeia de fornecedores”.

O foco da World Animal Protection é garantir o padrão mais alto possível de bem-estar tanto na criação, quanto no cuidado desses animais.
Repensando a produção de alimentos

O presidente de relações corporativas da Nestlé, Paul Bakus, observou: “Os nossos produtos estão nas geladeiras e despensas de consumidores socialmente conscientes em todo Estados Unidos. E nós compartilhamos com eles essa preocupação com o fornecimento responsável de ingredientes”.

“A mudança para ovos vindos exclusivamente de galinhas criadas fora de gaiolas é uma maneira de atender nossos consumidores e de estabelecer precedentes para o bem-estar dos animais de produção”.

Fonte:

O veneno de sapo que é usado como remédio na Amazônia



"Eu chorei sem parar durante dois anos. Quando apliquei o remédio, meu choro parou. Assim, categoricamente."
Daniel Valdés não tem dúvidas sobre o efeito que o veneno da rã amazônica kambô teve sobre ele na primeira vez que o tomou.
O uso desse veneno – proibido pelas autoridades brasileiras – no tratamento de várias doenças está se propagando internacionalmente, principalmente na América do Sul.
Entretanto, cientistas advertem que nenhum dos benefícios que foram atribuídos à substância foi comprovado e que, em alguns casos, seu uso pode levar à morte.
Os alertas não impediram que Valdés e muitos outros de fazerem o tratamento.
Ele tinha dúvidas, mas depois de dois anos de pesquisas sobre o assunto, e sofrendo de depressão após um divórcio, decidiu tentar.
"Apliquei (o remédio) e minha história mudou", disse o chileno à BBC. Ele repetiu a dose outras vinte vezes.
Uso está se expandindo pela América do Sul (Foto: BBC)Uso está se expandindo pela América do Sul (Foto: BBC)
'Ação em três frentes'
Valdés disse que a chave de sua transformação foi uma substância altamente tóxica secretada pelaPhyllomedusa bicolor , também conhecida como rã kambô, para se defender de seus predadores.
O animal de cor verde brilhante vive principalmente na selva do Estado do Acre, no noroeste do Brasil, mas também pode ser encontrado em outros países amazônicos, como Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Venezuela.
Tradicionalmente, grupos indígenas brasileiros como os katukinas, kaxinawás e yawanawás, entre outros, usam o kambô em rituais para reforçar o sistema imunológico.
Para isso, caçam a rã, que é identificada a partir do seu coaxar característico. Depois, amarrando as quatro extremidades do animal, extraem o veneno coçando suas costas com uma espátula.
Recentemente, esses rituais vêm sendo realizados por habitantes de grandes cidades, pessoas que não têm qualquer ligação com as culturas indígenas.
Indígenas caçam a rã e a "raspam" para retirar o veneno (Foto: BBC)Indígenas caçam a rã e a "raspam" para retirar o veneno (Foto: BBC)
Na internet, curandeiros oferecem seus serviços em Chile, Colômbia, Peru e até Espanha, cobrando até US$ 50 (R$ 175) por sessão.
O chileno Carlos Fuentes é um deles. Ele aprendeu a técnica com os índios katukinas, que habitam o Vale do Juruá. Fuentes disse que conviveu com a etnia durante quatro anos. Hoje, oferece sessões no Chile sob o nome de xamã Vuru.
"O kambô é um tipo de medicamento, não um remédio", disse à BBC.
"Ele atua em três frentes – física, mental e espiritual. E no alinhamento do ser para sua cura completa", disse.
Para que o kambô surta efeito, explicou, o paciente deve comparecer à sessão em jejum. Depois, ele toma três litros de água enquanto o curandeiro faz uma série de queimaduras superficiais, em formato de pontos, em sua pele.
"Na batata da perna, no caso das mulheres. E nos braços e peito, no caso dos homens”, explicou Fuentes.
Sobre esses pequenos ferimentos, o curandeiro aplicará a substância extraída da rã. Misturada com água e colocada para secar sobre uma tábua de madeira, o veneno tem agora consistência pastosa e cor branca.
aldeia varinawa (Foto: BBC)
Carlos Fuentes (à esq.) oferece tratamento com kambô no Chile (Foto: BBC)Carlos Fuentes (à esq.) oferece tratamento com kambô no Chile (Foto: BBC)
'Fogo'"Uns três ou quatro minutos depois, você sente um fogo correndo por seu corpo, uma chama que parte dos dedos dos pés e chega até a sua cabeça", contou Valdés. "Você sente o coração na garganta, fica congelado, transpira."
A dose – o número de pontos – e a periodicidade da aplicação dependem da idade e constituição da pessoa, assim como do número de vezes que ela utilizou a substância, explicam os curandeiros.
O número de pontos, por sua vez, depende do sexo, da idade e da constituição física do paciente.
"É como uma luta interna", disse Mauricio González, outro chileno que experimentou o kambô há três anos e, desde então, aplica a substância sempre que se sente "estressado e com energia baixa".
A reação dura 15 minutos.
"É uma reação física ao veneno de um sapo. Você está envenenado por um sapo", disse Valdés.
Número de pontos de aplicação depende de sexo, idade e complexidade do caso (Foto: BBC)Número de pontos de aplicação depende de sexo, idade e complexidade do caso (Foto: BBC)
Ao final dos 15 minutos, o "paciente" vomita e sente uma sensação de alívio. Cientistas dizem que essas reações são consequência do envenenamento. Já os adeptos da prática dizem que isso acontece porque a substância está eliminando toxinas e outros males do organismo.
"A melhora é imediata", disse Fuentes, o xamã Vurú. Ele contou que atende pessoas com todo tipo de problemas, desde viciados a pacientes com depressão e fibromialgia (síndrome que causa dores musculares e fadiga).
Outros profissionais que se dizem versados nas artes do kambô oferecem o tratamento contra inflamações, cansaço, tendinite, dor de cabeça, asma, rinite, alergias de todo tipo, úlceras, diabetes, problemas de pressão, colesterol alto, estresse, crises de ansiedade e redução da libido.
A internet está cheia de depoimentos de pessoas que dizem ter se curado de todos esses problemas após fazer o tratamento.
E Valdés, falando à BBC, disse que além de curar sua tristeza, o veneno de rã controlou sua hipertensão.
Veneno seca em um pedaço de bambu antes de ser aplicado (Foto: BBC)Veneno seca em um pedaço de bambu antes de ser aplicado (Foto: BBC)
Sem comprovação científica

Cientistas advertem, no entanto, que nenhuma das propriedades "milagrosas" atribuídas à substância foi cientificamente provada.
Segundo o biomédico Leonardo de Azevedo, do Instituto Oswaldo Cruz, em São Paulo, o veneno contém substâncias opióides – como as deltorfinas e as dermorfinas – que aliviam a dor e produzem uma sensação de bem-estar.
Portanto, o que os usuários estão vivenciando é uma reação biológica momentânea às substâncias químicas presentes no veneno, disse Azevedo à BBC.
O especialista em venenos disse que outras moléculas presentes na substância – como as dermaseptinas, as dermatoxinas, as phylloseptinas e as plasticinas – têm demonstrado, em laboratório, propriedades antimicrobianas, destruindo bactérias, protozoários, fungos e lombrigas.
Por isso, o veneno da kambô é citado em vários estudos que apontam seu potencial futuro no combate às superbactérias (bactérias resistentes a antibióticos).
Para especialista, aplicação "não é segura"; indígenas também alertam para uso indevido (Foto: BBC)Para especialista, aplicação "não é segura"; indígenas também alertam para uso indevido (Foto: BBC)
Mas tratam-se de estudos feitos em laboratório, ressaltou Azevedo. "É preciso muita pesquisa para avaliar se (a substância) também é eficiente lá fora", disse.
"É sabido que a maioria das moléculas que apresentam resultados promissoresin vitro falha quando é analisada ao vivo."
E Azevedo vai mais longe: "Na minha opinião, a aplicação do kambô não é uma prática segura".
"A Phyllomedusa bicolor jovem é parecida com a Phyllomedusa adulta, que tem secreções cutâneas tóxicas", explicou.
O especialista disse que xamãs menos experientes podem usar o veneno errado levando os usuários a sofrer efeitos secundários perigosos.
"Além disso, a má conservação pode favorecer o crescimento de micro-organismos resistentes no pedaço de bambu onde se coloca o veneno", acrescentou.
Outros especialistas, como Carlos Jared, diretor do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Butantan, em São Paulo – afiliado ao Ministério da Saúde, são da mesma opinião.
 Fuentes, por sua vez, diz que não há contraindicação (Foto: BBC)Fuentes, por sua vez, diz que não há contraindicação (Foto: BBC)
Proibido
A venda do veneno no Brasil, assim como qualquer publicidade sobre o assunto, foram proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Esta substância nunca foi submetida a análises químicas, algo essencial para eu se comprove sua eficácia e segurança", disse à BBC uma porta-voz da agência.
Há dez anos, os próprios índios amazônicos que usam a substância alertaram para os perigos do uso indevido e não autorizado, feito por xamãs inexperientes, do veneno.
"Estamos ouvindo falar muito que no sul do Brasil tem gente que usa (o veneno) sem nenhum respeito, tentando lucrar com a venda do leite da rã pela internet e aplicando-o sem nenhum preparo e sem a permissão dos povos indígenas, com risco, inclusive, de morte", disse Joaquim Luz, um líder yamanawá do Acre, em uma entrevista à Rádio Nacional da Amazônia em 2006.
Até o momento, houve dois relatos de mortes de usuários do veneno. No entanto, não há provas de que as mortes tenham ocorrido em decorrência do uso da substância.
Fonte:

15 de maio marca controle de infecção hospitalar - Um breve histórico da Anvisa


A infecção hospitalar é um freqüente e grave problema de saúde pública no país, que mobiliza ações tanto de caráter político como de pesquisas científicas e tecnológicas. O dia 15 de maio marca o compromisso nacional de controle de infecção hospitalar no Brasil, que desde meados da década de 60 vem se fortalecendo como prática indissociável da ação sanitária e de prevenção à saúde.


A Anvisa, como detentora da missão de resguardar a população dos riscos à saúde, desde a sua criação em 1999, desenvolve atividades voltadas ao fortalecimento do controle de infecção nos serviços de saúde do país.

Atualmente, as duas principais atividades para o controle de infecção são a implantação do Sistema Nacional de Informação para Controle de Infecções em Serviços de Saúde SINAIS e a formação da Rede de Monitoramento da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde.

Essas duas ferramentas auxiliam na identificação e monitoramento das infecções, contribuindo para a priorização das ações de controle e organização das diretrizes e políticas nas esferas de gestão, municipal, estadual e federal.

Leia um breve histórico do controle de infecção no país.

As Informações são da Assessoria de Imprensa da Anvisa