segunda-feira, 27 de agosto de 2018

O que fazer se o meu cachorro está estressado


Saber se um cachorro está estressado dependerá de cada caso em concreto e, por vezes será difícil identificar se não tivermos experiência anterior nisso. É recomendável consultar um especialista se este problema gerar situações graves.

Por esse motivo, queremos ajudá-lo para aprender a identificar as causas que causam estresse no seu animal de estimação com uma série de truques e conselhos para o prevenir e favorecer o seu bem-estar.

Como podemos medir o estresse?

O estresse combina vários fatores, entre eles a adaptação ao ambiente, as necessidades do cachorro e a sucessão de fatores positivos que alegram a sua vida. Desta forma, se não cumprirmos com estes requisitos básicos o nosso cachorro ficará estressado.
O bem-estar de um animal consegue-se ao cumprir com as cinco liberdades do bem-estar animal que incluem de forma resumida:
  1. Livres de sede, fome e desnutrição
  2. Livres de desconforto
  3. Livres de dor, doença e feridas
  4. Livres de expressão
  5. Livres de medo e estresse.
Cumprindo com todas estas necessidades e observando um cachorro saudável podemos afirmar que se trata de um cachorro que tem bem-estar.

Como identificar um cachorro estressado

Podemos pensar que cumprimos com todas as liberdades do cachorro e que este desfruta de uma vida feliz, mas por vezes deparamo-nos com comportamentos que mostram que esse cachorro não é em absoluto feliz, e além disso sofre de uma situação de estresse importante.
Se não resolvermos este problema que, influenciado pelo ambiente, as necessidades sociais e outras causam um problema mental, podemos fazer com que o nosso animal de estimação comece a sofrer de mudanças no seu comportamento, o que deriva em problemas de comportamento.
Algumas pistas que nos indicam estresse no nosso animal de estimação são:
  • As estereotipias: Tratam-se de comportamentos ou movimentos repetitivos que não têm função nenhuma. Nas cadelas podemos falar de casos de cachorros que dão voltas sobre si mesmos durante horas, isso é efetivamente uma estereotipia.
  • A agressividade: Se até agora o nosso animal era um animal de estimação com um comportamento normal e começa a desenvolver agressividade perante determinadas situações, estas repercutem evidentemente na saúde do nosso animal, aumentando os seus níveis de estresse. Por vezes este pode ser o motivo de ele começar a morder mais até nas brincadeiras.
  • Apatia: Embora alguns cachorros demonstrem o seu estresse através da agressividade ou de comportamentos extremos, também existem casos de cachorros que não demonstram nenhum comportamento.
  • O excesso de atividade: Não é a mesma coisa que falar de um cachorro incansável. Tratam-se de animais de estimação que apesar de estarem extremamente cansados são incapazes de parar os seus movimentos e o seu comportamento.
  • Utilizar o reforço negativo ou a agressividade: Além de ser perigoso não só para nós, mas também para quem se encontra no nosso meio, estes comportamentos geram um grande nível de estresse no nosso cachorro. Devemos evitar todo o tipo de comportamento negativo.
  • Medo: Pode tratar-se de medo das pessoas, de outros cachorros ou podemos falar de medo generalizado. Aqueles cachorros que tiveram experiências muito negativas na sua vida podem sofrer de medo que gera estresse.

O que devemos fazer para melhorar o bem-estar?

Um cachorro com graves problemas de agressividade ou medo deve ser tratado por um especialista, pois por vezes e devido a um desconhecimento, podemos não estar agindo corretamento. Desta forma, durante o tempo que estiver à espera para ir a um profissional deve seguir estes conselhos:
Além de cumprir com as necessidades básicas do seu animal, é muito importante que você comunique com ele de forma adequada. Utilize o reforço positivo para incentivar aqueles comportamentos que sejam adequados com guloseimas, carícias e inclusive uma palavra amável. Não é preciso ser demasiado generoso, mostrar carinho ao cachorro será suficiente.
Quando fizer algo que não gosta, deverá dizer um "Não" de forma firme e segura, sempre que estiver tendo esse comportamento errado nesse preciso instante. É muito importante nunca o magoar ou utilizar coleiras de descargas elétricas ou idênticas, isso só irá deixar o seu cachorro mais estressado.
Perante um cachorro com medo devemos procurar tranquilidade e segurança, por esse motivo não devemos forçá-lo a relacionar-se ou a interagir com outros cachorros ou pessoas, dependendo do seu medo. Quando eles próprios se sentirem preparados procurarão relacionar-se.
Incentive o relaxamento tanto dentro como fora de casa, desta forma será mais adequado passear com o seu animal nas horas tranquilas e não fomentar comportamentos que o excitem em excesso.
Devemos estimulá-lo com brincadeiras e atividades que lhe permitam desenvolver-se e ter um comportamento feliz e próprio de um cachorro.
Por último, referimos a importância de passar tempo com o seu cachorro e passear pelo menos de 60 a 90 minutos por dia, estas são técnicas que irão melhorar consideravelmente os seus níveis de estresse.