sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Tudo sobre a Febre Aftosa no Brasil


O Brasil, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com a participação dos serviços veterinários estaduais e do setor agroprodutivo, segue na luta contra a febre aftosa em busca de um país livre da doença.
O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como estratégia principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A execução do PNEFA é compartilhada entre os diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial com participação do setor privado, cabendo a cada um as responsabilidades destacadas na figura abaixo. Os governos estaduais, representados pelas secretarias estaduais de agricultura e instituições vinculadas, responsabilizam-se pela execução do PNEFA no âmbito estadual.

Atendimentos a Suspeitas de Doenças Vesiculares

Toda suspeita de doença vesicular é de notificação imediata e obrigatória.
Qualquer pessoa que verifique a existência de sinais clínicos, tais como, babeira, manqueira, feridas na boca, patas e úbere de bovinos, búfalos, caprinos, ovinos, suínos, além de outras espécies de casco fendido, deve comunicar imediatamente e solicitar uma visita do Serviço de Defesa Sanitária Animal de seu estado (ver lista em Contatos PNEFA), através dos escritórios locais de atendimento.Um veterinário oficial fará a inspeção dos animais e, caso se confirme como uma doença vesicular, tomará as providências necessárias,  como colheita de amostras para diagnóstico laboratorial e estabelecimento de medidas emergenciais de proteção para evitar que a doença se espalhe.

Contato

Coordenação de Febre Aftosa – CFA Telefone: +55 (61) 3218-2686
pnefa@agricultura.gov.br
Superintendências

Ministério da Agricultura: Sanidade Animal


A saúde animal, numa visão ampliada, envolve questões relacionadas a enfermidades dos animais, saúde pública, controle dos riscos em toda a cadeia alimentar, assegurando a oferta de alimentos seguros e bem estar animal.

Para assegurar a saúde animal, é necessária a existência de serviços veterinários bem estruturados, capacitados e aptos para detecção e adoção precoce das medidas de controle e erradicação das doenças.

Em sintonia com a Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, que reconhece os serviços veterinários como um bem público mundial, o serviço veterinário brasileiro, responsável pela condução da política de saúde animal, compartilha com o setor privado as responsabilidades para aplicação das medidas que objetivam a melhoria da saúde animal.

Legislação Brasileira sobre o transporte de animais domésticos


Todos os procedimentos legais que devem ser adotados pelos donos de animais de companhia, referentes à importação e exportação aéreas, estão reunidos na Instrução Normativa 53, em vigência desde 16 de novembro de 2009. Nela, estão listados a documentação exigida para cada caso. Também tratam do assunto as Portarias 430, que estabelece normas e procedimentos gerais para as viagens internacionais, e a 429, destinada especificamente aos países do Mercosul, ambas de outubro de 1997.
Cada país tem suas exigências específicas. Por isso é importante prestar atenção. Quando o país de destino não constar na relação fornecida pelo Ministério da Agricultura, o dono do animal deve procurar a orientação do Vigiagro, cujos postos estão espalhados em portos, aeroportos e pontos de fronteira.
 

Transporte nacional de animais domésticos


Para o transporte interno de cães e gatos, é necessário apenas o atestado de saúde assinado por veterinário habilitado, que deve atentar para a assiduidade da vacinação antirrábica.  
A acomodação dos animais de companhia em viagens aéreas, terrestres ou marítimas é definida pela empresa responsável pelo transporte. As exigências variam e o animal pode viajar em qualquer compartimento, desde que o seu peso e a gaiola sejam compatíveis com o ambiente e as exigências da empresa transportadora. 

Algumas companhias exigem que animais suscetíveis a estresse sejam sedados antes do embarque. Por isso, é sempre aconselhável procurar as empresas de transporte com antecedência. Nas viagens internacionais, as companhias aéreas aplicam as normas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Aita).

Transporte Internacional de animais domésticos


O trânsito de cães e gatos entre países exige algum documento emitido pela autoridade veterinária do país de origem e aceito pelos países de destino, que ateste as condições e o histórico de saúde do animal de estimação bem como o atendimento às exigências sanitárias do país de destino. No Brasil, os documentos utilizados para essa finalidade são o CVI (Certificado Veterinário Internacional) e o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos que são expedidos pelo Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), órgão vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do MAPA.

Cada país tem requisitos específicos para autorizar o ingresso de cães e gatos no seu território. É muito importante que o proprietário planeje com antecedência a viagem do seu animal para ter tempo suficiente de atender todas as exigências do país de destino, o que às vezes pode requerer alguns meses.

É responsabilidade do proprietário do animal procurar se informar sobre as exigências junto à embaixada/consulado do país de destino. Nos links abaixo você encontra uma lista com os principais destinos e suas exigências sanitárias.

Perguntas e Respostas frequentes sobre Viagens Internacionais com Cães e Gatos








Para saber onde emitir o Passaporte de cães e gatos ou o CVI, consulte a Divisão de Defesa Agropecuária (DDA) da Superintendência do seu Estado.Clique aqui para saber o endereço da SFA mais próxima. Para levar o seu animal com você na próxima viagem, siga os passos abaixo:



1. Uma vez definido o país de destino, leve ao Médico Veterinário de seu animal os requisitos, obtidos junto ao consulado ou embaixada de cada país, para que ele avalie e emita, quando for o caso, um certificado que ateste que seu animal de estimação cumpre com cada uma das exigências do país para onde você vai viajar. Disponibilizamos, como forma de facilitar a consulta, uma lista com os principais destinos e seus requisitos, entretanto recomendamos fortemente que os mesmos sejam confirmados com as autoridades do país de destino, pois eles podem ser alterados sem aviso prévio.

2. Imprima e preencha o Requerimento de Fiscalização para Animais de Companhia.

3. Caso tenha interesse em obter um passaporte para seu animal e o mesmo se encontrar apto a tal (conforme disposto na IN 54/2013), imprima e preencha o Requerimento para Concessão de passaporte para Cães e Gatos.

4. Após obter todos os documentos requeridos e preencher os formulários necessários, contate a Divisão de Defesa Agropecuária (DDA) mais próxima para agendar uma entrevista para concessão do documento de viagem do seu animal de estimação. Programe-se com antecedência para que esta entrevista ocorra entre 10 e 2 dias da data da viagem, de modo que imprevistos não impeçam seu animal de embarcar com você.

Tenha em mãos, no dia da entrevista, toda a documentação requerida pelo país de destino, o certificado veterinário que ateste que o animal cumpre com o exigido, documentação comprobatória (como exames, vermifugações e vacinações) e requerimentos necessários devidamente preenchidos.



Folder Passaporte Cães e Gatos - Principais dúvidas



Países que aceitam o Passaporte para trânsito de cães e gatos



Requerimentos sanitários de cada país para receber cães e gatos estrangeiros:

Clique no país de interesse e confira o documento em PDF com as exigências necessárias para viajar com tranquilidade.




África do Sul

Emirados Arabes

Omã


Austrália

Hong Kong

Panamá


Bolívia

Índia

Peru


Canadá

Israel

Suíça


Chile

Japão

Taiwan


Colômbia

Mercosul

União Européia


Cingapura

México

Venezuela


Equador

Noruega

Vietna


Estados Unidos da América

Nova Zelândia

Outros países não listados

É preciso vacinar - MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE


A raiva continua representando um grave
problema de Saúde Pública, pois apresenta
um índice de letalidade de 100%
para os indivíduos doentes. Apesar de
existirem dois casos recentes de raiva
humana que evoluíram para cura, ocorridos nos Estados
Unidos e em Recife/Brasil, outros casos submetidos aos
mesmos protocolos de tratamento não obtiveram êxito.
O Estado de São Paulo apresenta a condição de controle
epidemiológico da raiva canina e felina. Os dados
de Vigilância Epidemiológica da doença subsidiados por
resultados de laboratório indicam a ocorrência de casos
nas duas espécies quando a transmissão ocorre pelo contato
com morcegos hematófagos ou não. Esta situação é
evidente desde o ano de 1998, sendo o vírus compatível
com a variante de Desmodus rotundus, infectando cães
e gatos com idade média de cinco meses e que não foram
vacinados previamente, na maioria das ocorrências.
O último caso autóctone de raiva humana, no Estado
de São Paulo, ocorreu em 2001, tendo sido transmitido
por um gato de cinco meses de idade, não vacinado, e a
variante viral foi compatível com Desmodus rotundus.
Estas considerações mostram que a situação epidemiológica
de controle está estabelecida, mas existe um
contingente de cães e gatos susceptíveis que favorece a
reintrodução do vírus rábico, caso os animais deixem de
ser vacinados nas proporções recomendadas pela Organização
Mundial da Saúde, pelo Ministério da Saúde
e pela Comissão Estadual do Programa de Controle da
Raiva de São Paulo. As metas anuais estabelecidas são de
80% das populações canina e felina estimadas para cada
um dos municípios do Estado de São Paulo.
No ano de 2010, o Ministério da Saúde distribuiu
as vacinas de cultivo celular, para uso em cães e gatos
de todos os Estados brasileiros, o que constituiu um
grande avanço nas técnicas adotadas para as atividades
de vacinação de cães e gatos, seja em campanhas anuais,
tratamento de áreas de focos de raiva ou em rotinas de
atendimento a proprietários que obtiverem cães e/ou gatos
após o período das campanhas. As vacinas de cultivo
celular oferecem maior potência imunogênica, permitindo
melhor resposta celular e humoral, garantem imunidade
por períodos de dois a três anos após a vacinação
e permitem dispensar de dose de reforço os cães e gatos
primo-vacinados.
As vacinas fornecidas pelo Ministério da Saúde foram
apresentadas em frascos de múltiplas doses, e formulação
compatível com as mesmas vacinas disponíveis em
frascos de doses únicas, utilizadas em estabelecimentos
veterinários particulares. A diferença entre as duas
apresentações era a concentração de conservantes que
garantissem a preservação do produto. Nos primeiros
dias de administração ocorreram eventos adversos temporalmente
associados às vacinas, com coeficientes de
incidência significantemente superiores aos referidos
na literatura. Os eventos adversos apresentaram grande
intensidade e uma parcela dos casos evoluiu para óbito
nas primeiras 24 horas, sobretudo em animais de pouca
idade e com baixo peso.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo recomendou
imediata interrupção das campanhas municipais
de vacinação de cães e gatos, estabeleceu contatos
com especialistas de universidades, órgãos oficiais e laboratórios
de referência, para identificar as causas dos
eventos adversos temporalmente associados às vacinas
contra a raiva, avaliar as características físico-químicas e
testar novamente a qualidade da vacina.
Posteriormente, o Ministério da Saúde identificou
ocorrências similares em outros Estados e determinou a
suspensão das campanhas em todo o território brasileiro
(Nota Técnica 150, de 07/10/2010).
Os estudos indicados para esclarecer as ocorrências
ainda estão em andamento. Por se tratar de uma análise
complexa, os resultados de diversos exames não foram
liberados.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo optou
pela aquisição de novo produto, em frascos de uma e de
dez doses de vacina, a fim de atender parcialmente as necessidades
de rotina dos municípios, aguardando que o
Ministério da Saúde informe as providências que deve
adotar para voltar ao fornecimento normal de vacinas
contra a raiva de cães e gatos. O andamento do processo é
lento e os laboratórios precisam dispor da quantidade requerida,
encontrando-se sem previsão a disponibilidade
do imunobiológico.
A forma mais eficaz de impedir a ocorrência de raiva
humana transmitida por cães e gatos é manter os animais
destas duas espécies vacinados, de modo a formar uma
barreira imunológica que impeça a disseminação dos
vírus. Seja em órgãos oficiais ou em estabelecimentos
veterinários particulares, os proprietários precisam ser
incentivados a vacinar seus animais de estimação.
Em tempo: Dra. Maria de Lourdes Reichmann nos envia
um trecho da nova Nota Técnica do MS:
NOTA TÉCNICA N.º 161 /2010 – DEVEP/SV
Em função do resultado encontrado nas avaliações laboratoriais
da partida nº 059/10 e dos estudos epidemiológicos efetuados,
decidiu-se pela suspensão definitiva do seu uso na rede pública
de saúde, e o quantitativo da referida partida existente nos estados
e municípios deverá ser destruído, adotando-se todos os procedimentos
legais necessários por parte do Ministério da Saúde e
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
12. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
esclarece ainda:
Vale ressaltar que 100% das partidas da vacina fabricadas e importadas
são testadas em laboratórios oficiais antes de serem
comercializados, para avaliação da segurança e eficácia e, na
ocasião, não foi detectado nenhum problema no processo produtivo
da vacina anti-rábica canina.
Brasília, 29 de novembro de 2010.

Ministério da Saúde
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

NOTA TÉCNICA Nº 150
(reproduzimos parte da nota técnica)
Vacina contra Raiva Canina e Felina em Cultivo Celular
07-10-10
(a redação se permitiu de omitir a marca da vacina)

Maria de Lourdes A. B. Reichmann
Médica Veterinária, Dra. em Medicina Veterinária, Assistente Técnica
de Saúde do Instituto Pasteur

Fonte:

Os progressos do diagnóstico por imagem





Poucos colegas tiveram a oportunidade
de acompanhar a evolução
da Clinica Médica e Cirúrgica de
pequenos e grandes animais nestes
últimos cinqüenta anos.

Para avaliar a substancial mudança
ocorrida com o advento dos diferentes
métodos de diagnósticos que contamos
atualmente, lembramos que no
caso da radiologia, inicia-se com o
uso do primeiro aparelho de Raios X,
GE de 30 mA, instalado na Faculdade
de Medicina Veterinária da USP na
década de quarenta.

Na cidade de São Paulo, por
exemplo, dez anos depois existiam
apenas outros três aparelhos portáteis
colocados em clinicas de pequenos
animais e outro no Jockey
Club. Entretanto com a compra de
equipamento Siemens de 1.000 mA,
pela Veterinária da USP e a instalação
das Disciplinas de Radiologia na
UNESP-Botucatu e na USP, iniciouse
o ensino do Radiodiagnóstico e o
interesse dos colegas pelas imagens
radiográficas.

Para se ter idéia da lenta evolução,
em 1995, dos 43.000 veterinários
oriundos de 25 Faculdades no Brasil,
apenas sete docentes respondiam
pelo ensino da Radiologia.

O panorama da Clinica, tanto de
pequenos como de grandes animais,
a partir da década de 90, mudou rapidamente
com a instalação de melhores
equipamentos, radiográficos
e de análises clínicas em Hospitais,
Clinicas e Centros de Diagnósticos.

A ultrassonografia veio logo a seguir
contribuindo para diagnósticos
mais precisos.

A partir da década de noventa,
tanto o radiodiagnóstico com a ultrassonografia
começaram a embasar
o caminho de novos métodos de
imagem como a Tomografia Computadorizada
(TC) e a Ressonância
Magnética (RM) que hoje fazem
parte do cotidiano do trabalho dos
Médicos Veterinários. Os clínicos
dispõe de Tomografia Computadorizada
funcionando na FMVZ da USP,
UNESP-Botucatu, e em outros seis
particulares em São Paulo. Temos
também duas clínicas com Ressonância
Magnética em São Paulo.

Tomografia computadorizada
No que tange aos exames de Tomografia
Computadorizada (TC) seu
aprendizado passa por etapas que
precisam ser vencidas e a sugestão é
para que seja bem usada a partir da
avaliação do caso clinico e dos outros
exames solicitados. Lembramos
ainda que o uso da anestesia geral é
imprescindível, embora a aquisição
das imagens seja rápida. Na grande
maioria das vezes são usados meios
de contrastes iodados, tanto iônicos
como não iônicos.

Com a Tomografia Computadorizada
(TC) as afecções poderão ser
estudadas por meio de exame não
invasivo e altamente confiável que
visibilizam as estruturas em planos
transversal, sagital e dorsal por meio
de reconstruções multiplanares e em
3D, sem a sobreposição de estruturas
anatômicas adjacentes.

O uso da TC de modo geral pode
ser utilizado nas seguintes alterações:
• Cabeça
- Cavidade nasal e seios paranasais:
Rinite, sinusite e neoplasias
- Cavidade oral: Fraturas, neoplasias
e avaliação da arcada dentária
- Bula timpânica e canal auricular:
Otite, pólipos e neoplasias
- Articulação temporomandibular: Fraturas,
luxação, processos congênitos
(displasia) degenerativos e neoplásicos
- Crânio: Fraturas e fissuras.
- Encéfalo: Neoplasias, dilatação
ventricular e hemorragias agudas
(intraparenquimatosa) e hematomas
subdurais
• Sistema músculo esquelético –
axial e apendicular
- Neoplasias ósseas e de partes moles;
hérnias de disco e processos degenerativos
vertebrais. Fraturas e Displasia
do cotovelo.
• Tórax
- Campos pulmonares e mediastino:
Massas e metástases pulmonares;
massas mediastinais, avaliação de
grandes vasos (aneurismas, trombos,
anomalias do anel vascular).
• Abdômen
- Neoplasias, Shunt Portossistemico,
processos obstrutivos intestinais e
de vias urinárias, trajetos fistulosos,
pesquisa de ureteres ectópicos,
avaliação de grandes vasos (aneurismas,
trombos)

Voltamos a aconselhar àqueles
que estão se iniciando no aprendizado
dos métodos de imagem que
aprimorem seus conhecimentos na Clinica, e especialmente nos métodos
de imagens que embasarão em futuro
próximo a utilização de outras técnicas
como a Medicina Nuclear, tanto
em pesquisa como na rotina clínica.
Prof.Dr. Benedicto Wlademir de Martin
(11) 3016-0200 | http://www.ivi.vet.br
Principais indicações do exame
de ressonância magnética na
medicina veterinária

Nas últimas décadas acompanhamos
os enormes avanços na
imagenologia veterinária. Se antes
contávamos apenas com radiografias
convencionais, hoje é possível afirmar
que muitas clínicas, hospitais
e centros diagnósticos contam com
equipamentos de radiografia digital,
permitindo obter imagens com maior
resolução e aparelhos de ultrassom
com mais recursos e imagens cada vez
mais nítidas. Os métodos de imagem
setoriais (tomografia computadorizada
– TC e ressonância magnética –
RM) só não estão mais difundidos na
nossa prática devido ao seu alto custo
de implantação. Mesmo assim, nos
últimos anos pudemos acompanhar
o aumento do número de tomógrafos
e, a partir de agora, de aparelhos de
ressonância magnética.

A RM permite visibilizar estruturas
até então “invisíveis” ou pouco
visíveis aos outros métodos com alta
qualidade de imagem, possibilitando
o pronto reconhecimento de vários
órgãos e estruturas anatômicas. Isso
pode nos levar a utilizá-la em situações
onde seria possível alcançar o
diagnóstico através de outros procedimentos
mais simples. Como se
trata de um exame relativamente
longo, de custo mais elevado e que
requer anestesia geral, é muito importante
conhecer as suas aplicações
e quando é ideal solicitá-lo.

A principal aplicação da RM está
no sistema nervoso central. Nenhum
outro método de imagem consegue
individualizar tão bem o cérebro, cerebelo,
medula e nervos e com tanto
contraste entre as estruturas. Lesões
intracranianas como neoformações,
metástases, doença vestibular,
processos degenerativos, episódios
isquêmicos ou hemorrágicos e traumatismo
crânio-encefálico são as
principais indicações, onde a RM é
mais recompensadora em termos
diagnósticos e também prognósticos.
Animais paralisados após um
episódio traumático, por suspeita de
neoformação intramedular ou discopatia,
também podem se beneficiar
muito desse método de imagem. A
RM é capaz de evidenciar o local da
lesão e o grau de compressão que a
medula está sendo submetida, além
de avaliar o quanto o disco intervertebral
está degenerado e se há
fraturas e desvios ósseos no local,
respondendo a questão da integridade
medular e possibilitando uma
melhor decisão cirúrgica e maior
acuidade no prognóstico.

Fora do sistema nervoso central a
RM tem aplicações bastante promissoras,
sendo possível avaliar lesões
em ligamentos, meniscos, cápsula
articular e mudança no sinal dos ossos
e músculos. Exames do sistema
musculoesquelético podem fazer a
diferença nos animais que claudicam
e que não apresentaram alterações
radiográficas ou nos animais que não
apóiam o membro após uma cirurgia.
Eles podem ser diagnosticados
com tendinites, tenosinovites ou
rupturas de ligamentos, como o cruzado
cranial. Além disso, as alterações
inflamatórias e degenerativas
decorrentes dessas lesões também
são diagnosticáveis.

Conforme novos estudos vão
sendo concluídos novas técnicas,
aparelhos, bobinas e sequências são
criadas, aumentando o escopo de
aplicações clínicas da RM, permitindo
que nossos pacientes tenham
cada vez mais qualidade nos diagnósticos
e nós mais informações para
basear nossas decisões clínicas e cirúrgicas,
além de garantir um prognóstico
mais preciso.

Felipe Andrei Suárez Abreu
Médico Veterinário - CRMV/SP 19.543
Provet Medicina Diagnóstica - Unidade Aratãs
Avenida Aratãs, 1009 - Moema - São Paulo – SP
Felipe Suárez [felipeasa@gmail.com]

Fonte: