quinta-feira, 21 de abril de 2016

Mudanças climáticas podem gerar rombo financeiro trilionário



As mudanças climáticas podem gerar um rombo de US$ 2,5 trilhões no valor dos ativos financeiros em todo o mundo, de acordo com a primeira grande estimativa de modelagem econômica já realizada sobre o assunto.


Essas perdas valem para o cenário da temperatura média da superfície global alcançar 2,5° C acima do nível pré-industrial, até 2100.

O estudo é assinado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Grantham sobre Mudanças do Clima e do Ambiente na London School of Economics and Political Science and Vivid Economics e foi publicado hoje (4) na revista "Nature Climate Change".

Esse número, no entanto, pode ser maior. Nos piores cenários, muitas vezes usados pelos reguladores para verificar a saúde financeira das empresas e das economias, as perdas poderiam subir para US$ 24 trilhões, ou 17% de todos os ativos do mundo, e arruinar a economia global.

Os autores ressaltam que essas somas são maiores do que os US$ 5 trilhões estimados para a capitalização total do mercado de ações das empresas de combustíveis fósseis atualmente.

As perdas seriam causadas pela destruição direta de ativos devido ao aumento de eventos climáticos extremos e também por uma redução nos lucros para os afetados por altas temperaturas, secas, além de instabilidade geopolítica, entre outros impactos da mudança climática.

Segundo o pesquisador Simon Dietz, "os resultados podem surpreender os investidores, mas não será surpresa para muitos economistas que se debruçam sobre os efeitos das mudanças climáticas".

Se forem tomadas medidas para combater as mudanças climáticas, o estudo descobriu que seria possível reduzir as perdas financeiras globais.

"Ao longo dos últimos anos, os modelos econômicos vêm gerando estimativas cada vez mais pessimistas sobre os impactos do aquecimento global sobre o crescimento econômico futuro. Mas também descobrimos que cortar os gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global a não mais do que 2°C reduz substancialmente o valor em risco frente ao clima."

Num cenário mais positivo, limitar o aquecimento a 2°C até 2100 reduziria significativamente as perdas. Nesse caso, o valor médio dos ativos financeiros globais em risco seria de US$ 1,7 trilhão, com 1% chance de que US$ 13,2 trilhões estejam em risco.

Preocupações sobre aquecimento global já encabeçam as discussões de economistas. Em janeiro, o Fórum Econômico Mundial disse que o fracasso da adaptação e mitigação das mudanças climáticas.


Fonte:

Principais causas de intoxicações em cães e gatos


Segundo o especialista, as principais causas de intoxicação são o uso inadequado de raticidas e medicamentos sem prescrição do médico veterinário

Não é raro um animal, seja ele cão ou gato, ingerir um produto que possa causar-lhe intoxicação. Casos como este são rotineiros em clínicas veterinárias.

“Há anos venho atendendo no consultório casos de intoxicação, sejam eles acidentais ou intencionais, que ocorrem principalmente no ambiente doméstico e envolvem diferentes agentes tóxicos, tais como agrotóxicos de uso agrícola, produtos de limpeza, raticidas e medicamentos humanos”, conta o médico veterinário Gabriel Altoé.
Segundo o especialista, as principais causas de intoxicações são o uso inadequado de raticidas e medicamentos sem prescrição do médico veterinário, principalmente os analgésicos, sedativos e anti-inflamatórios.
Gabriel aponta alguns medicamentos de uso em humanos que podem causar intoxicação em cães e gatos.
Ácido acetilsalicílico
Base de medicamentos como Aspirina, AAS, Doril e Melhoral, é um anti-inflamatório extremamente tóxico para gatos, devido à deficiência de uma enzima hepática no animal que faria a metabolização e eliminação do composto. "Seu uso é contra indicado para gatos ou só pode ser utilizado de acordo com indicação e supervisão de um médico veterinário", explica o especialista.
Diclofenaco
Muito utilizado por humanos no tratamento de dor e inflamações, o diclofenaco é à base de medicamentos como Cataflan e o Voltaren. Em cães e gatos pode ocasionar diversos problemas como úlceras hemorrágicas com vômitos e diarreia com sangue, além de insuficiência renal.
Paracetamol
"O analgésico presente em produtos como Tylenol, pode ser fatal para gatos, pois o organismo dos felinos não consegue eliminar o medicamento", explica Gabriel. Pode causar intoxicação em cães e gatos, resultando em falta de ar, vômitos e aumento na salivação, podendo resultar o coma.
Intoxicações causados por raticidas
Carbamatos
A ingestão de "chumbinho" por cães e gatos. Segundo o veterinário o efeito do veneno e rápido aparecendo 5 a 10 minutos após a ingestão. Os sinais irão depender do tamanho do animal e da quantidade ingerida. Grandes quantidades podem causar morte súbita. Os sinais de intoxicação podem ser vários: salivação, vômitos, diarreia, convulsão, inquietação ou prostração, tremores, falta de ar, hemorragia oral ou nasal, fraqueza, pupilas contraídas, etc. O veneno causa lesões nos pulmões, fígado e rins. Podendo levar a morte.
Fonte:


A frágil saúde dos rios tem um recado sério para o Brasil


Apesar do complemento "básico" no nome, o saneamento é um gargalo histórico no Brasil e nem mesmo a grave crise hídrica de 2014 conseguiu mudar esta sina. Uma abrangente pesquisa da ONG ambientalista SOS Mata Atlântica divulgada neste 22 de março, Dia Mundial da Água, comprova que pouco se tem feito para preservar este bem essencial à vida lá na sua origem - os rios, córregos e lagos do país.
O levantamento mediu a qualidade da água em 289 pontos de coletas distribuídos em 76 municípios de 11 estados brasileiros e do Distrito Federal e constatou que nada menos do que 36,3% dos pontos analisados apresentam qualidade ruim ou péssima.

Outros 59,2% estão em situação regular, o que significa um estado de alerta. Do total, apenas 13 pontos foram avaliados com qualidade de água boa (4,5%). Nenhum, porém, foi avaliado como ótimo.

Os dados da pesquisa foram coletados entre março de 2015 e fevereiro de 2016, um período marcado por fortes chuvas, e comparados aos resultados da pesquisa anterior, de março de 2014 a fevereiro de 2015, quando as regiões Nordeste e Sudeste enfrentaram uma grave estiagem.

"Buscamos essa comparação para ver como como os picos climáticos impactam na qualidadde da água e no controle de poluentes. Existe uma percepção de que as chuvas aumentam a capacidade de autodepuração dos poluentes nos rios. Mas a gente tem notado que, nos últimos anos, as chuvas têm influenciado negativamente a qualidade da água em regiões urbanas, principalmente nas áreas metropolitanas, como São Paulo", explica Malu Magalhães, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.

Neste ano, a cidade de São Paulo perdeu dois pontos que, até 2015, apresentavam qualidade de água boa, localizados em áreas de manancial no Parque dos Búfalos (Represa Billings) e em Parelheiros (Represas Billings/Guarapiranga).

O que mudou
Na comparação em todo o país, 125 pontos de coleta monitorados apresentaram tendência de comprometimento da qualidade da água, com leve piora nos indicadores. Houve ainda um aumento dos pontos com qualidade ruim de 41,6% para 47,2% e apenas 3,2% dos rios seguem apresentando qualidade de água boa.

Falta de tratamento de esgoto, lançamento ilegal de efluentes industriais e desmatamento associado a ocupações irregulares e a mudanças no uso do solo próximo a mananciais são as principais causas de poluição das águas e fontes de graves doenças de veiculação hídrica, como diarréia, hepatite e cólera.

Diante de números tão preocupantes, o estudo assinala o papel fundamental do cuidado com o meio ambiente natural para a garantia de água de boa qualidade. Boa parte dos pontos (4,5%) que se encaixaram nessa categoria estão localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas.

Em contrapartida, nas áreas com pouco cobertura verde, como a Cantareira, que possui apenas 20% de vegetação remanescente, as fortes chuvas aumentam as cargas difusas de poluição, como lixo, material particulado de veículos diesel e a gasolina, sedimentos, entre outros.

"Temos aí um alerta para as autoridades de que as chuvas não resolvem o problema da poluição. Mudar esse quadro exige que o saneamento entre para as prioridades dos gestores públicos", aponta Malu.

O tamanho do desafio
Em um país onde metade da população ainda não tem esgoto coletado em suas casas e cerca de 35 milhões de pessoas nem sequer têm acesso a água tratada, tal ambição pode parecer fadada ao fracasso.

Historicamente, o setor de saneamento sempre foi visto como uma espécie de patinho feio da infraestrutura, e o estudo comprova este descaso.

O próprio Plano Nacional de Saneamento Básico postergou a universalização do saneamento no país para 2033 - sendo que antes o prazo era até 2020 - em virtude da falta de investimentos no tratamento de esgoto e para acabar com os lixões nos municípios.

De acordo com a especialista da SOS Mata Atlântica, esses indicadores reforçam a importância da campanha "Saneamento Já", lançada pela ONG com o objetivo de engajar a sociedade em uma petição pela universalização do saneamento e por água limpa nos rios e praias brasileiras.

"As pessoas não associam a questão da saúde ao saneamento, coleta de esgoto e de lixo e acesso à agua tratada. Só a mudança de mentalidade vai transformar o saneamento em prioridade" diz. "Os rios são espelhos das políticas públicas, se a saúde deles vai mal, alguma coisa não está sendo feita", alerta.

É fato que o cenário econômico desfavorável e os cortes nos gastos públicos do ajuste fiscal devem reduzir os investimentos no setor, mas a implementação de projetos de melhoria enfrentam um obstáculo maior: a má gestão.

Um levantamento recente do Instituto Trata Brasil, ONG que faz estudos sobre saneamento, mostra que a burocracia somada à problemas de gestão ajudam a retardar o avanço do setor por aqui.

Do total das 337 obras de água e esgoto do PAC monitoradas pela ONG, apenas 29% estão concluídas, 15% em situação normal e 52% estavam em situação inadequada (sendo 20% paralisadas, 17% atrasadas e 15% não iniciadas). Talvez só mesmo uma ampla demonstração de insatisfação popular mude esse quadro.


Fonte:


Ministério da Agricultura contrata profissionais para serem consultores em Aquicultura


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgaram edital para contratação temporária de profissionais para atuar na área de Aquicultura. O contrato é de 11 meses.
Confira os detalhes de algumas vagas previstas para médicos veterinários e zootecnistas:

Consultor Técnico Especialista em Aquicultura em Águas da União I– o candidato deverá ter como requisitos obrigatórios: graduação em Medicina Veterinária, Zootecnia, Biologia, Oceanografia, Engenharia de Pesca ou Aquicultura, doutourado em Aquicultura ou áreas afins. No mínimo oito anos de experiência comprovada como profissional em Aquicultura. As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de abril.

Consultor Técnico Especialista em Aquicultura em Águas da União II - o candidato deverá ter como requisitos obrigatórios: graduação em Medicina Veterinária, Zootecnia, Biologia, Oceanografia, Engenharia de Pesca ou Aquicultura ou áreas afins; e no mínimo oito anos de experiência comprovada como profissional em Aquicultura. Inscrições até 10 de abril de 2016.

Consultor Técnico Especialista em Aquicultura em Águas da União III - o candidato deverá ter como requisitos obrigatórios: graduação em Medicina Veterinária, Zootecnia, Biologia, Oceanografia, Engenharia de Pesca ou Aquicultura ou áreas afins; e no mínimo oito anos de experiência comprovada como profissional em Aquicultura. Inscrições até 10 de abril de 2016.

Consultor Técnico Especialista em Aquicultura II - o candidato deverá ter como requisitos obrigatórios: graduação em Medicina Veterinária, Zootecnia, Biologia, Oceanografia, Engenharia de Pesca ou Aquicultura ou áreas afins; e no mínimo oito anos de experiência comprovada como profissional em Aquicultura. Inscrições até 10 de abril de 2016.

Consultor Técnico Especialista em Prospecção de Aquicultura no Parque Indígena Xingu - o candidato deverá ter como requisitos obrigatórios: graduação em Medicina Veterinária, Zootecnia, Biologia, Oceanografia, Engenharia de Pesca ou Aquicultura, Gestão Ambiental ou áreas afins; e no mínimo cinco anos de experiência em Aquicultura. Inscrições até 10 de abril de 2016.

Fonte: Portal do CFMV.

CFMV contribui para consulta pública sobre registro genealógico de animais domésticos



O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) encaminhou, no dia 20 de março, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sugestão para o projeto de instrução normativa que estabelece categorias de registro genealógico dos animais domésticos de interesse zootécnico.

A Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária (CNSPV/CFMV) sugere a obrigatoriedade do exame de DNA para comprovar o parentesco de animais gerados por biotecnologias que envolvam a gestação em fêmeas.

No texto atual, a confirmação do parentesco para liberação dos certificados de registro genealógico seria apenas por meio de laudo, termo considerado abrangente pelo CFMV.

Além de listar as categorias que devem ser adotados para inscrição pelo Serviço de Registro Genealógico das entidades nacionais, a IN também lista as exigências que devem ser cumpridas nos certificados de registro ou controle de genealogia. Cita ainda a obrigatoriedade da inspeção zootécnica de animais importados visando sua nacionalização.

Registro genealógico
O registro genealógico tem como objetivo o controle da genealogia dos animais a fim de contribuir para o melhoramento genético animal, por meio de cruzamentos direcionados a uma determinada melhoria no aspecto produtivo.

Segundo o Mapa, a prática contribui para a eficiência produtiva do animal, trazendo resultados positivos para o agronegócio nacional com qualidade nos produtos, maior oferta e menor preço de mercado.

Fonte: Portal CFMV

Governo divulga a gestores e profissionais de saúde orientações para combate ao vírus Zika



Com o objetivo de combater situações de emergência decorrentes do aumento de casos de microcefalia no Brasil e reforçar a importância de eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus Zika, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Ministério da Saúde (MS) desenvolveram um plano de ação composto por dois eixos. O Plano foi divulgado no Diário Oficial da União em 11 de abril.


O documento deve ainda nortear gestores e profissionais de saúde por meio de orientações e diretrizes para ações de prevenção e infecção pelo vírus Zika.

O primeiro eixo trata da Prevenção e destaca, por exemplo, a necessidade de haver profissionais de saúde nas salas estaduais e municipais de coordenação e controle da doença.

Já o segundo eixo trata da acolhida, do cuidado e da proteção social, que estabelece ações diretas junto às famílias com casos suspeitos ou identificados de microcefalia. Além disso, contempla ações interssetoriais entre as redes de Assistência Social e de Saúde.

Atuação integrada
Em 1998 a Medicina Veterinária foi reconhecida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) como profissão da área de Saúde.

Treze anos depois, em 2011, a profissão foi integrada às equipes multiprofissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Desde então, os médicos veterinários têm a chancela do Governo Federal para atuar ao lado de outros profissionais que trabalham pela qualidade da atenção básica à Saúde nos municípios brasileiros.

Confira anexo o Plano de Ação do MS e do MDS.