terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Idade de cobertura e estímulo ao estro em leitoas de reposição

Manejar é a melhor forma para obter qualidade de reposição.


A suinocultura no Brasil apresenta uma cadeia consolidada e com mercado em grande crescimento. Um dos motivos para esta cadeia ter se fixado e evoluído, foi devido ao grande incremento tecnológico nas granjas, principalmente em Unidades Produtoras de Leitões (UPL) e Unidades Produtoras de Matrizes, também conhecidos como granjas de “Avós” (UPM).

Pode-se destacar as UPL e UPM como criações suinícolas mais tecnológicas, pois são destas criações que ocorrem as maiores movimentações de dinheiro, e são os locais que necessitam de maior tecnologia, devido à complexidade do manejo.

Enquanto um galpão que trabalha com terminação de suínos necessita de poucos funcionários com mão de obra voltada mais para limpeza do local e arraçoamento dos animais, em uma UPL ou UPM você necessita de uma instalação de estrutura mais complexa, tais como: Galpão para leitoas de reposição, gestação, maternidade, e creche.

Um dos setores dentro das Granjas de reprodutoras que mais deixa a desejar é o manejo com as leitoas de reposição, que na maioria das vezes não é fiscalizado pelo responsável do setor, onde as leitoas acabam passando despercebidas dentro das granjas, por consequência disso o cio detectado em período avançado, desta forma gerando perdas, pois aumentam ao dias não produtivos das fêmeas.

Segundo FOXCROFT (2002), a recomendação da primeira cobertura pode considerar o número de estros, idade, peso e a quantidade de reservas corporais da fêmea. Sendo assim difícil interpretar de forma independente os dados relativos ao real efeito da idade, peso, espessura de toucinho e número de cios sobre a longevidade e a produtividade das fêmeas, uma vez que estas variáveis estão correlacionadas e mudam conjuntamente.

O peso e a condição corporal sempre irão afetar o desempenho da fêmea e não há nenhuma evidência que especifique uma idade ou estro para a primeira inseminação, que por si só, forneçam qualquer vantagem econômica, sendo o peso corporal adequado, ao invés do estro deve ser a consideração mais importante, desde que a inseminação não seja realizada no primeiro ciclo estral, pois resulta em menor taxa de parto e menor tamanho da leitegada (KUMMER et al., 2005).

Estudo realizado por WILLIAMS et al. (2005) demonstrou que as leitoas devem ser inseminadas com um peso mínimo de 135 kg e máximo de 150 kg, e que a espessura de toucinho não influencia no número de leitões nascidos vivos.

Estudos realizados por KUMMER et al. (2005) demonstram que leitoas cobertas no estro puberal apresentam menor sobrevivência embrionária, redução da taxa de parto e do tamanho da leitegada, quando comparada com fêmeas cobertas no 2º e 3º cio.

Uma das hipóteses que justificam a queda no desempenho reprodutivo das leitoas é a maior liberação de oócitos com anormalidades, o que poderia provocar uma deficiência no desenvolvimento dos embriões, e além disso o ambiente uterino pode não estar devidamente preparado pra uma gestação (ARCHIBONG et al., 1992). Outra hipótese citada por JINDAL et al. (1996) é de que leitoas inseminadas no estro puberal apresentam menor leitegada, devido a um menor número médio de ovulações, que além de ser responsável pela menor leitegada, também faz com que ocorra menor produção de corpos lúteos, responsável pela menor produção de progesterona, acometendo assim a sobrevivência embrionária, pois altos níveis de progesterona na fase precoce da gestação estão correlacionados positivamente com maiores índices de sobrevivência embrionária.

As leitoas devem ser estimuladas diariamente por um curto período de tempo a entrarem em cio, um dos estímulos que devem ser utilizados desde a chegada das leitoas de reposição na propriedade é o contato das leitoas com o cachaço, a fim de estimular as que não demonstraram cio e detectar as que estão em cio, assim podendo acompanhar o desempenho reprodutivo e o momento certo da cobertura.

Segundo SCHEID & WENTZ (1993), o contato das leitoas de reposição com o macho inteiro é um método prático que gera ótimos resultados, pois é uma combinação de estímulo visual, olfativo e auditivo (sons) resultantes do contato físico com o macho, atuando de forma positiva no aparecimento do 1º cio das leitoas.

De acordo com SCHIED & WENTZ (1993) o transporte também acarreta o aparecimento do cio em leitoas com 6 meses de idade, aproximadamente 20 a 25% entram em cio após esta prática, provavelmente decorrente do estresse a que são submetidas. Mas segundo o mesmo autor, este estímulo de transporte, quando aplicado a animais mais jovens não surte o mesmo efeito

Nos dias atuais, este não é um método muito utilizado, devido ao fato que aos seis meses de idade, a grande maioria das fêmeas já demostram o primeiro cio, além de que este manejo requer grande mão de obra e expõe as leitoas aos riscos de um transporte.

O manejo realizado com frequência em leitoas de reposição que não demonstram o 1º cio devem ser feitos com a aplicação de gonadotrofinas, hormônios que agem sobre os ovários. Segundo SCHEID & WENTZ (1993), a aplicação de gonadotrofinas é altamente eficaz na indução precoce da puberdade, e o uso deste hormônio aos 160 dias de idade mostra que 90 % dos animais respondem com sinais de cio 4 a 5 dias após a aplicação, mantendo ciclicidade normal e apresentando taxa de ovulação no 3º cio similar à de leitoas com puberdade espontânea.

Todo o manejo que gere estresse nas leitoas pode induzir o aparecimento do cio, mas alguns cuidados devem ser tomados, principalmente quando é adotada a prática de manejos mais rígidos, como a mistura de lotes.

Quando realizada a mistura de lotes deve-se mesclar de forma igualitária as fêmeas e com condição corporal e tamanho semelhante, deve-se também providenciar uma baia de tamanho maior para que não ocorram mortes decorrentes de brigas por aglomerações e hierarquia. Também um funcionário deve estar sempre atento para separar as brigas até se estabelecer uma hierarquia dentro do lote de leitoas.

CONCLUSÃO

O manejo com leitoas de reposição é de grande importância dentro de UPM e UPL, refletindo de forma direta na entrega no produto final, que são os leitões entregues.

Manejo incorreto e falhas na detecção do cio, deixam as leitoas com uma grande quantidade de dias não produtivos, decorrentes da não detecção do cio e a cobertura tardia.

Ao entrar menos leitoas de reposição na gestação em comparação com os descartes realizados na granja, proporciona diminuição do plantel e consequentemente menor produção de leitões, uma situação que pode gerar um impacto econômico negativo dentro da granja, principalmente quando se tratar de pequenos produtores.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FOXCROFT, G.R. Nutrição, crescimento e condicionamento de leitoas para a vida produtiva. IN. Congresso latino americano de suinocultura, 1., Foz do Iguaçu- PR. Anais. p. 14 – 24. 2002.

KUMMER, R. Importância do ganho de peso e estro de cobertura no desemprenho reprodutivo de leitoas. Tese de doutorado em ciência veterinárias – Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.

WILLIAMS, N.; PATTERSON, J.; FOXCROFT, G. Non-negotiables in gilt development. Advances in Pork Production. V.16, p.1-9, 2005.

ARCHIBONG, A.E.; MAURER, R.R.; ENGLAND, D.C.; STORMSHAKE, F. Influence of sexual maturity of donor on in vivo survival of transferred porcine embryos. Biology of reproduction, v.47, p. 1026 – 1030, 1992.

JINDAL, R.; COSGROVE, J.R.; AHERNE, F.X.; FOXCROFT, G.R. Effect of nutritions on embryonic mortality is gilts: association whit progesterone. Journal of Animal Science. V.74, p.620-624, 1996.

SCHEID, R.I.; WENTZ, I. A leitoa de reposição: manejo para antecipação da puberdade. Suinocultura Dinâmica. Periódico técnico informativo elaborado pela Embrapa-CNPSA. Ano II, Nº6, Fevereiro, 1993.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
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Fluidoterapia na clínica de pequenos animais

  A fluidoterapia importante ferramenta na clínica veterináriaA água é a substancia corporal mais abundante nos seres vivos, ela representa cerca de 60% do peso de um animal, podendo variar de acordo com a idade, sendo que 40% encontra-se no que chamamos de espaço intracelular e 20% no espaço de extracelular.
            A reposição hídrica ocorre 45% através da ingestão de água, 35% da ingestão de comida e 20% é metabolizado pelo organismo, e as perdas por sua vez, ocorrerem de forma imperceptíveis (perdas por respiração, suor, aumento da temperatura corporal, hiperventilação e atividade física) e de forma perceptíveis (urina e fezes), sendo fisiologicamente normal que o animal perca 25 ml/kg ao dia de água.

            Mesmo que ocorram variações na reposição e perda de água, os níveis fisiológicos de hidroeletrólitos no organismo devem se manter constantes e estáveis,  caso ocorra um desequilíbrio por alguma alteração clínica ou metabólica desencadeará o processo de desidratação, em animais hígidos a distribuição de água é controlada pelas forças osmóticas dos solutos que podem variar entre 280-310 mOsm/Kg, desvios nessa osmolalidade provocam diferentes tipos de desidratação podendo ser classificadas como isonatrêmica, hiponatrêmica, hipernatrêmica. É importante que ocorra uma avaliação adequada do tipo de desidratação para que o clínico possa escolher adequadamente o tipo de fluído, a ser empregado.
           
 Em desidratação isonatrêmica ou isotônica, ocorrem perdas proporcionais de água e solutos no espaço extracelular, mais a osmolalidade e tonicidade ficará constante sem que ocorra migração de líquidos entre os meios celulares. As causas são perdas ocorridas em seqüestro de liquido em lesões por peritonite, infecção de tecidos moles, vômitos e diarréia.
           
 Na desidratação hiponatrêmica, ocorre grande perda de eletrólitos e pouca de água diminuindo a osmolalidade do espaço extracelular tornando-o hiposmolar hipotônico em relação ao espaço intracelular, logo a saída de liquido extracelular para o interior das células faz com que o equilíbrio entre os dois espaços se restabeleça. As causas podem ser por insuficiência da cortical adrenal, uso inadequado de diuréticos, uso de glicose em pacientes com desidratação isonatrêmica, pacientes com este tipo de desidratação são predispostos a um colapso vascular por isso requerem terapia intensiva com fluidoterapia de forma correta.
            
A desidratação hipernatrêmica ou hipertônica , é a mais rara, nela ocorre maior perda de água do que sais aumentando a osmolalidade do meio extracelular tornando hiperosmolar e hipertônico, assim a saída de liquido do espaço intracelular para o extracelular faz com o equilíbrio dos espaços se restabeleça. Ocorrem em paciente com diabetes insípido, aumento de perdas imperceptíveis, administração de soluções muito concentradas e baixa ingestão de água.   
            
Não existe um só meio ou um só teste para avaliar precisamente o grau de desidratação, por isso o clínico deve estimar através da interação dos resultados obtidos na anamnese, no exame físico e nos exames laboratoriais quando possível. Na anamnese leva-se em conta o histórico relatado pelo proprietário de alteração no consumo de água, possíveis perdas como vômito, diarréia etc, já no exame físico o clinico deve avaliar o tugor cutâneo, umidade da mucosa ocular, freqüência cardíaca, pulso, tempo de enchimento capilar e posição do globo ocular, para que assim ele possa estimar a porcentagem de desidratação e classificar o estado físico do paciente, conforme a tabela 1, podemos avaliar de forma subjetiva porem suficiente para uma estimarmos uma porcentagem de depleção, os exames laboratoriais nem sempre é possível, pois na grande maioria dos casos o paciente não dispõem de tempo para esperar o resultado do exame, mais quando possível analisar hematócrito e PPT .    

TABELA 1 : Parâmetros para avaliação física do paciente da porcentagem de desidratação (depleção), adaptado de cornélius, 1980.

            Após mensurado a porcentagem de desidratação, devemos calcular o déficit diário de, que é feito utilizando a formula abaixo, com isso teremos a quantidade de solução necessária para compensar o volume já perdido, que deverá ser reposta em 24 horas.

            Se o paciente não estiver ingerindo água deve se calcular o requerimento básico diário, que é de 40-50ml/Kg em 24 horas em cães e 70ml/kg em 24 horas em gatos, outro fator que devemos levar em conta é a reposição, das perdas de sódio e potássio, de acordo com a tabela 2.

            TABELA 2: Parâmetros para reposição das necessidades básicas diárias das perdas.

            Depois de calculado a quantidade, deve-se fazer a escolha do tipo de fluido a ser administrado, na maioria dos casos os pacientes requerem mais água do que eletrólitos, em casos onde a desidratação é do tipo hiponatrêmica recomenda-se o administrar solução de NaCl 0,9% mais glicose a 5% equivalente a 150 mEq de Na+ , 150 mEq de Cl-  e 50g de glicose,  já na desidratação isonatrêmica recomenda o uso de solução de NaCl a 0,45% mais glicose a 2,5% equivalente a 75 mEq de Na+ , 75 mEq de Cl-  e 25g de glicose, ou pode-se optar por usar o soro Ringer com Lactato de sódio nas mesmas proporções com a glicose .
            
Diferentes vias de reposição podem ser utilizadas, sendo que cada uma possui vantagens e desvantagem, o que vai definir a via de escolha e o tipo de solução a ser utilizada será o estado do paciente, e o tipo de desidratação. A via oral é a que apresenta menor risco de alterações fisiológicas decorrentes da reposição, sendo a mais indicada quando se necessita de reposição calórica e contra-indicada em casos de distúrbios gastrintestinais, a via subcutânea é indicada em casos que o paciente precise de reposição constantemente, porém sua limitação é a de que fluidos sem sódio são absorvidos lentamente, logo atraem sódio orgânico e conseqüentemente liquido do interstício, levando a uma isonatrêmia , quando se optar por esta via não infundir mais de 20ml/kg em cada local de aplicação, a via venosa é a mais indicada pois através dela consegue-se administrar grandes volumes permitindo assim uma rápida reposição, sendo ideal para pacientes hipotensos ou com desidratação a cima de 8%.
           
O tempo de hidratação de ser calculado de acordo com a depleção de desidratação, caso o animal tenha de 5% a 7%, de depleção deve se fazer infusão da quantidade total em 24 horas, para desidratações acima, dividir o volume a ser infundido sendo que metade  deverá ser feito nas primeiras 4 horas e a outra metade de ser divida e infundida com intervalos de 12 horas.
            
Antes de instituir a terapia de fluidos o clínico de maneira pratica deve lembrar de algumas perguntas: o paciente necessita de reposição de fluído? Que tipo utilizar? Qual via? Quantidade? Tempo de hidratação. Após as respostas ele terá a total certeza que está repondo hidroeletrólitos de forma correta. 

RELATO DE CASO- HIDRATAÇÃO CADELA
            Cadela Mel, SRD, com 6 anos de idade, pesando 12kg, constatou ao exame clinico constatou que sua pele estava com uma severa falta de elasticidade, o tempo de enchimento capilar acima de 3 segundos, olho profundo na orbita, mucosa pálida, pelos sinais sua desidratação foi de 10%, apresentou diarréia e vômitos a pelo menos 4 dias, proprietário relata que não tomando água.
NECESSIDADE DIÁRIA = 12 kg x 50 ml = 600 ml
DÉFICIT =
12 X 10%
=
120
=
1200 ml
 
100
 
100
   
PERDAS GASTROINTESTINAIS = 12 Kg X 60 ml = 720 ml
TOTAL EM 24 HORAS = 600 + 1200 + 720 = 2520 ml  2,5 litros

NECESSIDADE DIÁRIA SÓDIO = 3 X 12 = 36 mEq
NECESSIDADE DIÁRIA POTASSIO = 12 X 1 = 12 mEq
DÉFICIT DE SÓDIO= 1200ml / 100ml = 12    12 x 6 = 72 mEq
DÉFICIT DE POTÁSSIO = 1200ml  / 100ml = 12    12 x 2 = 24 mEq
PERDAS GASTROINTESTINAIS DE SÓDIO = 720 ml/100 ml =7,2    7,2X9 = 64,8mEq
PERDAS GASTROINTESTINAIS DE POTÁSSIO=720ml/100ml=7,2    7,2X3=21,6mEq
TOTAL EM 24 HORAS DE SÓDIO= 36+72+64,8 = 172,8mEq
TOTAL EM 24 HORAS DE POTÁSSIO= 12+24+21,6 = 66,6mEq
O fluido a ser utilizado será o ringer com lactato e deverá ser infundido 1,250 ml nas primeiras e o restante (1,250) deve ser divido em 2 infusões de 0,625 ml de 12/12 horas

 
 
Por  Dr. Lucas Berger da Silva CRMV 15533
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/67780/fluidoterapia-na-clinica-de-pequenos-animais#ixzz3wNdWmVTD
 
 
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/67780/fluidoterapia-na-clinica-de-pequenos-animais#ixzz3wNZUc6pY

Como despersonalizar a bronca, para que o cão não associe coisas ruins a você

Photo credit: iRonInk / Foter / CC BY

Certas “broncas”, como o uso do borrifador de água, dizer “não” ou impedir o animal de fazer algo são correções que estão associadas a sua presença. Mas também existem maneiras de despersonalizar a bronca, para que o cão não associe coisas ruins a você ou se comporte mal quando você não estiver em casa.

Como faço isso?

Para realizar a correção despersonalizada, é necessário que você incorpore a “bronca” ao ambiente e que não seja algo ligado a você. Isso requer planejamento e atenção extra, mas, no fim das contas, vale a pena.

Em linhas gerais, a “despersonalização” desassocia a bronca de uma pessoa. Fazer com que um objeto, como um chaveiro bem pesado, caia no chão quando ele estiver subindo no sofá ou mastigando seu chinelo, por exemplo, é uma opção fácil, que interromperá o que ele está fazendo.

O que usar?

As opções são diversas e você pode utilizar coisas que estão disponíveis em casa, tornando tudo muito mais fácil. Use objetos que causam desconforto quando o animal pisa ou faz xixi sobre eles, como, por exemplo, fita adesiva, fita dupla face, papel alumínio ou filme de PVC.

Existem ainda sprays repelentes para ambientes ou com gosto amargo, que podem ser borrifados nos objetos e impedirão que o cachorro consiga roer ou morder os móveis, por causa do gosto desagradável.

O dono também pode prender algum objeto barulhento em um barbante e puxá-lo quando o cão estiver tendo alguma conduta inadequada – mas sem que ele associe claramente a ação à pessoa, ok? Continue com o que estava fazendo, sem olhar para o cão, pois, dessa maneira, ele achará que foi corrigido por “alguma entidade invisível” e evitará repetir o ato, mesmo quando você não estiver presente.

ATENÇÃO: no caso de cães medrosos, devemos tomar cuidado para não assustá-los. Use objetos e técnicas que causem somente um pequeno desconforto, não um susto. É importante, nesses casos, contar com a ajuda de um profissional, para avaliar a conduta mais adequada.

Seja cauteloso!

Lembre-se: nenhuma bronca deve deixar o cão com medo de você! Ele deve ter receio de fazer as coisas que foram proibidas, não do dono.

Fonte: Livro Adestramento Inteligente, de Alexandre Rossi.



http://caocidadao.com.br/dicas/despersonalizacao-de-broncas/

Guia de viagem de avião com o pet



O ano está só começando, mas alguns feriados ainda estão por vir. Alguns donos planejam viagens para a toda a família, o que inclui, muitas vezes, o animalzinho de estimação.

Muitas dúvidas surgem quando o meio utilizado é o avião. O que preciso providenciar? A viagem será tranquila para o pet? Planejar tudo isso pode ser um tanto estressante, então, para ajudá-lo, separamos algumas dicas da adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão, Malu Araújo.

1º passo

Depois de decidir o destino da viagem, o indicado é procurar um médico veterinário. O profissional poderá te informar sobre toda a documentação necessária, que varia de acordo com cada destino, mas que consiste basicamente em carteira de vacinação, atestado de saúde, entre outros.

“O ideal é fazer a visita ao veterinário pelo menos 10 dias antes da viagem, para ter certeza de que o seu animal não tem nenhum problema de saúde”, explica a adestradora.

Ao escolher a companhia aérea, atente-se às regras com relação ao transporte de animais que a empresa apresenta. Esse tipo de informação pode ser encontrado facilmente nos sites das empresas.

2º passo

Escolher a caixa de transporte! “Nesse momento, é preciso levar em consideração o tamanho do animal, pois a caixa de transporte deve ser grande o suficiente para que ele possa ficar de pé e dar uma volta ao redor de si mesmo”, orienta Malu. “Tenha certeza de que a portinha é segura e que as travas funcionam e, por precaução, adicione uma trava extra”, completa. Não se esqueça de colocar um bebedouro acoplado à portinha da caixa, para que o seu bichinho tenha como matar a sede durante o passeio de avião.

Depois dessa etapa, cabe ao dono acostumar o animal a ficar dentro da caixinha. “Incentive o pet a entrar na caixa, porém, mantenha a porta aberta, para que ele possa sair quando quiser. Utilize brinquedos e petiscos para que ele associe estar dentro desse local com coisas boas”, explica a adestradora. “Só quando ele começar a entrar e ficar lá dentro por vontade própria, comece a fechar a portinha”, acrescenta.

Se a viagem for muito longa, procure acostumar o seu mascote a dormir dentro da caixa. Lembre-se sempre de que o máximo de tempo que um pet pode ficar dentro na caixa de transporte é de oito horas. “É importante que você faça com que ele se familiarize com a caixa, por isso, esse treino deve começar com algum tempo de antecedência à viagem para que, quando chegar o dia, o animal já esteja completamente à vontade com o espaço e com o fato de ficar ali dentro por algum tempo”, esclarece a adestradora.

3º passo

Antes do dia da viagem, procure acostumar o animal às circunstâncias as quais ele será submetido, como, por exemplo, o barulho da área de embarque, a movimentação etc. “Faça uma simulação antes do dia da viagem. O carrinho que transporta a caixa de transporte dele chacoalha, por isso, quando ele estiver dentro da caixinha dele, dê uma chacoalhada suave para que ele se acostume ao movimento”, orienta Malu. “Levar o animal em um centro comercial, para acostumá-lo aos movimentos e barulhos, por exemplo, é um ótimo treino. Usar o secador para simular o barulho da turbina do avião também é uma boa maneira de fazer o seu mascote se acostumar ao barulho” (é importante se lembrar de apontar o jato de ar quente para longe do animal).

O que não pode faltar na mala do pet?

• A ração que o seu pet está acostumado a comer, em quantidade suficiente para os dias da viagem.

• Algum objeto que faça o cachorro lembrar da própria casa, para que ele fique tranquilo.

• Potinhos de ração e água.

• Carteirinha de vacinação e atestado do médico veterinário.

• Coleira com plaquinha de identificação e número do dono.

• Coloque um adesivo com seu nome, número e endereço na caixinha de transporte do seu bichinho para que, caso algo aconteça, você possa ser contatado facilmente.


Fonte:

http://caocidadao.com.br/dicas/guia-de-viagem-de-aviao-com-o-pet/

Como evitar que o gato demarque o território

Photo credit: AZAdam / Foter / CC BY-SA 
 Photo credit: AZAdam / Foter / CC BY-SA

Os gatos, como diversos outros animais, podem urinar e defecar para fazer demarcação do território e, assim, atrair parceiros sexuais, afastar competidores e reconhecer mais facilmente objetos e áreas novas. Essa prática, funcional para os gatos em determinadas circunstâncias, costuma produzir cheiro bastante desagradável para os humanos. Mas, felizmente, é possível evitar a demarcação adotando algumas técnicas.

Reconhecimento da demarcação
Ao contrário do que faz quando deseja simplesmente se aliviar, o gato não enterra as fezes e a urina ao demarcar. Para propagar melhor a sua sinalização, ele lança a urina de modo a espalhar bem o odor. Posiciona-se de costas para o alvo e lança um jato direcionado para trás – de um jeito que parece sair do ânus – atingindo facilmente as superfícies, tanto horizontais como verticais. A demarcação com fezes também ocorre, embora seja mais rara. O gato defeca sobre o local no qual deseja deixar a marca dele.

Efeito da castração
Pesquisas demonstram que cerca de 90% dos problemas de demarcação podem ser solucionados com a simples castração. Depois dela, diminui significativamente a concentração de hormônios sexuais no gato e as consequentes demarcações para atrair o sexo oposto e para afastar indivíduos do mesmo sexo.

Controle do território
Os gatos são obcecados pelo controle do território. Precisam conhecer cada pedacinho do espaço que lhes pertence. Por isso, quando o ambiente onde vivem é modificado, costumam ficar ansiosos. Sentem necessidade de analisar cuidadosamente o que possa significar perigo para eles – objetos, pessoas, animais e espaços desconhecidos.
Tudo o que é novidade, depois de demarcado, se torna mais facilmente reconhecível em futuras aproximações. Por isso, é comum gatos urinarem em bolsas e malas de visitas, em cortinas e sofás novos, etc.

Introdução de objetos dentro de casa, ou seja, no território do gato
Você pode ajudar a tornar menos assustadores para o felino os objetos recém-introduzidos na casa e, desse modo, evitar despertar nele o desejo de demarcá-los. Por exemplo, ao chegar um sofá novo, transfira para ele alguns cheiros conhecidos. Esfregue no móvel as suas mãos ou outra parte do corpo. Atraia o gato até a novidade – se precisar de ajuda, recorra a petiscos ou catnip, a erva do gato – e faça-o ter contato com o objeto de modo que o odor dele também fique impregnado ali.

A importância da boa sociabilização
Para tornar o gato mais confiante cada vez que estiver diante de uma nova situação, procure acostumá-lo desde filhote a ter contato com diversas pessoas, locais e objetos. Gatos pouco sociabilizados podem achar necessário demarcar sofás, janelas, revistas, etc., sempre que uma visita humana “invadir” o território deles.
Quando bem sociabilizado, o gato tende a aceitar com mais tranqüilidade as mudanças e novidades que ocorrem no habitat. Ou seja, tem menos necessidade de fazer demarcação cada vez que passa por uma situação nova.

Cuidado com a presença de outros gatos
O gato pode sentir que o território dele está ameaçado ao perceber nos arredores a presença de outro gato. A visita de um exemplar vindo da rua é capaz de fazer o gato da casa se desesperar e urinar por toda parte. Ver um outro gato pela janela- às vezes basta para ativar a demarcação. Mas olhar pelas janelas costuma ser um bom entretenimento para o felino — o bloqueio dessa possibilidade só deve ser adotado em último caso.

Como lidar com novos territórios
Estar num local desconhecido pode ser bastante assustador para o gato. Por isso, introduza-o aos poucos num novo espaço. Inicialmente, mantenha-o em cômodo pequeno, com água, comida e caixa sanitária, e vá “apresentando” gradativamente cada nova área. Ele estará pronto para iniciar uma nova inspeção quando demonstrar estar bem ambientado ao que já viu, ou seja, quando estiver comendo, descansando, urinando e defecando normalmente.

Hábitos antigos
Alguns gatos adquirem o hábito de demarcar periodicamente determinados objetos ou locais. Nesse caso, podemos dificultar o acesso aos alvos ou tentar torná-los desagradáveis para o gato. Fita adesiva de dupla face colada sobre uma superfície na qual o gato se apóia pode ser o suficiente para fazê-lo perder o interesse pelo local. Outra técnica é revestir com plástico um objeto habitualmente demarcado. Se a urina, ao ser espirrada, bater no plástico e respingar no gato, ele provavelmente ficará incomodado a ponto de abandonar o hábito.

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Fonte:
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