sábado, 5 de março de 2016

Inscrições para o 2º. Prêmio de Pesquisa PremieR pet vão até 6 de março

 A PremieR pet está com inscrições abertas para o seu 2º. Prêmio de Pesquisa PremieR pet, voltado para profissionais de medicina veterinária e nutrição animal. 

O prêmio vai contemplar a melhor revisão bibliográfica ou relato de caso sobre nutrição de cães e gatos. Podem participar alunos de graduação e pós em medicina veterinária e profissionais da área, sob a orientação de um médico veterinário de livre escolha de cada candidato.

De acordo com Ana Flavia Chizzotti, responsável pelo departamento de capacitação técnico-científica da PremieR pet, o prêmio objetiva incentivar a geração de conhecimento científico no setor. “A primeira edição registrou ótima receptividade entre acadêmicos e clínicos. O resultado foram trabalhos de excelente nível, o que nos incentivou a dar seguimento ao projeto. Estamos na vanguarda da nutrição para cães e gatos no Brasil e nosso papel é estimular a geração de novos conhecimentos que possam ser compartilhados”, afirma.


Premiação

Assim como na primeira edição, os trabalhos serão avaliados por uma comissão julgadora formada por profissionais do CDN - Centro de Desenvolvimento Nutricional da PremieR pet, por meio do sistema blind review, que garante o anonimato dos candidatos em todas as etapas de avaliação. Serão premiados os três melhores trabalhos, conforme abaixo:

Autor e orientador que conquistarem o 1º. lugar serão contemplados com uma viagem para participar do ACVIM Forum – The American College of Veterinary Internal Medicine, que acontece de 8 a 11 de junho de 2016, em Denver, Colorado – EUA.

Autor e orientador em 2º. lugar ganharão participação no 37º. Congresso Brasileiro da Anclivepa, que acontece de 12 a 14 de maio, em Goiânia.

Os responsáveis pela 3ª. colocação receberão um mini iPad 3.

As inscrições para o 2º. Prêmio de Pesquisa PremieR pet vão até o dia 6 de março de 2016. O regulamento completo e a ficha de inscrição estão disponíveis no site da PremieR pet: http://www.premierpet.com.br/premio. Os resultados serão divulgados no dia 25 de abril de 2016 em um exclusivo evento de premiação.

Estudo identifica novos remédios da tradição indígena no tratamento da malária

Peter Moon | Agência FAPESP – A malária é um problema de saúde muito sério no Brasil. A doença, que por décadas esteve circunscrita à região amazônica, começa a avançar em direção das demais regiões do país. Entre 2007 e 2014, foram registrados 6.092 casos de malária fora da região amazônica, sendo 90% dos casos importados de pacientes que passaram pela Amazônia e 10% de casos autóctones com transmissão local (Leia mais em agencia.fapesp.br/22396/).

Muito embora os levantamentos mais recentes apontem queda na incidência de novos casos de malária fora da região amazônica, o combate à proliferação do mosquito transmissor deve andar pari passu na busca de novos medicamentos e tratamentos. Daí a importância da pesquisa desenvolvida pela etnobotânica Carolina Weber Kffuri, pós-doutoranda no Departamento de Horticultura da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, com supervisão de Lin Chau Ming. O trabalho, que teve apoio da FAPESP, foi publicado no Journal of Ethnopharmacology.

Carolina Kffuri passou um ano e meio na região do alto rio Negro, no Amazonas, entre 2010 e 2012, período em que conviveu com moradores e indígenas da região. Essa convivência permitiu que ela conhecesse a realidade da malária no local, assim como as plantas da região usadas pela medicina tradicional no tratamento da doença. Ela documentou o uso de 46 espécies de plantas, das quais apenas 18 já tinham sido estudadas por suas propriedades antimaláricas; 26 delas eram desconhecidas da ciência. Seus efeitos no combate da doença nunca foram investigados. São 26 espécies com potencial para o desenvolvimento de novas drogas e que ninguém nunca tinha ouvido falar – exceto os índios.

A pesquisadora iniciou seu trabalho com uma viagem a São Gabriel da Cachoeira, no noroeste do Estado do Amazonas, para apresentar o projeto às comunidades indígenas. De acordo com Carolina Kffuri, os líderes das comunidades entenderam e aceitaram participar do projeto. Ela planejara começar o estudo em poucos meses, mas foi preciso aguardar que o projeto fosse aprovado pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN).

Por fim, em setembro de 2013, a pesquisa de campo deslanchou com cinco comunidades indígenas: Cunuri e Tapira Ponta, ambas no rio Uaupés, um afluente do rio Negro; Ilha das Flores, na confluência do Uaupés com o Negro; São Jorge, no rio Curicuriari, outro afluente do Negro; e a comunidade Curicuriari, na confluência do Curicuriari com o Negro. As comunidades são multiétnicas: Tukano, Desano, Baré, Tariano, Piratapuia, Arapaço, Baníua (Baniwa), Hupda, Curripaco e Bará.

Foram entrevistados, ao todo, 89 índios, 49 homens e 40 mulheres, cujas idades variavam dos 22 até os 74 anos. A todos ela indagou, por exemplo, “quais plantas você usa para tratar malária e quais você conhece ou ouviu falar?”. A maioria dos entrevistados respondeu em português, espanhol e em outros dez idiomas nativos.

As respostas permitiram identificar as plantas usadas no tratamento da malária, as formas de preparo e a posologia. Carolina Kffuri descobriu onde aquelas 46 plantas crescem e quais partes são usadas como remédio. Em todo o trabalho, a pesquisadora contou com a ajuda de Moisés Ahkáutó Lopes, um estudante da etnia tukano da comunidade Cunuri, nas entrevistas, na coleta do material e na tradução e transcrição dos nomes na língua Tukano.

Remédio amargo

Entre as 46 plantas utilizadas pelos índios contra a malária, “a maioria era composta por árvores grandes e raízes, principalmente de herbáceas”, diz Carolina Kffuri. Das árvores geralmente se retira a casca, mas também são usados raízes, folhas, frutos, a planta inteira, caules e sementes. O preparo dos remédios envolve cozimento de cascas, fervura de chás, maceramento de folhas e sementes e queima de plantas até obter cinzas utilizadas in natura em banhos de vapor. Pelo menos em um caso as plantas são administradas na forma de enemas.

“A dose normal é de um copo, três vezes ao dia, de manhã, ao meio-dia e à tarde”, diz a pesquisadora. “As plantas usadas para banho são tóxicas. Neste caso, a dose é de uma colher na água do banho, duas vezes por dia. Utilizam também um cipó muito amarelo, que é uma das características das plantas usadas contra a malária; a outra é o amargor. São remédios muito amargos.”

De acordo com a pesquisadora, “os índios estão deixando de usar os remédios tradicionais. Eles começam a preferir o remédio industrializado dos brancos. São drogas cuja ação é mais rápida, mas, segundo os entrevistados, têm mais efeitos colaterais”.

As 46 plantas documentadas na pesquisa crescem em vários ambientes: perto das casas, dentro da floresta, em terra firme ou em igapós, e em terrenos baixos, próximos aos rios e frequentemente inundados. Apenas uma espécie é endêmica da região, a tachia , ou canela-de-veado.

Segundo Carolina Kffuri, 26 espécies jamais tinham sido estudadas em laboratório. “ Não conseguimos determinar a espécie de outras duas. São do gênero Swartzia e Piper. Não há nenhum registro publicado. Provavelmente são espécies novas”, revela.

De todas as plantas citadas, sete tiveram um alto consenso de uso contra a malária, a saber: carapanaúba (Aspidosperma schultesii), saracura-mirá (Ampelozizyphus amazonicus), açaí-da-catinga (Euterpe catinga), açaí-do-mato (E. Precatoria), camapu (Physalis angulata); acuti-cabari ou cabari-de-cotia (Swartzia argentea) e o coco-da-bahia (Cocos nucifera).

Cinco delas já eram conhecidas da ciência por suas propriedades antimaláricas. Até a publicação da pesquisa nada se conhecia sobre a ação antimalárica do açaí-da-catinga e do cabari-de-cotia.

Uma questão suscitada pelas respostas dos índios intrigou a pesquisadora: eles dizem que alguns remédios não servem para todas as pessoas. Depende do sangue, dizem os índios. “Teria isto a ver com o tipo sanguíneo do doente?”, indaga Carolina Kffuri.

Cabe aos bioquímicos, farmacologistas e à indústria farmacêutica a tarefa de verificar se as plantas têm de fato emprego no combate à malária e se é possível extrair delas princípios ativos que resultem em novos medicamentos. Quanto à pesquisadora, ela pretende retornar à Amazônia com um novo projeto: identificar quais são as plantas da floresta usadas na alimentação tradicional das comunidades indígenas. A permissão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que autoriza o acesso ao conhecimento tradicional indígena, já foi aprovada. 


 O artigo de Carolina Kffuri, Moisés Ahkáutó Lopes e outros, Antimalarial plants used by indigenous people of the Upper Rio Negro in Amazonas, Brazil, publicado no Journal of Ethnopharmacology, pode ser acessado no endereço www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874115302506

Fonte:
 

Pesquisas sobre cidades inteligentes serão financiadas

 Agência FAPESP – A FAPESP e a Finep anunciam o lançamento de uma chamada de propostas para apoiar o desenvolvimento, por pequenas empresas paulistas, de produtos, processos e serviços inovadores para aplicações em cidades inteligentes e sustentáveis.

A cidade inteligente é uma construção evolutiva, um processo que envolve a constante busca de resolver problemas por meio de soluções disruptivas, fazendo-se uso de materiais integrados com sensores, dispositivos eletrônicos e redes de comunicação, os quais são ligados com sistemas computadorizados, para análise de dados a partir de algoritmos inteligentes que tomam decisões.

As áreas temáticas da chamada são: Meio ambiente sustentável; Mobilidade urbana; Tecnologias Assistivas; Segurança Pública; Tecnologias para difusão de educação e cultura; e Saúde.

Os recursos alocados para financiamento dos projetos selecionados são da ordem de R$ 10 milhões, sendo 50% com recursos da Finep e 50% com recursos da FAPESP. O lançamento da chamada se dá no âmbito do Programa PIPE-PAPPE Subvenção.

Podem participar da chamada microempresas, empresas de pequeno porte, pequenas empresas e médias empresas brasileiras, sediadas no Estado de São Paulo e constituídas, no mínimo, 12 meses antes do lançamento do edital.

Espera-se que a empresa realize pesquisa visando ao desenvolvimento comercial e industrial dos produtos, que poderá durar até 24 meses. O orçamento solicitado na proposta poderá ser de até R$ 1,5 milhão.

As propostas submetidas no âmbito da chamada serão enquadradas e deverão seguir as normas do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP.

As propostas devem ser submetidas eletronicamente, por meio do Sistema de Apoio a Gestão (SAGe) da FAPESP, até o dia 25 de abril de 2016.

A chamada de propostas está publicada em: www.fapesp.br/10066



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Cães também usam aparelho para corrigir os dentes


 
Não são apenas adolescentes que precisam usar aparelho. Wesley, um Golden Retriever de seis meses de idade, também tem problemas nos dentes, como o resto de nós.
“Uma vez que seus dentes adultos começaram a nascer, percebemos que eles estavam crescendo errado e ele era incapaz de fechar a boca completamente”, disse a proprietária do cãozinho, Molly Moore. “Ele não estava mais brincando com seus brinquedos e estava perdendo peso. Foi muito preocupante para mim, e nós precisávamos fazer alguma coisa para livrá-lo da dor e deixá-lo viver uma vida de cachorro feliz”.
Logo, Molly levou Wesley a um “dentista de cachorro”. O médico veterinário anestesiou o bicho de estimação a fim de colocar o aparelho nos seus dentes, no Hospital para Animais Harborfront.
Ao contrário de muitos de nós, o Golden vai ter que usar aparelhos por apenas algumas semanas. Cachorro sortudo! Deve ser por isso que ele não parece muito incomodado com seu novo look.

Fonte:
BoredPanda

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‘Aedes aegypti’ pode transmitir verme para o coração e pode causar embolia pulmonar e morte em cães

Apesar do senso comum, os alvos do mosquito Aedes aegypti não são apenas as pessoas, mas também seres felpudos e de quatro patas. Pois é, de acordo com o veterinário André Luís Soares da Fonseca, professor na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) como se já não bastasse a transmissão para seres humanos, o famoso “mosquito da dengue” também transmite uma grave doença nos cães: a Dirofilariose.

A dirofilariose, também conhecida como verme do coração, é uma zoonose, causada pelo filarídio Dirofilaria immitis que ataca preferencialmente cães, mas também outros mamíferos domésticos e até mesmo o homem. Esta enfermidade é muito comum em cidades litorâneas e de clima quente, no entanto há o relato de vários casos em cidades interlitorâneas longe do litoral. A dirofilariose canina é uma doença que tem entre seus vetores o mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e do chikungunya.



A partir do momento em que o mosquito contaminado com a dirofilária pica o cão, o verme é transmitido para o animal, caindo na corrente sanguínea e indo direto ao coração, onde instantaneamente começa a causar danos. Podendo atingir até 20 centímetros de comprimento. É um verme que fica em forma de novelo.

O animal infectado chega a abrigar no coração dez larvas ou até mais. Este parasita se alimenta dos componentes do sangue, nutrientes e proteínas do animal e causando cansaço, dificuldade para se exercitar, tosse e edema pulmonar.

Além do Aedes aegypti, a transmissão deste nematódeo já foi descrita para as espécies Culex pipiens, Cx. quinquefasciatus, Ae.albopictus, Anopheles maculipenis e Coquillettidia richiardii.

Fonte:

DIÁRIO DE BIOLOGIA

Sem esse gene, você seria uma gosma - Um único gene foi o responsável pela evolução da vida complexa, revelam cientistas canadenses.



A vida na Terra surgiu há uns 4 bilhões de anos. Por mais de 3 bilhões, essa vida era invisível, limitada a seres unicelulares. Alguém que nos visitasse acharia estar num planeta vazio, pelo menos até olhar no microscópio. 

Então tudo mudou. Surgiram plantas e bichos, primeiro meros filtradores, como as esponjas, depois seres grandes, ágeis e complexos, numa diversificação psicodélica de formas, a Explosão do Cambriano, há 500 milhões de anos.

O que teria sido o gatilho dessa revolução. Segundo um estudo da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), foi um gene. Todos os organismos complexos modernos, como animais, plantas e fungos, possuem genes versões modificadas dele.

A versão original foi perdida na evolução, mas seu segredo foi permitir a produção das enzimas chamadas proteínas quinases. Elas atuam como um sistema de comunicação dentro da célula, alterando outras proteínas, ligando e desligando genes, dando ordens para a célula se divida e coordenando o trabalho das organelas, as estruturas internas que não existem em bactérias e outras células mais primitivas.

Talvez o mais importante e que elas também permitem que uma célula se comunique com a outra. Músculos, neurônios e o próprio surgimento de um organismo com qualquer forma definida seriam impossíveis sem elas. O máximo que poderia existir seriam colônias de células ? ou, como os próprios cientistas definiram, uma ?meleca?, como aquela com que a titia faz iogurte caseiro. ?Se as duplicações e subsequentes mutações desse gene durante a evolução não ocorressem, a vida seria completamente diferente?, afirma o neurologista Stevel Pelech, um cos condutores do estudo. ?A forma mais avançada de vida em nosso planeta provavelmente ainda seria uma gosma bacteriana.?

O ser humano tem 500 genes relacionados às proteínas quinases. Quando eles falham, causam sérios problemas. Por exemplo, os cânceres surgem quando as células não pegam o recado para pararem de se multiplicar. A diabetes também nasce de um erro de comunicação.

A mutação aponta para o ancestral comum entre todos os eucariontes modernos ? não só as já citadas plantas, animais e fungos, mas também protozoários e algas unicelulares, seres com células muito mais complexas que as das bactérias primitivas. A mutação teria acontecido há mais ou menos um bilhão de anos. ?Nossa nova pesquisa indica que o gene provavelmente se originou em bactérias para facilitar a síntese de proteínas e então sofreu mutações para adquirir funções completamente novas?, afirma Pelech. Ele acredita que a descoberta pode criar todo um novo método de determinar a árvore da vida.


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