terça-feira, 29 de março de 2016

Medição aponta piora na qualidade da água de rios nas cidades da região

SOS Mata Atlântica coletou dados entre março de 2015 e fevereiro de 2016.
Índice foi de 'regular' para 'péssimo' no Rio Tietê em Cabreúva (SP).

A ONG SOS Mata Atlântica divulgou um levantamento com a medição da qualidade da água em 183 rios, córregos e lagos de 11 estados brasileiros e do Distrito Federal. O estudo revela que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam qualidade ruim ou péssima. Alguns rios analisados na região de Sorocaba (SP) e Jundiaí (SP) também tiveram esta qualificação.
Algumas melhorias já foram identificadas, mas ainda há trabalho (Foto: Reprodução/TV TEM)Índice do Rio Sorocaba foi novamente considerado
'regular' (Foto: Reprodução/TV TEM)
Em Cabreúva (SP), o Índice de Qualidade da Água (IQA) no Rio Tietê registrou piora. Foi de "regular", no ano passado, para "péssimo" em 2016. Já no trecho do Rio Tietê que passa por Itu (SP) e Salto (SP), o índice foi considerado "ruim" neste ano. Em 2015, o levantamento apontou como "regular" a qualidade da água em ambos os municípios.
Em Sorocaba, foram coletadas amostras no Rio Sorocaba. O índice de qualidade da água se manteve como "regular" em 2015 e 2016.
Todos os dados foram coletados entre março de 2015 e fevereiro de 2016, em 289 pontos de coleta distribuídos em 76 municípios. A lista completa de rios e pontos avaliados pode ser consultada pelo link.
Avaliação
Os pontos analisados em Cabreúva, Itu e Saltofazem parte dos 41,5% que estão sem condições de usos múltiplos como, por exemplo, abastecimento humano, lazer, pesca, produção de alimentos, dessedentação de animais, manutenção ecossistêmica, abastecimento público com geração de energia e drenagem, por apresentarem qualidade de água ruim ou péssima. Já Sorocaba faz parte dos 52,4% dos pontos que apresentaram índices regulares, em estado de alerta.
Para a avaliação da qualidade da água são considerados 16 parâmetros, incluindo níveis de oxigênio dissolvido, fósforo, nitrato, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes, turbidez, cor, odor, temperatura da água, pH, entre outros parâmetros biológicos e de percepção. O kit utilizado pela SOS Mata Atlântica permite classificar a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).
Trecho do Rio Tietê em Itu, SP (Foto: Prefeitura de Itu/Divulgação)Trecho do Rio Tietê em Itu, SP (Foto: Prefeitura de Itu/Divulgação)
Ações municipaisA Prefeitura de Itu informou, em nota, que atualmente trata 100% dos esgotos da sede administrativa fiscalizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e que o ponto de descarga fica muito abaixo do ponto de amostragem da ONG. Disse ainda que está com sua segunda estação de tratamento de esgoto pronta para operar, aguardando processo de licenciamento junto à Cetesb.
"O rio Tietê é um rio de domínio estadual e sua carga poluidora tem muita relação com os índices de tratamento da Região Metropolitana de São Paulo, onde a gestão da coleta, afastamento e tratamento de esgoto é de responsabilidade da Sabesp. O ponto de monitoramento do Tietê realizado pela SOS Mata Atlântica localiza-se na Estrada Parque, fora do períte:metro urbano", finaliza a nota.
A Prefeitura de Cabreúva foi questionada sobre a piora no índice, mas não respondeu até a publicação desta reportagem. A Prefeitura de Salto também não respondeu aos questionamentos, alegando que deveriam ser encaminhados para o Governo do Estado de São Paulo. Já a Secretaria Estadual do Meio Ambiente disse que não vai se manifestar 
Fonte:



Répteis: Primeiros vertebrados a conquistar o ambiente terrestre


Os répteis são vertebrados tetrápodes pertencentes à classe Reptilia. O nome do grupo vem do latim, reptilis, que significa rastejar, e faz referência ao modo de locomoção de muitos desses animais. São conhecidas mais de 8.000 espécies de répteis, espalhadas dos trópicos até as regiões de clima temperado. Esses animais habitam ambientes terrestres, marinhos e de água doce.

Acredita-se que os primeiros répteis tenham evoluído a partir de anfíbios primitivos, há mais de 250 milhões de anos. Durante a Era Mesozoica, uma enorme quantidade de espécies habitava o planeta. Havia uma grande diversidade de formas, tamanhos e hábitos. Existiam desde pequenas espécies até algumas gigantescas, como certos dinossauros, com mais de 20 metros de comprimento. Muitos grupos existentes nessa época, como os dinossauros, encontram-se atualmente extintos.

A conquista definitiva do ambiente terrestre
Algumas características permitiram a conquista definitiva do ambiente terrestre pelos répteis. Essas características estão relacionadas, principalmente, ao fato de eles independerem da água para respirar e se reproduzir.

A pele dos répteis é altamente queratinizada, sem glândulas de muco e revestida por escamas ou placas ósseas. Isso dificulta a perda de água através da superfície do corpo e protege os répteis da dessecação. A pele impermeável não permite a realização de trocas gasosas através da epiderme. Dessa forma, a respiração nos répteis é exclusivamente pulmonar.

A maioria dos répteis excreta ácido úrico, uma substância nitrogenada que é insolúvel em água. As excretas são eliminadas na forma de uma pasta concentrada, representando mais uma economia destes animais em relação à perda de água.

Diversas características presentes nos ovos dos répteis permitiram que eles não dependessem da água para se reproduzir. O ovo desses animais possui uma casca grossa que impede o dessecamento do embrião. No entanto, a casca é porosa, permitindo a troca gasosa entre o embrião e o meio externo. Existem também, internamente, membranas e bolsas, chamadas de anexos embrionários, que participam de funções como a proteção, a nutrição, as trocas gasosas e a excreção dos embriões.

Temperatura corpórea
Os répteis, assim como os peixes e os anfíbios, são animais ectotérmicos (do grego, ektos, fora; e thermos, quente), ou seja, dependem de uma fonte de calor externa para manter a temperatura de seus corpos.

Por isso, costumam procurar lugares ensolarados e quentes, como a superfície das rochas, até se aquecerem. Quando seu corpo ultrapassa a temperatura ideal, por volta de 37o, abrigam-se em lugares de sombra ou entram na água.

A ectotermia geralmente limita a distribuição dos répteis às regiões de climas quentes. Porém, algumas espécies vivem em regiões de clima temperado, hibernando durante o inverno.
Obs.: Os animais ectotérmicos também são chamados de poiquilotérmicos e pecilotérmicos.

Classificação
Os répteis são divididos, atualmente, em quatro ordens: Chelonia (ou Testudinae),SquamataCrocodilia e Rhyncocephalia (ou Sphenodontia).

Quelônios
Os quelônios são as tartarugas, os cágados e os jabutis. São animais herbívoros que ocorrem no meio terrestre, marinho e de água doce. O corpo dos quelônios é recoberto por um exoesqueleto rígido, dividido em duas partes: uma ventral, chamada plastrão, e outra dorsal, denominada carapaça. Não possuem dentes e trituram o alimento com placas córneas presentes no interior da boca.

Lacertílios e ofídios
A ordem Squamata possui o maior número de espécies, divididas em duas subordens: os lacertílios e os ofídios. Os lacertílios são os lagartos e as lagartixas. Seu corpo é revestido por escamas, a língua é móvel e não existem dentes.

Alguns lacertílios apresentam interessantes estratégias de defesa. Os camaleões, por exemplo, são capazes de alterar a coloração de seu corpo de acordo com o substrato no qual se encontram, ficando, desta forma, camuflados. Já as lagartixas podem soltar parte da cauda e fugir quando são atacadas por um predador.

Os ofídios são representados pelas cobras. As cobras não possuem membros, são recobertas por escamas, apresentam uma língua bifurcada na extremidade e possuem dentes. As espécies peçonhentas, como a coral verdadeira e a jararaca, possuem glândulas produtoras de veneno.

Além disso, as cobras peçonhentas apresentam, geralmente, outras características que as distinguem das espécies não peçonhentas: cabeça com formato triangular, ponta da cauda afilada e a fosseta loreal, um orifício localizado entre as narinas e os olhos que funciona como um sensor térmico, capaz de perceber a presença de uma presa graças ao calor emitido por seu corpo.

O fato de existirem diversas cobras venenosas no Brasil não é motivo para pânico. Segundo o Instituto Butantan, embora ocorram cerca de 20.000 acidentes com cobras por ano, apenas 0,5% dos casos são letais. De acordo com o Butantan, o uso de botas de cano alto e de luvas ao mexer em locais que fornecem abrigo às cobras - como montes de folhas, entulhos ou buracos - pode evitar até 80% dos acidentes.

Porém, no caso de uma picada, alguns procedimentos devem ser adotados: a vítima deve ser mantida deitada e deve ser encaminhada ao posto médico mais próximo para receber o soro antiofídico. Se possível, deve-se levar também a cobra, para que a espécie seja identificada e se possa administrar o soro com maior precisão. Em hipótese alguma devem ser feitos torniquetes ou cortes no local da picada, pois isso pode piorar o quadro de intoxicação pelo veneno.

Crocodilianos
Os crocodilianos são representados pelas espécies de crocodilos, jacarés e gaviais. Possuem o corpo revestido por grossa epiderme e placas córneas. Entre os répteis, os crocodilianos são os que atingem tamanhos maiores. Sua mandíbula é muito forte e sua mordida pode matar a presa rapidamente. Vivem próximos a rios e lagos, ou no mar, passando a maior parte do tempo dentro da água.

Rincocéfalos
A ordem Rhyncocephalia é representada, atualmente, apenas por duas espécies, conhecidas como tuataras, que ocorrem na Nova Zelândia. As tuataras possuem um corpo parecido com o dos lagartos, porém, diferentemente destes, não apresentam um órgão sexual copulador.
Alice Dantas Brites, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é graduada em ciências biológicas pela Universidade de São Paulo.

Fonte


Animais são usados no tratamento de pessoas com Alzheimer


Outras terapias alternativas também estão ajudando pacientes em Bauru
É o caso dos exercícios com pessoas que fazem hemodiálise.


Tratamentos alternativos contra doenças estão apresentando cada vez mais evolução aos pacientes.  Em Bauru (SP), um lar para idosos cuida de moradores que possuem dificuldades para andar e falar, mas que também têm Alzheimer. A casa oferece uma terapia sem que os portadores da doença percebam. Este tratamento é realizado com o auxílio dos animais.
Terapia é realizada com o auxílio dos animais.  (Foto: Reprodução / TV TEM)Terapia é realizada com o auxílio dos animais.
(Foto: Reprodução / TV TEM)
O cãozinho Bob é o preferido das vovós que moram no lar. “Eu gosto muito de ter os cachorrinhos por perto”, comenta Dona Gizella Campos Quaggio, de 93 anos. Rosangela Campos Souza, enfermeira e proprietária da clínica afirma que os animais trazem alegria ao ambiente: “O Bob trouxe uma alegria muito grande para a casa. Melhorou muito a autoestima e a convivência com eles”, afirma.
Já no quintal do lar moram dois papagaios. Eles foram adotados por Dona Izabel Alves, de 81 anos. “Eu acordo cedo e a primeira coisa é tratar dos bichinhos”, explica. A responsabilidade de alimentar as aves todos os dias auxiliou Izabel a exercitar a memória.
Pandora faz pacientes cair na risada. (Foto: Reprodução / TV TEM)Pandora faz pacientes cair na risada.
(Foto: Reprodução / TV TEM)
A residência dos vovôs também possui um local para peixes e animais domesticados, que ficam soltos pela casa. Entretanto, a novidade para os pacientes é a Pandora, uma porquinha que faz todos sorrir.
“Ficou um lar mesmo, não apenas uma casa de idosos, ficou uma família, onde tem animais, onde tem cachorro... Eles se sentem como se estivessem na casa deles mesmo”, diz a cuidadora Tainá Carla.
Exercícios na hemodiálise
Já no Hospital Estadual de Bauru, pacientes que fazem hemodiálise têm a oportunidade de se recuperar fisicamente enquanto estão conectados às máquinas que fazem o tratamento. Um grupo de educadores físicos e fisioterapeutas faz uma série de exercícios nos pacientes.
Perda de massa muscular causa influência na locomoção do paciente. (Foto: Reprodução / TV TEM)Perda de massa muscular causa influência na
locomoção do paciente (Foto: Reprodução / TV TEM)
De acordo com médicos, o estado de saúde do paciente reflete na perda de massa muscular e causa influência na locomoção e bem estar do portador de insuficiência renal. “Eles acabam tendo emagrecimento, muitas vezes desnutrição nesse período e isso acaba refletindo na parte muscular”, explica Tricya Nunes Vieira, médica nefrologista.
Há aproximadamente cinco anos, Aparecido Dutra  faz hemodiálise. Depois que começou a praticar exercícios no hospital, ele ganhou mais disposição e melhorou a autoestima. “Exercício é saúde para o corpo, para a mente, para tudo”, diz.
História para os autistas 
A Associação dos Familiares e Amigos do s Portadores de Autismo de Bauru – AFAPAB, atende 15 crianças e adolescentes portadores de autismo e a contação de histórias faz os pacientes evoluírem.
“O contar histórias trabalha as maiores dificuldades deles que é interagir, que é olhar, que é imitar. Veio como um complemento criado por professores aqui de dentro que a gente viu uma evolução incrível nessas crianças”, explica a pediatra e presidente da instituição Kátia Semeghini Caputo.
De acordo com pesquisas, esses métodos auxiliam na evolução dos tratamentos e até estacionam algumas doenças.
Fonte


De acordo com pesquisas, os métodos auxiliam na evolução dos tratamentos. (Foto: Reprodução / TV TEM)

Designer ajuda a recriar bico em 3D de arara que foi mutilada por maus-tratos


A arara da espécie canindé foi resgatada pela Polícia Ambiental em Praia Grande (SP) e estava com o bico deformado, com a parte restante crescendo deformada e atrapalhando a alimentação. Não se sabe exatamente o que aconteceu, mas a suspeita é de maus-tratos e contrabando, já que a espécie não é naturalmente encontrada no litoral paulista.


O animal foi então para o Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Selvagens (Ceptas) de Cubatão (SP), onde recebeu tratamento e era alimentado por funcionários. Aí é que entra o catarinense na história. Conhecido pela reconstrução facial de personalidades, especialmente santos, o 3D designer Cícero Moraes, de Chapecó, se envolveu no processo.
Ele, quatro veterinários e um cirurgião dentista foram chamados para atuar no caso, referenciados por outros trabalhos que a equipe já fez, como a reconstituição facial da Santa Paulina.
A arara foi examinada e foi feito um modelo de novo bico, em um processo que envolveu moldes, gesso, fotografias e criação virtual e impressão em 3D. Gigi se tornou assim a primeira ave a receber uma prótese de titânio no mundo.
“Escolhemos o titânio porque ele é mais resistente que o plástico e outros materiais e o bico de uma arara sofre muita pressão, faz muita força. Deu mais trabalho porque precisou ser feito com uma espessura muito fina, pra não ficar muito pesado e não ter risco de queda”, explica Cícero.

Tire suas dúvidas sobre qual animal adotar


Várias são as dúvidas de quem está querendo adotar um animal doméstico: desde a hora da escolha do “melhor amigo” até os cuidados diários que o animal necessita.

Segundo os veterinários, a pessoa tem que ter consciência de que está adquirindo um ser vivo, que requer atenção, carinho e cuidados específicos, como alimentos de boa qualidade, vacina e medicamentos.

Existem muitas opções de animais, desde os tradicionais até os mais exóticos, e são vários os fatores a serem analisados antes de permitir que a rotina da família seja completamente alterada. Afinal, é necessário ter tempo de sobra para os cuidados que o animal vai precisar. O espaço físico, a raça e o tamanho do animalzinho também devem ser considerados.

De acordo com o veterinário de um hospital de animais, em Sorocaba (SP), Roberto Comitre, para quem quer brincar, as aves não são uma boa opção. “As aves não interagem tanto quanto um cão ou gato. Elas são mais reservadas”, explica.

Aísne Rocha sempre teve animais, principalmente gatos. Ela é tutor de dois cães: Lilly, uma Yorkshire de dois anos; e Carlota Joaquina, uma Pug de dois meses. A estudante de enfermagem conta que cachorro faz muito bem, principalmente para a saúde mental. “O cachorro tem uma coisa com o tutor. Ele é muito dependente da gente ao extremo, ele sente a sua falta. Então, esse amor que ele transmite para a gente faz muito bem. Quando eu peguei a Lily, eu estava numa fase muito ruim na minha vida, estava quase entrando em depressão e ela fez muito bem para mim”.

Apartamento e animais O veterinário explica quais fatores devem ser considerados por quem mora em apartamento. “O ideal são animais de pequeno porte, com baixo nível de energia e que não precisem de muito espaço para correr. Não existe uma metragem padrão do ambiente. Se o cão for de grande porte, é necessário levá-lo para passear de uma a duas vezes ao dia”, comenta o especialista.

Ainda de acordo com Comitre, se o animal for de pequeno porte, não será necessário levá-lo para se exercitar. “Se eu estivesse morando numa casa, eles poderiam usar o quintal para fazer as necessidades, mas tenho tapete higiênico e troco uma vez por dia. Já o passeio tem que ser duas vezes por dia” , conta a estudante de enfermagem.

Ela explica também que é bom pesquisar antes. “A raça que eu peguei tem muitos problemas de saúde, mas eu já tinha pesquisado bem antes para saber, conversava com pessoas que tinham, eu procurava muito sobre a raça.”

O cuidado com os felinos tem que ser o mesmo, orienta o veterinário. Quem mora em apartamento precisa instalar a caixa de higiene, que é o local em que os gatos farão suas necessidades, e colocar também proteção nas janelas. Ainda de acordo com o especialista, é importante distribuir brinquedos e instalar prateleiras, para que o gato possa “escalar” e melhorar o bem-estar físico e psicológico.

Comitre fala da relação de gatos com crianças. “Se a criança é muito pequena, não acredito que gato seja a melhor opção, caso seja, o importante é conscientizar as crianças de que deve-se respeitar os limites dos gatos porque eles podem arranhar caso se sintam aprisionados ou ameaçados.”

O veterinário comenta sobre a facilidade nos cuidados com gatos. “Eu sempre brinco dizendo que os gatos já nascem prontos e são ‘autolimpantes’, se adequam bastante para pessoas que possuem uma vida mais corrida, até porque eles já sabem onde fazer as necessidades.”

Comprar ou adotar? Caso a pessoa queira comprar um animal, é importante que procure os criadores, indo até o local para conhecer as condições de higiene, instalações, a ninhada e verificar se os filhotes estão espertos, brincando e alegres.

Roberto Comitre explica que adotar ou comprar é uma questão pessoal. “Muitas ONGs fazem feiras de adoção e se dedicam ao resgate de animais de rua ou vítimas de maus-tratos”. Ele também dá dicas sobre o comportamento de algumas raças. “São bastante tranquilas as raças Spitz Alemão, Shih Tzu, Lhasa Apso, Maltês e Pug. Cães de grande porte que são bastantes calmos são Golden Retriever e Akita, com temperamento reservado, mas não são considerados cães brincalhões”, completa.

Ele explica que, com aumento de animais exóticos criados como domésticos, deve-se pesquisar antes de adquiri-los. “Cada espécie necessita de cuidados diferentes, as cobras, por exemplo, necessitam de grandes espaços, não fazem barulho e o intervalo entre as refeições são bastante prolongados.” Por fim, o veterinário conta que a aquisição deve ser legal e autorizada pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) ou por outro órgão competente.

Fonte: G1

Peixe Betta: Um pet que defende o território com "unhas" e dentes!



Muito antes de embelezar os aquários com suas cores e formas exóticas, o peixe-beta já habitava em águas calmas e pobres em oxigênio do Sudeste Asiático. Ainda hoje ele pode ser encontrado nos alagados em que se planta o arroz na Tailândia, no Camboja e no Vietnã.
Os machos dessa espécie são territorialistas. Isso quer dizer que eles não gostam de visitas de seus iguais - apenas as fêmeas são bem-vindas.
Brigas entre peixes-beta
Se um peixe-beta entra no território de outro, há brigas sérias e um deles pode até morrer devido aos ferimentos. Por isso, os asiáticos têm o costume de colocar dois machos em um mesmo recipiente, para vê-los brigar - daí surgiu o nome popular de peixe-de-briga.

Eles brigam mesmo: o especialista William Sugai, biólogo e aquarista profissional há 27 anos, alerta que não se deve colocar dois ou mais machos de peixe-beta num mesmo aquário.

Contudo, o nome "beta" também remete ao comportamento agressivo entre machos dessa espécie de peixe. Antigamente, uma tribo de guerreiros, chamados Ikan Bettah, habitava as regiões do Sião, no território que hoje é a Tailândia. Como essa tribo era agressiva e territorialista, o peixe recebeu um dos nomes desse grupo de guerreiros.
Sem ar, peixe-beta se afoga
Para sobreviver em um ambiente pobre em oxigênio, o peixe-beta desenvolveu, após milhares de anos de evolução, um órgão de respiração complementar, chamado labirinto.

O aparelho respiratório fica na parte superior da cabeça e atrás dos opérculos - estruturas ósseas que revestem a abertura branquial desses peixes. As brânquias retiram uma parte do oxigênio da água, mas essa quantidade não é suficiente para manter a vida do beta. Por isso, ele vai, periodicamente, à superfície para engolir ar que vai até o labirinto, onde ocorrem as trocas gasosas. Se o peixe-beta não puder subir para engolir o ar, para respirar, ele morre afogado.
Peixe-beta no aquário
Algumas pessoas pensam que equipar o aquário de seu peixe-beta com bombinhas de ar ou filtro, garante quantidades suficientes de oxigênio na água e o animal não sentirá necessidade de subir à superfície. Ledo engano.

Tais equipamentos só irão provocar estresse no animal. Lembre-se de que esse é um peixe adaptado para águas sem turbulência e pobres em oxigênio. Por mais oxigênio que haja no ambiente, as brânquias do beta não são capazes de lhe fornecer a quantidade necessária desse gás vital.
Ninhos de ar
Os peixes-beta são ovíparos, isto é, colocam ovos. Sua reprodução é interessante. Quando um macho se interessa por uma fêmea, ele constrói um ninho feito de pequenas bolhas de ar.

Em seguida, vai até a fêmea e a envolve formando um "U" com o corpo. O "abraço" ajuda a fêmea a liberar os óvulos que são fecundados pelos gametas do macho no mesmo instante.

Os óvulos fecundados depositam-se, pouco a pouco, no fundo. O macho, em seguida, pega os ovos com a boca, gentilmente.
Um de cada vez, eles são depositados dentro de uma bolha de ar.
Cuidadoso, mas faminto
O papai-beta tem o maior cuidado com o seu ninho. Se algum ovo se desprender dali, ele se encarrega de recolocá-lo no lugar.

O macho cuida de seus alevinos, nome dado aos filhotes de peixe, até que eles sejam capazes de se alimentar sozinhos. Durante todo o tempo em que cuida dos filhotes, ele não se alimenta. Por isso, quando os peixinhos ficam independentes, podem ser devorados pelo próprio pai, faminto.

Para reproduzir peixes-beta em aquários, deve-se pedir orientações a especialistas, pois são animais de comportamentos complexos.
Aliados contra a dengue
Os peixes-beta são carnívoros e larvófagos: alimentam-se de larvas. Acontece que o Aedes aegypti, mosquito vetor do vírus da dengue, vive uma parte de sua vida como larva.

Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, Universidade Estadual do Ceará, e da Fundação Nacional de Saúde de Fortaleza, realizaram um estudo, publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, sobre o peixe-beta como forma de controle biológico contra larvas de Aedes aegypti.

Os pesquisadores colocaram larvas em tanques com um peixe-beta em cada um, com água parada e limpa, e esperaram para ver o que iria acontecer. Passado um tempo, as larvas praticamente desapareceram, devoradas pelos peixes.
Dieta viva ou seca
Os peixes-beta comem qualquer coisa, mas isso não significa que tudo faz bem a ele. Se você tiver um ou mais desses peixes, pode optar por oferecer-lhes alimentos vivos, como artêmia, salina adulta, ou sanguessugas.

Mas ele pode, perfeitamente, se satisfazer com alimentos secos industrializados próprios para sua espécie. Seja seco, ou vivo, o alimento deve ser consumido pelo beta em poucos minutos. Jamais coloque comida demais - isso suja a água e prejudica a saúde do peixe.
Mariana Aprile, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é estudante de biologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie e aluna de Iniciação Científica do Mackpesquisa (PIVICK).pagina3@pagina3ped.com



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