sábado, 12 de julho de 2014

Passaporte Para Cães e Gatos

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento começou a emitir desde o dia 24 de fevereiro, o passaporte para cães e gatos.

O documento poderá substituir o atual Certificado Veterinário Internacional (CVI) e não é obrigatório -- caberá ao dono decidir se prefere aderir ou não. De acordo com a veterinária Mirela Eidt, fiscal do ministério, a vantagem de tirar o novo documento é que as informações estarão todas reunidas em um lugar só, e o passageiro perderá menos tempo esperando a liberação do animal para o transporte.
Antes de fazer o passaporte, o proprietário deve procurar um veterinário em estabelecimento especializado para implantar um microchip no animal para facilitar sua identificação em qualquer país. O objeto tem o tamanho de um grão de arroz e fica sob a pele do bicho.

O modelo do passaporte (Foto: Reprodução/Diário Oficial da União)

Entre as informações que constam do documento estão o nome e endereço do dono; a descrição do animal; nome, espécie, raça, sexo, pelagem e data estimada de nascimento; número de identificação eletrônica do animal (microchip); dados de vacinação e exame clínico fornecidos por médico veterinário. Ele será expedido nos idiomas português, inglês e espanhol.

É preciso levar, para fazer o requerimento, um documento de comprovação de aplicação do microchip, atestado de saúde do animal e documentos de identificação e comprovante de residência do proprietário. O animal deve ir junto com o dono para a solicitação.
O passaporte vale por toda a vida do bicho, mas as informações sanitárias devem ser validadas a cada nova viagem.

Coleiras poderiam ajudar gatos a voltar para os donos

Há um medo entre os donos de gatos de que coleiras poderiam sufocar os animais. Pesquisa mostra que temor é infundado

The New York Times
Gato espera para ser adotado em abrigo nos Estados Unidos
Gato espera para ser adotado em abrigo nos Estados Unidos (Robyn Beck)
Menos de 2% dos gatos em abrigos de animais retornam a seus donos, enquanto entre 15 e 19% dos cachorros são devolvidos
Menos de 2% dos gatos em abrigos de animais retornam a seus donos, enquanto entre 15 e 19% dos cachorros são devolvidos; e uma das razões para isso é que mais cachorros usam coleiras. Colocar coleiras em alguns dos 88 milhões de gatos dos EUA pode ajudar, segundo um estudo publicado em The Journal of the American Veterinary Medical Association.
A maioria dos donos de cachorros é obrigada a registrar seus cães e obter uma licença. Isso nem sempre é uma exigência para gatos. Donos de gatos também são menos inclinados a colocar coleiras de identificação em seus animais. "Existe um medo de que a coleira poderia sufocar um gato, ou de que os gatos as arrancariam", diz Linda Lord, cientista veterinária da Universidade Estadual de Ohio e principal autora do estudo.
Para testar essas percepções, Lord e seus colegas estudaram 538 gatos com coleiras durante seis meses. Ao final desse período, 75% dos gatos ainda usavam o acessório. Apenas alguns deles haviam machucado a si mesmos, mas nenhum com gravidade.
“A principal mensagem é que as pessoas realmente precisam pensar em identificar seus gatos”, afirmou Lord. “Gatos conseguem usar uma coleira, e isso poderia ser uma mudança de paradigma no pensamento”.
Os pesquisadores descobriram também que o uso de microchips, que são inseridos sob a pele do gato e armazenam informações, também é eficaz. Se um gato se perde, um scanner identifica o chip e obtém as informações de seu dono.
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Melhor amigo do homem pode ser o pior inimigo da vida selvagem

Além de caçar outros animais, os cachorros soltos ou abandonados levam doenças a outras espécies

Nana Queiroz
Jupiterimages
Encoleirado: o estudo alerta para a importância de manter os cães sob controle em áreas de preservação ambiental
Encoleirado: o estudo alerta para a importância de manter os cães sob controle em áreas de preservação ambiental

O melhor amigo do homem pode ser um dos maiores inimigos da natureza. Solto em reservas florestais ou ambientes de vida selvagem, ele pode atuar como predador ameaçando diretamente outros animais (alguns em risco de extinção) ou transmitindo doenças. É o que defende um estudo conduzido por especialistas da Universidade do Estado de Utah, nos Estados Unidos, na última edição da revista Bioscience.
A investigação surgiu quando a bióloga Julie Young e seus colegas observavam os rebanhos da Mongólia, em 2007. Os cientistas perceberam, então, que os cães locais tinham forte impacto sobre essa população. Em seguida, decidiram estudar a interferência dos cachorros no ecossistema do país e relacionar sua conclusões a estudos sobre o tema feitos ao redor do mundo – incluindo o Brasil. “O que descobrimos foi que os cachorros podem ter dois tipos de efeitos negativos sobre a fauna de um lugar. Uma interferência direta, caçando animais, e uma indireta, espantando-os e deslocando-os para outras áreas. Existe, ainda, o perigo dos cães funcionarem como vetores de doenças que podem infectar populações inteiras”, revela Julie. “O que nos preocupa, especialmente, são as áreas em que vivem pequenos animais em extinção, que não estão adaptados a esse tipo de predador”.
Reservas ambientais - No Brasil, as conclusões do estudo se encaixam perfeitamente, segundo Marco Ciampi, que há 20 anos trabalha em defesa dos cães e atualmente preside a Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca Brasil). “Em grandes centros urbanos, com poucas áreas verdes, esse quadro ainda se agrava. Para não abandoná-los nas ruas, muitas pessoas deixam cachorros em reservas ambientais e parques. Chegando lá, famintos e em busca da sobrevivência, esses animais se organizam em matilhas e partem para a caça, o que gera impactos significativos sobre a fauna local”. 
Foi o que aconteceu em Brasília, entre 2006 e 2009, no Parque Nacional Água Mineral, caso também analisado pela equipe de Julie. Na ocasião, o grande número de cachorros desamparados na área verde prejudicou os animais que viviam no cerrado local. Outro apisódio citado pelos pesquisadores da Universidade de Utah foi o da alteração na dieta de cães e gatos no Sudeste brasileiro, em 2007. Constatou-se que, quando estavam soltos nas ruas, esses animais passavam a se alimentar de pássaros, insetos e pequenos mamíferos, como ratos, alterando a cadeia alimentar da região. 
Pontos fracos - “Uma série de fatores se acumulam, tornando mais corriqueiros os danos ambientais causados pelos cachorros. Para começar, o Brasil não tem dados oficiais sobre o número de cachorros abandonados. Depois, nossa legislação é fraca nesse aspecto”, diz Ciampi. O abandono de animais não é discriminado na Lei dos Crimes Ambientais (nº 9.605), seja ele realizado em áreas de preservação ambiental ou não. “Para completar, não existe nessas áreas uma fiscalização adequada para punir os infratores”, acrescenta Ciampi. 
A equipe de Julie, contudo, não se concentrou em soluções jurídicas ou governamentais. “Nossa maior intenção com esse estudo, muito mais do que sugerir políticas públicas, é conscientizar cada um dos donos de cachorros sobre a importância de se assumir uma real responsabilidade por seu animal”, defende Julie. “É preciso mantê-los em correntes e bem alimentados quando estiverem em áreas verdes e cuidar para que suas vacinas estejam em dia, especialmente quando estão em contato com novos hábitats. Agir dessa maneira é muito mais fácil do que repovoar uma área com um animal que está praticamente em extinção.”

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Cães escolhem as pessoas mais gentis para pedir comida

Cachorros costumam observar o comportamento humano para aumentar suas chances de sucesso na busca por guloseimas, revela pesquisa italiana

Cachorros: pedir comida dá mais trabalho do que parece
Cachorros: pedir comida dá mais trabalho do que parece (John Howard / Thikstock)
Pedir comida para os humanos é uma atividade muito mais complexa para os cães do que pode parecer. Antes de se aproximar de alguém por debaixo da mesa, o cachorro já passou um bom tempo analisando o comportamento de cada pessoa no ambiente - e escolhe os mais simpáticos para aumentar suas chances de ganhar guloseimas. Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Milão revela que os cães costumam observar os humanos ao seu redor e categorizá-los como "malvados" ou "generosos" de acordo com a maneira como tratam as demais pessoas do lugar. A partir desse ranking, os cachorros selecionam os humanos mais "dóceis" para implorar por um lanchinho.
Para realizar o experimento, os pesquisadores pediram a 100 donos de cães que fossem ao laboratório acompanhados de seus pets. No local, uma dupla de cientistas comia cereais e salsichas cozidas. De tempos em tempos, alguém entrava no laboratório e pedia um pouco da comida. Um dos cientistas prontamente compartilhava sua refeição. O outro, espantava a visita. Enquanto isso, donos e cães ficavam no canto do salão, observando tudo o que se passava.
Quando os cães eram soltos das coleiras, a maior parte deles se aproximava do cientista generoso, na expectativa de receber uma das salsichas. No geral, dois terços dos cães soube diferenciar a pessoa gentil da egoísta. O experimento mostrou que os cães pareciam prestar mais atenção ao tom de voz que os cientistas utilizaram com os pedintes, em vez da gesticulação ao entregar a comida.
Sabe-se que chimpanzés também "espiam" o comportamento dos pares de modo a concluir quais são os indivíduos mais propensos a dividir comida. Contudo, é a primeira vez pesquisadores observam comportamento semelhante em cães. O resultado foi surpreendente. "Sabemos que os cães são habilidosos, mas jamais imaginávamos que eles tiravam conclusões sobre a personalidade das pessoas apenas observando como elas se relacionam", disse a pesquisadora Sarah Marshall-Pescini em entrevista ao jornal inglês Daily Mail
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Câncer canino com 11.000 anos é o mais antigo do mundo

Pesquisadores sequenciaram o genoma de um tumor sexualmente transmissível em cachorros

Câncer canino: embora tenha 11.000 mil anos, esse tipo de câncer só se espalhou pelo mundo há aproximadamente 500 anos (Thinkstock)

Uma equipe internacional de cientistas sequenciou o DNA do câncer mais antigo já descoberto: um tumor canino sexualmente transmissível. Análises mostraram que ele se originou há cerca de 11.000 anos. A descoberta foi publicada em um artigo na revista Science na última sexta-feira.
CONHEÇA A PESQUISA

Os pesquisadores encontraram registros na literatura veterinária desse tipo de câncer desde 1810. Suspeitando que ele fosse muito mais antigo do que isso, decidiram procurar respostas com ajuda da genética. Eles descobriram que, enquanto a maior parte dos cânceres apresenta no máximo 5.000 mutações em seu genoma, o tumor estudado tinha impressionantes 1,9 milhão. Dentre essas mutações havia uma conhecida por ocorrer em uma frequência constante ao longo do tempo, então os pesquisadores a utilizaram como "relógio molecular" para descobrir a idade do câncer, que chegou a 11.000 anos.

Como o genoma do câncer também possuía informações genéticas sobre o cachorro no qual ele se originou, os pesquisadores conseguiram identificar alguns fatos sobre o animal. Acredita-se que ele era semelhante a um husky siberiano dos dias de hoje e vivia em uma região isolada, uma vez que o câncer – que era transmissível – só começou a se tornar comum nos últimos 500 anos, período que equivale à exploração marítima dos povos europeus.
Para os autores, esse tumor pode ter sobrevivido por tanto tempo por ser transmissível e capaz de driblar a resposta imune dos cães. "E o que nós estamos obviamente tentando descobrir nesses cânceres é: isso poderia acontecer em humanos? Nós queremos aprender tudo o que pudermos sobre ele", afirma Mike Stratton, pesquisador do Wellcome Trust Sanger Institute, no Reino Unido, e integrante da equipe de pesquisadores.

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