domingo, 4 de outubro de 2015

Pet shop no Tocantins faz sucesso com sorvete para cães

Os bichinhos de Leda Perini estão satisfeitos com a novidade (Foto: Divulgação/Celso Perini)


Produto é próprio para os animais e tem sabores como picanha e frango.

Em algumas cidades do Tocantins os termômetros marcam mais de 40ºC.


A paixão do brasileiro por bichos de estimação faz com que os donos invistam no bem estar dos animais. A cadela Hana, por exemplo, ganhou um ar-condicionado novinho por causa das altas temperaturas registradas no Tocantins. De olho nas oportunidades do mercado pet, empresários começam a investir em novos produtos a cada dia. Uma das novidades do momento é o sorvete feito para cães. O produto está fazendo sucesso com a clientela canina em um pet shop de Gurupi, no sul do Tocantins, principalmente por causa do calor que pode passar dos 40°C no período mais quente do ano.
Sorvete é vendido em oito sabores (Foto: Divulgação/Celso Perini)
Sorvete próprio para os animais é vendido em oito
sabores (Foto: Divulgação/Celso Perini)
Para os donos, o preço é um pouco alto - R$ 8 por um pote de 100 gramas - mas os sabores são atrativos para os cães: picanha, frango, morango, manga e menta.
"O calor está gigante, então é uma inovação e não um luxo. É uma necessidade mesmo. A gente sabe que eles sofrem muito com o calor e mesmo deixando água e frutas para eles se hidratarem, o sorvete tem um sabor diferente e atrativo, que acaba ajudando a evitar que eles adoeçam." O relato é da servidora pública Leda Perini, que tem seis cachorros adultos e geralmente dá o sorvete para eles duas vezes por semana.
Ela afirma que o custo é alto, mas o benefício para os animais é maior. "Eu acredito que a gente tem que colocar na balança do custo benefício. [O preço] é um pouco salgado e não dá para dar todo dia, mas é uma forma de ajudar os bichinhos", enfatiza.
 Leda Perini tem 11 cachorros, sendo seis adultos e cinco filhotes (Foto: Divulgação/Celso Perini)Leda Perini tem 11 cachorros, sendo seis adultos e cinco filhotes (Foto: Divulgação/Celso Perini)
Segundo o médico veterinário Jairo Piovesan, o sorvete é próprio para os animais e não há contraindicação. "É um produto específico sem gordura trans ou açúcar e com zero lactose. Animais de qualquer idade podem tomar, sem qualquer efeito colateral", afirma.
Ele é dono do pet shop que vende a guloseima e conta que o sorvete tem feito sucesso. Piovesan atribui isso ao amor das pessoas pelos animais. "São companheiros que ficam ao lado dos donos. Por isso muitos têm essa ideia de proporcionar bem estar para os cães. Isso os leva a ter um cuidado maior com o bichinho", comenta.
Cachorros ganham sorvete ao menos duas vez por semana (Foto: Divulgação/Celso Perini)
Fonte:


Pavão do zoológico de Sorocaba é flagrado atravessando a rua pela faixa de pedestre


Moradora registrou a cena durante visita ao zoológico da cidade.
Segundo o zoo, animal é criado solto na unidade e recolhido quando foge.


Um pavão foi flagrado atravessando a rua pela faixa de pedestre na tarde deste sábado (3), em Sorocaba (SP). A cena chamou a atenção da moradora Vanessa Caramelo, que fez o registro durante uma visita ao Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros. Segundo Vanessa, a faixa de pedestres fica em frente ao zoo e, sem qualquer receio, o animal passou pelo carro da família para garantir algumas pipocas de outros visitantes e vendedores que estavam do outro lado da rua.

Mesmo acostumada a ir ao local, a professora conta que as visitas no zoo são tradicionais, entretando, ver o "rolezinho" do pavão foi inusitado. “Foi muito engraçado, porque sempre levo meu sobrinho para conhecer os animais do Quizinho de Barros e sempre vejo eles soltos, mas dentro do zoológico", conta.

Curiosa com a cena, ela perguntou para pessoas que trabalham nas proximidades, que disseram estar acostumadas com os pavões. "Achei legal e conversei com quem está ali sempre. Eles me disseram que é comum o bicho sair para ganhar mimos de quem passa", diz.

Segundo a chefe de seção de biologia e Veterinária do zoológico de Sorocaba, Cecília Pessuti,esses animais ficam soltos, mas do lado de dentro do zoológico. Quando são vistos fora, rapidamente são recolhidos. “Esse é um episódio que acontece excepcionalmente e não são acostumados a saírem, mas, estão habituados a andarem por todo o parque e não ficarem presos em recintos”, finaliza Cecília.

Fonte:

Como veneno de cobra e outros da natureza estão salvando vidas

Jararaca-ilhoa veneno de cobra salva vidas

As cobras-covinha crescem até um metro de comprimento e matam suas presas usando injeções de veneno. Uma vez que o veneno da cobra entra em ação, as vítimas desmaiam por causa de uma queda da pressão arterial, deixando-as prontas para serem comidas, começando pela cabeça. Este é o hábito alimentar da jararaca-ilhoa, serpente encontrada na bacia Amazônica e nas florestas do Brasil, cujo veneno costumava ser usado pelos índios na ponta de suas flechas e atualmente é a matéria-prima de um dos medicamentos mais comumente prescritos para a hipertensão – captopril.
“Este [veneno de cobra] abriu uma nova classe de medicamentos”, contou à CNN Zoltan Takacs, toxicologista fundador do projeto World Toxin Bank (Banco Mundial de Toxinas, em tradução livre), referindo-se a uma classe de medicamentos conhecidos como inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA), agora usada para tratar mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo.
Aprovado pela Administração de Drogas e Alimentos (FDA) dos Estados Unidos em 1981, o captopril não é uma droga nova, mas a sua comercialização levantou a ideia de que venenos poderiam ser usados para criar medicamentos modernos. O campo da medicina baseada em venenos floresceu desde então, e equipes de todo o mundo estão explorando os animais mais remotos em busca de drogas potentes que podem surgir a partir de seu veneno altamente evoluído.

Veneno de cobra abrindo portas

Desde o captopril, mais dois medicamentos – eptifibatide e tirofiban – produzidos com base nos venenos da cascavel-anã (Sistrurus miliarius barbouri) e da víbora Echis carinatus, respectivamente, foram aprovados no final de 1990 para tratar outras doenças cardíacas, como angina. “[Nos Estados Unidos], para os principais tipos de ataque cardíaco há três drogas e duas vêm do veneno de serpentes”, aponta Takacs.
Echis carinatus
Echis carinatus
Estima-se que, em todo o mundo, até 100 mil mortes ocorrem por causa de mordidas de cobras venenosas a cada ano. Porém, como pudemos ver, estes répteis também estão deixando sua marca na saúde humana de forma bem diferente daquela pretendida pela natureza – salvando vidas.

Aprendendo com a evolução

“Os venenos evoluíram para imobilizar ou matar. Eles têm como alvo as funções vitais do corpo”, explica o especialista. Quando usados por animais, os venenos são adaptados para atingir uma das duas funções vitais dentro do corpo – a circulação de sangue ou a comunicação entre nervos e músculos. Sua finalidade é ferir o músculo, deixar nervos dormentes ou parar a coagulação do sangue fazendo com que suas vítimas sangrem sem parar e deixando mais fácil a tarefa do predador de comer a sua presa.
À esquerda, sangue saudável coagula depois de 20 minutos de teste. À direita, sangue com veneno de Ovophis monticola não coagula
À esquerda, sangue saudável coagula depois de 20 minutos de teste. À direita, sangue com veneno de Ovophis monticola não coagula
Mas esses efeitos também têm um potencial benéfico, aliviando a dor ou a prevenindo a formação de coágulos de sangue, e estão no centro da busca de novos medicamentos para curar ou tratar males como ataques cardíacos ou doenças neurológicas. Segundo Takacs, o que os torna tão eficientes é que estes venenos têm como alvos as moléculas corretas dentro do corpo humano.
O campo como um todo se estende além das cobras letais, estudando também outros animais que produzem veneno, como sanguessugas, caracóis, escorpiões e lagartos. Já existe, por exemplo, um medicamento para dor crônica – ziconotide – baseado em uma toxina produzida pelo molusco Conus magus, o primeiro a ser desenvolvido a partir de um animal marinho. Há também a exenatida, substância extraída da saliva do monstro-de-gila, um dos poucos lagartos venenosos do mundo, que faz parte de uma nova classe de medicamentos e é usada no tratamento da diabetes tipo 2. No entanto, como as cobras atacam principalmente animais de sangue quente, seus venenos são mais efetivos para medicamentos de uso humano.
Molusco Conus magus
Molusco Conus magus
Monstro-de-gila
Monstro-de-gila
Leiurus quinquestriatus
Leiurus quinquestriatus
Até hoje, a FDA já aprovou sete medicamentos derivados de veneno de animais para tratar doenças que vão desde a hipertensão e outras doenças do coração até a dor crônica e diabetes. Mais dez estão em ensaios clínicos, e outros em estágios pré-clínicos, aguardando testes de segurança.
Veneno de anêmonas-do-mar está sendo estudado para criar medicamentos
Veneno de anêmonas-do-mar está sendo estudado para criar medicamentos

Encontrar um remédio num covil

A rota que vai do veneno ao remédio é longa e árdua. As novas drogas não são baseadas nos próprios venenos, mas em uma das muitas toxinas encontradas dentro deles. Conforme explica o professor Kini R. Manjunatha, que dá aula de ciências biológicas na Universidade Nacional de Cingapura, o veneno é um coquetel de toxinas naturais e pode conter de 20 até 100 toxinas diferentes. Ele e sua equipe trabalham com 70 a 100 venenos de cobra, dependendo de quanta “inovação” pode estar presente neles.
Pesquisadores de Cingapura estudam a cobra-real
Pesquisadores de Cingapura estudam a cobra-real
Quando descobre-se que um veneno tem um efeito benéfico sobre o corpo, ele é decomposto e suas toxinas constituintes são estudadas para identificar primeiro a sua estrutura e, em seguida, os receptores relevantes em células humanas nas quais elas agem.

Especificidade

A vantagem de explorar toxinas específicas é o quão seletivas elas são na hora de atacar seus alvos dentro do corpo, o que minimiza o potencial para efeitos colaterais indesejados. “Toxinas evoluíram durante milhões de anos para atingir um receptor específico”, afirma Manjunatha. Também é importante notar a sua potência, já que mesmo uma pequena quantidade pode ter efeitos fatais.

A equipe de Manjunatha está atualmente trabalhando com o veneno da cobra-real (a preferida dos encantadores de serpentes do sul da Ásia), a partir do qual eles isolaram uma toxina em particular com forte potencial como um tratamento para a dor crônica devido aos seus efeitos analgésicos sobre o corpo. A equipe manipulou a capacidade da toxina de agir sobre o sistema nervoso central para produzir um medicamento capaz de reduzir a sensibilidade à dor. Eles dizem que os seus testes em ratos mostraram efeitos analgésicos 20 vezes maiores do que a morfina e com zero efeitos colaterais até agora.
“Atualmente, um dos melhores [medicamentos] analgésicos disponíveis é a aspirina, [mas] tem efeitos colaterais. Para o uso crônico isso é um problema”, aponta o pesquisador.
Este estudo ainda está nas suas fases iniciais, já que até agora só foram realizadas análises em animais. Entretanto, depois de mais testes de segurança, eles esperam poder experimentar em breve em seres humanos.

Cura nas veias

Bem como analgésicos e tratamentos para outras doenças neurológicas, também estão sendo desenvolvidas novas drogas para acidente vascular cerebral, doenças cardiovasculares, câncer da próstata, HIV e esclerose múltipla.
O veneno dos sapos do gênero Bombina estão sendo estudados para um medicamento de câncer de próstata
O veneno dos sapos do gênero Bombina estão sendo estudados para um medicamento de câncer de próstata
“Nós estamos interessados nos venenos que se ligam às plaquetas”, garante o professor Bryan Fry, da Universidade de Queensland, na Austrália. As plaquetas são os componentes do sangue que o ajudam a coagular. A prevenção de coágulos sanguíneos desnecessários pode ajudar a evitar condições tais como ataques cardíacos. Os efeitos dos anticoagulantes também pode ser úteis durante cirurgias.
Fry está trabalhando com mais de 100 venenos de serpentes em seu laboratório para tentar impedir a coagulação do sangue – incluindo o da víbora cornuda rabo-de-aranha, endêmica do Irã. “É potente, mas muito preciso”.
Víbora cornuda rabo-de-aranha
Víbora cornuda rabo-de-aranha
O mecanismo por trás do veneno ainda precisa ser compreendido, mas Fry vê o seu potencial porque a toxina necessária no interior do veneno é pequena em tamanho, o que torna menos provável que ela seja reconhecida pelo sistema imunitário do organismo quando utilizada. Assim, as chances são menores de que o organismo ataque a substância, diminuindo o risco de uma reação alérgica.

Depois de identificada, os próximos passos são entender como ela funciona e, em seguida, projetar uma versão sintética para ser usada na medicina. Para o cientista, se possível, o objetivo é transformá-la em uma pílula – o que por si só traz o desafio de fazer a droga sobreviver aos ácidos do sistema digestivo para que possa ser absorvida e realize a sua tarefa.

Além da mordida

Como é de se esperar, esse tipo de trabalho de pesquisa não é nem um pouco livre de riscos. A determinação de Fry, entretanto, continua firme e forte, apesar de ele ter enfrentado a ira de serpentes nervosas em várias ocasiões. Ele já levou, até hoje, 24 picadas de cobra, incluindo a da víbora iraniana, cujo veneno está nas raízes de seu mais recente medicamento. “Eu sangrei pelo meu olho”, lembra ele.
Certa vez, a picada de um escorpião deixou seu coração parando a cada 30 segundos, até que ele foi tratado. Mesmo assim, o cientista aventureiro resolveu subir de nível e enfrentar também o desafio de trabalhar com dragões de Komodo.
Fry ainda vai a campo para “ordenhar” cobras e obter seu veneno. A técnica envolve fazer com que elas mordam um material colocado sobre a abertura de um frasco que capta seu veneno. “O veneno das serpentes é o mais fácil de ser obtido”, diz.
veneno mortal medicamentos
Embora sua pesquisa também permaneça nos estágios iniciais de desenvolvimento, Fry está esperançoso de que um de seus muitos estudos atuais resulte em algo que beneficiará a humanidade, mas sabe que novos medicamentos requerem tempo.
“Leva de sete a 25 anos para desenvolver um medicamento uma vez que você identifica uma toxina”, conta Takacs, cujo banco de toxinas é uma ferramenta para pesquisadores usarem como uma biblioteca para ver como toxinas trabalham. “As pessoas sempre vão vai ficar doentes, então você precisa de novas curas. Cobras e outras criaturas podem lhe dar este medicamento”. Atualmente, vinte milhões de toxinas permanecem inexploradas na natureza. 
Mais de mil espécies de peixes possuem veneno, como o peixe-leão, mas a maioria não é estudada
Mais de mil espécies de peixes possuem veneno, como o peixe-leão, mas a maioria não é estudada

O veneno de cobras marinhas também é pouco estudado

Fonte:

Porquê alguns animais não ficam tontos quando ficam de cabeça para baixo?


Todo mundo que já passou algum tempo de cabeça para baixo sabe que, para nós, as consequências disso não são nem um pouco agradáveis, incluindo tontura e dores de cabeça. Mas alguns animais, como morcegos, passam longos períodos nessa posição e não saem por aí batendo em árvores e paredes, sem enxergar direito onde estão indo. Por quê?

De acordo com a Cruz Vermelha Americana, o ser humano adulto médio carrega cerca de 7,5 litros de sangue no corpo. Isso é um monte de líquido que vai de repente para sua cabeça quando você vira para baixo – daí o desconforto. “Em comparação a isso, os morcegos são leves”, explica a redatora. “O menor morcego do mundo, o morcego-nariz-de-porco-de-kitti, também conhecido como morcego-zangão, pesa 2 gramas. Mesmo as duas maiores espécies de morcegos conhecidas, a raposa-voadora negra da Austrália e a raposa-voadora gigante de coroa dourada das Filipinas, pesam apenas até 1,1 kg”.

Como resultado, esses animais não “pesam o suficiente para a gravidade afetar seu fluxo de sangue”, explica Rob Mies, diretor da Organização para Conservação dos Morcegos, com sede em Michigan, nos Estados Unidos.

Há um outro benefício para ficar pendurado de cabeça para baixo – é preciso menos esforço. Tendões especializados nos pés de morcegos lhes permitem se segurar e ficar totalmente relaxados. Se eles estivessem sentados com a cabeça para cima, teriam que contrair um músculo – e, portanto, gastar energia – para pegar impulso e começar a voar. O tendão é tão eficaz que até mesmo um morcego morto continuará pendurado.
Morcegos e preguiças: vivendo devagar

Outro animal que vive desta forma é a preguiça. Nativas das florestas da América Central e do Sul, as preguiças não passam tanto tempo de cabeça para baixo como poderíamos pensar, segundo Don Moore, diretor associado do Zoológico Nacional Smithsonian, em Washington, DC, também nos EUA.


Quando estes animais se movem de cabeça para baixo por entre as árvores, fazem isso tão lentamente que o fluido em sua orelha média é sempre estável, o que os impede de ficar tontos. Preguiças-de-dois-dedos, por exemplo, não têm mal estar porque mantêm a cabeça em uma mesma posição enquanto se movem.

Mas são as preguiças-de-três-dedos que têm o melhor truque. “Isso é espantoso, mas elas viram a cabeça 180 graus quando estão se movendo horizontalmente para ver os ramos na sua frente”, conta Moore. “Elas são ótimas em se mover muito, muito lentamente na copa das árvores e parecer um amontoado de algas”, acrescenta.

Estranho, mas é isso mesmo. Não apenas as algas crescem na pele destas preguiças, mas, como um estudo de 2014 descobriu, certas espécies de mariposas “são conhecidas por colonizar exclusivamente o pelo das preguiças”.

Preguiças deixam as árvores uma vez por semana para defecar e as mariposas fêmeas põem ovos nas fezes do animal. Uma vez chocados, essas mariposas podem voar para acasalar na pele das preguiças. 

Fonte:

Descoberto na China "micro-caracóis" que dez caberiam, ao mesmo tempo, no buraco de uma agulh



Enquanto examinavam solos da China, pesquisadores descobriram as conchas cinzas e vazias de sete novas espécies de caracóis terrestres. Um deles é tão minúsculo que dez caberiam, ao mesmo tempo, no buraco de uma agulha. Os novos “micro caracóis” são descritos na edição desta semana da revista “ZooKeys”.

O pesquisador da Universidade de Shinshu Barna Páll-Gergely e seus colegas encontraram as conchas em amostras coletadas da base de rochas calcárias na província chinesa de Guangxi. O menor dos moluscos recém-descobertos foi nomeado Angustopila dominikae – em homenagem à esposa de Páll-Gergely, Dominika – e sua concha mede apenas 0,86 milímetros de altura. Mesmo que apenas um exemplar tenha sido foi encontrado, a equipe determinou que ele fazia parte de uma espécie previamente desconhecida com base na forma, abertura e no umbílico (o buraco entre as espirais quando visto debaixo) da concha, assim como a pequenos “dentes” presentes na abertura.

É possível que esta seja a menor espécie de caracol de terra do mundo. Ele provavelmente se alimenta de microrganismos e pode ser hermafrodita. No entanto, como a equipe não conseguiu recuperar qualquer DNA, muitas coisas continuam incertas.

Outra das novas espécies, a Angustopila subelevata, mede 0,87 milímetros de altura em média e oito indivíduos foram encontrados. Até agora, o menor caracol terrestre conhecido era uma espécie tailandesa que mede cerca de 0,9 milímetros. Os menores caracóis do planeta, no entanto, são espécies marinhas – os caramujos. O caribenho Ammonicera minortalis, por exemplo, varia em tamanho de 0,32 a 0,46 milímetros.


Todos os sete novos caracóis pertencem à família Hypselostomatidae da Indochina, Indonésia, Austrália e Filipinas. De acordo com a coautora do estudo, Adrienne Jochum, da Universidade de Berna, sua concha com formato arredondado pode permitir que esses animais se prendam a pequenas rachaduras na pedra calcária, ajudando-os a prender bolhas de ar para flutuar caso sejam desalojados pela chuva.

Ela também acha possível que eles permaneçam vivos mesmo se forem engolidos por um pássaro. Ser tão pequeno assim é uma enorme vantagem evolutiva: o seu tamanho permite que estes caracóis “sobrevivam a qualquer coisa”, disse Jochum à revista “Newsweek”.

“Os organismos extremos em tamanho corporal não só atraem a atenção do público, mas também incitam interesse em relação à sua adaptação ao ambiente”, escreve a equipe. “Investigar caracóis terrestres com minúsculas cascas é importante para avaliar a biodiversidade e história natural, bem como para estabelecer as bases para o estudo da evolução do nanismo em animais invertebrados”.

Fonte:

Cientistas descobrem a primeira tartaruga biofluorescente do mundo!

tartaruga marinha bioluminescente

Pela primeira vez, os cientistas descobriram um réptil que exibe biofluorescência. A criatura, conhecida como tartaruga-de-pente, foi descoberta ao largo das Ilhas Salomão pelo biólogo marinho David Gruber, da Universidade da Cidade de Nova York, nos EUA.
Biofluorescência é a capacidade de absorção de comprimentos de onda electromagnéticas a partir do espectro de luz visível por proteínas fluorescentes em um organismo vivo, e a reemissão desta luz a um nível de energia mais baixo.
Conforme relatado pela “National Geographic”, a criatura reflete a luz azul em uma variedade de cores – verde, vermelho e laranja – o que lhe dá uma aparência fantasmagórica e impressionante. Gruber e sua equipe descobriram o animal por acidente, enquanto procuravam crocodilos e filmavam corais que já sabiam ser biofluorescentes.
Gruber disse a que tartaruga “surgiu do nada” e ele e seu colega a deixaram passear por ali sem perturbá-la. Estas tartarugas são criticamente ameaçadas de extinção, sendo que hoje existem apenas alguns milhares de fêmeas reprodutoras restantes em alguns locais. Porém, parece que ainda há muito que não sabemos sobre este animal fascinante.
tartaruga marinha bioluminescente 2
O motivo pelo qual esta tartaruga usa biofluorescência (seria para o acasalamento? por outros motivos?) ainda não é conhecido. Gruber observou que o brilho vermelho pode ter sido fruto de algas biofluorescentes, mas o verde definitivamente vinha da própria tartaruga.
Essas habilidades estão começando a parecer mais comuns em animais marinhos, e a lista de animais biofluorescentes já inclui enguias e medusas.
Se este animal lhe parece familiar é porque é esta tartaruga que ilustra as nossas notas de R$ 2. Voto para elas começarem a brilhar também!

VEJA O VÍDEO ABAIXO:

Fonte:
HypeScience