segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Embrapa possui primeiro banco de material genético de animais selvagens da América Latina


Brasília - O primeiro banco de material genético (germoplasma) de animais selvagens da América Latina está aos cuidados, desde o dia 12 de maio de 2011, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A Fundação Jardim Zoológico de Brasília era a depositária da unidade de conservação do material, mas um acordo possibilitou a cooperação técnica e a transferência dos germoplasmas.

A ação conjunta é um avanço no trabalho de conservação e pesquisa com animais silvestres e exóticos, em prática desde 2010. No acordo assinado, fica assegurado ao zoológico de Brasília, o acesso, em primeira mão, a qualquer material genético com vistas à conservação e pesquisa.

Com a tecnologia, poderá ser feita reprodução assistida de animais, que engloba a inseminação artificial, fertilização in vitro e transferência de embrião. O armazenamento das células-tronco possibilita, por exemplo, tratamento de animais, pesquisa e, caso necessário, a clonagem de animais. O material genético fica guardado em botijões de nitrogênio a 196 graus abaixo de zero.

A Embrapa já mantém um banco de germoplasma com maioria de espécies doméstica. Alexandre Floriani Ramos, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, disse que o foco é a conservação dos recursos genéticos, principalmente, de espécies ameaçadas. "O material estará resguardado para uso futuro em pesquisas ou na reintrodução dessas espécies, eventualmente extintas, na natureza", completa.

O diretor-presidente do Zoológico da Brasília, José Belarmino da Gama, comemora a parceria. "Tínhamos um custo muito elevado. Agora com o convênio com a Embrapa, que já fazem isso em animais de produção, poderemos ampliar esse trabalho sem custo para o zoológico", afirma Belarmino.


Fonte: Jornal do Brasil (www.jb.com.br)

Cachorro que não deixa ser tosado



Quem tem um cachorro em casa, sabe que a tosa é um cuidado extremamente importante para seu pet. Muito mais do que o benefício estético e a diminuição da sensação de calor no verão, a tosa é um procedimento de higiene, que ajuda a mantê-los livres do acúmulo de sujeira e, consequentemente, evita a proliferação de bactérias e parasitas que podem prejudicar sua saúde.

Porém, precisamos compreender que algumas atividades a que submetemos nossos animais domésticos – e a tosa é uma delas – fogem do que é natural para eles. Portanto, é compreensível que alguns queiram fugir, evitar ou até mesmo confrontar. E seja qual for a reação do seu pet, saiba que ela foi provocada por medo. Isso mesmo, até aqueles que aparentam ser mais corajosos, que saem distribuindo mordidas em toda a equipe do pet shop, estão agindo sob muito medo!

Quando o cachorro se percebe em uma situação que ele julgue ameaçadora ou que provoca medo, ele reage instintivamente para sobreviver: ele foge ou se prepara para o confronto. Essa resposta súbita de estresse, acompanhada de uma série de alterações fisiológicas, atua como um alarme no cérebro do seu cãozinho, fazendo que tenha uma reação muito rápida e que pode salvar sua vida.

Origem do medo

Esse medo pode ter sido causado por vários fatores. Primeiro, o temperamento do cão deve ser considerado. Alguns cachorros já são mais “desconfiados” por natureza, se assustam mais facilmente com barulhos estranhos ou movimentos bruscos. Esses provavelmente não se sentirão confortáveis com a altura das mesas nos pet shops, os barulhos dos sopradores e das máquinas de tosa, de pessoas estranhas os manipulando.

Segundo, porque tudo o que é novo pode assustar. Por isso, a apresentação do ambiente e dos instrumentos envolvidos na tosa deve ser feita de forma gentil e cuidadosa, afinal, a primeira impressão é a que fica, não é mesmo? E, por último, talvez algum evento ruim tenha ocorrido durante a tosa ou no pet shop. O tosador pode ter tocado em alguma parte do cão que estava sensível, pode ter machucado o cão sem querer, ou ainda, algum objeto pode ter caído e ter feito um barulho muito forte, enfim, algo que tenha feito seu cão associar a tosa/pet shop a algo ruim ou assustador.

Dicas para o cachorro que não deixa ser tosado

Primeira vez?


Se você está lendo esse artigo e seu filhote ainda não foi ao pet shop, aí vai uma dica preciosa: apresente o ambiente de forma cuidadosa, positiva e gradual. Na primeira visita, coloque-o na mesa e faça apenas uma leve escovação, de preferência, sem muito barulho ao seu redor. Ofereça petiscos bem gostosos, seu brinquedo favorito, muito carinho, para que ele se lembre dessa experiência como algo muito gostoso.

Depois, acostume-o aos poucos com a tesoura, a máquina, soprador etc., com sessões curtas e prazerosas para o seu cão. Acostume-o desde cedo também com massagens por todo o corpo e escovação, sempre associando a petiscos e a coisas gostosas. Isso certamente facilitará as visitas aos pet shops e veterinários, além de aumentar a confiança que seu pet depositará em você.

Já foi e não gostou?

Se seu cachorro já não gosta da tosa, o primeiro passo é identificar qual é o procedimento que ele se sente desconfortável. Por exemplo, alguns não gostam de cortar as unhas simplesmente por precisar segurar as patas, pior ainda a tosa higiênica, na qual precisamos ter acesso a uma região desconfortável de ser tocada. Descubra também se o instrumento por si só já faz seu cão reagir de alguma maneira, por exemplo, se ao segurar a tesoura na mão, sem tocá-lo, seu cão já mostrar sinais de desconforto e ansiedade. A tesoura também precisará ser dessensibilizada individualmente. Para tanto, sua participação no processo de tosa será fundamental, por isso, a visitação à sala de banho de seu pet shop deve ser liberada.

Agora que você já sabe qual ou quais movimentos e instrumentos devem ser treinados, comece a dessensibilização que, como o próprio nome já pressupõe, é diminuir ou retirar a sensibilidade de algo. No caso das patas, comece tocando-as levemente e recompensando, com algum petisco muito gostoso, ou bastante carinho.

Conforme ele for se sentindo confortável nesse estágio, siga para os próximos, que seriam um toque mais demorado, depois um toque bem longo, depois pressione as patas de maneira sutil, depois pressione um pouco mais e vá aumentando a intensidade devagar, sempre recompensando, com bastante sensibilidade e respeitando o tempo de seu cachorro.

No caso da máquina de tosar, comece associando a presença dela, ainda desligada, com carinho, brincadeira e comidas gostosas. Depois, ligue e desligue em seguida, ainda mantendo uma distância e recompense. Depois disso, ligue e aproxime, recompense, vá aproximando devagar, sempre recompensando. A seguir, toque bem rapidamente, recompense, faça festa, toque e permaneça por alguns segundos. Faça bastante festa e recompense muito, e assim por diante, até que consiga manter a máquina, tocando-o por um tempo mais longo. Note que cada passo desses poderá levar dias, e o ideal é que se evite a exposição às situações que causam medo fora das sessões de treinamento.

Muito importante!

Caso durante o treinamento, em alguma dessas fases, seu cão aja de maneira não adequada, queira fugir ou até mesmo atacar, não recompense, para não reforçar o comportamento indesejado.

A reação indica que você adiantou demais o treino, retroceda alguns passos e espere até que ele esteja muito confortável para seguir para o próximo nível novamente. A intenção deste treino é mudar a resposta de medo para uma resposta positiva, por isso, manter a calma e a paciência é fundamental.

Boa sorte!!!


Xixi por problemas emocionais

Photo credit: left-hand / Foter / CC BY-ND

Fazer o xixi descontroladamente ou no lugar errado pode ser provocado por algum problema emocional. Alguns animais podem desenvolver quadros de ansiedade, medo ou depressão, por exemplo, que podem causar esse tipo de problema. Isso acontece porque as emoções têm relação direta com o sistema nervoso que, por sua vez, controla o relaxamento dos esfíncteres que controlam a micção. Também existem situações em que o animal tem controle do xixi e que utiliza esse tipo de comportamento a seu favor.
Identificando o problema

Além de não conseguir controlar o ato em si, o animal pode se utilizar desse comportamento para chamar a atenção. Isso acontece quando ele se sente sozinho e quer a atenção do dono. Nessa segunda possibilidade, o animal sabe claramente aonde deveria ser feito o xixi e faz fora do lugar propositadamente. Um exemplo: quando há o nascimento de um bebê, o que causa um desvio de atenção, que anteriormente era apenas do cão. Esse comportamento também pode estar relacionado ao descontrole dos esfíncteres, o que pode ser provocado por fortes emoções, como o medo.
Tratamento

O tratamento consiste em adotar estratégias de comportamento que não permitem ou desestimulem que o animal apresente o comportamento na presença do que causa essa reação.
Treinamento

Algumas situações podem ser controladas para que o animal não tenha uma reação emocional exagerada. Em situações em que o animal mostra esse tipo de resposta, pode-se fazer uma dessensibilização ao gatilho causador do medo por exemplo, ou euforia. A dessensibilização deve ser feita de forma gradual para que o animal não apresente esse comportamento emocional exagerado, utilizando-se uma intensidade menor e aumentando esse estímulo gradativamente. Em alguns casos, o tratamento pode ser medicamentoso para animais sensíveis e que reagem de forma emocional muito exagerada. Para os casos em que o animal faz xixi para chamar atenção, o tratamento é não valorizar essa atitude. Por exemplo, se o cachorro começar a fazer xixi quando as pessoas fazem carinho nele, é preciso parar, porque fazendo carinho o animal será recompensado por aquele comportamento. O tratamento, para tanto, está relacionado à mitigação das causas que o fazem errar (causas de reação emocional intensa, como medo ou euforia, por exemplo), ao treinamento de reforço positivo quando acerta (elogio, petiscos e elogios) e a retirada da atenção quando erra. Importante lembrar que o treinamento básico para essa situação envolve o reforço positivo, em que se recompensa quando o comportamento é adequado.
Xixi durante o sono

A micção noturna pode ter causas emocionais, pois, alguns estudos têm indicado que existe a possibilidade de os cães sonharem, ou até mesmo em função de uma causa anatômica. 

Cães muito jovens não têm a sua capacidade de retenção desenvolvida, nem a cognição que os possibilite acertar com tanta frequência, enquanto os cães velhos ou doentes podem ter essas capacidades comprometidas. Por sua vez, a cognição também pode influenciar os estados emocionais. 

Se as possibilidades emocionais que causam esse tipo de problema forem consideradas e não se conseguir determinar qual a situação que está causando a reação ao animal passível de treinamento, deve-se considerar a possibilidade de investigar causas anatômicas ou uma emotividade exagerada que determine a intervenção medicamentosa.

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