domingo, 7 de fevereiro de 2016

Mapa interativo vai auxiliar a população no combate ao Aedes aegypti

Na batalha contra o Aedes aegypti, a população contará com um novo site onde poderão ser feitas denúncias de focos e criadouros do mosquito. Trata-se de um mapa interativo que permitirá que a população colabore com o poder público, indicando pontos em que há evidências da presença do Aedes. O anúncio da nova ferramenta foi feita nesta sexta-feira (29) pelo governador Geraldo Alckmin.

As denúncias serão direcionadas aos gestores das 645 cidades paulistas para que os municípios providenciem ações de eliminação e bloqueio de criadouros nesses locais. Os registros também serão acompanhados por agentes da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) e pela Sala de Comando e Controle Estadual das Arboviroses, criada em 2015 para monitorar a presença do Aedes aegypti no Estado e a evolução dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito.

O site também permitirá o acesso a videoaulas com orientações e instruções relacionadas ao mosquito transmissor, à prevenção e proteção contra as doenças transmitidas pelo Aedes. Além disso, estarão disponíveis materiais informativos da campanha “Todos Juntos Contra o Aedes aegypti”, como banners e cartazes.

A ferramenta estará disponível no site da Secretaria de Estado da Saúde.

Do Portal do Governo do Estado 


Fonte:

Aplicativo do programa de combate ao mosquito Aedes aegypti entra no ar




Emplasa desenvolveu a página, que permitirá à população indicar possíveis focos do transmissor da dengue, da chikungunya e do zika vírus.

O aplicativo do projeto "Todos juntos contra o Aedes aegypti" já está disponível no endereço eletrônico http://www.aedes.emplasa.sp.gov.br/, desenvolvido pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa) para apoiar as ações do programa de combate ao mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e do zika vírus. Os usuários também podem acessar o aplicativo pela página da Emplasa, na área de sites relacionados.

O novo site vai permitir a participação ativa da sociedade via celulares, tablets e computadores. A página permite que a população tenha acesso aos informativos da campanha e indique focos com possíveis criadouros do Aedes. A Emplasa forneceu as bases de dados georreferenciados de interesse da campanha.

O aplicativo faz parte do trabalho de combate ao mosquito, intensificado pelo governo paulista no fim de 2015. Em dezembro do ano passado, o Estado de São Paulo anunciou a criação a Sala de Comando e Controle Estadual das Arboviroses, para monitorar a evolução dos casos de doenças transmitidas pelo Aedes. A força-tarefa conta ainda com a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, a 


Defesa Civil e o Exército.

Estão previstos ainda mutirões a partir deste mês, inicialmente em 20 municípios considerados prioritários segundo critérios de infestação e transmissibilidade. Os municípios que receberão os agentes da força-tarefa são: Campinas, Araçatuba, Ibitinga, Bauru, Tupã, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, São Vicente, Guarujá, São Sebastião, Ourinhos, Andradina, Birigui, Fernandópolis, Sertãozinho, São José dos Campos e Guaíra, além da Capital. O Estado de São Paulo está também na reta final para produzir a primeira vacina brasileira contra a dengue.


Fonte:

Bancos de sangue veterinários sofrem com pouca visibilidade e estoques baixos

Iniciativa ainda pouco comum, a doação de sangue de animais domésticos segue praticamente desconhecida no Brasil, onde bancos veterinários sofrem para contornar baixos estoques – e salvar vidas.

"Nossos estoques estão quase sempre zerados", disse à BBC Brasil a veterinária Lívia Mendes Miranda, do Hospital Veterinário Anhembi Morumbi, que possui um dos maiores bancos de sangue privados do país.

Essa é a realidade dos veterinários Alan Wermelinger e Bernardo Paiva. Eles são donos do banco de sangue para animais domésticos Hemoterapet em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e reclamam da dificuldade de conseguir doações.

"Muitas pessoas só descobrem que a gente existe quando o animal delas precisa de uma transfusão, seja por doença, como anemia, ou cirurgia. Além disso, há pouca divulgação e inexiste qualquer tipo de campanha a nível federal sobre o tema", afirmou Paiva à BBC Brasil.
Criadores de animais

Por causa dos estoques baixos, os veterinários acabam tendo de recorrer a doadores cativos, como criadores de animais.

A psicóloga Márcia Araújo é uma delas. Ela tem três dogues alemães, que já doam há bastante tempo.

"Quando um animal se acidenta ou fica doente e precisa de transfusão de sangue como qualquer ser humano, os cães e gatos têm de tirar sangue de algum lugar. Que seja de animais saudáveis como em criações como a minha ou de outros criadores que criam com todo carinho e amor, que prezam pela saúde de seus animais", defendeu Márcia.

O procedimento para a coleta de sangue é indolor e dura menos de cinco minutos, mas tem alguns pré-requisitos.

"No caso dos cachorros, é preciso ter entre um e oito anos e ter mais de 25 quilos. No caso dos gatos, é preciso ter entre um e oito anos também e ter mais de quatro quilos", afirmaram Wermelinger e Paiva.

"Os animais precisam ser dóceis, estar vacinados e vermifugados, não terem doença e nunca terem recebido transfusões de sangue", acrescentaram.

Mais desafios

Segundo o veterinário Rafael Galesco, dono do banco de sangue veterinário BSVET, em São Paulo, outro desafio que dificultaria a ampliação do setor é a falta de uma regulamentação específica.

"Até hoje, não há regulamentação específica para esse tipo de banco de sangue veterinário pelo Conselho de Medicina Veterinária", criticou.

Galesco, que produz 50 bolsas (cada tem cerca de 400 a 450 ml) por mês, provenientes de seu próprio canil, diz que já trabalha no "limite" e defende maior conscientização dos doadores para elevar o número de doações.

"Já temos vários limitações, como o peso do doador. Quem hoje tem um cachorro de 25 quilos? As pessoas vivem em apartamento. Imagine ainda transportar o animal até uma clínica para fazer a doação. Por isso, precisamos de mais doadores e maior divulgação da atividade", explicou ele.

Em nota enviada à BBC Brasil, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMVSP) informou que "não há regulamentação específica na Medicina Veterinária, devendo os bancos atenderem as especificações para humanos, como forma de orientação".

Fonte:
 

Qual é o animal mais gordo do mundo? As aparências enganam, e muito

E determinar o "campeão da gordura" nem de longe é uma questão de tamanho. Um exemplo: a baleia azul. O maior animal do mundo é o que também conta com a maior quantidade de gordura. Em um estudo de 1968 envolvendo 49 espécies de mamíferos dos Estados Unidos e do Brasil, pesquisadores descobriram que o cetáceo tinha a maior percentagem de gordura corporal - mais de 35%.
Baleias azuis carregam imensa quantidade de gordura - mas proporcionalmente há animais mais gordos 

Como as baleias azuis pesam até 180 toneladas, a quantidade de gordura no corpo delas é uma espécie de recorde mundial.

Mas isso em valores absolutos. Se os critérios forem quanto à proporção de gordura, teremos surpresas com alguns dos animais mais “gordos”.

Comecemos com o blubber, nome dado ao tecido adiposo de mamíferos marinhos, e cujas funções vão desde ser uma reserva de energia à defesa contra impactos e auxilio para a flutuação.

As baleias de blubber mais espessa são as da espécie franca. Ganharam o apelido em inglês de baleias “certas” durante o auge da caça aos cetáceos, no século 19. “Elas são lentas e gordas e, quando arpoadas, flutuavam, o que ajudava na captura. A maioria das outras baleias afunda”, explica Sam Ridgeway, presidente da National Marine Mammal Foundation, em San Diego (EUA)


Óleo

Essas baleias flutuam porque têm alta percentagem de lipídios em seu blubber. Elas estão praticamente extintas por causa da caça indiscriminada – no século 19, seu óleo era usado para fazer desde sabão a combustível de lamparinas.

As baleias-da-groenlândia, que vivem no Ártico, sobrevivem às águas geladas graças a uma camada gordurosa de quase um metro de espessura. O biólogo marinho Craig George descobriu que seu percentual corporal de gordura blubber variava entre 43% e 50% de sua massa. “Mas essas baleias também têm lipídios em suas línguas, intestinos e mesmo ossos, o que sugere um percentual total maior”, afirma George. Image copyright NPL Image caption O óleo da baleia franca era usado para fazer sabão

NPL O óleo da baleia franca era usado para fazer sabão 

Pinipídeos - a família de animais que inclui focas e leões-marinhos - também disputam o título de animal mais gordo do mundo. Filhotes recentemente desmamados em especial podem atingir altos percentuais de gordura após se alimentar do leite de suas mães, que é extremamente rico em lipídios. Filhotes de elefantes-marinhos, por exemplo, podem chegar a 50% de gordura no corpo.

Mas tal percentual não é definitivo. Perto da água, leões-marinhos podem parecer gordos, mas medições feitas em fêmeas adultas na Groenlândia revelaram que elas tinham percentual de massa muscular de até 44% e só 18% de gordura blubber.

As aparências também enganam com hipopótamos: pelo menos 18% da tonelada e meia que costumam pesar é pura pele: debaixo de uma camada de no mínimo 5 cm, os mamíferos têm um revestimento relativamente fino de gordura. Image copyright Alamy Image caption Morsas não são tão gordas quanto parecem

Alamy Morsas não são tão gordas quanto parecem 

Animais terrestres também podem ser “enganosos”. Castores, por exemplo, têm consideráveis reservas gordurosas em suas caudas. Com apenas alguns ossos, ligamentos e músculos, as caudas são basicamente feitas de gordura e podem chegar a 45cm de comprimento e 20cm de largura. Image copyright NPL Image caption E hipopótamos também...
NPL E hipopótamos também... 

Assim como as baleias, os depósitos de gordura dos castores eram cobiçados por caçadores no passado. Felizmente, a espécie está se recuperando graças a esquemas de repovoamento.

Mas o hábito dos castores de derrubar árvores e represar rios pode causar controvérsias. Embora se alimentem de ervas e plantas aquáticas nos meses de verão, os roedores precisam armazenar energia durante o inverno.

Engorda

Engordar para enfrentar o frio é uma estratégia comum com mamíferos. No Ártico, ursos polares podem armazenar reservas de gordura que equivalem à metade de sua massa corporal. Isso é obtido através da ingestão de gordura blubber e da alimentação de filhotes com leite que pode conter até 30% de gordura.

A gordura os mantém aquecidos, mas produz água fresca quando metabolizada, algo fundamental para a hidratação dos bichos. Image copyright Nic Redhead Image caption A gordura dos camelos ajuda a produzir água


Nic Redhead A gordura dos camelos ajuda a produzir água 

E, por falar em hidratação, por que não analisar o caso dos camelos, que não poderiam viver em condições mais diversas que a de ursos polares. Suas corcovas não estão cheias d’água, mas sim são depósitos nutricionais de gordura que podem pesar até 35 kg. No geral, porém, camelos são animais magros e sua gordura está concentrada nas corcundas.

A teoria é que a concentração de gordura reduz o isolamento térmico de seus corpos, facilitando sua missão de viver em um ambiente quente.

Curiosamente, porém, alguns dos animais mais gordos em vivendo em terra são... INSETOS.

Mariposas e suas larvas são conhecidas por aborígenes australianos como lanchinhos gordurosos. A enfermeira australiana Lesley Salem desenvolveu até um guia nutricional especializado em degustação de mariposas. Seu estudo descreve como larvas de um tipo de inseto, a Endoxyla leucomochla, têm 20% de gordura, enquanto espécimes adultos da Agrotis infusanas são compostos por quase 40% de gordura. Image copyright Alamy Image caption Está servido de uma porção de larvas Endoxyla leucomochla?


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Está servido de uma porção de larvas Endoxyla leucomochla? 

E uma outra espécie de mariposas é, proporcionalmente, o mais gordo animal do mundo. A actébia americana, tipo de traça comum às pradarias do oeste dos EUA, costuma atormentar fazendeiros.

Por volta de junho, elas migram para climas mais frios para se alimentar do néctar de flores silvestres. E durante os meses de verão, engordam o suficiente para chegar a níveis de gordura de 72% no outono.

“Gordura é importante para insetos, especialmente os que fazem voos migratórios. Alguns podem voam 100 km em um único dia sem se alimentar, e por isso precisam de grandes reservas de energia”, explica Todd Gilligan, entomologista da Universidade de Ohio, nos EUA.

Assim, como as mariposas australianas, as traças também percorrem longas jornadas e ainda precisam de energia para se reproduzir.

É a verdadeira lei da sobrevivência do mais gordo.


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