Levantamento realizado pela agência paulistana Fess´Kobbi revela o universo que cerca os 100 milhões de cães e gatos que moram em lares brasileiros. A pesquisa com 500 tutores de cães e 500 donos de gatos, de São Paulo e Rio de Janeiro, traçou um panorama sobre o mercado de animais. Os dados mostram tendências e curiosidades de um segmento que movimenta impressionantes 15 bilhões ao ano no Brasil. A pesquisa foi realizada por smartphones e seguiu a mesma proporção para ambas as cidades: 250 donos de cães e 250 donos de gatos em cada uma.
Os números deixam claro que tutores de cães e gatos não se comportam da mesma maneira. Isso acontece desde o momento de receber o novo membro da família. Cães são muito mais comprados e costumam ter raça. Já os gatos são adotados e sem raça definida. A diferença é enorme: enquanto 32% adquirem um cachorro, apenas 3% recorrem a esse caminho para ter um gato. E enquanto 85% declararam que adotaram um gato, apenas 41% disseram o mesmo sobre cães. “Há muitas informações sobre raças de cães e as pessoas escolhem baseadas nelas. Até pela natureza mais independente dos gatos, essa é uma preocupação menor em relação a eles. Mas isso está mudando e o que mais cresce, segundo a pesquisa, é o número de aquisições de gatos”, explica Victor Vieira, VP de planejamento da Fess´Kobbi.
Quem tutela gato costuma não parar no primeiro. Já grande parte dos tutores de cães permanecem apenas com um animal e tem o hábito de levá-lo para passear, sendo que 39% fazem isso todos os dias. O bairro onde se vive é o local onde acontece a maioria dos passeios: 66% do total. E são os próprios tutores que mais se encarregam dessa tarefa: 65%. Quando os tutores viajam, o que acontece com os gatos? Para 49% o destino é a casa de familiares.
Os tutores de cães e gatos gastam mais do que imaginam. Quando perguntados, os guardiões de cães dizem que gastam por mês de R$ 51 a R$ 100 (38%), de R$ 101 a R$ 200 (37%), de R$ 201 a R$ 300 (26%) e acima de R$ 300 (6%). Além da ração, os itens mais comprados com maior frequência são shampoo e condicionador, artigos contra pulgas e carrapatos, remédios em geral, brinquedos e petiscos. Os números detalhados mostram que os gastos são maiores para cães. Isso é esperado por haver muito mais itens para eles no mercado. O instinto mais independente dos gatos faz com que não exista a preocupação de mimá-los em excesso. Em todos os casos a maioria das compras é realizada em pet shops no próprio bairro.
Apesar de existir uma variedade de itens na prateleiras, só há duas marcas conhecidas e ambas do segmento de alimentação. Elas são também as maiores anunciantes e ainda investem a maioria do orçamento em TV aberta.
Fonte: Estado de Minas