sexta-feira, 15 de abril de 2016

Vermes em cães e gatos podem levar a quadros de anemia



Perda de peso, pêlos opacos, crescimento do volume abdominal e falta de apetite são alguns dos sintomas que indicam que o seu animal pode estar com vermes. De acordo com a médica veterinária Valéria Omena, os parasitas habitam o organismo dos bichinhos, principalmente os intestinos, e causam riscos à saúde. Ela explica que os cães e gatos geralmente contraem vermes através de larvas infectantes, encontradas no solo e que entram em contato com a pele. Outra forma de contágio é por meio de alimentos contaminados, que são potenciais fontes de infecção quando expostos a insetos, roedores, terra, entre outros.


Valéria Omena conta que os cuidados de prevenção

se estendem aos donos (Foto: Arquivo pessoal)

Ainda segundo a especialista, carne crua e presas vindas de caças também podem levar a uma contaminação de vermes. "A lagartixa, por exemplo, pode transmitir ao gato um verme chamado de Platynosomum concinnum, uma inflamação crônica que compromete o fígado", diz. Nos felinos, os sintomas são mais difíceis de serem percebidos, porque, segundo Valéria, os gatos têm hábitos mais tranquilos, como dormir muito e comer pouco.

Caso o animal não receba um tratamento adequado, o quadro pode evoluir para anemia. "Além da competição pelo alimento no trato gastrointestinal, haverá uma diminuição de proteína ofertada para o animal. A médio e longo prazo, desenvolve essa complicação", alerta o veterinário Antonio Carlos Ishizuka.


O doutor garante que, caso não for diagnosticada e nem tratada, a doença pode até levar à morte do animal. "Dependendo da quantidade de vermes, eles podem se alojar na base do coração, no lado direito. Então, pode levar a um quadro de insuficiência cardíaca."

Prevenção

Para que cães e gatos não tenham vermes, existem alguns cuidados importantes, como manter a higiene do local onde o pet fica, retirando as fezes e evitando passear em lugares onde há circulação de vários animais. "Praças que têm muitos cachorros também devem ser evitados, porque, na maioria das vezes, o cão ou gato pisa no resto de xixi e cocô de outros animais e se contamina ao tentar limpar", afirma o veterinário Antonio Carlos Ishizuka.

Ele ressalta que é muito difícil descobrir se o animal está com verminose. "O ideal seria a cada quatro meses fazer exame de fezes juntamente com uma vermifugação. Existem alguns tipos de vermes que chegam a sair, mas outros você só vai perceber nos casos mais severos, através dos sintomas."


Sintomas são mais difíceis de serem percebidos nos gatos (Foto: Divulgação/Pixabay)

A pedagoga Gilmara Antunes conta que a cachorrinha Lili apresentou algumas alterações no comportamento quando teve Giardíase, uma infecção no intestino, causada pelo protozoário Giárdia. "Ela ficou um pouco sem se alimentar, percebi que não comeu e à noite soltou o verme. Também teve uma tosse seca, que é um dos sintomas."

A dona da Shih-Tzu de sete meses comenta que o animal já havia tido verminose antes, mas que, na segunda vez, além de ter sido mais agressivo, as fezes saíram com um verme comprido semelhante a uma lombriga. Para facilitar a descoberta da doença, Gilmara tirou fotos do parasita quando percebeu a anomalia e mostrou as imagens para uma veterinária, que rapidamente fez o diagnóstico.

Os cuidados não devem ficar restritos somente aos pets. "Mas também para o bem-estar do dono. Além de prevenir as verminoses nos pets, é importante impedir o acometimento de pessoas por doenças causadas por estes parasitas", finaliza.

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