Cão apresentando neoplasia em glândula mamária
Cada vez mais o ser humano tem estreitado sua convivência com os animais de estimação, o que resulta em um grande aumento na população de cães e gatos, os quais recebem mais cuidados com sua alimentação e saúde (DALECK et al, 2008).
Daleck et al (2008); De Nardi et al (2002); Rossetto et al (2009) ponderaram que a maior longevidade dos cães e seu aumento populacional seja a provável causa da alta prevalência das doenças malignas, visto que, quanto mais os animais vivem mais eles estarão expostos aos agentes oncológicos.
Dos cães com mais de 10 anos de idade 45% vêm a óbito devido a neoplasia (DALECK et al, 2008; SOUZA et al, 2006; WHITHROW e MACEWEN, 2007).
Na maioria dos casos de neoplasias desconhece-se a causa fundamental, no entanto essa doença está atrelada a influências ou fatores etiológicos múltiplos, incluindo ação física de radiação solar e ionizante, efeito citopático exercido por determinados agentes virais, disfunções imunológicas, desequilíbrio hormonal e hereditariedade (SÉGUIN et al, 2001).
O tratamento antineoplásico ou a presença da neoplasia causa alterações nos sistemas metabólicos e orgânicos do cão, como a desnutrição e a caquexia, que podem aumentar as chances do paciente vir a óbito (OLIVEIRA, 2004).
Um fator que acomete a maior parte dos animais hospitalizados é a desnutrição. Os processos inflamatórios sistêmicos, infecciosos ou traumas levam à liberação de mediadores endógenos como hormônios do estresse e citocinas, e assim aumentam o catabolismo e causam um balanço calórico negativo (BRUNETTO et al, 2009).
Um fator determinante nas altas taxas de mortalidade durante o período de tratamento dos animais oncológicos é a alta incidência de desnutrição (ROCHA, 2004).
Daleck et al (2008) citaram que a caquexia paraneoplásica provocada pela neoplasia caracteriza-se pela anorexia, perda acelerada de tecidos e gordura, miopatia, atrofia de vísceras, depauperação da musculatura esquelética e náuseas.
Case et al (2011) explanaram que os animais com neoplasia apresentam alterações no metabolismo dos nutrientes, do requerimento energético e mudanças na ingestão de alimentos e um dos principais fatores que contribuem com o tratamento da neoplasia é oferecer uma nutrição de excelente qualidade logo nos primeiros sinais da doença, durante o período de tratamento e na remissão da neoplasia.
A terapia nutricional deve considerar o protocolo terapêutico, o tipo de tumor, as características específicas de cada paciente, a disponibilidade do tutor e as alterações que ocorrem no metabolismo dos nutrientes dos animais oncológicos (DALECK et al, 2008).
O tratamento antineoplásico e o tumor afetam diretamente o estado nutricional do paciente. As drogas quimioterápicas diminuem a ingestão alimentar e provocam perdas nutricionais por toxicidade renal e gastrointestinal, principalmente um quadro de vômitos incessantes (VANNUCCHI e MARCHNI, 2007).
Ocorre decréscimo do apetite, fadiga, satisfação precoce, náuseas, vômitos, disfagia, inflamação oral, diarreia, mudança no paladar, sensibilidade a odores e constipação (DALECK et al, 2008).
A fonte de energia mais abundante para os pequenos animais provém dos carboidratos (OLSON, 2004) e, justamente, no metabolismo dos carboidratos é que ocorrem as principais alterações metabólicas nos pacientes oncológicos. A glicose é o principal substrato energético utilizado pelas células tumorais e o animal com neoplasia aumenta o consumo de glicose, portanto, é interessante ofertarmos os carboidratos em menor quantidade para evitarmos o crescimento tumoral (CASE, 2011; DALECK et al, 2008; OLSON, 2010).
Os carboidratos devem representar até 20% do volume total de cada refeição do paciente oncológico. Dessa forma, Antunes e Moreno (2009) concluíram que devemos escolher os alimentos pobres em carboidratos e ricos em gorduras e proteínas.
Portanto, acreditamos que cabe ao profissional médico veterinário atentar às questões nutricionais de seu paciente com neoplasia e prescrever uma dieta adequada com o objetivo de diminuir os efeitos colaterais causados pelos antineoplásicos, respeitando-se a individualidade de cada cão. A terapia nutricional deve ser baseada em uma suplementação com ácidos graxos ômega-3, vitaminas antioxidantes como as vitaminas A,C e E, minerais como o ferro e o selênio e aminoácidos como a arginina e a glutamina.
Vale salientar que devemos reduzir a oferta de carboidratos, já que servem de substrato para as células tumorais.
Fonte:
Daleck et al (2008); De Nardi et al (2002); Rossetto et al (2009) ponderaram que a maior longevidade dos cães e seu aumento populacional seja a provável causa da alta prevalência das doenças malignas, visto que, quanto mais os animais vivem mais eles estarão expostos aos agentes oncológicos.
Dos cães com mais de 10 anos de idade 45% vêm a óbito devido a neoplasia (DALECK et al, 2008; SOUZA et al, 2006; WHITHROW e MACEWEN, 2007).
Na maioria dos casos de neoplasias desconhece-se a causa fundamental, no entanto essa doença está atrelada a influências ou fatores etiológicos múltiplos, incluindo ação física de radiação solar e ionizante, efeito citopático exercido por determinados agentes virais, disfunções imunológicas, desequilíbrio hormonal e hereditariedade (SÉGUIN et al, 2001).
O tratamento antineoplásico ou a presença da neoplasia causa alterações nos sistemas metabólicos e orgânicos do cão, como a desnutrição e a caquexia, que podem aumentar as chances do paciente vir a óbito (OLIVEIRA, 2004).
Um fator que acomete a maior parte dos animais hospitalizados é a desnutrição. Os processos inflamatórios sistêmicos, infecciosos ou traumas levam à liberação de mediadores endógenos como hormônios do estresse e citocinas, e assim aumentam o catabolismo e causam um balanço calórico negativo (BRUNETTO et al, 2009).
Um fator determinante nas altas taxas de mortalidade durante o período de tratamento dos animais oncológicos é a alta incidência de desnutrição (ROCHA, 2004).
Daleck et al (2008) citaram que a caquexia paraneoplásica provocada pela neoplasia caracteriza-se pela anorexia, perda acelerada de tecidos e gordura, miopatia, atrofia de vísceras, depauperação da musculatura esquelética e náuseas.
Case et al (2011) explanaram que os animais com neoplasia apresentam alterações no metabolismo dos nutrientes, do requerimento energético e mudanças na ingestão de alimentos e um dos principais fatores que contribuem com o tratamento da neoplasia é oferecer uma nutrição de excelente qualidade logo nos primeiros sinais da doença, durante o período de tratamento e na remissão da neoplasia.
A terapia nutricional deve considerar o protocolo terapêutico, o tipo de tumor, as características específicas de cada paciente, a disponibilidade do tutor e as alterações que ocorrem no metabolismo dos nutrientes dos animais oncológicos (DALECK et al, 2008).
O tratamento antineoplásico e o tumor afetam diretamente o estado nutricional do paciente. As drogas quimioterápicas diminuem a ingestão alimentar e provocam perdas nutricionais por toxicidade renal e gastrointestinal, principalmente um quadro de vômitos incessantes (VANNUCCHI e MARCHNI, 2007).
Ocorre decréscimo do apetite, fadiga, satisfação precoce, náuseas, vômitos, disfagia, inflamação oral, diarreia, mudança no paladar, sensibilidade a odores e constipação (DALECK et al, 2008).
A fonte de energia mais abundante para os pequenos animais provém dos carboidratos (OLSON, 2004) e, justamente, no metabolismo dos carboidratos é que ocorrem as principais alterações metabólicas nos pacientes oncológicos. A glicose é o principal substrato energético utilizado pelas células tumorais e o animal com neoplasia aumenta o consumo de glicose, portanto, é interessante ofertarmos os carboidratos em menor quantidade para evitarmos o crescimento tumoral (CASE, 2011; DALECK et al, 2008; OLSON, 2010).
Os carboidratos devem representar até 20% do volume total de cada refeição do paciente oncológico. Dessa forma, Antunes e Moreno (2009) concluíram que devemos escolher os alimentos pobres em carboidratos e ricos em gorduras e proteínas.
Portanto, acreditamos que cabe ao profissional médico veterinário atentar às questões nutricionais de seu paciente com neoplasia e prescrever uma dieta adequada com o objetivo de diminuir os efeitos colaterais causados pelos antineoplásicos, respeitando-se a individualidade de cada cão. A terapia nutricional deve ser baseada em uma suplementação com ácidos graxos ômega-3, vitaminas antioxidantes como as vitaminas A,C e E, minerais como o ferro e o selênio e aminoácidos como a arginina e a glutamina.
Vale salientar que devemos reduzir a oferta de carboidratos, já que servem de substrato para as células tumorais.
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