sexta-feira, 8 de abril de 2016

Anemia Infecciosa Equina - Acontece em Muares?!


Resultados de Exame da AIE

ANEMIA INFECCIOSA EQUINA – O FIM DA PICADA.
A anemia infecciosa eqüina, mais conhecida no meio eqüino como AIE, é uma afecção que acomete eqüídeos de todo o planeta, com exceção somente do continente Antártico. É causada por um RNA vírus do gênero Lentivirus, da família Retrovírus. O agente, uma vez presente no organismo do animal, permanece por toda sua vida, mesmo quando o animal não manifesta os sintomas. Os equídeos passam a ser portadores e por sua vez transmissores desta doença. É uma patologia essencialmente crônica, embora possa se apresentar em fases hiperaguda, aguda e subaguda.

Em áreas endêmicas, a prevalência da doença pode atingir 75% dos animais adultos, em geral, os níveis de prevalência são moderados a altos em regiões com populações numerosas e permanentes dos insetos vetores.

Os sintomas são essencialmente febre de 40 à 41° C (temperatura normal de 37 à 38º C), hemorragias puntiformes embaixo da língua (ou mucosa oral), anemia, inchaço no abdômen, redução ou perda de apetite, problemas renais, perda de peso considerável, depressão, hemorragia nasal e por fim , morte.

A doença afeta todos os eqüídeos, ou seja, cavalos, asininos (jumentos e jumentas), muares (burros e mulas) e inclusive zebras. Não há relato comprobatórios de AIE em outras espécies.

A transmissão ocorre através da picada de tabanídeos (mutucas) e das moscas dos estábulos, a transmissão é mais comum nas épocas mais quentes do ano, como o verão, e em regiões úmidas e pantanosas. A transmissão iatrogênica também pode ocorrer através de fômites (materiais contaminados com sangue infectado como agulhas, instrumentos cirúrgicos, groza dentária, sonda esofágica, aparadores de cascos, arreios, esporas e outros materiais), além da placenta, colostro e acasalamento.

A prevenção, além dos cuidados no manejo e desinfecção dos instrumentos de trabalho diários, fica a cargo do isolamento e marcação do animal positivo e, posteriormente sacrifício do mesmo, pois é disseminador da doença, segundo a legislação federal vigente. Com exceção aos animais da região do pantanal que possui seu controle diferenciado das demais regiões do Brasil.

As agulhas e seringas utilizadas deverão ser descartáveis. A compra e venda de animais deve ser feita apenas na presença de exame de AIE negativo, bem como GTA (guia de transporte animal) devidamente preenchida.

A comprovação de qualquer eqüídeo positivo para AIE, através do teste de IDGA (imuno difusão em gel de Ágar, aprovado para diagnóstico da AIE), deverá ser comunicada à agência de defesa sanitária animal estadual, que posteriormente será comunicado à agência de defesa federal. É recomendado se fazer exame diferencial para babesiose e leptospirose.


Não há tratamento efetivo, apenas tratamento sintomático. A vacina para esta doença não existe. O animal infectado torna-se portador permanente da doença, sendo fonte de infecção.


Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO

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