terça-feira, 16 de agosto de 2016

Saiba como identificar cães cardíacos


Um dos primeiros indicativos de que a saúde cardíaca do cãozinho não anda bem é o cansaço fácil. “Se o cachorro pede colo durante um passeio, na rota que já estava acostumado, ele pode sofrer de problemas cardíacos”, atenta o médico veterinário da Equilíbrio (Total Alimentos), Marcello Machado. Dificuldade para respirar, fadiga excessiva, tosse e rejeição a atividades físicas podem ser sinais de que o coração do cachorro não está conseguindo suprir adequadamente os tecidos, causando insuficiência cardíaca ou outras doenças do coração.

De olho na alimentação
Mudanças no estilo de vida e na alimentação são fundamentais para que um animal cardiopata tenha qualidade de vida “junto com prescrição dos médicos veterinários, o cão precisa de alimentos específicos para cardíacos, com esses procedimentos combinados garantirá a ele bem-estar e longevidade”, explica.
Comida caseira não é aconselhada. De acordo com o médico veterinário, é difícil conseguir o perfeito balanceamento e equilíbrio nutricional por meio da comida preparada em casa pelo tutor do animal.
Sintomas:
• Dificuldade para respirar;
• Alteração da cor da língua;
• Rejeição a atividades físicas;
• Sono demasiado;
• Fadiga;
• Sede;
• Tosse.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença cardíaca é realizado por meio de exames específicos: a bioquímica sérica (exame de sangue) e o ecodoppler cardiograma e deve ser realizado por um médico veterinário, de preferência, especialista em cardiologia.
Fonte:









Tártaro em cães - Sintomas, causas e complicações: como evitar e tratar


Como saber que nossos amiguinhos possam estar com tártaro?
  • Mau hálito (halitose)
  • Colocação de patas na boca
  • Salivação anormal
  • Hipersensibilidade oral
  • Diminuição do apetite
  • Coloração diferente no dente (normal é branco)
Causas Predisponentes:
  • Dietas de alimentos moles
  • Não escovação diária dos dentes
  • Dentição dupla (dente temporário não cai e nasce o dente definitivo junto do mesmo)
  • PH da saliva (alcalino)
Como evitar?
  • Dieta à base de ração sólida
  • Escovação diária
  • Extração dos dentes temporários, caso eles não caiam e os dentes permanentes tenham nascido
  • Ossos comerciais e do totano do boi
Complicações
  • Endocardite (bacteriana e/ou fúngica)
  • Problemas renais
Enfim, infecções em qualquer órgão, pois as bactérias (principalmente) entram na corrente circulatória, se instalando em qualquer um deles ou até mesmo causando uma infecção generalizada e levando nosso amiguinho à morte.
Tratamento
  • Curetagem
Obs. Procurar sempre um veterinário, pois ele é o único profissional capacitado para tal serviço, pois se o animal já estiver com gengivite (inflamação da gengiva) ou outros males relacionados com o tártaro, só ele poderá orientar os proprietários à primeiro realizar uma antibioticoterapia e uso de antiflamatórios de acordo com a espécie, peso e idade do animal.

Laserterapia já usada em humanos é alternativa aos animais de estimação


A técnica de laserterapia já é usada em humanos há algum tempo para várias finalidades. A novidade é que a técnica passou a ser utilizada em animais de estimação. Os resultados são surpreendentes, além de fácil aplicação, não provoca estresse e nem é agressiva.

Essa é uma técnica que utiliza a emissão de laser apenas no local acometido por doenças. O procedimento é indicado para o tratamento e redução de dores musculares, artrites, artroses, recuperação no pós-cirúrgico, feridas, dermatites, fraturas entre outros. Pode também ser usada como complemento à fisioterapia, por exemplo.

O profissional irá direcionar o feixe de luz por alguns segundos ou minutos ao local lesionado, não provocando efeitos colaterais e trazendo diversos benefícios aos bichos de estimação.

Fonte:


sábado, 13 de agosto de 2016

Tubarão de 272 anos é o vertebrado mais velho do mundo


 O animal, que vive nas geladas e profundas águas do Atlântico Norte, pode viver até pelo menos 272 anos – e possivelmente atingir 500 anos de vida.
“Tínhamos uma expectativa de que eles seriam animais com vida muito longa, mas ficamos surpresos que eles acabaram sendo tão velhos quanto são”, diz o autor principal do estudo, Julius Nielsen, um biólogo da Universidade de Copenhague (Dinamarca).
Por causa de seu habitat remoto e sua natureza isolada, o tubarão gigante não é muito conhecido. Algumas pesquisas sugerem que eles crescem extremamente devagar, apenas um centímetro por ano, o que significa que sua vida média seria muito maior que a dos outros vertebrados.
Determinar a idade de um peixe ósseo é simples, com a análise dos otólitos, aquelas pequenas “pedras” que se movimentam no ouvido interno dos vertebrados. Mas os tubarões são peixes cartilaginosos, e não têm esta estrutura. Então os pesquisadores encontraram um outro jeito de descobrir sua idade: olhando para os olhos deles.

Indivíduo de 392 anos

Os pesquisadores analisaram 28 tubarões-da-groenlândia fêmeas que haviam morrido acidentalmente durante o programa de monitoramento de peixes do Greenland Institute for Natural Resources.
“O segredo por trás do sucesso desse estudo é que tínhamos animais jovens e velhos, de tamanho médio e grande, e podíamos compará-los”, diz Nielsen.
Os tubarões-da-groenlândia têm uma estrutura ocular única, em que a lente cresce durante a vida do animal. Quanto mais velho, mas camadas são adicionadas à lente. Os pesquisadores não conseguem contar o número de camadas como fariam com os anéis do tronco de uma árvore, mas podem remover todas as camadas até atingir o centro, ou o núcleo embrionário da lente.
Esse tecido é composto por proteínas que se formaram quando o tubarão era filhote. Os pesquisadores podem então analisar a composição química da lente para estimar a idade do animal.
Datação por radiocarbono dos 28 tubarões mostra a vida média é de 272 anos. O maior tubarão do grupo, com cinco metros de comprimento, tinha 392 anos.

Maturidade sexual só aos 156 anos

Outra descoberta interessante é que essa espécie de tubarão só atinge maturidade sexual quando tem mais de quatro metros. Como crescem tão lentamente, esse tamanho só é atingido aos 156 anos de vida.
Ainda não sabemos por que eles vivem tanto, mas o ambiente gelado causa baixas temperaturas corporais, que diminuem o metabolismo e causam menos danos aos tecidos do animal.

Quantos deles ainda existem?

Nielsen diz que estudar essa espécie é crucial, porque não sabemos qual é o tamanho da população atual. Se for rara, a morte de apenas um deles poderia ser uma perda terrível.
Eles são capturados por acidente por barcos pesqueiros, e seu habitat pode estar em risco por causa das mudanças climáticas. Além disso, muitos países aumentaram a busca por peixes, óleo e outros recursos naturais na região.
“Sua longevidade é notável, mas espero que o público reconheça quão importante é a conservação do Ártico e do ecossistema de águas profundas”, diz Aaron Fisk, ecologistas da Universidade de Windsor (Canada).
“Se o tubarão-da-groenlândia vive todo esse tempo e não se reproduz até os 150 anos, sua população está vulnerável à exploração”, diz Fisk.
Nielsen concorda: “é importante que os políticos mantenham em mente que esse é um animal com vida extremamente longa e com maturidade demorada. Empresas de pesca devem fazer o que eles podem para minimizar a pesca por acidente do tubarão. Precisamos ter respeito por eles”. 
Fonte:

Fim do relacionamento: com quem fica o animal de estimação?



O até que a morte nos separe nem sempre funciona, sabemos muito bem. Ainda mais no mundo atual onde na maioria dos locais as pessoas são livres para ficar e se separar de quem bem entender a qualquer momento.
Ninguém começa um relacionamento pensando que ele vai acabar um dia, mas quando este dia chega, tentar prolongar quase nunca dá certo.

Há dias relatamos aqui a situação de o condomínio em que se reside possuir restrições em relação a compartilhar o local com animais de estimação. No artigo de hoje o plano de fundo é o amor demais aos pets, gerando a necessidade de não perder o contato com eles após o fim do relacionamento do casal que o cuidava.

Quando um casal se separa existem uma série de leis e regras que acabam regulamentando a partilha dos bens e também a guarda dos filhos. Geralmente existe um processo que corre na justiça, que pode se prolongar por alguns anos ou então ser resolvido rapidamente com um acordo amigável.

Mas com o crescimento dos lares com cachorros, fica uma pergunta: Com quem o animal vai ficar quando o relacionamento chegar ao fim? Vale lembrar que em muitos países a taxa de natalidade caí, enquanto que os pets adotados por casais sobem. Além disso, também cresce em diversos países o investimento feito nestes animais para dar a eles uma vida muito parecida com a que teria uma criança.
NÃO EXISTE LEGISLAÇÃO

Quando não existe um acordo amigável sobre quem vai ficar com o cachorro, o problema pode ir parar na justiça e não ser resolvido de forma tão simples assim, porque o Brasil ainda não possui uma legislação específica para guarda de animais em casos de separação.

De forma geral, quando um animal já existia antes do início do relacionamento, ao terminar um casamento ou mesmo um namoro ele vai retornar ao seu antigo dono. Mas o problema surge quando o animal é adotado depois, quando o casal já está junto.

Segundo especialistas, neste caso os animais acabam entrando como bens no processo, e caberá ao juiz decidir com quem o animal vai ficar. Para evitar este tipo de problema, algo que pode facilitar bastante é quando as pessoas assinam um contrato de união estável, e nele especificam os seus bens e mencionam o animal, colocando uma pessoa como responsável.

Caso o cachorro tenha Pedigree, o animal geralmente deve ficar com a pessoa que assinou o documento de registro, que é a responsável por aquele animal.
OUTRAS SOLUÇÕES

Uma outra solução seria decidir por uma guarda compartilhada. Apesar de não haver uma legislação específica para os animais, o juiz pode ditar os termos desta guarda, especificando um tempo de permanência do animal com cada uma das pessoas envolvidas.

Atualmente existe um Projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados que pretende regulamentar a posse de animais e estimação em casos de divórcios, com o objetivo principalmente de evitar o abandono dos animais depois da separação. Quando estas leis forem aprovadas, ficará mais claro com quem o animal poderá ficar depois do término do relacionamento.

Recentemente, a 2ª Vara de Família e Sucessões de Jacareí (SP) estabeleceu a guarda alternada de um cão entre os ex-cônjuges (cada semana o animal fica com um deles). O juiz reconheceu que os animais são sujeitos de direito nas ações referentes às desagregações familiares.

Normalmente, quando não há consenso em relação à partilha de bens moveis ou imóveis entre o casal, o juiz determinará a venda e partilha do valor arrecadado. Segundo o magistrado do caso, entretanto, o cão não pode ser vendido, para que a renda seja dividida entre o antigo casal, pois ele não é uma “coisa”. Por se tratar de um ser vivo, a sentença deve levar em conta critérios éticos e cabe analogia com a guarda de humano incapaz.

Assim, considerando a disponibilidade, espaço, afetividade etc., o animal de estimação poderá manter contato com os “pais” mesmo após o fim do relacionamento, seja com visitação em finais de semana ou compartilhando/alternando a guarda.

Fonte:

IAP autoriza "adoção" de animais silvestres apreendidos ou resgatados no Paraná


Uma portaria do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) autoriza a adoção provisória de animais silvestres nativos, apreendidos em fiscalizações ambientais ou resgatados de situações de risco no estado, que não têm condição de voltar para a natureza.
Aproximadamente 500 animais silvestres já foram recebidos pelo IAP em 2016. A maioria foi apreendida em fiscalizações do Instituto e de outros órgãos ambientais, ou chegou por entrega voluntária.

Os mais comuns são pássaros – papagaios, canários da terra, araras e tucanos –, mas também há registro de apreensão de outros animais como macacos, tartarugas e jabutis. Todas essas espécies poderão ser adotadas provisoriamente, quando houver apreensão.

Os interessados devem fazer um cadastro no site do IAP, informando local da residência, que espécie podem receber, qual o espaço disponível, além de indicar o responsável técnico, que precisa ser um veterinário ou um biólogo. O local cadastrado será vistoriado pelo órgão e somente se atender a todos os requisitos tem autorização para receber o Termo de Guarda de Animais Silvestres. A portaria foi publicada em julho.

Pessoas com condenação por crimes contra a fauna, nos últimos cinco anos, ou por posse de animais silvestres nativos sem autorização legal, terão o cadastro negado.

No site, há recomendações sobre a manutenção de diferentes espécies de animais silvestres em cativeiro doméstico, que precisam ser seguidas pelo adotante.

Quando houver um animal precisando de cuidados na região, o órgão vai avaliar qual interessado possui melhor condições para recebê-lo.

Cada residência poderá receber apenas um Termo de Guarda e a quantidade de animais vai depender da capacidade do local. Quem adotar um animal silvestre, precisa fazer a identificação do bicho, de acordo com a legislação, além de informar ao órgão qualquer movimentação do animal, a condição de saúde dele, mudanças de endereços, entre outros.

A guarda é provisória e pode ser suspensa caso sejam constatados maus-tratos ou descumprimento de qualquer determinação do órgão.

Serão destinadas aos voluntários somente espécies autorizadas previamente pelo órgão para criação e comercialização como animais de estimação. As demais espécies continuam sendo atendidas pelos centros especializados parceiros do Governo do Estado.

Rede de proteçãoO objetivo da nova regra é criar alternativas de destino e desafogar os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), clínicas e hospitais veterinários parceiros. “Essas pessoas serão responsáveis pelo bem-estar do animal, cuidando da alimentação, espaço adequado, tratamentos médicos veterinários e toda despesas relativa à manutenção do mesmo”, explica a chefe do Departamento de Licenciamento de Fauna do IAP, Márcia de Guadalupe Pires Tossulino.

De acordo com Tossulino, uma medida parecida já é adotada no estado de Mato Grosso. Porém, no Mato Grosso, o animal primeiro passa pelo centro de triagem. No Paraná, “a ideia é que o animal seja encaminhado diretamente para uma residência”, disse ela.

O cadastro vai permitir um controle de informações de apreensões e destinação de animais silvestres. “Queremos criar uma grande rede de pessoas que desejam trabalhar em conjunto com o Estado para a proteção das espécies nativas e não contribuir para que aquelas que pegam esses animais ilegalmente na natureza possam se legalizar e continuar com a prática”, disse o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

Legislação federalAlém do Termo de Guarda de Animais Silvestres, existe o Termo de Depósito de Animais Silvestres, que também tem caráter provisório. Neste caso, a pessoa possui o animal tem autorização legal e é autuada. Ela assume, voluntariamente, o dever de prestar a devida manutenção do animal, enquanto não houver a destinação ideal para o animal. Esse termo está previsto no Decreto Federal n.º 6.514/08, que regulamenta a Lei Federal de Crimes Ambientais n.º 9.605/98, e na Resolução nº 457/2013 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

O IAP explica que a nova norma vigente no Paraná, que emite um Termo de Guarda, é mais restritiva e vai contribuir com a fiscalização ambiental, monitorando as pessoas que tiverem a posse provisória de um animal silvestre nativo.

Fonte:

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Animais: o poder terapêutico do amor incondicional


Quando você pensa em algo que melhore sua saúde, adotar um animal vem à sua mente? Dezenas de pesquisas e estudos realizados ao redor do mundo mostram que pessoas que têm animais vivem mais e com melhor qualidade de vida do que as que não têm. Eles trazem benefícios em todas as fases da vida.


Os animais são recomendados para crianças, porque contribuem para o aumento da autoestima, melhoram a integração, aumentam a capacidade de aprendizagem e diminuem a agressividade. "A presença deles estimula o equilíbrio emocional, especialmente de crianças com problemas na escola", ressalta a ambientalista Vininha F. Carvalho.

Ensinar a criança a cuidar e respeitar o seu animal de estimação permitirá o desenvolvimento de sentimentos nobres, alicerçados no amor e na inocência, criando um laço profundo de amizade, que no futuro poderá servir de referência na socialização. O animal faz com que ela se sinta mais segura, pois aprenderá a se relacionar sem os conflitos encontrados no dia a dia com seus colegas.

Uma proposta inovadora foi divulgada na Conferência de Iahaio, a Declaração Bichos na Escola. O objetivo é aproximar os animais e as crianças no ambiente escolar, visando promover o desenvolvimento individual e, também tornar o local escolar mais estimulante, aumentando o aprendizado.

Esse tipo de projeto já se provou eficaz e interessante tanto para os estudantes como para os animais. Os animais oferecem companhia aos adolescentes, até na prática de esportes, como é o caso dos cães no agility. Eles se sentem autovalorizados ao aprender a conduzir o animal, enquanto despertam para responsabilidade e obrigação.

Em vários países, inclusive no Brasil, hospitais já admitem a presença deles para auxiliar no tratamento e elevar a recuperação dos pacientes. Os tutores de animais estão entre os que sobrevivem mais tempo após um ataque cardíaco, sofrem menos de depressão, de solidão, de medo e de ansiedade.

A presença deles em casa, também, diminui a pressão sanguínea, os níveis de colesterol e o estresse dos moradores. Os idosos que possuem um animal de estimação gastam menos com médicos. As caminhadas diárias, realizadas para levá-lo para passear, auxiliam na prevenção de problemas cardíacos e na recuperação de quem sofreu um infarto.


Fonte:




Você Sabia? Cachorros têm mais chances de morrer de câncer do que seres humanos


Vocês moram juntos, passeiam juntos, respiram o mesmo ar, tomam a mesma água, têm muito mais semelhanças físicas do que imaginam e podem desenvolver várias doenças em comum. Ninguém gosta de pensar nisso, mas seu cachorro um dia também vai morrer e, se for de uma doença, é provável que seja de câncer.


Não é Nostradamus - a profecia da causa mortis é científica: seu cãozinho tem 10 vezes mais possibilidades de desenvolver um tumor do que você. Um estudo realizado pela Universidade de Utah em conjunto com a Universidade da Carolina do Norte constatou que, nos Estados Unidos, a cada 100 mil pessoas, 500 morrem de câncer. Já no meio animal, são 5.300 óbitos para cada 100 mil cachorros. A pesquisa também demonstrou que câncer é a principal causa de morte canina, seguida de doenças muscoesqueléticas, como artrose e reumatismo, e neurológicas. E a incidência de tumores só aumenta.

Calma, isso não quer dizer que seu cachorro vá bater as botas (ou melhor, as patas) em breve. Pelo contrário. Uma das poucas explicações para o aumento da incidência de tumores é positiva: eles estão vivendo mais. De acordo com um estudo feito com 120 mil animais no hospital veterinário Sena Madureira, em São Paulo, a expectativa de vida dos cachorros dobrou nos últimos 30 anos - se na década de 1980 um cão pequeno não passava dos nove anos, hoje eles atingem os 18 anos e os maiores chegam a 13 anos. E, quanto mais velhos, mais suscetíveis eles estão.

"No início da evolução humana morríamos mais de doenças infecciosas, causadas principalmente por agentes externos como bactérias, fungos e parasitas. Com o aumento da expectativa de vida e a melhora da medicina, passamos a morrer mais de doenças degenerativas. O mesmo está acontecendo com os cachorros", compara o veterinário Marcello Tedardi, do Registro de Câncer Animal de São Paulo (RCA-SP).

Outro fator que interfere na relação cachorros versus câncer são as raças. Imagine um Chihuahua e um Pastor Alemão, é difícil listar o que esses dois têm em comum, não é mesmo? Poucas espécies de mamíferos apresentam características físicas tão diferentes entre si quanto os cachorros e, dessas variações de fenótipo, partem predisposições a doenças distintas e manifestações diversas da mesma doença, como é o caso do câncer. Uma pesquisa da Universidade da Georgia mapeou as causas de morte de 74 mil cães ao longo de 20 anos na base de dados dos hospitais universitários de veterinária do país e descobriu que as raças que mais tiveram câncer foram Berneses e Goldens Retrievers - na lista, o mais conhecido pelos brasileiros é o Boxer.


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Universidade estuda uso de peixe-zebra como substituto de ratos em pesquisas


Animal tem 71% dos genes semelhantes aos dos seres humanos.
Semelhança do material genético aumenta chances de descobertas.


A Universidade Federal de Lavras (MG) está estudando o peixe-zebra para substituir ratos e camundongos como cobaias em pesquisa. O animal tem 71% dos genes semelhantes aos dos seres humanos, o que facilita os estudos.

O peixe-zebra, também conhecido como zebrafish ou peixe paulistinha, é estudado há mais de 30 anos no mundo todo e agora têm ganhado espaço nas pesquisas no Brasil. "Os embriões de peixes estão sendo utilizados para pesquisa, testando novos potenciais medicamentos na área de ecotoxicologia, no estudo de doenças degenerativas", diz o professor de medicina veterinária Luiz Murgas.

Segundo os pesquisadores, a semelhança do material genético aumenta em até 85% as chances de descobertas de doenças que atingem o homem. "Ele tem potencial para ser estudado neste tipo de manisfestação, em qualquer uma destas doenças. Pode ser doença, por exemplo, epilepsia. Existe um zebrafish que é modificado geneticamente para apresentar a epilepsia, e aí a gente começa a testar alguns produtos contra essa doença. Assim também como o zebrafish é utilizado para pesquisas com o câncer", explica Murgas.

Segundo a estudante Bárbara do Carmo Rodrigues Virote, o uso dos peixes tem outra vantagem em relação aos roedores: a reprodução é bem mais rápida. "E a quantidade de indivíduos também é bem maior. Em uma reprodução, a gente tem a desova de 100 embriões, quanto que no camundongo é por volta de 10 filhos por reprodução", ressalta.

A fisioterapeuta e doutoranda em Ciências Veterinárias Luciana Crepaldi Lunkes participa do estudo e descobriu que os peixes têm um comportamento parecido ao de pacientes que sofrem de estresse e ansiedade quando expostos a mesma situação.

"O que acontece no sangue do ser humano é muito semelhante ao que acontece também no animal. Então essas variáveis bioquímicas se manifestam de maneira bem semelhante, e a gente consegue estudar alguns compostos que podem ser ou podem ter um potencial de contenção destes efeitos do stress", conta Luciana.

Já a Tássia Flávia Dias Castro, mestranda em Ciências Veterinárias, usou o peixe-zebra para saber como o agrotóxico usado nas lavouras afeta o organismo humano. "Eu consegui identificar que os agrotóxicos geram alterações tanto nos embriões quanto nos adultos", afirma.

Para Murgas, a tendência é usar cada vez mais peixes- zebra para desvendar a biologia humana. "Com certeza a diminuição do uso de ratos e camundongos na pesquisa é um ganho da utilização do peixe zebra nesta pesquisa".

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Cães ajudam cientistas em busca de tratamento da distrofia muscular


Cientistas brasileiras descobriram um gene que pode ajudar no tratamento de uma doença rara, que atinge um em cada quatro mil meninos em todo o mundo. A distrofia muscular de Duchenne diminui a expectativa de vida dos pacientes para apenas 30 anos.
“Aos dois ou três anos, a mãe nota que o filho está caindo muito. Com 10 ou 12 anos, ele não consegue mais andar”, explica Mayana Zatz, professora de genética do Instituto de Biociências da USP e uma das autoras do estudo, em entrevista a EXAME.com.

Segundo ela, a doença é caracterizada pela ausência da distrofina, uma proteína que forma um tipo de capa nas células musculares. Sem ela, ocorre a degeneração dos músculos. “No começo, o músculo ainda regenera. Porém, após dois anos, a perda muscular é maior do que a regeneração”, diz Zatz.

Quando se descobriu a existência da distrofina em 1987, todos os tratamentos para a doença de Duchenne focaram na substância. Os pesquisadores, até hoje, tentam encontrar uma forma de aumentar a produção da proteína para melhorar o quadro clínico do paciente.

A pesquisa da USP descobriu que a distrofina pode não ser a única forma de achar cura ou terapia para a distrofia muscular de Duchenne. Segundo as autoras, o gene Jagged1, ligado a processos de regeneração muscular, pode trazer esperanças de tratamento para os pacientes.

O estudo foi publicado na revista científica Cell sob o título de "Jagged 1 Rescues the Duchenne Muscular Dystrophy Phenotype" ("Jagged 1 resgata fenótipo da distrofia muscular de Duchenne", em tradução livre).
Mais de 10 anos de pesquisa

Como as cientistas chegaram a essa descoberta? “Foi totalmente sem querer”, brinca Zatz. Desde 2003, ela e um grupo de pesquisadores da USP pesquisam cães da raça Golden Retriever, que possuem a distrofia muscular de Duchenne.

Até então, todos os cachorros nasciam com a doença e morriam depois de um ou dois anos. Um filhote chamado Ringo chamou a atenção das cientistas em 2004. “Quando Ringo nasceu, achamos que era apenas mais um dos cães afetados. Realizamos os testes e vimos que ele tinha a mutação no DNA”, conta Zatz.

Intrigadas, Zatz e Natássia Vieira, na época doutoranda em genética pela USP, decidiram analisar quais eram as diferenças genéticas entre os músculos de Ringo e de outros cachorros doentes. Dessa análise saiu uma lista de 65 genes.Após um ano, uma surpresa: Ringo não apresentava a doença. “Ele vivia pulando a cerca e logo teve filhotes. Um deles, o Suflair, apresentava as mesmas características do pai”, lembra a geneticista.

Para fazer o mapeamento genético completo do genoma dos cães e descobrir qual era o gene importante, Vieira foi a Boston, nos Estados Unidos. Lá, com a ajuda de Louis Kunkel, da Escola de Medicina de Harvard, e de Kerstin Lindblad-Toh, diretora científica do Broad Institute, ela encontrou uma região no cromossomo 24, que abrigava o gene Jagged1.

Para testar a nova hipótese, a pesquisadora aumentou em duas vezes a proteína do gene em peixes paulistinha – que não têm distrofina e possuem a doença. “Foi visto que 75% dos peixes sobreviveram após a aplicação”, relata Vieira.

De acordo com a cientista, o próximo passo do estudo é entender porque o gene deixa os músculos mais resistente. “Com isso, talvez, nós possamos encontrar outros genes que possam gerar novas terapias.”
Possíveis novos tratamentos

Atualmente, os medicamentos mais utilizados para o tratamento da distrofia de Duchenne são os corticoides. “Eles são ministrados desde que a doença é descoberta, pois aumentam a capacidade ventilatória”, explica Zatz.

No entanto, após alguns anos, pacientes precisam utilizar aparelhos de ventilação assistida. “O diafragma fica comprometido e, depois dos 20 anos, muitos dos meninos morrem de insuficiência respiratória”, diz a geneticista.

Segundo ela, os professores de Harvard já estão analisando remédios que podem fazer esse trabalho. “Se for uma droga que já está no mercado, vai ser mais fácil encontrar uma terapia.”

Caso o Jagged1 se mostre capaz de aumentar a quantidade de distrofina no ser humano, novos tratamentos poderão aumentar a sobrevida dos pacientes. “Eu vou começar a estudar alguns vírus que podem aumentar geneticamente a capacidade de produção de proteínas do gene”, conta Vieira.

Caso contrário, o processo de aprovação do medicamento poderá demorar mais de dez anos. “A indústria farmacêutica não dá muita importância para a doença, por ela ser rara. Então, é outro impedimento”, diz Vieira.

Apesar de a descoberta ser um marco, tanto Zatz quanto Vieira são cautelosas com relação à possibilidade de encontrar cura para a distrofia. “Acho que tem potencial, mas ainda vai demorar algum tempo e anos de estudos”, afirma Vieira.


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Buldogues: a raça inteira pode estar condenada


A raça buldogue ou buldogue inglês é uma das mais populares do mundo. Esse sucesso todo pode ser por conta da sua personalidade forte e dócil ou pela fofura de seu corpinho roliço. Uma nova análise sobre a raça, porém, traz notícias ruins para os apaixonados pela raça.
O estudo publicado na revista Canine Genetics and Epidemiology por pesquisadores da Universidade da Califórnia mostra que o buldogue tem pouca diversidade genética, e por isso os criadores enfrentam dificuldades em melhorar algumas características problemáticas da raça. Logo logo será necessário misturar a raça com outras, e ela deixará de ser como a original.
Esse problema vem da origem do buldogue, que descende de apenas 68 indivíduos do início do século XIX. Os cruzamentos entre cães da mesma família e a seleção de características físicas extremas – como o nariz curto – também representam desafios para a raça.
Os buldogues não têm vida média muito longa: vivem cerca de seis anos. Entre os problemas de saúde desse tipo de cão estão problemas respiratórios, câncer, displasia, cistos interdigitais, alergias e problemas oftalmológicos. As dobrinhas do rosto do cão também os tornam mais suscetíveis a infecções e as pequenas cavidades nasais dificultam a regulação térmica.
O autor principal do trabalho, Niels Pedersen, diz que essa raça alcançou o ponto em que sua popularidade não pode justificar problemas de saúde que o buldogue é obrigado a enfrentar durante sua vida. Infelizmente há pouco a ser feito por eles sem envolver a mistura com outras raças.
“A melhora da saúde pela manipulação genética requer a existência de diversidade para que cruzamentos possam ser feitos. Ou que a diversidade seja adicionada ao misturá-los com outras raças. Constatamos que há pouco espaço para “manobra genética” dentro da raça para fazer mudanças adicionais”, diz ele.
O genoma dos buldogues tem mudado constantemente desde o século XIX, mas as alterações têm se tornado mais pronunciadas nas últimas décadas. Criadores fazem o melhor para lidar com a pequena diversidade que existe, mas muitos filhotes ainda vêm de pais da mesma família.
Pederson explica que eliminar as mutações genéticas problemáticas (ao selecionar os indivíduos mais saudáveis para a reprodução) não resolveria o problema, já que isso reduziria ainda mais a diversidade genética.
Para examinar a constituição genética da raça, Pederson e sua equipe examinaram 102 buldogues – 87 dos EUA e 15 de outros países. Esses cães foram comparados com outros 37 cães da mesma raça que exibiam problemas sérios de saúde. Isso foi feito para determinar se os problemas genéticos eram resultado da reprodução por criadores comerciais legalizados ou por “fábricas de cachorros” ilegais, onde a reprodução é feita de forma abusiva. O estudo não apontou relação entre os problemas e o tipo de criadouro.
Em um esforço para solucionar o problema, alguns criadores suíços têm misturado buldogues com o Olde English Bulldogge, uma raça desenvolvida recentemente nos EUA na tentativa de recriar o saudável Antigo Bulldog Inglês, atualmente extinto.
Apesar de o resultado da mistura ser um pouco diferente do “buldogue puro”, esta mistura poderia melhorar a saúde dos buldogues do futuro. 
Fonte:
[
Gizmodo]
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terça-feira, 5 de julho de 2016

Os fatores que mais contribuem para o gato pegar a Peritonite Infecciosa Felina (PIF)


Os principais fatores que deixam o gato mais exposto a pegar a doença Peritonite Infecciosa Felina (PIF), de acordo com Anna Carolina B. E., veterinária e coordenadora dos cursos da área veterinária do Instituto Cimas, são:
- Doenças pré-existente
- Desnutrição
- Estresse
- Baixa imunidade
Gatos que vivem em abrigos e gatis (grande número de animais juntos, mais estresse e diminuição da imunidade)
- Idade e pré-disposição racial: Abissínio, Bengal, Himalaia, Sagrado da Birmânia e Ragdoll
“A idade é um dos principais fatores que levam ao aparecimento da PIF, uma vez que animais jovens apresentam uma imaturidade imunológica, portanto animais entre 02 meses a 03 anos são mais susceptíveis. Vale lembrar que os gatos idosos também apresentam uma deficiência imunológica, podendo desenvolver a doença”, explica.
Fonte:
REVISTA MEU PET

5 fatores principais que fazem seu cão ser agressivo. Mude!


Cães agressivos podem se transformar, ao contrário do que muitos pensam. Para isso, é necessário compreender as razões para o aparecimento do comportamento e trabalhar, com muita persistência, cada uma delas.
O cão agressivo não tem esse tipo de comportamento atoa. Por isso, é importante que o tutor preste atenção nestes fatores e os tire de sua rotina. Confira agora os 5 principais fatores que fazem seu peludo ser um animal bravo.
Falta de socialização: é indicado que desde filhote ele receba esse tipo de estímulo, especialmente durante os três primeiros meses de vida. Com pessoas e animais.
Carência de estímulos: “cães bravos muitas vezes acabam canalizando a falta de atividade física e mental para agressividade”, afirma André Rosa, especialista em comportamento animal e veterinário do Hospital Cães e Gatos 24h (SP).
Dar excesso de liberdade ao mascote: “deixar que o cachorro deite no sofá o tempo todo, por exemplo, faz com que ele não entenda quais espaços são dele e quais são dos humanos, o que tende a geraragressividade. Isso pode levá-lo a acreditar que os humanos estão invadindo seu espaço (e não o contrário, como deveria ser)”, aponta Rosa.
Algum incômodo ou até mesmo problemas neurológicos: por isso, recomenda-se consultar um veterinário para que sejam feitos exames que verifiquem se o problema vai além do comportamental.
Cruzamentos imprudentes: vale ressaltar que não existe nenhuma raça predisposta à agressividade, ao contrário do que se pensa. O que pode acontecer é a influência genética resultante de cruzamentos imprudentes.
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Nova espécie de leão é descoberta na Etiópia


Alguns leões do zoológico Addis Ababa (Etiópia) são um pouco diferentes dos convencionais, com uma juba escura que se estende até a barriga. Recentemente, porém, descobriu-se que essas diferenças não são simplesmente físicas, ou seja, são maiores do que se imaginava: esses animais fazem parte de outra espécie de leões.
Para confirmar isso, uma equipe internacional de pesquisadores comparou amostras de DNA de 15 desses animais com as de leões selvagens, e concluíram que há, sim, uma considerável distinção genética. Depois de declarar que se trata de uma outra espécie, os pesquisadores pediram o início de ações de conservação – com urgência.
“Uma grande parte da diversidade genética entre leões provavelmente foi perdida em especial por causa de influência humana”, alerta Susann Bruche, do Imperial College London (Inglaterra). “Todo esforço deve ser feito para preservar ao máximo o patrimônio genético dos leões”.
Eles esperam encontrar mais exemplares (ou, ao menos, parentes próximos) dessa espécie no ambiente selvagem, mas destacam que cuidar dos que já estão em cativeiro é um primeiro passo fundamental. “Nossos resultados mostram que os leões do zoológico têm diversidade genética suficiente para garantir um programa de procriação em cativeiro”.
Autoridades da Etiópia afirmam que há animais com aparência similar à dos leões do Addis Ababa no leste e no nordeste do país, o que deve facilitar bastante as buscas.

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Mastim tibetano: o cão mais caro do mundo



Os cães são os melhores amigos do homem, e, no caso do mastim tibetano, podem ser o mais caro também. Ter um cachorro dessa raça rara virou um símbolo de status entre os ricos da China. No país, os animais são vendidos a cerca de U$ 750 mil (cerca de R$ 1,5 milhão).
O mastim tibetano
O mastim tibetano chama atenção por seu enorme tamanho, que lhe rende o título de um dos maiores cães do mundo. Outra característica única são seus pelos espessos e volumosos. Por esse motivo, os animais vivem mais adequadamente em regiões frias.
A raça foi recriada por britânicos no fim da década de 1800, após ter sido declarada extinta. Antigamente, esses cachorros enormes eram conhecidos por protegerem casas e rebanhos. Depois de mais de um século de cruzamentos seletivos, o mastim se tornou um ótimo cão e companhia.
Você provavelmente não terá condições financeiras para comprar um cachorro lindo desses, mas pode conferir mais fotos do cão mais caro do mundo.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Alguns motivos para se importar com todos os peixes


Em recente artigo da NPR, o etólogo e autor Jonathan Balcombe fala sobre o sofrimento extremo imposto aos animais marinhos e sobre a ciência por trás da senciência. ‘’Graças à etologia, sociobiologia, neurologia e ecologia, nós agora podemos entender melhor como é o mundo na visão dos peixes.’’

‘’Nós humanos matamos entre 150 bilhões e 2 trilhões de peixes por ano… e a forma como eles morrem –principalmente na pesca comercial– é verdadeiramente horrível. Nós precisamos mudar muita coisa para ter alguma melhora na nossa relação com os peixes’’, explica Balcombe.

De 1970 pra cá a pesca industrial, que mata bilhões de animais por ano, já destruiu metade de toda vida marinha. Cerca de 20% desses animais são pegos ‘’de carona’’ nas gigantes redes de navios pesqueiros e nem sequer são aproveitados para consumo humano. O resultado: cerca de 20 bilhões de peixes retirados do mar e jogados no lixo pelo homem anualmente.

Todos nós podemos ajudar os animais e o planeta adotando uma dieta mais ética e compassiva. Não há dúvidas de que esta é a decisão que pode trazer mais benefícios para os animais, para as pessoas, para nossa saúde e para o planeta como um todo.


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C. diabolis - o animal mais solitário do mundo que sobrevive em um dos lugares mais secos do mundo



O , conhecido como peixinho-do-buraco-do-diabo, sobrevive em um dos lugares mais secos do mundo, o Deserto de Mojave, nos Estados Unidos. Estes animais não medem mais que 2,5 cm e estima-se que existam apenas 50 delas.
Cyprinodon diabolisconhecido como peixinho-do-buraco-do-diabo, sobrevive em um dos lugares mais secos do mundo, o Deserto de Mojave, nos Estados Unidos.
Estas criaturas não medem mais que 2,5 cm e estima-se que existam apenas 50 delas.
Mas talvez o mais surpreendente seja que, desde seu aparecimento no mundo, milhares de anos atrás, a existência desta espécie se resumiu a um espaço equivalente à da sala de uma casa.
Isto faz desses peixinhos os mais raros vertebrados aquáticos do mundo. Uma espécie isolada e solitária na Terra. Agora os cientistas dizem finalmente ter desvendado de onde eles vêm.

Isolados
O C. diabolis vive em uma caverna de pedra calcária conhecida como o Buraco do Diabo, no Estado americano de Nevada. Embora a caverna tenha uma abertura para o ar livre, a água que está dentro não se conecta com nenhuma outra fonte aquática.
A 15 metros de profundidade, encontra-se a piscina na qual vivem esta espécie específica de peixes da família Cyprinodontidae.
No fim dessa piscina, há uma placa de calcário de cerca de 3 m x 6 m. É a única fonte conhecida de alimento e desova destes peixes – a espécie com a menor área de distribuição geográfica do mundo.
O animal também sobrevive sob condições continuamente difíceis, com temperaturas constantes de 32º C a 33º C, baixos níveis de oxigênio e mudanças esporádicas no nível de água.

De onde veio?
Estas características ajudaram a transformar os peixinho-do-buraco-do-diabo em verdadeiros ícones científicos e conservacionistas.
Em 1966, por sua raridade, estiveram entre as primeiras espécies incluídas na Lei de Proteção das Espécies Ameaçadas dos Estados Unidos.
Duas vezes, a Suprema Corte americana tomou decisões a favor da sua conservação, proibindo o bombeamento de água subterrânea nas imediações da caverna, o que poderia ameaçar o seu habitat e existência.
A decisão favoreceu jurisprudência posterior protegendo a proteção de outras espécias em risco de extinção.
As raras condições em que vive o C. diabolis levanta uma questão fundamental: como chegaram ao Buraco do Diabo?
Os estudiosos sempre acreditaram que a espécie chegou ao local há milhares de anos e aí evoluiu até se transformar no que é agora.
Estudos mais recentes sobre a geologia da caverna e a aparência da espécie sugeriram que foram os indígenas desta zona que introduziram este animal ao seu habitat relativamente pouco tempo atrás.
Outras hipóteses indicam que espécies da mesma família, que também viviam no Vale da Morte, no Deserto de Mojave, colonizaram a caverna, talvez transportados por pássaros ou através de rotas subterrâneas.
Se se confirmar uma destas hipóteses, então os peixinho-do-buraco-do-diabo perderiam sua reputação de espécie excepcional.
Nova teoriaAgora, um estudo feito por pesquisadores americanos e publicado na revista Molecular Ecology oferece uma resposta sobre a origem deste peixe.
A equipe, coordenada por Ismail Saglam e Michael Miller, da Universidade da Califórnia-Davis, examinou a história genética do C. diabolis e a comparou com a de outras duas espécies da mesma família – C. radiosus e C. nevadensis mionectes – para determinar em que momento se bifurcaram.
A surpresa foi descobrir que o peixinho-do-buraco-do-diabo se separou de seus primos entre 50 mil e 80 mil anos atrás – mais de 40 mil anos antes do que se pensava.
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