sábado, 13 de junho de 2015

Número de cães e gatos no Brasil supera os 70 milhões e representa desafio para a veterinária

Mais de 44% dos domicílios do País possuem pelo menos um cachorro e quase 18% das famílias possuem pelo menos um gato (Imagem: divulgação)
Mais de 44% dos domicílios do País possuem pelo menos um cachorro e quase 18% das famílias possuem pelo menos um gato (Imagem: divulgação)

Profissionais da área contribuirão nesse processo para orientar os tutores e adequar os pets para cada perfil familiar 
Os animais de estimação estão, cada vez mais, tornando-se membros das famílias. O crescimento da população de cães e gatos nos lares brasileiros pode ser considerado um desafio e uma oportunidade de trabalho para médicos-veterinários. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, Rio de Janeiro), mais de 44% dos domicílios do País possuem pelo menos um cachorro. Ao todo, 52 milhões de cães tem um lar. A pesquisa, realizada pelo IBGE em 2013, também mostrou que quase 18% das famílias possuem pelo menos um gato. A população de gatos em domicílios brasileiros foi estimada em mais de 22 milhões.
O secretário-geral do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV, Brasília/DF), Marcello Roza, afirma que os médicos-veterinários são fundamentais para orientar as pessoas sobre a espécie e a raça adequada para cada perfil familiar. “É preciso avaliar o tempo que a família fica em casa, o tamanho do ambiente, se tem idosos ou crianças. Depois dessa escolha, o médico-veterinário vai estipular um programa de acompanhamento, vacinação e alimentação adequada. Todo o cuidado que deve ser tomado com o animal escolhido”, afirma Roza. 

A médica-veterinária Ceres Faraco, integrante da Comissão de Ética, Bioética e Bem-estar animal do CFMV, considera o cenário um desafio para os profissionais. “Temos que nos apropriar de conhecimentos que não fazem parte da nossa grade tradicional de ensino como o comportamento entre seres humanos e seus bichos de estimação. Assim, encaramos como uma oportunidade de atuação  e otimizamos nosso papel na sociedade”, afirma Faraco. 
A projeção da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet, São Paulo/SP) é que, até 2020, o número de cães nos lares brasileiros passe dos atuais 52 milhões para 71 milhões.  
O aumento na expectativa de vida também deve ser levado em conta. O secretário-geral do CFMV afirma que o avanço tecnológico, os novos medicamentos e a evolução da Medicina Veterinária, são fatores que contribuem para que cães e gatos vivam mais.  “Saber lidar com as doenças relacionadas à idade é um desafio para os médicos-veterinários. Tudo isso vai exigir que os profissionais estejam sempre atualizados, a sociedade precisa de  profissionais qualificados”, afirma Roza. 
Além disso, o crescimento no número de cães e gatos nas famílias abre mercado para os profissionais na área clínica, de pesquisa de novas tecnologias, fármacos e alimentação, por exemplo. 
A pesquisa do IBGE também revelou que pouco mais de 75% das famílias com cachorro ou gato afirmou ter vacinado todos os animais contra a raiva nos últimos 12 meses. 
A presidente da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária do CFMV, Sthenia Amora, ressalta a importância da guarda responsável para evitar que os animais sejam abandonados e os cuidados para evitar zoonoses. “Os donos também devem ter cuidado com a saúde animal e higiene para evitar fatores que favoreçam o acúmulo de resíduos, além da vacinação contra a raiva e leishmaniose visceral e uso de coleiras impregnadas com inseticidas”, destaca Sthenia.
Fonte: 

Gato brincando com Ipad? Não se assuste! Conheça aplicativos para gatos lançados no mercado


Se você ver um gato brincando com um Ipad, não se assuste! O que tudo indica é que os felinos também amam tecnologia e, assim como os humanos, se entretêm com joguinhos e podem passar longas horas se distraindo com o aparelho. Esse comportamento permitiu que empresas do ramo animal criassem aplicativos para gatos, apontando nova tendência no mercado pet. 


O especialista em adestramento e comportamento animal Alexandre Rossi, o Dr. Pet, é a favor desde que a tecnologia seja utilizada com critério. "Acho que é mais uma oportunidade para promover atividade e enriquecimento para os gatos. Obviamente esse tipo de atividade não deve substituir brincadeiras com os donos, exploração do espaço e outras atividades naturais de desejadas", comenta.



Fique atento! 


Assim como as crianças são supervisionadas pelos pais nos jogos de videogame, o tempo da brincadeira do gatinho deve ser também, afinal, não é recomendado que o bichinho passe longas horas por dia em frente ao Ipad. "É importante notar que gatos vivendo 'soltos' passam muito mais tempo se exercitando (explorando e demarcando território, caçando) e quando estão confinados em nossas casas acaba sobrando tempo ocioso. Por isso, é natural que joguinhos como os que estão sendo inventados prendam a atenção de gatos que não possuam outros estímulos", recomenda o Dr. Pet.

Como identificar a personalidade? 


Os gatos, assim como qualquer pessoa, possuem temperamentos e comportamentos distintos! Por isso, um jogo pode ajudar sim a classificá-los de acordo com a maneira que jogam. "Podemos entender um pouco melhor sobre seu comportamento e até compará-lo com de outros gatos. Mas até cientistas validarem esse tipo de análise, ela servirá muito mais como uma brincadeira do que como uma ferramenta para entendermos melhor nossos gatos", comenta Alexandre. 




Aplicativos para gatos

Pocket Pond 2: Esse aplicativo permite que o felino toque na tela para pegar os peixinhos! Durante o jogo, é possível estocar diferentes peixes na sua própria lagoa. Disponível tanto para os sistemas Android quanto para iOS.
Magic Piano: Ele permite que seu gatinho toque piano! Cada animalzinho reagirá ao som de uma maneira diferente, entretendo-os por muito mais tempo. Disponível tanto para os sistemas Android quanto para iOS.
Cat Fishing 2: Peixes coloridos nadam em toda a tela e o objetivo é golpeá-los para acumular os pontos! Disponível tanto para os sistemas Android quanto para iOS.
Happy Wings: Os níveis são cronometrados e o objetivo é golpear cada bichinho que aparecer na tela para somar a pontuação! Disponível tanto para os sistemas Android quanto para iOS.
Fruit Ninja: O game consiste em cortar as frutinhas que aparecerão na tela do Ipad! Mas o jogador deve ter cuidado para não golpear as bombas, que acabam com o jogo! Disponível tanto para os sistemas Android quanto para iOS.
Game for Cats: Seu gato poderá perseguir um ratinho na tela! Fique antento enquanto ele estiver jogando para não danificar o aparelho! Disponível tanto para os sistemas Android quanto para iOS.


Paint for Cats: Criado especialmente para os felinos, o aplicativo brinca com o lado artístico do seu gatinho!  O game mostra um ratinho andando pela tela e toda vez que o gato toca na tela, um pouco de tinta aparece. Disponível tanto para os sistemas Android quanto para iOS.



Cuidados que você deve ter com o Ipad


 As unhas do seu felino poderão arranhar seu Ipad! Por isso, é necessário tomar algumas medidas para evitar que ele danifique seu aparelho. Anote aí:



-  Coloque um filme na tela para reduzir o risco;



- Não deixe ele brincar com o aparelho sozinho, pois poderá deixar cair no chão;



- Quando sair de casa, guarde o aparelho escondido do seu bichinho para evitar que ele pegue quando estiver sozinho;



- Segure o aparelho enquanto seu gato estiver brincando!

Fonte:

Hipertensão: doença pode causar cegueira súbita em pets


Pressão alta pode acarretar sérias complicações nos animais, afetando diversos órgãos (Foto: reprodução)

O tratamento da doença é realizado com procedimentos preventivos, como acompanhamento da pressão com aparelho específico e medicamentos anti-hipertensivos

A saúde dos pets precisa ser tratada com atenção. Assim como os seres humanos, a falta de cuidados com a pressão alta pode acarretar sérias complicações também nos animais, afetando diversos órgãos. Segundo o responsável pelo Serviço de Oftalmologia do Hospital Veterinário Pet Care (São Paulo/SP), Fernando Maia, tanto os cães como os gatos podem apresentar alterações oculares decorrentes da doença, que vão desde sangramento intraocular, pupilas dilatadas, hemorragia de retina, descolamento de retina, até a cegueira súbita. “Esses achados sempre têm prognóstico visual reservado, sendo que em alguns casos a perda visual é irreversível”, afirma. 

O médico-veterinário explica que a elevação da pressão arterial frequentemente se deve a outra doença de base, como hipertireoidismo, insuficiência renal, cardiopatia e doenças endócrinas. “Assim como no ser humano, nos animais a hipertensão arterial costuma ser uma doença silenciosa, que não mostra sinais clínicos inicialmente. Entretanto, as manifestações podem ser graves”, diz. 

Por isso, é fundamental que o animal seja monitorado em consultas de rotina com o médico-veterinário, já que a medição da pressão requer aparelhagem especial – por meio dos métodos indiretos de avaliação como o exame oscilométrico e o doppler - e a interpretação dos resultados envolve uma série de fatores que somente um especialista é capaz de identificar. “Ter um diagnóstico antecipado e achar a causa da doença é fundamental para dar início ao tratamento e para garantir uma melhor qualidade de vida ao animal, reduzindo o risco de complicações”, revela. 

O tratamento das manifestações oculares da hipertensão arterial é voltado a cuidados preventivos. Os pacientes devem receber medicamentos anti-hipertensivos e ter sua pressão arterial verificada regularmente.

É importante que um veterinário oftalmologista acompanhe o caso e que alguns procedimentos clínicos sejam feitos com frequência, como é o caso do exame de fundo de olho e pressão intraocular. “Com a pressão controlada, o tratamento pode ter resultados satisfatórios e, se o descolamento não for muito intenso, até 4% dos animais podem voltar a enxergar sem cirurgia” esclarece.

Fonte: 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Seu pet está lacrimejando? Confira algumas dicas para acabar com as lágrimas em excesso

Texto: Carla Gasparetto / Foto: Pinterest Dogs/ Reprodução

“Os chamados braquicefálicos, ou seja, cachorros de focinho curto, tendem a sofrer mais com as lágrimas em excesso, como é o caso dos cães das raças Shih-Tzu, Pug e Lhasa Apso. Isso porque eles apresentam obstrução de canal lacrimal e, como consequência, têm uma drenagem inadequada da lágrima”, é o que afirmam as médicas veterinárias Luciana Ricciardi e Fernanda Teixeira, da Pet Oftalmovet (SP).

Dicas


  1. Nunca utilize água boricada em um animal. Na hora de fazer compressa, prefira água filtrada gelada ou soro fisiológico.

  2. Atenção ao uso do secador no cão! Quando apontado diretamente para os olhos, pode ferir e causar as lágrimas em excesso. Deixe o tubo de ar voltado apenas para a pelagem.

  3. Ao perceber que os olhos estão avermelhados ou lacrimejando, leve o pet para o médico veterinário o quanto antes e não o medique sem ajuda de especialista.

  4. Para aliviar, compressas podem ser feitas duas vezes por dia, pela manhã e à noite, com auxílio de um chumaço de algodão.

Revista Meu Pet/ Edição 11

Fonte:

7 motivos para trocar a ração: Nem sempre o mesmo alimento pode ser oferecido por toda a vida do felino


1. ELE CRESCEU E MUDOU DE FASE!

Um momento delicado na vida de qualquer animal é a hora do desmame e a introdução do alimento sólido. Nessa transição, oferecer uma ração adequada para garantir o crescimento saudável é muito importante. Por exemplo, quando os animais são filhotes devem consumir maiores teores de energia, proteínas e vitaminas que os adultos e, ainda, menores teores de fibras e carboidratos. As rações para filhotes disponíveis no mercado já possuem essa diferenciação. Como explica Carla Cattapan, quando o filhote se torna adulto e também quando o adulto passa dos 7 anos é fundamental a troca do alimento, já que a necessidade nutricional muda nessas duas fases. “Em cada etapa da vida há um requerimento energético maior ou menor. Nas fases de crescimento ou gestacional há um gasto maior de energia, por exemplo.”

2. ELE ESTÁ COM A SILHUETA GORDINHA

Para aquele gato mais cheinho e que não é fã de exercícios, o alimento deve ser hipocalórico, ou seja, com menos calorias. Ao mesmo tempo, a veterinária Marúcia Cruz recomenda rações que tenham um percentual maior de fibras, responsáveis por provocar sensação de saciedade. “A ração deve ser fornecida em pequenas quantidades e com o mínimo de quatro porções por dia”, ensina. A veterinária alerta também que, se a opção for reduzir a quantidade de ração ofertada para adequar o peso do bichano, isso deve ser realizado gradualmente, pois os gatos tendem a utilizar suas reservas de gordura, podendo sobrecarregar o fígado. Para se ter uma ideia, um animal é considerado obeso se estiver mais de 15% acima do seu peso ideal – para um gato de 3 kg, ganhar 1 kg a mais já é suficiente para entrar para o grupo.

3. FALTA DE APETITE E FRAQUEZA
Se o gato não se interessa pelo alimento deve ser motivo de atenção.“Caso o felino pare de comer, deve-se levá-lo ao veterinário para uma avaliação, pois a não aceitação do alimento pode ser devido a alguma doença”, alerta Carla Cattapan. O pet também pode ficar sem se alimentar por um problema comportamental, fisiológico ou até pela qualidade da comida oferecida.O bichano recusa a comida rançosa, ou seja, aquela que já está exposta há algum tempo no pote e que acaba perdendo o gosto. “Um alimento novoe mais palatável, com maior nível deproteínas e gorduras, deve atrair o gato que está com falta de apetite ou fraco”, observa Carla. “Caso isso não aconteça, o dono não deve pensar duas vezes antes de procurar ajuda de um veterinário.”Para um animal que se encontra fraco, o ideal são alimentos hipercalóricos, em geral úmidos e pastosos, facilitando a apreensão e ingestão.
4. MUITOS PELOS ESTÃO CAINDO
Para os felinos que apresentam queda de pelos, a veterinária Marúcia Cruz recomenda os alimentos que contemplem maiores quantidades de ômegas 3 e 6, que são capazes de diminuir a queda, acalmar a pele inflamada e reduzir a caspa, melhorando a pelagem geral. O elemento zinco também pode contribuir para o fortalecimento dos pelos. Aqui, as fibras na ração são recomendadas mais uma vez. Nesse caso, para auxiliar no encaminhamento do bolo alimentar com mais pelos. At endência, durante a lambedura para higiene realizada diariamente pelos bichanos, é que haja maior ingestão de pelos devido à queda excessiva.
5. SUA PELE ESTÁ COM ALERGIAS
Se o gato apresentar sensibilidade na pele, uma das causas pode ser o alimento. Então, observe se há a possibilidade de alergia ao contato com algum componente da comida fornecida. Para o tratamento, a troca de ração será recomendada. Com a orientação do veterinário, inicia-se a oferta de proteínas desconhecidas até então pelo organismo do gato até que ele se adapte a umtipo de proteína que não cause mais problemas.“Nesse caso, a alimentação deve ser sem elementos suspeitos que possam estar sensibilizando o trato gastrointestinal”,explica Marúcia Cruz.
6. AS FEZES ESTÃO COM ODOR ANORMAL
Em geral, esse sinal indica problema gastrointestinal, principalmente apresença de parasitas, como protozoários e bactérias. Segundo Marúcia Cruz, alguns alimentos possuem em sua fórmula elementos que podem minimizar o odor das fezes, mas não neutralizá-lo.“As fezes dos gatos são mais fétidas por ingerirem uma quantidade maior de proteína”, acrescenta.
7. O BICHANO ESTÁ DOENTE

Para algumas doenças mais comuns aos gatos, a troca doalimento é aconselhada, como no caso de pacientes com doença renal, cardíaca, diabetes e neoplasias. “É recomendada atroca do alimento por um específico para a condição do paciente, pois, dependendo da doença, o nível de proteínas necessário muda muito”, explica a médica veterinária Carla Cattapan. O tratamento de certas enfermidades pode ser auxiliado como apoio nutricional. A recomendação é dada, mas sempre é importante observar se o paciente irá se adaptar ao novo alimento, e a transição deve ser cautelosa e em etapas.
Carla chama a atenção para o fato de que as dietas para felinosdevem ainda conter taurina – um aminoácido essencial que ajuda aevitar doenças cardíacas e de visão nos bichanos, além de ter funçãoantioxidante, inibindo radicais livres e retardando o envelhecimento.“As rações já vêm com um bom suprimento de taurina”, diz.

 Publicado por Marília Alencar
Fonte:

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Obrigado a todos pelos votos favoráveis na eleição dos representantes civis do COMPDA (Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos dos Animais) São Roque



Agradeço aos eleitores do conselho pelos votos favoráveis à minha eleição como representante civil no COMPDA - Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos dos Animais -  - São Roque.

Podem contar com minha representação neste conselho.
Apoiarei exaustivamente todas as iniciativas que visem o bem estar dos animais em nossa cidade

Dr. Alexandre Pierroni Dias

Por que fornecer alimento úmido para gatos?




Sandra Prudente Nogueira

Originários provavelmente do deserto, os gatos bebem pouca água e sua urina é bastante concentrada. Ao consumir uma presa, o gato consome também água, visto que, independentemente de ser um rato ou um pássaro, a água representa 60% do organismo. Porém, a ingestão espontânea de água por essa espécie frequentemente é pequena. Um gato pode passar várias semanas sem se alimentar, mas não suportaria dois dias sem água.
Assim como todas as demais espécies vivas, os gatos necessitam de nutrientes para sobreviver. É considerado nutriente qualquer constituinte do alimento, atuando como elemento estrutural, participando de reações bioquímicas para o correto metabolismo, transportando substâncias, mantendo a temperatura corporal e suprindo energia. Os nutrientes são divididos em seis categorias: água, carboidratos, proteínas, lipídeos, minerais e vitaminas. Em termos de sobrevivência, a água é o nutriente mais importante do organismo. É preciso levar em conta que dois terços do seu organismo são constituídos por água.

O alimento úmido apresenta grande teor de umidade que geralmente varia entre 60 e 87% (Foto: divulgação)
Gatos e cães obtêm água a partir de três fontes: pela ingestão dos alimentos (água contida nos alimentos), pela via metabólica (o organismo produz água a partir do metabolismo de nutrientes) e pela água ingerida diretamente sob forma líquida. Quando ocorrem variações no teor de água do alimento, os animais saudáveis são naturalmente capazes de alcançar o balanço hídrico aumentando ou diminuindo sua ingestão hídrica voluntária (água livre).
Devido ao hábito natural dos gatos de ingerir pouca água, estratégias são necessárias para estimular o consumo de água pelo animal como: espalhar potes de água sempre fresca e limpa pela casa; fontes de água correntes e cubos de gelo nos potes.
Há diferentes tipos de alimentos comerciais para gatos e um dos critérios para classificação destes produtos é o teor de umidade que pode influenciar diretamente na ingestão hídrica. Os alimentos comerciais classificados de acordo com teor de umidade são: alimento seco, semi-úmido e úmido. O alimento úmido apresenta um grande teor de umidade que geralmente varia entre 60 e 87%, diferente do alimento seco que pode apresenta entre 6 e 12%. A maioria dos gatos come somente alimentos secos, mas o número de gatos que são alimentados com alimentos úmidos ou alimentação mista (alimentos secos e úmidos) está crescendo. O alimento úmido apresenta diversos benefícios dentre eles promove um aumento da ingestão hídrica, pois ao mesmo tempo em que o animal ingere um alimento para atender suas necessidades nutricionais, ele também ingere água em quantidades significativas. Os gatos que consomem alimentos úmidos bebem menos água quando comparados aos animais que consomem alimentos secos, devido ao maior teor de água nos alimentos úmidos em relação aos secos.
É importante nos atentarmos à quantidade de ingestão de água (ingerida sob a forma líquida ou alimento úmido) já que ela pode auxiliar na manutenção do balanço hídrico sendo fundamental não somente para preservar as funções fisiológicas como também para evitar a formação de cálculos urinários.
Outro benefício dos alimentos úmidos é que eles apresentam alta palatabilidade. Gatos e cães convalescentes podem apresentar hiporexia ou anorexia e muitas vezes oferecer somente alimento úmido ou misturar alimentos secos com úmidos pode ser uma boa alternativa para estimular a ingestão de alimentos.
Referências:
CASE, L.P.; DARISTOTLE, L; HAYEK, M.G; RAASCH, M.F. Canine and Feline Nutrition. Mosby Elsevier. Third Edition. pg. 9-12, 2012.
Enciclopédia do Gato Royal Canin. Disponível em: www.enciclopediagato.royalcanin.com.br. Acesso em: 27/01/2015. pg.371-372.
FASCETTI, A. J. & DELANEY, S.J. Applied Veterinary Clinical Nutrition. Wiley Blackwell, 2012.
VASCONCELLOS, R.S. Nutrientes essenciais para cães e gatos (parte 1) – Água. Revista Pet Food, n.18, p.62-64, 2012.

Fonte: