sexta-feira, 12 de junho de 2015

7 motivos para trocar a ração: Nem sempre o mesmo alimento pode ser oferecido por toda a vida do felino


1. ELE CRESCEU E MUDOU DE FASE!

Um momento delicado na vida de qualquer animal é a hora do desmame e a introdução do alimento sólido. Nessa transição, oferecer uma ração adequada para garantir o crescimento saudável é muito importante. Por exemplo, quando os animais são filhotes devem consumir maiores teores de energia, proteínas e vitaminas que os adultos e, ainda, menores teores de fibras e carboidratos. As rações para filhotes disponíveis no mercado já possuem essa diferenciação. Como explica Carla Cattapan, quando o filhote se torna adulto e também quando o adulto passa dos 7 anos é fundamental a troca do alimento, já que a necessidade nutricional muda nessas duas fases. “Em cada etapa da vida há um requerimento energético maior ou menor. Nas fases de crescimento ou gestacional há um gasto maior de energia, por exemplo.”

2. ELE ESTÁ COM A SILHUETA GORDINHA

Para aquele gato mais cheinho e que não é fã de exercícios, o alimento deve ser hipocalórico, ou seja, com menos calorias. Ao mesmo tempo, a veterinária Marúcia Cruz recomenda rações que tenham um percentual maior de fibras, responsáveis por provocar sensação de saciedade. “A ração deve ser fornecida em pequenas quantidades e com o mínimo de quatro porções por dia”, ensina. A veterinária alerta também que, se a opção for reduzir a quantidade de ração ofertada para adequar o peso do bichano, isso deve ser realizado gradualmente, pois os gatos tendem a utilizar suas reservas de gordura, podendo sobrecarregar o fígado. Para se ter uma ideia, um animal é considerado obeso se estiver mais de 15% acima do seu peso ideal – para um gato de 3 kg, ganhar 1 kg a mais já é suficiente para entrar para o grupo.

3. FALTA DE APETITE E FRAQUEZA
Se o gato não se interessa pelo alimento deve ser motivo de atenção.“Caso o felino pare de comer, deve-se levá-lo ao veterinário para uma avaliação, pois a não aceitação do alimento pode ser devido a alguma doença”, alerta Carla Cattapan. O pet também pode ficar sem se alimentar por um problema comportamental, fisiológico ou até pela qualidade da comida oferecida.O bichano recusa a comida rançosa, ou seja, aquela que já está exposta há algum tempo no pote e que acaba perdendo o gosto. “Um alimento novoe mais palatável, com maior nível deproteínas e gorduras, deve atrair o gato que está com falta de apetite ou fraco”, observa Carla. “Caso isso não aconteça, o dono não deve pensar duas vezes antes de procurar ajuda de um veterinário.”Para um animal que se encontra fraco, o ideal são alimentos hipercalóricos, em geral úmidos e pastosos, facilitando a apreensão e ingestão.
4. MUITOS PELOS ESTÃO CAINDO
Para os felinos que apresentam queda de pelos, a veterinária Marúcia Cruz recomenda os alimentos que contemplem maiores quantidades de ômegas 3 e 6, que são capazes de diminuir a queda, acalmar a pele inflamada e reduzir a caspa, melhorando a pelagem geral. O elemento zinco também pode contribuir para o fortalecimento dos pelos. Aqui, as fibras na ração são recomendadas mais uma vez. Nesse caso, para auxiliar no encaminhamento do bolo alimentar com mais pelos. At endência, durante a lambedura para higiene realizada diariamente pelos bichanos, é que haja maior ingestão de pelos devido à queda excessiva.
5. SUA PELE ESTÁ COM ALERGIAS
Se o gato apresentar sensibilidade na pele, uma das causas pode ser o alimento. Então, observe se há a possibilidade de alergia ao contato com algum componente da comida fornecida. Para o tratamento, a troca de ração será recomendada. Com a orientação do veterinário, inicia-se a oferta de proteínas desconhecidas até então pelo organismo do gato até que ele se adapte a umtipo de proteína que não cause mais problemas.“Nesse caso, a alimentação deve ser sem elementos suspeitos que possam estar sensibilizando o trato gastrointestinal”,explica Marúcia Cruz.
6. AS FEZES ESTÃO COM ODOR ANORMAL
Em geral, esse sinal indica problema gastrointestinal, principalmente apresença de parasitas, como protozoários e bactérias. Segundo Marúcia Cruz, alguns alimentos possuem em sua fórmula elementos que podem minimizar o odor das fezes, mas não neutralizá-lo.“As fezes dos gatos são mais fétidas por ingerirem uma quantidade maior de proteína”, acrescenta.
7. O BICHANO ESTÁ DOENTE

Para algumas doenças mais comuns aos gatos, a troca doalimento é aconselhada, como no caso de pacientes com doença renal, cardíaca, diabetes e neoplasias. “É recomendada atroca do alimento por um específico para a condição do paciente, pois, dependendo da doença, o nível de proteínas necessário muda muito”, explica a médica veterinária Carla Cattapan. O tratamento de certas enfermidades pode ser auxiliado como apoio nutricional. A recomendação é dada, mas sempre é importante observar se o paciente irá se adaptar ao novo alimento, e a transição deve ser cautelosa e em etapas.
Carla chama a atenção para o fato de que as dietas para felinosdevem ainda conter taurina – um aminoácido essencial que ajuda aevitar doenças cardíacas e de visão nos bichanos, além de ter funçãoantioxidante, inibindo radicais livres e retardando o envelhecimento.“As rações já vêm com um bom suprimento de taurina”, diz.

 Publicado por Marília Alencar
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