sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Atitudes que contribuem para melhorar a saúde das vacas e a qualidade do leite





Para obtenção de um leite saudável e de boa qualidade, é necessário que as vacas estejam em boas condições de saúde. O ordenhador deve estar sempre atento a certos sinais apresentados pelas vacas, como por exemplo: olhos fundos, pelos arrepiados, diminuição na ingestão de alimentos, parada da ruminação, queda na produção de leite e alterações na urina ou nas fezes (muito mole, ou muito seca, ou com sangue) que podem ser indicativos de problemas de saúde.
 

Os cuidados com a vaca começam antes mesmo do parto, no período seco. Esse período deve durar pelo menos 60 dias e é conhecido como o período de descanso da vaca. O período de descanso é fundamental para o desenvolvimento do feto, para melhorar a condição corporal da vaca, para a recuperação da glândula mamária e para a produção de colostro de boa qualidade.

Na fase de lactação, deve-se ter atenção especial com a mastite, doença que causa grandes prejuízos para a atividade leiteira. Conforme o tipo de microorganismo causador da mastite, ela pode ser classifi cada em: contagiosa e ambiental.

Mastite contagiosa: causada por microorganismos que estão presentes no úbere e são transmitidos pelas mãos do ordenhador e equipamentos de ordenha. Esses microorganismos entram no canal do teto e causam a infecção. Este tipo de mastite é facilmente transmitido de um animal para outro durante a ordenha, por isso a importância da adoção de boas práticas de higiene e desinfecção.
 

Mastite ambiental: causada por microorganismos presentes no ambiente (solo, camas, material vegetal, pisos dos currais, etc.), ocorrendo com maior frequência em períodos quentes e úmidos. O maior risco de contágio é logo após a ordenha, quando os esfíncteres (orifícios) dos tetos ainda estão abertos e a vaca deita sobre solo ou material contaminado, facilitando a entrada de microorganismos no canal do teto, o que leva à infecção.

Quanto ao diagnóstico, a mastite pode ser classifi cada como clínica e subclínica.
 

Mastite clínica: é mais fácil de ser percebida, geralmente causa diminuição na ingestão de alimentos, a vaca fi ca com o úbere infl amado (com aumento de volume, avermelhado e quente) e o leite com grumos, pus ou sangue. Para melhor controle deste tipo de mastite deve-se fazer o teste da caneca de fundo preto em todas as ordenhas.
 

Mastite subclínica: é mais difícil de ser percebida, pois a vaca não apresenta sintomas claros do problema, a não ser, pequena queda na produção de leite. A mastite subclínica pode ser detectada pelos testes de contagem de células somáticas no leite (CCS) ou com o Califórnia Mastite Teste (CMT).
 

Os testes para diagnóstico de mastite clínica e subclínica serão explicados mais adiante neste manual.
 

O ordenhador deve sempre cuidar de sua higiene pessoal e de sua saúde, realizando exames de rotina, com atenção especial para brucelose e tuberculose.

A adoção de procedimentos básicos de higiene é fundamental, devendo-se lavar as mãos antes e durante as ordenhas; lavar as mãos após ir ao banheiro, manter cabelo preso e unhas cortadas e usar roupas, aventais e botas limpos.
 

Tudo isto contribui para melhorar a saúde das vacas e a qualidade do leite.


Fonte: http://www.agricultura.gov.br/



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