sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

5 histórias por trás de tradições do Ano Novo


Certas tradições de Ano Novo são tão antigas que hoje as realizamos por costume, mesmo que elas não mantenham seu significado original. De qualquer forma, elas deixam as festividades mais divertidas e são simbólicas do tempo que recomeça. Confira: 

1. Primeiro de janeiro



A primeira comemoração que tinha a conotação de “Festival de Ano Novo” foi na Mesopotâmia por volta de 2.000 aC. A festa começava sempre na lua nova do equinócio da primavera, em meados de março. Os assírios, persas, fenícios e egípcios celebravam o início de um novo ciclo no dia 23 de setembro, e os gregos 21 ou 22 de dezembro.


Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia no calendário para a comemoração do Réveillon, lá por volta de 753 aC. Para eles, o ano começava em 1º de março. A data foi trocada só em 153 aC para 1º de janeiro. Em 1582, a Igreja consolidou essa “escolha” no calendário gregoriano.

Ainda assim, até hoje, alguns povos e países comemoram o Ano Novo em datas diferentes – como a China, que gosta de celebrar entre o fim de janeiro e começo de fevereiro. A comunidade judaica também tem outro calendário: a festa ocorre em meados de setembro ao início de outubro. Para os islâmicos, o Ano Novo é celebrado em meados de maio.

2. Fogos de artifício à meia-noite 



É costumeiro que se usem fogos de artificio para comemorar o início do Ano Novo à meia-noite. Como essa tradição começou?

A primeira nação a usar fogos de artifício como parte de grandes celebrações foi a Índia ou a China. Originalmente, os fogos eram armas militares. Quando sua imprevisibilidade (e cores brilhantes) demonstrou que eles eram impróprios para combate, eles passaram a ser usados para entretenimento.

No início, as pessoas não gostaram muito da ideia. A primeira vez que fogos de artificio foram mostrados à realeza na China foi durante o governo do imperador Li Tsung. Um deles, no entanto, foi diretona direção da imperatriz, que ficou furiosa e acabou imediatamente com a festa.

3. Vestir branco 

 

No Brasil, existe uma tradição de se usar branco durante o Réveillon. Isso não ocorre em muitos outros lugares do mundo. Da onde veio a ideia, então? Do Candomblé.

Em meados dos anos 1970, os praticantes da religião que tinham o costume de comemorar a virada do ano na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro usavam sempre a cor branca na data, como representação da paz e da purificação, enquanto jogavam flores para Iemanjá, a rainha do mar.

Como era um ritual muito bonito, as pessoas começaram a copiar. Nasceu, assim, a tradição do uso da cor branca na passagem do ano, e de jogar flores no mar também. Mesmo que não sejam devotas do Candomblé ou acreditem em Iemanjá, a maioria das pessoas gosta de estar de branco por se identificar com a mensagem de paz. Há ainda quem diga que a roupa precisa ser nova para que o ano novo traga com boas energias.

4. Resoluções de Ano Novo 



 

O início de um novo ano parece tão bom quanto qualquer outra época para se fazer a promessa de ser uma pessoa melhor, mais saudável ou qualquer outra coisa que você venha adiando desde sempre. No entanto, o apelo parece ser maior quando se tratam das resoluções de Ano Novo.

Essa tradição é antiga – remonta a Mesopotâmia. As primeiras pessoas a fazerem tais “decisões” no renovamento de um ciclo foram os antigos babilônios, que prometiam pagar dívidas pendentes e retornar qualquer propriedade emprestada.

O ano novo babilônico começava com a colheita da primavera. Para eles, fazer promessas aos deuses era um ritual espiritual para manter “tudo em ordem” pelo resto do ano. Mais tarde, os romanos adotaram um comportamento semelhante, fazendo suas resoluções em nome do deus Jano. Em 1º de março, o ano novo romano original, novos funcionários eram empossados, e os velhos se juntavam a eles comprometendo-se a respeitar as leis e cumprir seus deveres.

Por volta de 300 aC, o início do novo ano foi transferido para janeiro, com a posse de novos funcionários transferida também. Esta data dava aos romanos tempo suficiente para os líderes e soldados declararem sua lealdade ao imperador antes de os militares iniciarem suas campanhas de primavera. Conforme o império romano crescia, os militares tinham que deixar a região a cada ano mais cedo, porque as distâncias aos campos de batalhas eram maiores.

Em 1740, resoluções mais modernas começaram a surgir, quando John Wesley, um clérigo anglicano e teólogo cristão britânico, criou um novo tipo de “missa” na igreja, realizada para aqueles que queriam uma noite tranquila de reflexão, em vez de uma festa, na data do Ano Novo. Os participantes prometiam continuar seu serviço fiel a Deus.

As resoluções definitivamente evoluíram ao longo dos séculos. De acordo com a Universidade Estadual de Oklahoma, nos EUA, as primeiras eram mais sobre reafirmar a fé em Deus, fazendo sacrifícios, sendo mais responsável e se tornando uma pessoa melhor no interior. Hoje, as pessoas tendem a fazer resoluções mais focadas no exterior, ou seja, sobre a aparência, como perder peso.

5. Pular sete ondas 

 

 

Esse é mais um costume brasileiro de quem passa a data na praia, que também remete às tradições africanas, trazidas pelos escravos.

O ritual homenageia mais uma vez ela, Iemanjá, a rainha das águas salgadas. Sete é considerado um número cabalístico, representado por Exu, filho de Iemanjá. Os sete pulos servem, segundo a lenda, para que os caminhos sejam abertos. A tradição também pede que as pessoas jamais deem as costas para o mar após a homenagem, para garantir a boa sorte.

Apesar de Iemanjá ser a origem de vários de nossos costumes de Réveillon, outras culturas também veem simbolismo no mar. Para os gregos, o mar tem um poder espiritual e pode renovar nossas energias, por exemplo. 


Fontes:
[Listverse, BdM, ObaOba, UOL, MiniWeb]

Publicado por:
http://hypescience.com/10-grandes-manchetes-da-ciencia-em-2015/

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