Na
prática, isso pode vir a comprometer metas anunciadas pela presidente
Dilma Rousseff na ONU em setembro e que serão apresentadas na
Conferência do Clima em Paris, que terá início em 30 de novembro. Entre
os principais objetivos, está a redução das emissões em 43% até 2030.
Entre
as ações propostas para isso - fim do desmatamento ilegal, restauração
de florestas e pastagens e aumento da participação de fontes renováveis
na matriz energética -, não há nenhuma voltada especificamente para as
áreas destacas no relatório da Coppe-UFRJ.
"As
cidades têm um poder muito grande neste sentido, porque estão mais
próximas dos cidadãos, e seus gestores podem ser mais cobrados por
resultados", afirma Kahn.
"Os
prefeitos também são os principais interessados, pois os impactos das
mudanças climáticas afetarão principalmente as áreas urbanas."
O
estudo destaca, por exemplo, que menos da metade do esgoto produzido no
país é coletado e, deste volume, apenas 40% é tratado. Neste quesito, o
Brasil é 112º do mundo entre 200 países no Índice de Desenvolvimento
Sanitário, da Organização Mundial da Saúde.
"Isso
é chocante", afirma Eichel. "Melhorias nesta área trariam não só
melhorias para qualidade de vida, mas também benefícios significativos
para o clima, porque o metano que é liberado pelo esgoto e pelo lixo é
mais prejudicial que o carbono."
O
relatório aponta também que residências e edifícios comerciais em áreas
urbanas respondem por 50% do consumo de eletricidade do país. Se forem
cumpridos novos padrões de eficiência energética nestas construções,
como aproveitamento da luz natural, poderiam ser economizados no país
25.000 GWh, segundo o estudo.
Em
setembro, de acordo com os dados mais recentes da Empresa de Pesquisa
Energética, órgão ligado ao ministério de Minas e Energia, o consumo do
país foi de 37.701 GWh.
Fonte: Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário