Após o desmame os filhotes já são encaminhados para um novo lar, e será com sua nova família, que ele estará no período de crescimento.
É comum o novo proprietário querer alterar a alimentação do filhote, mas é aconselhável que ele só o faça após dois ou três dias, pois alterar a alimentação poderá aumentar ainda mais o estresse, já causado pela mudança de ambiente e a perda da mãe e dos outros filhotes da ninhada.
Por isso, deve-se oferecer ao filhote nos primeiros dias a ração que ele já estava comendo e se quiser mudar de produto, deve fazê-lo após esse prazo e de forma gradual: primeiro misturando 25% do produto novo durante dois dias, 50% mais dois dias, 75% outros dois dias e em seguida 100% do produto novo, somando uma semana de troca.
Além da troca de produto é comum o novo proprietário querer dar leite para os filhotes, ou colocar junto à ração.
De qualquer forma, a utilização do leite sempre é motivo de discórdia, pois, apesar de o leite ser um ótimo alimento e fonte de vários nutrientes, ele pode causar diarreias, já que não existe nenhum leite que, por si só, seja semelhante ao da cadela.
Dessa forma podem-se administrar pequenas quantidades de leite apenas para facilitar a ingestão ou para ajudar na introdução de um novo alimento, mas devemos deixar bem claro que deve ser apenas pequenas quantidades de leite. Além disso, devemos ressaltar que leite não é mais necessário após o desmame e muito menos para ter uma dieta equilibrada.
Veja abaixo quantidade de alimentação recomendada ao cão:
Período inicial: No período inicial de crescimento é recomendado oferecer refeições fracionadas de três a quatro vezes por dia, até que o cão tenha seis meses de idade.
Após seis meses: Depois dos seis meses, deve-se passar para duas a três vezes por dia.
Após doze meses: A partir dos doze meses, é recomendável fracionar a alimentação do animal em duas vezes ao dia.
É interessante lembrar que a fisiologia digestiva do cão funciona muito melhor se o estômago não permanecer vazio durante 24 horas, principalmente para raças com predisposição à torção gástrica, um distúrbio que é favorecido pela ingestão de grandes quantidades de alimento de uma só vez.
A alimentação ad libitum, ou seja, à vontade, não é recomendável para filhotes em crescimento, pois os filhotes não conseguem controlar a ingestão, assim consumirão excessivamente o alimento e a maioria dos alimentos para essa etapa é altamente energético e mais apetitoso.
Dica: Se um filhote está sendo alimentado de maneira ad libitum, o melhor é mudar esta alimentação, mas não abruptamente.
O ideal é retirar o alimento em intervalos cada vez maiores até deixá-lo em dois horários apenas, buscando manter o fornecimento de duas refeições ao dia durante toda a vida.
As dietas caseiras dificilmente fornecerão uma nutrição equilibrada e homogênea, além do fato da variabilidade do apetite e da palatabilidade poder causar, em algum momento, um desequilíbrio ao filhote em crescimento.
O controle da alimentação e do estado clínico desses animais é imprescindível para prevenir ou detectar possíveis alterações nutricionais.
É importante lembrar que nesta etapa de crescimento os hábitos alimentares podem ser manipulados, de forma positiva ou negativa.
Portanto, é necessário conscientizar os donos de cãezinhos para manter a disciplina, evitar os vícios e complementos na dieta, a não ser que estes sejam prêmios para estimular a obediência.
Também, devem-se programar as mudanças de acordo com a idade do animal e a dieta adequada ao seu porte. É importante ressaltar que os filhotes devem receber dieta para crescimento até o final de seu desenvolvimento, quando atingem seu tamanho adulto.
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