sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Avanços na medicina veterinária geram qualidade de vida - . Clínicas oferecem desde hidroterapia até acupuntura para cães



A relação entre os homens e animais de estimação mudou e se estreitou muito durante os anos

Hoje em dia muita gente considera o pet como parte da família e mais que isso, como um filho. E sendo um filho quando ele fica doente os donos não medem esforços para buscar o tratamento. Isso fez com a que a medicina veterinária evoluísse e esse é o destaque da quarta reportagem da série "Mundo Pet", exibida no TEM Notícias.
 
Essa evolução na medicina veterinária permitiu que o Fenrir pudesse ter uma vida quase normal, apesar de ter dificuldades para andar. O cão machucou a coluna brincando em um lago. “Simplesmente pulei no lago, peguei ele e fui correr atrás de um veterinário. Ele é como um filho”, afirma o professor Alexandre de Oliveira Legendre, dono do Fenrir.

Alexandre procurou a hidroterapia para o Fenrir  (Foto: Reprodução / TV TEM) 
Alexandre procurou a hidroterapia para o Fenrir
(Foto: Reprodução / TV TEM)
 
Por causa da lesão, ele teria que ficar mais tempo parado, quietinho, mas para dar mais qualidade de vida ao melhor amigo, Alexandre foi em busca do tratamento mais adequado, a hidroterapia. “Agora ele está reaprendendo a andar e a esteira aquática está ajudando bastante nesse processo dele se reequilibrar. Você deve ter reparado que quando ele está fora, a traseira dele bambeia assim bastante, então o tratamento dele tem melhorado bastante com a esteira”, conta.
Dom também requer cuidados especiais porque nasceu com má formação em uma das patas. Em clínica de fisioterapia e reabilitação para cães em São Paulo, ele faz massagem, alonga a coluna, as sessões são tão relaxantes que Dom chega a dormir. Quem vê o cãozinho assim feliz e tranquilo, nem imagina o sofrimento que ele passou. Dom morava em um canil e por não ter nascido perfeito, estava com os dias contados. “Como esteticamente ele não é bonito ele ia ser sacrificado. Mas eu não deixei, de forma alguma, eu quis adotar, ele veio pra mim quando tinha 40 dias”, afirma a médica Kátya Ortiz.

Graças a boa ação de Kátia, hoje Dom tem uma vida praticamente normal. Ele ganhou uma prótese de pata e também faz sessões de hidroterapia para fortalecer o corpo. O tratamento no caso dele acontece em uma piscina.
“A fisioterapia e a reabilitação elas são muitos importantes, porque animais que antes eram sacrificados, como a gente viu o caso do Dom, hoje em dia as pessoas não querem mais sacrificar. Elas querem cuidar desse animal e dar qualidade de vida pra ele”, explica a veterinária Maira Resende Formeton.

Clínica oferece hidroterapia e outros tratamentos (Foto: Reprodução / TV TEM) 
Clínica oferece hidroterapia e outros tratamentos
(Foto: Reprodução / TV TEM)
 
Tem tanta gente preocupada com isso hoje em dia, que os atendimentos em uma clínica na capital paulista triplicaram nos últimos três anos. Além dos tratamentos como o do Dom, a clínica também oferece quiropraxia. “A gente teve que vir pra um local maior, justamente pelo crescimento desse perfil de proprietário, aquele que quer o melhor para o seu animalzinho, o melhor para o seu amigo, companheiro”, completa Maira.
Essa é exatamente a intenção do empresário Tiago Cuba dos Santos Mamede com a Malu, oferecer mais qualidade de vida. Até o ano passado ela sentia dores no quadril e mancava para andar por causa de uma doença genética. Hoje a realidade é outra e ela caminha tranquila. É que o Tiago leva a Malu pra fazer sessões de acupuntura a cada 15 dias. “Ela não manca mais, a gente passeia com ela, ela corre e a hora que chega em casa ela não tem mais nenhum problema”, destaca o empresário.
Quiropraxia é dos tratamentos inovadores oferecidos  (Foto: Reprodução / TV TEM) 
Quiropraxia é dos tratamentos inovadores oferecidos (Foto: Reprodução / TV TEM)
 
Aparelho inédito
O Snow não teve a mesma sorte. O cãozinho teve um trauma na coluna e por conta disso perdeu o movimento das patinhas traseiras. Começou a ser tratado com sessões de acupuntura para ganhar o fortalecimento do corpo e há pouco mais de 3 meses, recebeu um presente que mudou a vida dele. Agora com um aparelho de fisioterapia, o Snow voltou a ter uma rotina bem parecida com a que ele tinha antes.
“Ele brinca, ele corre, junto com outra cachorra que eu tenho, então assim, não tem diferença entre eles. Eles não enxergam esse tipo de diferença, no mundo animal não há isso”, ressalta a assistente administrativa Simone Alves Eduardo.
Snow se locomove com o aparelho de fisioterapia  (Foto: Reprodução / TV TEM) 
Snow se locomove com o aparelho de fisioterapia
(Foto: Reprodução / TV TEM)
 
O responsável por esta inovação no Brasil é o médico veterinário Eduardo Diniz. Ele conheceu o aparelho nos Estados Unidos, se aprofundou no assunto e decidiu montar uma fábrica dentro da clínica dele em Botucatu. Os modelos são personalizados e podem ser usados por outros animais além dos cães, como gatos e coelhos.
“É um mercado que vem crescendo, juntamente com as situações do respeito, as ONGs vêm crescendo, de relação homem e animal. Então ele passa a ser um verdadeiro membro da família, quando ele padece, as atitudes que você tomaria com um ente querido, você toma com o animal”, destaca. 

Hospital e clínicas veterinárias
A prova disso é o movimento que encontramos no hospital veterinário na Unesp de Botucatu, um dos maiores da América Latina. No hospital, eles atendem todos os tipos de patologia em animais. “Atendemos todos os casos desde os mais simples, até os mais complexos. É um hospital escola, o nosso objetivo, além de atendimento a comunidade, extensão a comunidade, é o hospital ser um grande laboratório de ensino e pesquisa”, explica o supervisor do hospital Antônio José de Araújo Aguiar.
A dona de casa Viviane Tuga viaja 200 km toda semana para levar Lessie até uma clínica de fisioterapia em Rio Preto. A  cachorrinha é paraplégica e a laserterapia ajuda a regenerar a medula óssea, diminuir a dor e a inflamação. Mas um tratamento mais moderno, ainda pouco comum em humanos, é feito nela. Lessie recebe injeções de células tronco. Para Viviane vale tudo para dar mais qualidade de vida a companheira. "Eu continuo porque eu vejo melhora. Não é um gasto, é um investimento na saúde dela", afirma.
Algumas clínicas tem estrutura para o dono aocmpanhar o animal  (Foto: Reprodução / TV TEM) 
 Algumas clínicas tem estrutura para o dono
acompanhar o animal (Foto: Reprodução / TV TEM)
 
Plano de saúde
Com tantos avanços nessa área, é preciso preparar o bolso. Por isso o plano de saúde animal está ganhando espaço. A auxiliar de vendas Ketherin Bracciali paga R$ 95 por mês. Com isso a shih-tzu Amora tem direito a consultas, exames e cirurgias. Até carteirinha ela tem. "Só de cobrir a consulta, porque eu já pago o plano. Meu plano cobre mais de 90 procedimentos, então é muito bom.”
Uma empresa de plano de saúde animal de Rio Preto oferece o que há de mais moderno. Como o chip de identificação, que é instalado debaixo da pele do animal. A são bernardo Atena recebeu o chip assim que virou cliente do plano de saúde. Em um segundo o reconhecimento é feito. “Depois que a gente faz a leitura do microship no animal, nós aplicamos no nosso sistema, acessa a nossa página na internet e o próprio veterinário pode exibir as informações”, explica Jefferson Mazoni, gerente comercial 
Um investimento que pode servir lá na frente, principalmente na velhice do animalzinho quando algumas doenças são mais comuns. Em São Paulo já existem clínicas onde os donos podem ficar nos leitos de internação junto com os animais. O Zé precisou tomar soro durante três dias e a Brenda Lima Baldaia decidiu acompanhar de perto. “O proprietário está com o cão, acompanhando o tratamento, até porque para o cão se sentir melhor né, eu acho que ele se sente melhor perto do dono”, conta.
 
Troca de carinho
Do mesmo jeito que os donos fazem tudo pela saúde dos animais, os pets também podem auxiliar no tratamento de pessoas. Na Apae de Bauru, cães da raça golden retriver desempenham um papel incrível. O tratamento é chamado de cão terapia. Todo mundo ganha nessa história. As crianças e os cães. O aluno Marco Aurélio Faria não esconde a ansiedade e o amor que sente pelos cães. “É que eu gosto muito porque eu sou muito mais feliz com eles.”
A psicóloga e professora Liara Rodrigues de Oliveira, que o acompanha, destaca os benefícios do tratamento. “ O Marco Aurélio vinha passando por um momento de bastante queixa, depressão, pouco entusiasmo para vir pra escola, pra permanecer na escola, e aí, a partir do contato com o animal, da pet terapia, ele se sente mais motivado, a gente percebe que o contato com o cão promove a interação, a comunicação, uma socialização com os colegas, com a escola de uma forma geral.”
O projeto nasceu em 2009 graças a boa vontade de pessoas como Thalita Leme Franco.. Ela é a dona do Peperoni, da Meg e do Cheddar e voluntária da Apae. Uma vez por semana ela traz os cães na entidade pra participar dessa ação que já rendeu muitos frutos. “O prazer é indescritível, a felicidade dos alunos, a maneira como eles ficam com os cães e essa interação toda é a minha recompensa, então não tenho outro motivo maior além da alegria que sinto de ver os alunos aqui, de ver a interação deles com os cães. Para eles é uma extensão de uma brincadeira gigantesca, eles ficam felizes”, finaliza.

Apae realiza sessões de cão terapia  (Foto: Reprodução / TV TEM)Apae realiza sessões de cão terapia (Foto: Reprodução / TV TEM)
 
Fonte:
http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/mundo-pet/2014/noticia/2015/01/mundo-pet-avancos-na-medicina-veterinaria-geram-qualidade-de-vida.html
 
 

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