Doença é tratável
Não existe cura para a leucemia felina. Porém, dependendo da idade e da imunidade do peludo, há formas de manter o seu bem-estar, dando-lhe mais qualidade de vida.
O primeiro passo é conservar o peludo infectado isolado dos demais para que não transmita a doença a outros felinos saudáveis e não seja acometido por outras enfermidades. O tratamento principal é sintomático e de suporte, de acordo com a manifestação clínica. “Inclui o uso de antibióticos, anti-inflamatórios, fluidoterapia, até transfusões sanguíneas e estimulantes da produção de células na medula óssea. A quimioterapia é indicada para tumores”, explica Fernanda da Costa. Existem ainda antirretrovirais humanos indicados para o tratamento de gatos FeLV positivos. Mas, no Brasil, a Portaria 344, artigo 54, da ANVISA impede ao médico veterinário a prescrição desse recurso.
Todo bichano infectado passa por períodos variáveis sem sintomas e pode ter tempo e qualidade de vida dependendo da idade em que foi infectado. “Todos devem ser monitorados periodicamente com exames sanguíneos, muito bem alimentados, mantidos esterilizados e dentro de casa, com controle de parasitas”, orienta Fernanda.
“Todos os gatos positivos para FeLV (leucemia felina) devem ser isolados, mesmo que os outros felinos do ambiente estejam vacinados”, aponta a veterinária Fernanda Amorim da Costa. A melhora do animal vai depender da idade no momento da infecção, do tipo de vírus com que ele foi infectado e da resposta imunológica do seu organismo ao tratamento.
Vida normal
A gata Pérola, da advogada Carolina Ferreira, foi diagnosticada com leucemia felina aos 5 meses de idade. A suspeita surgiu devido a uma forte gripe que não passava. De imediato, o veterinário orientou a dona sobre a importância de manter a imunidade com o auxílio de medicamentos, que Pérola deverá tomar durante toda a vida. Além dos remédios, Carolina garante uma boa alimentação para sua gata. Um ano e meio depois de descobrir a doença, a vida das duas pouco mudou. “Ela vive muito bem”, conta a dona. Isaura Beekhuizen, aposentada, também é dona de dois bichanos com FeLV.
Kikika e Alexia têm 2 anos e são SRD. O diagnóstico da doença foi dado há cerca de um ano, quando Isaura perdeu um outro gato para a grave doença. “É preciso um cuidado com as gatas muito grande para que não sejam acometidas por doenças oportunistas”, afirma Isaura. As duas peludas vivem separadas dos outros bichanos da casa. “Elas são bastante ativas e têm uma ótima qualidade de vida”, atesta a tutora. Pets recém-nascidos infectados não costumam sobreviver. Mas o mascote adulto é mais resistente e apresenta uma forma mais branda da doença
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