segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Convivendo com a leucemia felina: saiba como é contraída e como prevenir

Gato
A idade e o tipo de vírus podem ajudar o pet a viver com a doença, que atinge a imunidade. O seu gato vive solto e tem livre acesso à rua? Convive com muitos outros gatos durante seus passeios pela vizinhança?
Apesar de parecer muito boa, essa liberdade dada a alguns bichanos pode trazer riscos para a sua saúde. Um dos mais importantes a ser levado em consideração por seus tutores é o contato com uma grave doença infecciosa que acomete os bigodudos: a leucemia felina ou FeLV (sigla para Feline Leukemia Virus). A doença tem esse nome pois entre os tumores que o vírus pode causar está a leucemia, câncer que se desenvolve nas células sanguíneas, como acontece nos humanos.
Formas de infecção
Por ser causada por um retro-vírus, a enfermidade é altamente contagiosa e comum entre os gatos. Por isso, durante um passeio pela rua, o seu peludo pode ter contato com um portador da FeLV – por meio de lambedura mútua ou mordida – e adquirir a doença. Apesar da gravidade, a boa notícia é que, dependendo da evolução da doença e da idade dos animais, os bichanos podem viver bem com a FeLV ao receber cuidadosveterinários adequados.
O gato que vive solto pela rua e retorna à casa para comer, dormir ou somente quando “dá na telha” corre grande risco de ser portador da leucemia felina. Como reforça Gabriel Dias, médico veterinário, professor da Universidade Castelo Branco (RJ) e proprietário da clínica CAT para Gatos, além de adquirir a doença, o bichano que vem da rua para dentro de casa pode transmitir o vírus para os outros que ficam somente naquele ambiente. “É aconselhável que os donos façam um check-up nos mascotes que serão introduzidos no grupo para evitar a FeLV e outras doenças felinas”, recomenda.
Grupos de gatos
No Brasil, estudos sorológicos realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro mostram que a prevalência da doença varia de 12,5 a 20,3% nesses estados. Porém, apesar da alta incidência de animais doentes, como explica Mariane Brunner, veterinária especializada em medicina felina do Hospital Veterinária Santa Inês (SP), para que ocorra a transmissão deve haver um contato sustentado, ou seja, um único toque num animal soro-positivo pode não ser o suficiente. 

“O vírus da FeLV está presente na maioria dos fluidos corporais, como saliva, fezes, urina e leite”, destaca. Portanto, pelo compartilhamento recorrente de vasilhas de comida e água e da caixa de areia, a doença pode ser transmitida de um animal para outro. “O comportamento de lambeduras entre gatos também favorece a transmissão da FeLV. Por esse motivo, a enfermidade é encontrada principalmente em locais com muitos bichanos confi nados”, reforça. Outra forma de contágio ocorre ainda na fase de gestação dos gatos, por meio da placenta da mamãe portadora da FeLV, ou após o nascimento, durante a amamentação do filhote. “A mãe positiva pode contaminar seus filhotes, que terão poucas chances de vida, já que sua imunidade ainda não está totalmente formada”, afirma o especialista veterinário Gabriel Dias.

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